quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Tio de Michelle Bolsonaro vira réu por dirigir carro roubado


      Gilberto Firmo Ferreira e Michelle Bolsonaro. Foto: Reprodução

A 2ª Vara Criminal de Ceilândia aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e tornou réu Gilberto Firmo Ferreira, tio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, por receptação de carro roubado. A decisão foi assinada pelo juiz Leonardo Foster.

Segundo o órgão, Gilberto teria adquirido, recebido, mantido e conduzido dois veículos sabendo que se tratavam de produtos de crime. O MPDFT afirma que policiais civis chegaram ao endereço após uma denúncia anônima sobre um carro roubado escondido na residência do investigado.

“Conforme apurado, policiais civis receberam notícia anônima sobre a existência de um veículo produto de crime, que estaria escondido no interior da residência de Gilberto”, disse o órgão, apontando que, durante a diligência, foi encontrado um dos veículos e outros bens suspeitos. “Os policiais avistaram o veículo e, diante da situação de flagrância, adentraram ao local, onde encontraram outros bens de origem suspeita como: uma motocicleta sem sinais identificadores visíveis, quadros de bicicletas e um drone”, completou.

A Promotoria informou ainda que deixou de oferecer Acordo de Não-Persecução Penal porque os antecedentes criminais do acusado “demonstram habitualidade delitiva”, citando registros por crimes graves, entre eles armazenamento de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes e duas prisões em flagrante. Por isso, o Ministério Público concluiu que o benefício era inaplicável ao caso.

Fonte: DCM

PT aciona o STF por cassação do mandato de Carla Zambelli

Lindbergh Farias aciona o STF para obrigar Hugo Motta a cumprir a ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre a cassação de Zambelli

        Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O Partido dos Trabalhadores endureceu a resposta após a Câmara dos Deputados decidir manter o mandato de Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália, mesmo diante da determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) pela cassação da parlamentar. O movimento foi anunciado nesta quinta-feira (11) pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), que afirmou ter ingressado com um mandado de segurança contra o resultado da votação.

O objetivo é fazer com que o STF obrigue a Câmara a cumprir integralmente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que já havia certificado a condenação da deputada bolsonarista no caso da invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Zambelli foi condenada por unanimidade em maio pelo STF a dez anos de prisão por participação na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o hacker Walter Delgatti.

A decisão a tornou inelegível por oito anos e estabeleceu a perda imediata do mandato. A parlamentar está presa na Itália após deixar o Brasil pela fronteira com a Argentina, em Foz do Iguaçu (PR). Além da condenação relacionada ao ataque ao CNJ, Zambelli recebeu pena de cinco anos e três meses por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal no episódio em que perseguiu um homem armada, na véspera do segundo turno das eleições de 2022, em São Paulo.

“O que a gente está querendo pedir é que a mesa da Câmara cumpra a decisão judicial para o afastamento de Zambelli e Ramagem. O que a gente quer é que o Supremo tome uma decisão mais dura mandando o presidente da Câmara cumprir uma decisão judicial”, disse LIndbergh.

◉ Recurso do PT busca reverter decisão do plenário

A sessão que analisou a cassação ocorreu na madrugada desta quinta-feira (11). Eram necessários 257 votos para retirar o mandato de Zambelli, mas faltaram 30 votos para atingir o quórum. O resultado provocou comemoração entre bolsonaristas e reforçou o atrito entre setores do Congresso e o Supremo. Para o PT, a votação sequer deveria ter sido realizada. Alexandre de Moraes havia determinado que a Mesa Diretora apenas declarasse a perda do mandato, sem necessidade de nova deliberação. Ao ignorar essa orientação, a Câmara, na visão do partido, incorreu em afronta direta à decisão do Supremo.

◉ Lindbergh aponta desobediência à ordem judicial

Lindbergh Farias afirmou que o objetivo do mandado de segurança é fazer com que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cumpra a determinação judicial já expedida. Em sua fala, o líder petista foi categórico ao alertar para as consequências do descumprimento da ordem. “Se ele não cumprir essa decisão, prevaricará e cometerá um crime de responsabilidade”, disse o parlamentar.

Ainda segundo ele, “a sessão de ontem não deveria ter acontecido. O que houve foi um erro do presidente da Câmara, que não cumpriu a decisão judicial”, declarou, ressaltando que a cassação de Zambelli já havia sido definida pelo STF.

Fonte: Brasil 247

Redução de penas a golpistas será analisada na CCJ do Senado na próxima quarta-feira (17)

Se aprovado na CCJ, o projeto seguirá para o plenário do Senado

       Atos golpistas do 8/1 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

O chamado "PL da Dosimetria", que reduz as penas dos envolvidos na tentativa de golpe do 8/1, será o único item da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima quarta-feira (17), às 9h, informou a Agência Senado.

O texto, aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada de 10 de dezembro, tem relatoria do senador Esperidião Amin (PP-SC) na comissão.

A proposta pode reduzir penas de condenados por crimes contra a democracia. Se aprovado na CCJ, o projeto seguirá para o plenário do Senado, onde a expectativa é de votação ainda este ano, de acordo com a Agência Senado.

Fonte: Brasil 247

Lula diz que criará Ministério da Segurança Pública se PEC for aprovada

Texto da PEC ainda será votado na Câmara, depois de um pedido de vista coletivo feito após a apresentação do relatório pelo deputado Mendonça Filho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante cerimônia de abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas-COP30, em Belém-PA - 10/11/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que irá criar o Ministério da Segurança Pública caso a Proposta de Emenda Constitucional sobre segurança, enviada pelo governo ao Congresso, seja aprovada.

"Se a PEC da Segurança for aprovada nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública", disse Lula em entrevista ao Portal Uai, do jornal Estado de Minas.

A PEC proposta pelo governo mexe com as estruturas de segurança pública no país para, segundo o presidente, estabelecer quais atribuições podem ser exercidas pelo governo federal, já que hoje a maior parte da área é controlada pelos Estados.

O texto está ainda para ser votado na Câmara, depois de um pedido de vista coletivo feito após a apresentação do relatório pelo deputado Mendonça Filho (União-PE).

A proposta de recriar o ministério -- que já existiu temporariamente no governo de Michel Temer -- é defendida por parte do governo e parte do PT, partido do presidente. O tema é visto como uma das fragilidades do governo para as eleições de 2026, e o Planalto tem investido em medidas para tentar melhorar sua imagem nessa área.

Além da PEC, o governo enviou também ao Congresso um projeto de lei para combater as facções criminosas. A matéria retornou à Câmara após ter sido aprovada no Senado com modificações, depois de um embate entre governo e oposição na primeira análise dos deputados.

Fonte: Brasil 247

Glauber Braga: Hugo Motta e Arthur Lira são os 'grandes derrotados nessa história'

Deputado afirma que articulação para derrubá-lo fracassou e critica condução de Hugo Motta no episódio

Glauber Braga: Hugo Motta e Arthur Lira são os 'grandes derrotados nessa história' (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

O deputado Glauber Braga afirmou que manterá sua atuação política após o processo no Conselho de Ética da Câmara. As declarações foram dadas ao UOL, em entrevista publicada na quinta-feira (11).

O parlamentar detalhou os bastidores da sessão que poderia resultar em sua cassação e associou o episódio às disputas internas envolvendo Hugo Motta e Arthur Lira.

Glauber disse que, apesar do desgaste recente, não pretende se afastar da vida pública. Segundo ele, “vou continuar militando, vou continuar fazendo política, vou me reunir com as pessoas que compõem o mandato e com as forças políticas que dão sustentação ao mandato para definir os próximos passos”. O deputado acrescentou que deseja dedicar mais tempo ao filho, mas reforçou que não há possibilidade de se afastar da militância: “não vai ter como parar de jeito nenhum”.

☉ Críticas diretas a Motta e Lira

Ao avaliar o processo que enfrentou, Braga foi categórico ao apontar os nomes que, em sua visão, saíram derrotados. Ele afirmou que “os grandes derrotados nessa história são dois. O Hugo Motta e o Arthur Lira”, argumentando que ambos articularam um plano que não se concretizou.

Segundo o deputado, havia uma estratégia para cassar Carla Zambelli na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário, utilizando o caso como justificativa para avançar também sobre seu mandato. Ele relatou que “a justificativa de uma eventual cassação da Carla Zambelli (...) justificaria também ele me cassar, essa era a intenção”, associando a movimentação a uma tentativa mais ampla que incluiria, segundo ele, anistiar golpistas e manter a elegibilidade de Eduardo Bolsonaro.

Braga afirmou que as articulações falharam porque “eles utilizaram os métodos tradicionais de coação com quem não se dispõe a estar submetido ao que eles fazem”, e que esse tipo de pressão encontrou resistência de parlamentares e grupos dispostos a reagir.

☉ Derrota política e desgaste interno

O parlamentar declarou que Hugo Motta mobilizou sua base para aprovar a sessão no Conselho de Ética, mas a estratégia desmoronou quando o resultado não correspondeu às expectativas. “Quando eu, então, não sou cassado, o Hugo Motta não consegue o cumprimento também da cassação da Carla Zambelli (...) ele sai derrotado no conjunto daquilo que fez”, disse.

Braga afirmou esperar que o episódio sirva como lição política: “eles podem muito, mas não podem tudo”.

☉ Ruptura com a Polícia Legislativa

Outro ponto destacado por Glauber Braga foi o desgaste entre Hugo Motta e a Polícia Legislativa. Segundo o deputado, o comportamento do relator do Conselho comprometeu a relação com os agentes.

“O que ele fez, não se faz (...) depois do que Hugo Motta fez, de mandar os caras tirarem, mandar eles fazerem o que fizeram, e depois dizer que não foi ele, pode ter certeza que ele não conta com respeito da Polícia Legislativa”, afirmou.

Braga ainda citou que um policial legislativo desmentiu publicamente Motta: “a ordem veio da presidência”, teria dito o agente, reforçando, segundo o deputado, a perda de credibilidade do parlamentar após o episódio.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

PF indicia Gustavo Gayer por suspeita de desvio da cota parlamentar

Polícia Federal acusa o deputado de falsificar documentos e direcionar verbas parlamentares a uma Oscip ligada ao gabinete

       Gustavo Gayer (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) sob suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos da cota parlamentar da Câmara dos Deputados. O inquérito é conduzido pela Diretoria de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção (Dicor).

Segundo a CNN Brasil, a investigação aponta que o grupo utilizou documentos falsificados para criar e operar uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que serviria como destino das verbas públicas desviadas. O deputado, seu filho e integrantes de seu gabinete foram indiciados pelos supostos crimes apontados pela PF.

⊛ Crimes atribuídos ao deputado e ao gabinete

De acordo com o inquérito, Gayer foi indiciado por associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio. O parlamentar ainda não se manifestou sobre as acusações.

A PF apura que a Oscip teria sido estruturada por meio de documentação fraudada, permitindo o direcionamento de verbas parlamentares de forma irregular. O esquema, segundo a investigação, contava com a participação direta de assessores ligados ao gabinete do deputado.

⊛ Operação e apreensões realizadas pela Polícia Federal

Em outubro do ano passado, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete de Gayer e nos endereços de seus assessores. Durante a operação, mais de R$ 70 mil foram apreendidos com um funcionário do parlamentar, reforçando as suspeitas sobre o suposto desvio de recursos.

A ação contou com 19 mandados autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), executados em Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e Goiânia (GO).

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

VÍDEO – “Bolsonaro tem que pagar”: Lula diz que pode vetar PL da Dosimetria


      O presidente Lula. Foto: Divulgação

O presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (11) que não descarta vetar o PL da Dosimetria caso o texto seja aprovado pelo Congresso. Embora tenha dito que evita “dar palpite” em temas do Legislativo, ele fez sua primeira manifestação direta sobre a proposta, que reduz penas de condenados pelos atos golpistas, incluindo Jair Bolsonaro.

Segundo ele, o ex-presidente “tem que pagar pela tentativa de golpe”. A declaração foi dada em entrevista à TV Alterosa, quando Lula destacou que só decidirá após o Senado concluir a análise.

“O Congresso Nacional está discutindo, agora vai para o Senado. Vamos ver o que vai acontecer. Quando chegar à minha mesa, eu tomarei a decisão”, afirmou. O PL da Dosimetria é tratado por parlamentares como alternativa ao PL da Anistia, rejeitado por falta de apoio suficiente.

O relator do texto na Câmara, Paulinho da Força, calcula que a mudança pode reduzir o tempo de prisão em regime fechado de Bolsonaro para 2 anos e 4 meses.

O ex-presidente está preso desde 22 de novembro, após condenação superior a 27 anos por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe. Lula afirmou que, caso Bolsonaro tivesse reconhecido o resultado das eleições, “poderia estar concorrendo hoje”.


Lula reiterou que o ex-presidente planejou ações graves. “[Bolsonaro] Tem que pagar pela tentativa de golpe, pela tentativa de destruir a democracia. Ele foi condenado a 27 anos e 3 meses porque tentou fazer uma coisa muito grave”, disse.

O presidente citou ainda acusações de planos para matar autoridades, explodir um caminhão no aeroporto de Brasília e “sequestrar o poder”. O PL da Dosimetria altera pontos centrais das penas para crimes contra o Estado Democrático de Direito.

O crime de golpe de Estado, com pena de 4 a 12 anos, absorveria o de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A progressão de regime também ficaria mais facilitada: passaria a ocorrer após cumprimento de 1/6 da pena, em vez de 1/4.

Na condenação imposta pelo STF, Bolsonaro recebeu 8 anos e 2 meses por golpe de Estado e 6 anos e 6 meses por abolição violenta, além das demais penas que compõem o total de 27 anos e 3 meses. Caso o projeto seja sancionado, o cálculo da equipe do relator indica que Bolsonaro permaneceria em regime fechado por pouco mais de 2 anos.

Fonte: DCM

VÍDEO – Eduardo Bolsonaro chama Moraes, Dino e Gonet de “filhos da p*”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Saul Loeb/AFP

Prestes a ter o mandato cassado por faltas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) gravou um vídeo atacando os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Ele também xinga o delegado da Polícia Federal Fábio Shor e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

“Eu conheço essa raça e vou falar em bom português para vocês, porque não adianta nada ser moderado nas palavras: essa raça de filho de puta. É isso que Alexandre de Moraes, Fábio Shor, Paulo Gonet, Flávio Dino e esses aí são”, disse Eduardo.

Os ministros e o procurador são os principais responsáveis por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, estar preso pela trama golpista. O delegado é responsável pelo inquérito do caso, além de outras investigações envolvendo o ex-presidente, como o das joias sauditas.

No vídeo, Eduardo ainda ataca o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que mandou notificá-lo sobre a abertura de processo para contar suas faltas na Casa Legislativa. O parlamentar fugiu para os Estados Unidos em março e tem colecionado ausências desde o fim de sua licença, em julho.

“Eu só tenho o número suficiente de faltas para a cassação do meu mandato porque o senhor, Hugo Motta, não reconhece o estado de perseguição que eu sofro. Porque você prefere cerrar fileiras com Alexandre de Moraes, cedendo às ameaças dele”, prosseguiu.

Motta confirmou que o deputado deve perder o mandato. “O deputado Eduardo Bolsonaro, como todos sabem, está no exterior por decisão dele. Ele foi para os Estados Unidos, não tem frequentado as sessões da Casa. É impossível o exercício do mandato parlamentar fora do território nacional”, disse a jornalistas nesta quarta (10).

Alexandre Ramagem (PL-RJ), alvo do processo da trama golpista, também pode perder o mandato por faltas. Ele também fugiu para os Estados Unidos, é considerado fugitivo e também terá que se defender no processo na Câmara.

Fonte: DCM

Quem irá assumir a vaga de Glauber Braga durante seu afastamento na Câmara

Figura conhecida na política brasileira, liderança construiu sua trajetória como enfermeira, professora e militante dos movimentos sociais

       Glauber Braga - 29/04/2025 (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados decidiu, na noite desta quarta-feira (10), suspender por seis meses o mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), que enfrentava um processo por quebra de decoro. As informações foram divulgadas originalmente pela CNN Brasil. Durante o período de afastamento, a vaga será ocupada pela primeira suplente da coligação Psol/Rede, a ex-senadora Heloísa Helena.

Braga era alvo de um pedido de cassação após se envolver em uma briga com um integrante do MBL dentro do Congresso Nacional. Se o processo tivesse sido aprovado, ele ficaria inelegível por oito anos. A suspensão, no entanto, preserva seus direitos políticos, mas o afasta temporariamente do exercício do mandato. Após a decisão, o deputado comemorou, afirmando: "Foi uma vitória coletiva".

Quem é Heloísa Helena
Figura conhecida na política brasileira, Heloísa Helena construiu sua trajetória como enfermeira, professora e militante dos movimentos sociais. Antes de chegar ao Senado, foi deputada estadual por Alagoas e vice-prefeita de Maceió. Entre 1999 e 2003, dividiu a bancada do PT no Senado com Marina Silva — hoje ministra do Meio Ambiente.

A senadora ganhou projeção nacional ao enfrentar a então direção petista e se posicionar contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Lula, o que levou à sua expulsão do partido. No ano seguinte, tornou-se uma das fundadoras do Psol e sua primeira presidente. Em 2006, disputou a Presidência da República, ficando em terceiro lugar, com 6,85% dos votos. Após deixar o Psol em 2013, filiou-se à Rede Sustentabilidade. Em 2022, concorreu a deputada federal pelo Rio e obteve 38.161 votos, tornando-se suplente. Tentou novamente uma vaga nas eleições municipais de 2024, quando disputou para vereadora no Rio, mas terminou novamente na suplência, com 11.971 votos.

Relação com Glauber e retorno à Câmara
Heloísa Helena manteve proximidade com o grupo político de Glauber Braga. Nas redes sociais, ela saiu em defesa do deputado durante o processo de cassação, chamando-o de “guerreiro” e publicando a frase “Glauber fica” ao comentar a decisão que impediu a perda definitiva do mandato.

Agora, terá a missão de ocupar a cadeira deixada temporariamente pelo parlamentar fluminense. Sua volta ao Congresso representa, além de um retorno simbólico ao cenário nacional, a presença de uma das figuras mais marcantes da esquerda brasileira dos anos 2000 em um momento de forte polarização política no país.Se quiser, posso sugerir chamadas mais curtas, variações de título ou uma versão para redes sociais.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lira dispara crítica contra Hugo Motta: “está uma esculhambação”

Em grupo no WhatsApp, o ex-presidente da Câmara demonstrou irritação com a não cassação de Glauber Braga

O deputado federal e ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto que altera a legislação do Imposto de Renda (PL 1087/25) (Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados )

O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez duras críticas à condução política da Casa após o plenário aprovar uma pena alternativa ao deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que manteve seu mandato. As declarações de Lira ocorreram em um grupo interno de seu partido, revelou o G1.

Em suas mensagens, Lira afirmou que o clima interno se deteriorou e que é preciso retomar a organização dos trabalhos legislativos. “Tem que reorganizar a Casa. Está uma esculhambação”, registrou o deputado.

Ele também fez uma crítica indireta ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), mencionando a representação apresentada pelo PSOL à Procuradoria-Geral da República contra o comando da Casa após a retirada à força de Glauber da cadeira da presidência. “PSOL representou contra o presidente Hugo na PGR”, declarou.

A tensão entre Lira e Glauber vem de votações anteriores. O parlamentar do PSOL afirma que o conflito teve origem quando ele denunciou o chamado orçamento secreto — mecanismo de repasse de emendas sem transparência — durante a gestão de Lira na presidência da Câmara. O ex-presidente foi um dos articuladores da punição contra o deputado fluminense.

Após a vitória da esquerda na decisão que preservou o mandato de Glauber, Lira apontou que outro julgamento deveria ter sido adiado. “Não existe continuar votando”, disse ele, referindo-se ao processo de cassação da deputada Carla Zambelli, analisado na mesma sessão. Lira afirmou que o mandato da parlamentar deveria ser mantido, já que a mesa diretora da Câmara decretaria sua perda por faltas, uma vez que Zambelli não tem comparecido às sessões por estar presa na Itália.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Após ser notificado por faltas, Eduardo Bolsonaro diz que Motta é “bonequinha de Moraes”

Parlamentar, que vive nos EUA, atacou o presidente da Casa e afirmou ser alvo de perseguição política

      Eduardo Bolsonaro - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Jessica Koscielniak)

Os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) foram oficialmente comunicados sobre os processos que podem resultar na perda de seus mandatos por faltarem a mais de um terço das sessões deliberativas da Câmara.

Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos desde fevereiro, reagiu à notificação com ataques ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), responsável por encaminhar o procedimento. Em vídeo publicado nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro acusou o parlamentar de se submeter a supostas pressões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em sua fala, Eduardo Bolsonaro afirmou que corre risco de cassação porque Motta não reconhece o que ele considera ser um quadro de perseguição política. “Eu só tenho o número suficiente de faltas para a cassação do meu mandato porque o senhor, Hugo Motta, não reconhece o estado de perseguição que eu sofro. Porque você prefere cerrar fileiras com Alexandre de Moraes, cedendo às ameaças dele. Quando você faz isso, ele sempre vai te ameaçar. Eu não sei qual é essa sanha que as pessoas têm de serem bonequinhas do Alexandre de Moraes”, declarou.

O vídeo divulgado pelo deputado inclui também trecho de entrevista em que Motta confirma que o parlamentar já ultrapassou o limite de ausências permitido para manter o mandato. Eduardo reagiu dizendo: “Você vai pagar o preço Moraes. Quando você for às ruas, vai ter gente te cobrando. Não porque eu mandei ou gente da militância partidária ou qualquer coisa do tipo bolsonarista, mas porque as pessoas se revoltam com injustiça. É lamentável que eu venha a perder o mandato que foi me conferido por mais de 700 mil pessoas. O mandato não cai do céu”.

Hugo Motta, por sua vez, afirmou que a análise dos processos contra Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem deve começar já na próxima semana. O presidente da Câmara reforçou que “é impossível o exercício do mandato parlamentar fora do território nacional”. Tanto Eduardo quanto Ramagem estão nos Estados Unidos; este último foi condenado pelo STF no processo da trama golpista, sentença que inclui a perda do mandato, e teve prisão decretada por Alexandre de Moraes após deixar o Brasil.

Motta vinha sendo pressionado por parlamentares da esquerda para dar andamento às cassações. No caso de Ramagem, o tema será levado diretamente ao plenário.

A madrugada desta quinta-feira marcou outro embate entre a Câmara e o Supremo Tribunal Federal. Por maioria, os deputados decidiram manter o mandato de Carla Zambelli (PL-SP), condenada por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Presa na Itália desde julho, após deixar o país, Zambelli teve prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Mais cedo, os parlamentares aprovaram uma suspensão de seis meses do mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ). A decisão ocorreu um dia depois de o deputado ocupar a cadeira da Presidência da Câmara por cerca de uma hora, numa tentativa de obstruir os trabalhos. O processo contra ele tramitava no Conselho de Ética, após episódio em que expulsou a chutes e empurrões um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) no ano anterior.

Fonte: Brasil 247

Carlos Bolsonaro prepara renúncia e deve deixar a Câmara do Rio na próxima semana

Vereador articula saída para disputar o Senado por Santa Catarina e já definiu mudança para o Sul

       Carlos Bolsonaro (Foto: Rodrigo Romeo/Flickr/Alesp)

Carlos Bolsonaro deve oficializar sua carta de renúncia ao mandato de vereador no Rio de Janeiro até sexta-feira (12), abrindo caminho para sua transferência política e pessoal para Santa Catarina, informa Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Auxiliares da Câmara Municipal afirmam que Carlos participará de sua última sessão deliberativa nesta quinta-feira (11). A segunda-feira (15) marcará seu derradeiro expediente na Casa, antes de passar o mandato à bolsonarista e ex-deputada estadual Alana Passos.

A renúncia vinha sendo preparada desde outubro, quando o vereador decidiu concentrar esforços na futura campanha ao Senado por Santa Catarina. Para isso, ele já escolheu um apartamento em São José, município da região metropolitana de Florianópolis. A mudança representa também uma opção de estilo de vida: diferente do irmão Jair Renan, residente em Balneário Camboriú, Carlos preferiu uma cidade industrial, sem grande fluxo turístico, porém marcada pela presença de clubes de tiro, espaço onde mantém forte inserção política e social.

Com a transição encaminhada, a expectativa é que Alana Passos assuma o posto logo após a formalização da renúncia, garantindo a continuidade da representação do grupo bolsonarista na Câmara do Rio. A movimentação encerra um ciclo de Carlos Bolsonaro na política carioca e inaugura sua aposta no cenário eleitoral catarinense.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Ciclone provoca mais de 300 cancelamentos e causa caos nos aeroportos; passageiros passam mal com fortes turbulências (vídeo)

Em Congonhas, 31 chegadas e 15 partidas foram canceladas apenas nesta manhã

             Avião decola no aeroporto de Congonhas (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Os aeroportos de São Paulo amanheceram em colapso nesta quinta-feira (11), com mais de 300 voos cancelados após o vendaval que atingiu a Grande São Paulo. As informações foram divulgadas no g1. Em dois dias, Congonhas e Guarulhos já acumulam 344 voos suspensos, cenário que provocou filas extensas, passageiros alojados em bancos e terminais lotados desde a noite anterior.

Em Congonhas, 31 chegadas e 15 partidas foram canceladas apenas nesta manhã. O impacto, porém, começou na quarta-feira (10), quando rajadas de até 96,3 km/h atingiram o aeroporto e obrigaram a suspensão de 88 chegadas e 93 partidas. No total, 227 voos deixaram de operar no terminal da zona sul paulistana.

Guarulhos também enfrenta instabilidade. Desde quarta, o maior aeroporto do país registrou 61 chegadas e 56 partidas canceladas, embora a concessionária afirme que a operação “está normalizada”.

◎ Passageiros dormem nos terminais e relatam incerteza

O acúmulo de cancelamentos deixou milhares de passageiros sem assistência clara e sem previsão de novos embarques. Muitos passaram a noite nos saguões enquanto tentavam reorganizar viagens.

◎ Ventos inéditos e destruição espalhada

A ventania que paralisou os aeroportos foi classificada pelos meteorologistas como inédita na região metropolitana, por ocorrer sem qualquer presença de chuva ou tempestades. Na quarta-feira, a capital registrou rajadas de até 98,1 km/h, prolongando-se por mais de 12 horas — um comportamento que, segundo especialistas, não tem precedentes na cidade.

O rastro de destruição é amplo:

  •  mais de 2 milhões de imóveis ficaram sem luz na quarta-feira;
  •  mais de 1,5 milhão seguem sem energia nesta quinta, incluindo 1 milhão apenas na capital;
  •  ao menos 235 semáforos permanecem apagados, agravando o trânsito;
  •  parques municipais continuam fechados;
  •  consultas médicas e serviços foram cancelados por falta de energia.

Às 7h, a cidade já somava 203 km de lentidão, reflexo do caos no trânsito e da instabilidade no fornecimento de energia.

◎ Energia, água e mobilidade afetadas

A Enel, responsável pelo atendimento na capital e em 23 municípios da região metropolitana, afirma que segue trabalhando para restabelecer o serviço, mas não apresentou estimativa concreta para a normalização. A interrupção do fornecimento também tem prejudicado o abastecimento de água em vários bairros e atrasado a operação de bombas do sistema de saneamento.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) alerta que ainda há risco de mais retenções ao longo do dia, enquanto a Prefeitura avalia a reabertura gradual dos parques conforme cada área seja considerada segura.


Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Renan Calheiros e Arthur Lira lideram disputa pelo Senado em Alagoas, diz Paraná Pesquisas

Levantamento mostra que os dois políticos aparecem à frente em todos os cenários

Renan Calheiros e Arthur Lira (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Geraldo Magela/Agência Senado)

Os primeiros movimentos da corrida ao Senado em Alagoas indicam um cenário competitivo e com nomes de peso na dianteira. O senador Renan Calheiros (MDB) e o deputado Arthur Lira (PP) aparecem como favoritos para as duas vagas que estarão em disputa em 2026, segundo aponta o instituto Paraná Pesquisas.

O estudo mostra que Renan e Lira ocupam as primeiras posições em todos os cenários testados, embora rivais políticos comecem a se aproximar e tornem a disputa mais acirrada.

Além dos dois líderes, outras figuras aparecem com índices competitivos e potencial para alterar o equilíbrio da disputa. O ex-deputado Davi Davino Filho (Republicanos), o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil) e Marina Candia, esposa do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), figuram com percentuais significativos, ampliando o leque de possíveis cenários até 2026.

Cenário 1

  • Renan Calheiros (MDB) – 48,2%
  • Arthur Lira (PP) – 44,5%
  • Davi Filho (Republicanos) – 39,2%
  • Paulão (PT) – 16,8%
  • Ítalo Bonja (PRTB) – 4,1%
  • Não sabe/não opinou – 5,7%
  • Nenhum/branco/nulo – 10,4%

Cenário 2

  • Renan Calheiros (MDB) – 48,3%
  • Arthur Lira (PP) – 44,8%
  • Alfredo Gaspar (União Brasil) – 41,8%
  • Paulão (PT) – 17,5%
  • Ítalo Bonja (PRTB) – 4,3%
  • Não sabe/não opinou – 5,1%
  • Nenhum/branco/nulo – 7,7%

Cenário 3

  • Renan Calheiros (MDB) – 49,1%
  • Arthur Lira (PP) – 45,3%
  • Marina Candia (PL) – 39,2%
  • Paulão (PT) – 17,9%
  • Ítalo Bonja (PRTB) – 4,6%
  • Não sabe/não opinou – 4,6%
  • Nenhum/branco/nulo – 8,8%

Cenário 4

  • Renan Calheiros (MDB) – 39,2%
  • Arthur Lira (PP) – 35,7%
  • Marina Candia (PL) – 30,8%
  • Alfredo Gaspar (União Brasil) – 27,5%
  • Davi Filho (Republicanos) – 20,9%
  • Paulão (PT) – 12,7%
  • Ítalo Bonja (PRTB) – 2,3%
  • Não sabe/não opinou – 3,8%
  • Nenhum/branco/nulo – 5,8%
A pesquisa ouviu 2.005 eleitores de Alagoas e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: Brasil 247

Bastidores: STF deve derrubar redução das penas de Bolsonaro e golpistas do 8/1


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o julgamento no STF sobre a trama golpista. Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve derrubar a redução das penas de Jair Bolsonaro (PL) e dos demais condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, caso o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados passe também pelo Senado Federal e pela sanção do presidente da República. Com informações da revista Veja.

Ministros da Corte avaliam que a proposta tenta reescrever decisões já consolidadas e pode violar a independência do Judiciário.

A avaliação entre integrantes do Supremo, especialmente os que participaram do julgamento da trama golpista, é de que o projeto busca alterar retroativamente o cálculo das penas com o objetivo imediato de beneficiar condenados específicos, como Bolsonaro.

Ministros reconhecem que o Legislativo tem poder para revisar leis penais, mas não para modificar veredictos já definidos. Para eles, mexer no modo de cálculo das sentenças “representa um atentado à independência do Judiciário”.

Edson Fachin, atual presidente do STF, o decano Gilmar Mendes e o relator dos processos do 8 de janeiro, Alexandre de Moraes, compartilham a leitura de que a mudança aprovada na Câmara desfigura a base jurídica que sustentou as condenações.

Os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

Pressão política não deve prosperar

Apesar da gravidade do caso, ministros seguem recebendo parlamentares — pedidos, visitas e tentativas de persuasão continuam ocorrendo. Mas, segundo relatos, nada disso deve levar a uma adesão da Corte à tese da “dosimetria”.

A maioria dos ministros entende que o arranjo político para reduzir de 27 anos para pouco mais de dois anos a pena de Bolsonaro não deverá prosperar no tribunal.

Caminho até o STF

Antes de qualquer intervenção do Supremo, o projeto ainda precisa passar por várias etapas: aprovação no Senado, sanção presidencial e eventual análise de vetos pelo Congresso. Só após cumprir todo esse percurso é que o STF poderá ser provocado a avaliar a constitucionalidade da lei.

No cenário atual, ministros não demonstram disposição para validar mudanças que mexam no resultado de ações penais tão extensas. A prioridade, segundo relatos, é preservar a integridade do processo, a coerência das decisões e a estabilidade do entendimento sobre crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Fonte: DCM com informações da revista Veja