sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Braço direito de Lira é alvo da PF por desvios de emendas parlamentares


       O ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). Foto: Reprodução

Braço direito do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) no esquema do orçamento secreto, a advogada Mariângela Fialek é alvo de uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (12), que apura irregularidades no uso de emendas parlamentares.

Conhecida como Tuca, ela teve a casa e o local de trabalho alvos de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos pontos visitados pelos policiais foi uma sala que, segundo os registros da Câmara, é destinada à Presidência da Casa. O espaço passou a ser utilizado por Mariângela em 2022, durante a gestão de Arthur Lira, e relatos apontam que era ali que ela tratava das emendas.

A ação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino e cumpre dois mandados em Brasília. A investigação apura os crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção.

Quem é o alvo da PF?
Mariângela Fialek foi assessora de Arthur Lira e também atuou como conselheira fiscal da Codevasf, órgão amplamente abastecido por emendas do orçamento secreto.

Braço-direito de Arthur Lira, assessora é conselheira da Codevasf
A advogada Mariângela Fialek. Foto: Reprodução
Segundo investigadores, Fialek é considerada a principal operadora de emendas parlamentares na Câmara. Mesmo após a saída de Lira da presidência da Casa, ela teria mantido influência na gestão de verbas extras, controlando planilhas de distribuição de recursos negociados politicamente — fora das emendas individuais previstas em lei.

Tuca também é apontada como responsável por administrar um novo esquema de distribuição de verbas no Ministério da Saúde, com repasses que beneficiariam aliados do governo e a cúpula do Congresso, além de controlar emendas de comissão.

Funcionária experiente da Câmara, Fialek ocupa cargo de natureza especial, com remuneração bruta de R$ 23,7 mil.

Fonte: DCM

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