Ataques golpistas estão sendo julgados com base no devido processo legal e revista britânica omite os fatos
Barroso corrige a Economist: foi o povo brasileiro, não o STF, que derrotou Bolsonaro (Foto: Fellipe Sampaio/STF)
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, reagiu neste sábado (19) a uma reportagem publicada pela revista britânica The Economist, que critica a atuação da Corte brasileira contra os bolsonaristas golpistas e faz ataques diretos ao ministro Alexandre de Moraes.
A Economist omitiu que a democracia brasileira resistiu, com apoio vital do STF, a graves ameaças da extrema direita golpista.
A nota destaca que os ataques golpistas são julgados com base no devido processo legal. A confiança da população no STF permanece majoritária. As decisões do Tribunal foram motivadas por crimes, e as ações contra plataformas digitais estrangeiras se deu por ausência de representação legal no Brasil, afirma Barroso no documento.
"O enfoque dado na matéria corresponde mais à narrativa dos que tentaram o golpe de Estado do que ao fato real de que o Brasil vive uma democracia plena, com Estado de direito, freios e contrapesos e respeito aos direitos fundamentais", afirma.
Em uma das reportagens publicadas na última semana, Moraes é atacado por supostamente 'controlar excessivamente o poder' em suas mãos.
Na nota, o STF sai em defesa do ministro: "empenho e coragem".
A Economist chega a sugerir “moderação” à Corte e acusa Moraes de promover uma "campanha pessoal". Ao mesmo tempo, pondera a publicação: "Ele recebe constantes ameaças de morte. Essas ameaças parecem revigorá-lo e conferiram às suas decisões um tom absolutista”.
As reportagens surgem no contexto da iminente condenação de Jair Bolsonaro pelo STF por liderar a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.