Dois dias após a aprovação do PL da Dosimetria na Câmara dos Deputados, em sessão que avançou pela madrugada, o impacto da votação sobre as redes sociais e a proximidade dos protestos marcados para o próximo domingo (14) modificaram o ambiente político no Senado. O tema, que tinha previsão de ser votado rapidamente, passou a enfrentar resistência crescente. Com informações da Veja.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, indicou que pretende cumprir o acordo firmado com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para colocar o texto em votação na próxima semana. Mesmo assim, líderes da Casa relataram desconforto em apreciar o projeto antes do início do recesso parlamentar.
Nos últimos dias, aumentou o grupo de senadores que defende o adiamento da análise. Até então, a expectativa predominante era de que o Senado encerraria a tramitação do projeto de forma acelerada, repetindo o ritmo adotado pela Câmara.
Interlocutores no Senado afirmam que o PL da Dosimetria pode ter destino semelhante ao da PEC da Blindagem, cuja tramitação foi interrompida depois de pressão externa. Parlamentares avaliam que a reação do público à aprovação do texto pelos deputados elevou a cautela entre os senadores.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar, solicitou a Alcolumbre que o projeto não fosse levado diretamente ao plenário e passasse antes por análise na comissão. Ele mencionou a necessidade de uma avaliação mais detalhada, argumento que pode embasar eventual adiamento.
Diante do cenário de indefinição no Senado, o governo Lula deve reiterar sua posição contrária ao PL da Dosimetria nos próximos dias, acompanhando a movimentação política e o calendário de debates previsto para a próxima semana.
Fonte: DCM com informações da revista Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário