O presidente Lula (PT) aparece com 32% dos brasileiros classificando seu governo como ótimo ou bom, enquanto 30% o veem como regular, segundo a nova pesquisa Datafolha — resultado que confirma a estabilidade da avaliação da gestão e mantém o petista em patamar semelhante ao da pesquisa anterior.
A reprovação, que era de 38% na pesquisa anterior, agora está em 37%, dentro da margem de erro. O levantamento ouviu 2.002 eleitores em 113 cidades entre 2 e 4 de dezembro.
A pesquisa mostra que Lula segue mais bem avaliado em grupos historicamente ligados ao campo progressista. Consideram seu governo “ótimo ou bom”: 40% dos eleitores com 60 anos ou mais, 44% dos menos escolarizados, 43% dos nordestinos e 40% dos católicos.
No recorte sobre o trabalho pessoal, o cenário é ainda mais favorável: 49% aprovam Lula, contra 48% no levantamento anterior; a desaprovação segue em 48%.
Efeitos econômicos e medidas recentes
A pesquisa captou reflexos iniciais da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, anunciada no período do levantamento. Entre quem recebe de dois a cinco salários mínimos — público mais impactado — houve alta de quatro pontos na aprovação de Lula. Embora dentro da margem de erro, a variação indica boa recepção às medidas de alívio tributário.
Cenário político e contexto internacional
Os números surgem em meio a semanas de alta tensão política: a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por violar a tornozeleira eletrônica, o trânsito em julgado de sua condenação a 27 anos e três meses por tentativa de golpe e a reorganização da direita.
No plano externo, Lula tenta reposicionar o Brasil, aproximando-se do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após encontro na Malásia, o que ajudou a reduzir tarifas impostas aos produtos brasileiros.

Governo estabiliza após meses de oscilação
Mesmo com conflitos no Congresso e o impacto das operações policiais no Rio, o Datafolha indica que o presidente opera hoje em situação mais confortável do que no início do ano — quando tinha 24% de ótimo/bom, seu pior índice no mandato.
O patamar atual ainda está distante dos recordes de seus governos anteriores — quando chegou a 72% de aprovação no segundo mandato —, mas supera o desempenho de Bolsonaro no mesmo período de 2021.
Fonte: DCM
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