Após a divulgação das imagens, Secretaria de Educação convoca direção do colégio para prestar esclarecimentos
A repercussão de um vídeo em que estudantes do Colégio Estadual Cívico-Militar João Turin, em Curitiba, aparecem marchando e entoando um canto associado ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), com apologia explícita à violência, levou o caso ao centro do debate educacional no estado. As imagens mostram alunos repetindo versos que não integram a proposta pedagógica da rede e rapidamente viralizaram nas redes sociais. O canto entoado inclui a frase: “Homem de preto, qual é sua missão? Entrar na favela e deixar corpo no chão".
A Secretaria de Estado da Educação (SEED) afirmou que a manifestação dos estudantes contraria os princípios do modelo cívico-militar. Em nota, enviada pela assessoria de imprensa ao portal Bem Paraná, declarou: “Os colégios cívico-militares têm se destacado em grandes projetos educacionais, como o Ganhando o Mundo e o Maratona Tech, torneio nacional de tecnologia no ensino que teve o Estado como grande campeão. Manifestações nessa linha não condizem com o compromisso do Paraná baseado em educação cidadã e transformadora”.
Crítica ao programa, a APP-Sindicato reforçou que episódios desse tipo não são pontuais. A presidente da entidade, Walkiria Mazeto, afirmou: “Absurdos como esse do vídeo não são casos isolados. Desde o início deste programa, temos recebido e denunciado ocorrências semelhantes e até piores em escolas que adotaram o modelo cívico-militar. É chocante ver que a escola pública esteja sendo usada para promover uma doutrinação ideológica extremista, que prega o ódio, a violência, o massacre e o extermínio de comunidades periféricas. Isso é muito grave e reforça a nossa luta contra a militarização da educação e a urgência do Poder Judiciário determinar o fim desse programa ilegal e inconstitucional”.
Fonte: Brasil 247
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