sábado, 14 de dezembro de 2024

“Vivi para ver isso: o maior articulador do golpe, depois do Bolsonaro, está em cana", diz Chico Alencar

Deputado do Psol afirma que é necessário agora chegar ao chefe: Jair Bolsonaro

Globonews discrimina campanha de Boulos, denuncia Chico Alencar (Foto: ABR | REUTERS/Adriano Machado)

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, desencadeou reações imediatas no meio político. Detido pela Polícia Federal na manhã deste sábado (14) em sua residência no Rio de Janeiro, Braga Netto está sendo investigado por seu envolvimento na tentativa de golpe de Estado que buscava impedir a posse do governo eleito em 2022.

O deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) comentou o caso de forma contundente: “Vivi para ver isso. O maior articulador do golpe, depois do Jair Bolsonaro, está em cana”. O parlamentar destacou que a prisão do militar é um passo importante, mas afirmou que ainda é necessário avançar para atingir o responsável maior pela conspiração: “O que aconteceu é muito bom, mas é preciso chegar ao capitão-mor, que é Jair Bolsonaro”.

Em sua declaração, Alencar também apontou o histórico de Braga Netto em manifestações antidemocráticas: “Ele já demonstrava sua intenção golpista indo naqueles acampamentos”. Para o deputado, a prisão do ex-ministro sinaliza que o atentado ao estado democrático de direito, que classificou como “gravíssimo”, está sendo tratado com o rigor necessário pelas autoridades.

A Polícia Federal informou que a prisão preventiva de Braga Netto foi decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como parte de uma operação que incluiu dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão. A investigação se concentra em atividades destinadas a dificultar a produção de provas no processo que apura a tentativa de golpe.

Em nota, a Polícia Federal explicou que as medidas buscam evitar a continuidade das ações ilícitas dos investigados. Braga Netto está atualmente detido no Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, enquanto as apurações seguem em curso.

A prisão do general aumenta a pressão sobre Jair Bolsonaro, que enfrenta diversas investigações relacionadas ao golpe e à disseminação de informações falsas. Para Chico Alencar e outros líderes da oposição, a operação deste sábado é apenas o começo de uma responsabilização mais ampla, que deve atingir o núcleo central da tentativa de ruptura democrática. Assista:

Fonte: Brasil 247

Dilma Rousseff completa 77 anos em meio a uma trajetória marcada pela resiliência

Ex-presidente do Brasil e atual líder do Brics celebra aniversário com legado político e desafios internacionais

Dilma Rousseff (Foto: Reprodução/X/@dilmabr)

Neste sábado (14), Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira do bloco Brics, completa 77 anos. Reconhecida pela sua trajetória de luta e resiliência, Dilma segue desempenhando papel de destaque no cenário político internacional.

Primeira mulher a ocupar a Presidência do Brasil, Dilma esteve à frente do governo de 2011 a 2016, quando foi afastada após um golpe de Estado. O episódio encerrou prematuramente seu segundo mandato e foi seguido por uma série de graves mudanças no cenário político brasileiro.

◉ A ascensão de Dilma ao Brics

Desde março deste ano, Dilma Rousseff assumiu a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento, cargo que reflete o fortalecimento da presença brasileira no bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. À frente da instituição, Dilma tem a missão de ampliar os financiamentos a projetos sustentáveis nos países membros e reforçar a cooperação Sul-Sul.

Sob sua liderança, o NDB tem buscado soluções para enfrentar os desafios econômicos globais, com foco na transição energética e na redução das desigualdades. "Estamos comprometidos em promover o desenvolvimento sustentável e construir uma nova ordem econômica mais inclusiva e justa", afirmou Dilma em sua posse no cargo.

◉ Um legado de resistência

A história de Dilma Rousseff é marcada por uma intensa trajetória de militância e superação. Durante a ditadura militar no Brasil, foi presa e torturada por sua atuação contra o regime autoritário. Décadas depois, alcançou o cargo mais alto da República, tornando-se símbolo da luta feminina por espaço na política.

Mesmo após o impeachment, Dilma manteve-se ativa no debate público e na defesa da democracia. Sua atuação no Brics é vista como uma continuação de seu compromisso com o desenvolvimento e a justiça social, valores que marcaram sua gestão no Brasil.

◉ Celebração e reconhecimento

Aos 77 anos, Dilma celebra um legado que vai além das fronteiras nacionais. Sua trajetória inspira mulheres e lideranças políticas ao redor do mundo, enquanto sua atuação no NDB reforça a relevância do Brasil no cenário global.

A data representa, portanto, não apenas um marco pessoal, mas também um momento de reflexão sobre sua contribuição à história recente do país e ao fortalecimento das relações entre os países do Sul global.

Fonte: Brasil 247

Braga Netto, preso neste sábado, planejou assassinato de Lula e orquestrou golpe de estado

A prisão de Braga Netto ocorre após o general ter sido indiciado no mês passado, junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro

General Braga Netto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

 O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi preso neste sábado (14), no Rio de Janeiro, sob a acusação de participação em uma tentativa de golpe de Estado e no planejamento de assassinatos de autoridades, conforme apurado pela Polícia Federal (PF). As informações são do G1.

A prisão de Braga Netto ocorre após o general ter sido indiciado no mês passado, junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas, por integrar uma suposta trama para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, eleitos presidente e vice-presidente em 2022.

Entre os elementos mais graves do caso está o plano denominado "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato de Lula, Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O planejamento teria sido apresentado a Braga Netto em uma reunião realizada na sua própria casa, em 12 de novembro de 2022. Segundo a PF, estiveram presentes no encontro os tenentes-coronéis Mauro Cesar Cid e Ferreira Lima, e o major Rafael de Oliveira. "A reunião contou com o tenente-coronel MAURO CESAR CID, o Major RAFAEL DE OLIVEIRA e o Tenente-Coronel FERREIRA LIMA, oportunidade em que o planejamento foi apresentado e aprovado pelo General BRAGA NETTO", afirma o relatório da PF.

◉ Estrutura golpista e plano de crise

Conforme o inquérito da PF, o plano envolvia envenenar Lula e Moraes em dezembro de 2022, antes da posse presidencial. A estratégia incluía ainda a criação de um "Gabinete Institucional de Gestão da Crise", que seria liderado pelos generais Augusto Heleno, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Braga Netto.

A minuta para a instituição desse gabinete foi encontrada em 19 de novembro na posse do general da reserva Mario Fernandes, preso anteriormente e apontado como autor intelectual do plano. De acordo com as investigações, a estrutura golpista contaria também com militares próximos a Bolsonaro, incluindo o ex-assessor Filipe Martins.

◉ Contexto político e desdobramentos

No momento do planejamento, em novembro de 2022, Lula e Alckmin já haviam vencido as eleições, mas ainda não haviam tomado posse. Alexandre de Moraes, por sua vez, era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e desempenhou papel decisivo no combate à disseminação de notícias falsas durante o período eleitoral.

As prisões de figuras-chave como Braga Netto e Mário Fernandes demonstram o avanço das investigações sobre as tentativas de desestabilizar a democracia brasileira no período de transição de governo. A PF não descarta a possibilidade de novos desdobramentos, incluindo o indiciamento de outros militares e políticos envolvidos na trama.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Dados do BC indicam que a expansão do PIB em 2024 será superior a 3,5%

"Estamos encerrando o ano com um crescimento acima de 3,5%, o que é um marco importante para a economia brasileira", afirmou Haddad

Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil )

O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (13) os resultados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) referentes ao mês de outubro, evidenciando um crescimento de 3,7% na atividade econômica brasileira nos primeiros dez meses de 2024. Na comparação anual, o índice acumula alta de 3,4% em relação a outubro de 2023. A Agência Gov trouxe detalhes sobre os números que, segundo economistas, refletem um desempenho sólido da economia, ancorado na retomada da produção industrial e no consumo interno.

A publicação do IBC-Br reforça as projeções do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem destacado um cenário positivo para o Produto Interno Bruto (PIB). "Estamos encerrando o ano com um crescimento acima de 3,5%, o que é um marco importante para a economia brasileira neste período de recuperação", afirmou Haddad em eventos recentes.

Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a produção industrial segue em ritmo de recuperação. A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional indicou que, de janeiro a outubro, a indústria cresceu 3,4%, com 17 dos 18 estados pesquisados apresentando resultados positivos. Na comparação anual, o avanço foi ainda mais expressivo: 5,8% frente a outubro de 2023.

◉ Indústria paulista lidera avanço nacional

O estado de São Paulo, que concentra o maior parque industrial do país, registrou um crescimento de 2,0% na passagem de setembro para outubro, acumulando alta de 3,1% nos dois últimos meses. Bernardo Almeida, analista da PIM Regional, destacou os setores mais dinâmicos da indústria paulista: "Os setores de veículos automotores, produtos químicos e máquinas, aparelhos e materiais elétricos foram os que mais impulsionaram os resultados em São Paulo. Hoje, a indústria do estado está 3,8% acima do patamar pré-pandemia."

Apesar do bom desempenho geral, o IBGE apontou desafios pontuais, como o recuo na atividade fabril em estados como Rio Grande do Sul (-1,4%) e Rio de Janeiro (-1,3%) entre setembro e outubro.

◉ Recuperação econômica sustentada e otimismo para 2024

Os dados reforçam um cenário de recuperação econômica, marcado pela retomada da produção industrial e pela resiliência de setores-chave, como o automobilístico e o químico. Com um mercado interno aquecido e exportações estáveis, a perspectiva é que o crescimento se mantenha robusto nos próximos meses.

Haddad, em declarações recentes, celebrou os resultados: "O que estamos vendo é o efeito de uma correção de rota, com políticas que priorizam o emprego e a estabilidade econômica. Nosso objetivo é garantir que esse crescimento seja sustentável e inclusivo."

Embora o Brasil esteja avançando em diversos indicadores econômicos, especialistas alertam para a necessidade de políticas consistentes que ampliem a competitividade da indústria e consolidem os ganhos recentes. O desafio, segundo analistas, será transformar o crescimento atual em um ciclo virtuoso de longo prazo, com investimentos em infraestrutura e inovação.

Fonte: Brasil 247

Campos Neto prevê desafios maiores para Galípolo no comando do Banco Central

Atual presidente do Banco Central afirma que seu sucessor provavelmente enfrentará “fogo amigo”

Roberto Campos Neto e Gabriel Gaípolo (Foto: ABR)

Durante um jantar realizado esta semana em Brasília, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), avaliou que Gabriel Galípolo, seu provável sucessor, enfrentará um cenário mais adverso na liderança da autoridade monetária. A informação foi divulgada pela Coluna do Estadão. Campos Neto destacou que, ao contrário de sua gestão no governo Bolsonaro, marcada por apoio da base aliada e ausência de “fogo amigo”, Galípolo poderá perder o respaldo do PT caso defenda a continuidade de juros altos, considerados inevitáveis pelas condições econômicas internas e externas.

A crítica mais recente ao Banco Central partiu da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a Selic em um ponto percentual, para 12,25% ao ano. Gleisi acusou Campos Neto de praticar um “ciclo de terrorismo a serviço do mercado” e cobrou uma mudança de direção por parte de Galípolo. No entanto, especialistas avaliam que uma guinada nas políticas monetárias é improvável.

◉ Um jantar conservador

O jantar que reuniu Campos Neto e diversas figuras políticas ocorreu para celebrar sua posse como membro da Academia Internacional de Direito Econômico e Economia. Entre os convidados estavam a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça e a deputada Caroline de Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Figuras do meio jurídico e econômico também marcaram presença, como o ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho Ives Gandra Martins Filho, que comparou Campos Neto ao piloto Ayrton Senna, chamando-o de “nosso Ayrton Senna da Economia”. O encontro foi realizado na residência de Samantha Ribeiro Meyer, presidente da Academia.

◉ Pressão e críticas

O mandato de Campos Neto à frente do BC foi alvo constante de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de lideranças petistas, que acusaram o banqueiro de prejudicar o governo ao manter os juros elevados. Além disso, seu alinhamento com Bolsonaro foi amplamente comentado, especialmente por sua participação em eventos sociais com o ex-presidente e por ter votado em 2022 usando uma camiseta da Seleção Brasileira, símbolo associado a movimentos bolsonaristas.

Campos Neto, que termina seu mandato este ano, não comentou as declarações feitas no jantar, mas o clima de polarização política e as demandas econômicas prometem dificultar o caminho de seu sucessor. Para Gabriel Galípolo, o desafio será equilibrar as expectativas políticas com a necessidade de manter a credibilidade e a autonomia do Banco Central.

Fonte: Brasil 247 com informações da Coluna do Estadão

“Contagem regressiva para a prisão de Bolsonaro já começou", diz Marcelo Uchôa

Prisão de Braga Netto intensifica cerco jurídico sobre figuras-chave do bolsonarismo e reacende debate sobre tentativa de golpe

Marcelo Uchôa, Michelle e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação | Reuters/Carla Carniel)

 "Nem preciso dizer bom dia, o próprio dia já anunciou. Ninguém mais, ninguém menos que o multi-medalhado general Braga Netto acaba de ser preso pela Polícia Federal. Agora podemos dizer que a contagem regressiva, de fato, começou. Tic tac tic tac." Com estas palavras, o jurista Marcelo Uchôa destacou, em suas redes sociais, a relevância da prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro (PL) em 2022.

A prisão ocorreu na manhã deste sábado (14) e foi conduzida pela Polícia Federal, que também realizou buscas e apreensões em endereços associados ao militar no Rio de Janeiro. Braga Netto está detido no Comando Militar do Leste, enquanto seguem as investigações sobre seu possível envolvimento na tentativa de golpe de Estado que buscava impedir a posse do governo eleito democraticamente em 2022.

Em nota oficial, a Polícia Federal afirmou que os mandados judiciais foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e visam evitar a reiteração de ações ilícitas. “Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal”, declarou a instituição.

A prisão de Braga Netto representa um marco significativo nas investigações e é vista por analistas como um sinal de que o cerco jurídico está se estreitando em torno de Jair Bolsonaro e seus aliados mais próximos. “A detenção de uma figura central como Braga Netto indica que as investigações alcançaram um ponto crucial e que há um esforço evidente para responsabilizar os principais articuladores dos ataques à democracia”, afirmam especialistas em direito constitucional.

Braga Netto foi um dos nomes mais relevantes do governo Bolsonaro, atuando como ministro da Casa Civil e coordenador do comitê de crise da pandemia. Em 2022, sua candidatura a vice-presidente reforçou a tentativa de Bolsonaro de consolidar a influência militar em seu projeto político. Agora, o militar se vê no centro de uma operação que pode trazer sérias consequências não apenas para ele, mas para todo o núcleo estratégico do ex-presidente.

A fala de Marcelo Uchôa ecoa o sentimento de expectativa sobre os próximos passos das investigações. “Tic tac tic tac” tornou-se uma metáfora que reflete o avanço do relógio jurídico sobre figuras-chave do bolsonarismo. Para muitos, a questão não é mais se Jair Bolsonaro será responsabilizado, mas quando.

A operação de hoje reforça a importância do trabalho das instituições democráticas em enfrentar os desafios impostos pelos ataques ao Estado de Direito. O Brasil aguarda com atenção os desdobramentos, com a expectativa de que a justiça prevaleça e de que todos os envolvidos nos atos golpistas sejam responsabilizados.

Fonte: Brasil 247

Braga Netto é o primeiro general quatro estrelas a ser preso na história do Brasil

Braga Netto vai ficar detido no mesmo pelotão que comandou em 2016, nas Olimpíadas do Rio

Walter Braga Netto (Foto: José Dias/PR)

Walter Braga Netto é o primeiro general quatro estrelas do Exército preso na história do Brasil. “Nem na ditadura outro general quatro estrelas havia sido preso. Na época, eles foram mandados para a reserva”, indica Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo.

Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil e ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, foi detido em Copacabana, onde mora no Rio de Janeiro, e será entregue ao Comando Militar do Leste. Ele ficará sob custódia do Exército.

“A propósito, Braga Netto vai ficar detido no mesmo pelotão que comandou em 2016, nas Olimpíadas do Rio”, lembra o jornalista.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PF prende Braga Netto por envolvimento em plano golpista

Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão

Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O general Braga Netto, ministro da Defesa no governo Bolsonaro, foi preso neste sábado (14). O nome do militar está entre os 37 indiciados pela Polícia Federal como participantes da trama golpista para impedir a posse de Lula (PT) após as eleições de 2022.

O bolsonarista estava em sua residência, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, e será levado ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.

Além de Braga Netto, que teve a prisão preventiva determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a PF cumpre dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão. A Corte considerou que o militar estaria atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.

O coronel Flávio Peregrino, ex-assessor de Braga Netto, é alvo de busca, em Brasília. Segundo a PF, as medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas.

Braga Netto e Bolsonaro: o general entregou o dinheiro aos “Kids pretos” Foto: reprodução

Braga Netto na trama golpista

No governo de Jair Bolsonaro (PL), o general foi ministro da Defesa e concorreu como vice na chapa do ex-presidente pelo Partido Liberal. Segundo o inquérito de mais de 800 páginas, ele foi um dos principais mentores dos planos para matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Antes de compor o governo de extrema-direita, Braga Netto tinha formação pelo grupo de operações especiais do Exército conhecido como “kids pretos”, que se destacou na trama golpista de 2022.

Em depoimento a Moraes, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, disse que “não se metia” na relação do ex-capitão com os “kids pretos”, grupo formado por militares das forças especiais do Exército.

Segundo Cid, o contato com esses integrantes era conduzido pelo ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, conforme informações do Globo. O depoimento do tenente-coronel ocorreu no dia 21 de novembro, quando sua delação premiada foi homologada por Moraes, após a PF apontar inconsistências em versões anteriores.

De acordo com o relatório final da PF, o planejamento para matar Lula, Moraes e Alckmin foi apresentado e validado durante uma reunião realizada em 12 de novembro de 2022, na residência de Braga Netto, onde ele e outros kids pretos elaboraram um documento detalhando o plano de ação para manter Bolsonaro como presidente. O grupo de militares nomeou o esquema como “Punhal Verde e Amarelo”.

O objetivo do encontro era “apresentar o planejamento das ações clandestinas com o objetivo de dar suporte às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder Judiciário”.

“Conforme descrito no presente relatório, a investigação identificou que, após a elaboração do planejamento operacional, realizado pelo general MARIO FERNANDES, para prender/matar o ministro ALEXANDRE DE MORAES e, da mesma forma, os integrantes da chapa eleita LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA e GERALDO ALCKMIN, o núcleo de militares com formação em forças especiais do Exército, os denominados ‘FE’, realizaram um encontro no dia 12 de novembro de 2022, na residência do general BRAGA NETTO, para apresentar o planejamento das ações clandestinas com o objetivo de dar suporte às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder judiciário”, disse a PF no relatório.

“A reunião contou com o tenente-coronel MAURO CESAR CID, o Major RAFAEL DE OLIVEIRA e o Tenente-Coronel FERREIRA LIMA, oportunidade em que o planejamento foi apresentado e aprovado pelo General BRAGA NETTO”, continuou a corporação.

Conforme denunciou Cid em sua delação premiada, Braga Netto também entregou uma relevante quantia de dinheiro em espécie dentro de uma sacola de vinho para militares. A verba seria destinada a financiar o golpe de Estado.

Fonte: DCM

"Sou um sobrevivente e não guardo ressentimentos", diz José Dirceu

Ex-ministro afirma que o foco da esquerda deve ser aprofundar a democracia e reduzir as desigualdades

José Dirceu (Foto: Reprodução Youtube)

Em entrevista ao programa Reconversa, conduzido por Walfrido Warde e Reinaldo Azevedo, José Dirceu revisitou momentos marcantes de sua trajetória política, refletiu sobre os desafios do Partido dos Trabalhadores (PT) e analisou as transformações no cenário político global. A conversa revela um Dirceu introspectivo, crítico e empenhado em debater temas como segurança pública, desigualdades sociais e o papel do Brasil no mundo.

"Sou um sobrevivente. Vivi situações em que poderia ter morrido. Não guardo ressentimentos, reconheço meus erros e continuo aprendendo," afirmou o ex-ministro, ao relembrar sua prisão e sua extensa experiência política. Durante o tempo em que esteve preso, Dirceu disse ter usado o período para estudar e organizar uma biblioteca: "Reler os clássicos brasileiros foi uma forma de refletir sobre o país e suas contradições."

◉ Da politização ao enfrentamento da ditadura

Ao longo da entrevista, Dirceu relembrou sua infância em Minas Gerais, marcada pela formação recebida dos pais e pela efervescência política da época. Ele destacou que sua politização ganhou força após o golpe de 1964, quando chegou a São Paulo para trabalhar. "Cheguei como office boy, mas o golpe foi um divisor de águas. Quando vi estudantes da elite apoiando a ditadura, percebi que meu lado era o dos trabalhadores e dos que resistiam", afirmou.

O ingresso no movimento estudantil foi outro marco. "A universidade mudou minha vida. Foi lá que comecei a lutar contra a ditadura, apesar de encontrar uma academia limitada e hostil ao pensamento progressista", relatou.

◉ O PT e os desafios contemporâneos

Dirceu destacou a importância do PT como força aglutinadora na política brasileira, mas defendeu a necessidade de renovação. "O PT precisa olhar para o futuro, pensando em 2030 e no próximo ciclo geracional. Nossa base social precisa ser ampliada, e o partido deve se adaptar às mudanças do país e do mundo", afirmou.

Ele também refletiu sobre o papel da esquerda, enfatizando que o aprofundamento da democracia e a luta contra as desigualdades devem ser prioridades: "A esquerda precisa continuar defendendo a ampliação da democracia, combatendo as desigualdades e fortalecendo os direitos sociais. Não estamos falando de revolução socialista, mas de avanços concretos para o povo brasileiro."

◉ Segurança pública e política externa

Dirceu não poupou críticas ao sistema de segurança pública no Brasil, destacando a necessidade de reformulação. "Metade dos presos no Brasil são jovens de famílias pobres. Propus, desde 2003, a criação de uma autoridade nacional contra o narcotráfico, mas a ideia nunca avançou. Sem mudanças estruturais, o crime organizado continuará a crescer," alertou.

Na política externa, ele reafirmou o papel do Brasil como defensor da paz e da autodeterminação. "Nossa estrutura militar deve ser de defesa, nunca de ataque. Somos um país pacifista, e essa é uma posição que devemos manter e reforçar," declarou

Com 78 anos, José Dirceu se mostrou grato pela vida e pelas oportunidades que teve: "Sobrevivi a muitas situações difíceis e sou grato. Não guardo ressentimentos e sigo olhando para frente." Ele também destacou o impacto de sua geração no cenário político e cultural brasileiro, reconhecendo os desafios que ainda permanecem. Assista:

Fonte: Brasil 247

Seleção feminina encerra 2024 na 7ª posição do ranking da Fifa

Brasil ganha posição após bons amistosos contra Colômbia e Austrália

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© Rafael Ribeiro/CBF/Direitos Reservados

O Brasil encerrou o ano de 2024 na sétima posição do Ranking Mundial de seleções femininas, com o total de 1.977,39 pontos, anunciou a Fifa (Federação Internacional de Futebol) nesta sexta-feira (13).

No ranking anterior, a seleção brasileira ocupava a oitava colocação. O que explica a melhora do Brasil foram os bons resultados alcançados pelo time comandado pelo técnico Arthur Elias nos amistosos de outubro e novembro, respectivamente contra Colômbia e Austrália.

O ranking de seleções femininas da Fifa é liderado pelos Estados Unidos, com 2.087,55 pontos, tem a Espanha na segunda posição, com 2.028,65 pontos, e a Alemanha como terceira colocada, com 2.012,29 pontos.

Já a Inglaterra ocupa a quarta posição, com 2.004,52 pontos, a Suécia a quinta, com 1.991,27 pontos, e o Canadá na sexta colocação, com 1.988,26 pontos.

Fonte: Agência Brasil

Bolsonarista, ex-apresentador da Jovem Pan debocha da saúde de Lula: “Presidente morreu”

Montagem de fotos de Tiago Pavinatto e Lula, ambos falando
O jornalista Tiago Pavinatto e o presidente Lula (PT) – Reprodução

Tiago Pavinatto voltou a ser assunto nas redes sociais ao ironizar a internação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que passou por uma cirurgia intracraniana no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para conter uma hemorragia cerebral. Em um vídeo amplamente compartilhado, o ex-apresentador da Jovem Pan aparece ao lado da influenciadora bolsonarista Antonia Fontenelle e faz comentários que geraram indignação.

“O presidente do Brasil morreu”, disparou ele, sem citar diretamente o nome do petista. A declaração foi recebida com risos pelos presentes, enquanto a apresentadora demonstrava surpresa com o tom da fala. “Deixa eu te falar uma coisa, Antônia. Eu falei que nós, brasileiros, deveríamos estar em oração, mas os médicos do Sírio atrapalham. De que adianta?”, insistiu ele.

Mesmo diante das reações, ele alegou que tudo não passava de uma piada: “E quem achar ruim essa piada, eu convido voltar a morar no Brasil. Eu convido”.

O vídeo de Pavinatto foi gravado durante sua participação no América Start Awards 2024, evento realizado em Nova York na última quinta-feira (12). A premiação, organizada por Igor Magalhães, homenageia marcas e empreendedores brasileiros que se destacam nos Estados Unidos.

Fonte: DCM

Bolsonarista Rodrigo Constantino anuncia que tem câncer

Rodrigo Constantino falando para a câmera, sério, de óculos
Jornalista Rodrigo Constantino – Reprodução

O comentarista político Rodrigo Constantino anunciou nesta sexta-feira (13) que foi diagnosticado com câncer. A notícia foi compartilhada em um vídeo publicado em suas redes sociais, no qual o apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou que a doença tem origem na língua e uma probabilidade de confirmação de 95%, aguardando apenas o resultado de uma biópsia.

Mesmo diante do diagnóstico, o jornalista demonstrou otimismo em suas declarações: “O que não mata, engorda e traz lições. Não vai me matar. Eu vou superar mais essa guerra e vou continuar lutando pelo meu país e pela minha família, acima de tudo”.

O comentarista reforçou ainda aos seguidores que pretende manter a transparência sobre sua condição de saúde. “Continuarei informando as pessoas que me apoiam. Não tenho nada a esconder. Já tive duas pessoas poderosas querendo me destruir”, afirmou.

Constantino também citou o jornalista britânico Christopher Hitchens, que enfrentou um diagnóstico semelhante, para ilustrar sua visão sobre o momento difícil. Ele relembrou a reflexão de Hitchens: “Quando Hitchens foi diagnosticado com a mesma doença, perguntou: ‘Por que eu?’. E depois perguntou novamente: ‘Por que não eu?’”.

“Aceito pessoas com vários tipos de deficiência. Mas só não suporto gente sem senso de humor”, completou o bolsonarista, que vive em Weston, na Flórida, desde 2015. O vídeo tem duração de cerca de 4 minutos, confira:

Fonte: DCM

Conmebol divulga datas dos jogos da Recopa Sul-Americana

Botafogo e Racing jogam por título em 20 e 27 de fevereiro de 2025

troféu, recopa sul-americana
© Divulgação/Conmebol/Direitos Reservados

A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) anunciou, nesta sexta-feira (13), que a Recopa Sul-Americana será disputada nos dias 20 e 27 de fevereiro de 2025. A disputa envolve o Botafogo, atual campeão da Copa Libertadores, e o Racing (Argentina), detentor do título da Copa Sul-Americana.



O confronto de ida, no dia 20 de fevereiro a partir das 21h30 (horário de Brasília), será disputado em Buenos Aires (Argentina). Já o jogo de volta, no dia 27 de fevereiro a partir das 21h30, terá como palco a cidade do Rio de Janeiro.

A disputa da Recopa Sul-Americana é mais uma oportunidade de o Alvinegro de General Severiano conquistar um troféu inédito, após a conquista da Copa Libertadores, no dia 30 de novembro sobre o Atlético-MG em Buenos Aires.

Fonte: Agência Brasil

PF prende Braga Netto por envolvimento em plano golpista


Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O general Braga Netto, ministro da Defesa no governo Bolsonaro, foi preso neste sábado (14). O nome do militar está entre os 37 indiciados pela Polícia Federal como participantes da trama golpista para impedir a posse de Lula (PT) após as eleições de 2022.

O bolsonarista estava em sua residência, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, e será levado ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.

Matéria em atualização

Fonte: DCM

Com Argentina 'insustentável' de Milei, estudantes de medicina voltam ao Brasil

O aumento dos preços no país vizinho foi agravado pela inflação descontrolada e pela desvalorização do peso argentino

Javier Milei no G20, Rio de Janeiro-RJ, 18/11/2024 (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Nos últimos anos, a Argentina atraiu milhares de brasileiros com o sonho de cursar medicina a custos acessíveis. No entanto, um cenário econômico desfavorável e a alta nos preços acabaram transformando esse sonho em um pesadelo para muitos. Segundo matéria do G1, dezenas de estudantes brasileiros decidiram abandonar o país e voltar ao Brasil, impulsionados pelo aumento do custo de vida e pela instabilidade financeira provocada pelas políticas econômicas do presidente argentino Javier Milei.

Entre os relatos de quem deixou o país está o de Danilo*, de 28 anos, que desembarcou na Argentina em 2022 cheio de expectativas. Ele conta que os primeiros anos foram promissores, mas a realidade começou a mudar drasticamente em 2023.

"O custo de vida se tornou insustentável, a mensalidade da universidade foi aumentando mês a mês e eu precisei gastar cada vez mais com moradia, transporte, alimentação e até material para a universidade", explica o jovem, que viu suas despesas saltarem de R$ 3,5 mil mensais para quase o triplo em setembro deste ano. Em outubro, sem alternativas, fez as malas e voltou para o Brasil.

◉ Impactos econômicos e sociais

O aumento dos preços no país vizinho foi agravado pela inflação descontrolada e pela desvalorização do peso argentino. Muitos estudantes brasileiros, que dependiam de apoio financeiro de familiares no Brasil ou de salários recebidos em reais, perderam o poder de compra. Além disso, as universidades privadas passaram a reajustar mensalidades de forma imprevisível, com valores que chegavam a dobrar de um mês para outro.

O cenário também afetou o mercado imobiliário, onde aluguéis começaram a ser cobrados em dólar, com contratos curtos e frequentes aumentos. Soma-se a isso o aumento de casos de xenofobia, como relata Marcela*, de 32 anos:
"Lá, infelizmente, sofremos muita xenofobia, discriminação, inclusive na faculdade, e aguentar tudo isso por anos longe da família não é fácil."

◉ O retorno ao Brasil: novas esperanças e desafios

De volta ao Brasil, muitos estudantes enfrentam o desafio de validar os anos de estudo cursados na Argentina e retomar a graduação em universidades brasileiras. Esse é o caso de Bruno*, de 33 anos, que cursava o quinto ano de medicina na Universidad Abierta Interamericana (UAI) e decidiu retornar antes de concluir o curso.

"Resolvi voltar porque os custos estavam insuportáveis. Aqui, já fui aprovado em uma universidade privada do interior de São Paulo e agora estou batalhando para transferir as disciplinas cursadas", afirma.

Para outros, como Marcela, o retorno também é uma forma de recuperar a saúde mental. Apesar de ainda sonhar em concluir a graduação, ela acredita que estudar no Brasil agora é mais viável:
"Hoje, lá, quem faz uma [universidade] particular gasta, ao todo, cerca de R$ 7 mil, R$ 8 mil, e a esse preço, a gente faz um esforço e estuda no nosso país."

◉ De crise a oportunidade

Os relatos de brasileiros que deixaram a Argentina evidenciam os impactos de uma crise que vai além da economia, afetando profundamente aspectos sociais e emocionais. Ao mesmo tempo, o retorno ao Brasil oferece a chance de recomeçar, mesmo em meio às dificuldades de validação de estudos e adaptação.

Enquanto alguns buscam novos horizontes em países como o Paraguai, outros veem no Brasil a possibilidade de realizar o sonho de se formar em medicina sem os altos custos e as pressões vividas no exterior. Para esses estudantes, a volta ao lar é, acima de tudo, um ato de resiliência e perseverança.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1