quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Líder do PL ataca Moraes por decisão sobre perda de mandato de Carla Zambelli: "ditador psicopata"

Sóstenes Cavalcante vê abuso de autoridade após Moraes reverter decisão do plenário sobre Zambelli e acusa o ministro de ampliar a tensão entre os poderes

Líder do PL ataca Moraes por decisão sobre perda de mandato de Carla Zambelli: "ditador psicopata" (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a decisão que determinou a cassação imediata do mandato da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). A fala do parlamentar foi feita pouco depois de o ministro anular a votação realizada no plenário da Câmara, responsável por manter o mandato de Zambelli horas antes da decisão do STF. As informações são da CNN Brasil.

Críticas à decisão do ministro

Segundo Sóstenes Cavalcante, a intervenção de Moraes rompeu com a autonomia constitucional do Parlamento. "O ditador psicopata que hoje manda nos três Poderes voltou a atacar. Quando um ministro anula a decisão soberana da Câmara e derruba o voto popular, isso deixa de ser Justiça e vira abuso absoluto de poder", afirmou o deputado.

Decisão de Alexandre de Moraes

O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a cassação imediata de Zambelli nesta quinta-feira (11), revertendo a decisão da madrugada, quando 227 deputados votaram a favor da perda de mandato e 170 foram contrários — número insuficiente para alcançar a maioria absoluta de 257 votos.

Reação do PL e defesa da autonomia do Legislativo

Ao criticar o que chamou de excesso do Judiciário, Sóstenes reforçou que os parlamentares não aceitarão intimidação. "O Parlamento não será reduzido a enfeite. Vamos resistir no plenário, nas comissões e diante da nação", declarou.

Zambelli foi condenada a dez anos de prisão por participação na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desde julho, ela está presa na Itália, para onde fugiu após a condenação. A análise do caso passou primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde o relatório de Diego Garcia (Republicanos-PR), que pedia o arquivamento, foi rejeitado. Em seguida, a comissão aprovou novo parecer, de autoria de Claudio Cajado (PP-BA), favorável à cassação.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

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