quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

O mundo reconhece a “vitória diplomática e pessoal” de Lula em negociação com Trump, diz Gleisi

Gleisi Hoffmann ressalta protagonismo de Lula em crise diplomática e destaca avanços sociais no país

Brasília (DF) - 30/09/2025 – A ministra Gleisi Hoffmann (Relações institucionais) (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


Na abertura da reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, nesta quinta-feira (4), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido reconhecida internacionalmente. Segundo ela, líderes ao redor do mundo veem como uma “vitória diplomática e pessoal” a condução direta de Lula nas negociações com Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos.

No pronunciamento, Gleisi destacou que o colegiado, recriado por Lula após ter sido extinto “de forma autoritária” pelo governo anterior, reafirma o compromisso do atual mandatário com o diálogo democrático entre governo e sociedade.

Gleisi lembrou que a reunião de 5 de agosto ocorreu em meio ao impacto das sanções unilaterais impostas ao Brasil pelos Estados Unidos, classificadas por ela como resultado de “uma conspiração para coagir o curso da Justiça”. A ministra afirmou que, diante do episódio, a postura firme de Lula e das instituições brasileiras — Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal — ajudou a isolar “os traidores e seus aliados”.

Ao mencionar a estratégia adotada pelo governo, Gleisi ressaltou a apresentação feita pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, no próprio Conselhão, detalhando medidas para proteger empregos e exportações diante das tarifas instauradas. Segundo ela, esse foi o ponto de partida para um processo de negociação complexo. “Ao longo desses meses o presidente Lula estabeleceu um diálogo direto e altivo com o presidente Trump, que já resultou na retirada de parte significativa das tarifas”, afirmou.

A ministra recordou ainda que Lula fixou limites claros para a negociação: “Lembro, presidente, que o senhor disse que, comercialmente, estávamos dispostos a negociar tudo. Mas não negociaria nossa soberania, o processo judicial brasileiro e nosso processo político.” Para Gleisi, essa postura explica o reconhecimento internacional sobre o papel do presidente. “Observadores de todo mundo destacam a vitória diplomática e pessoal do presidente brasileiro, que não se curvou às pressões, para a surpresa de muitos, mas não de quem conhece sua trajetória e seu compromisso com o povo”, declarou.

Ela também ressaltou a importância do andamento independente da Justiça brasileira no período em que o Brasil enfrentou as sanções. Segundo Gleisi, o Judiciário “julgou com independência e condenou no devido processo legal aqueles que atentaram contra o Estado Democrático e agora cumprem pena de reclusão”.

O discurso retomou ainda o anúncio, feito em agosto, de que o Brasil havia saído pela segunda vez do Mapa da Fome. Em tom pessoal, Gleisi afirmou: “Tenho orgulho de caminhar ao seu lado, presidente. De estar em seu terceiro governo. Todos marcaram a história com mudanças fundamentais para melhorar a vida do povo brasileiro. Isto explica que o senhor tenha sido eleito três vezes presidente da República.”

A ministra encerrou destacando que o país alcançou em 2024 o menor nível de pobreza e desigualdade já registrado pelo IBGE. Apesar dos avanços, ela ponderou que o desafio estrutural permanece: “Estamos conscientes de que é preciso fazer muito mais para enfrentar a herança da desigualdade estrutural, racial e de gênero, que é a chaga histórica em nosso país.”

Fonte: Brasil 247

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