terça-feira, 28 de outubro de 2025

Bolsonaro tentará anular condenação na 2ª Turma do STF

Estratégia aposta em revisão criminal para anular ou reduzir pena de 27 anos por golpe de Estado, após embargos de declaração na 1ª Turma

       Jair Bolsonaro - 24/03/2025 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O ex-presidente Jair Bolsonaro articula uma nova ofensiva no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar a condenação a 27 anos de prisão pelo crime de golpe de Estado. Paralelamente aos embargos de declaração já apresentados, aliados defendem um movimento considerado mais promissor: transferir o caso para apreciação da 2ª Turma do tribunal, onde avaliam haver um ambiente mais favorável ao ex-mandatário

Segundo o jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, a estratégia passa por um pedido de revisão criminal — mecanismo previsto para reavaliar sentença penal com trânsito em julgado quando há alegação de erro judicial, com possibilidade de anular a decisão ou reduzir a pena.

A manobra jurídica mira uma brecha regimental. Integrantes da defesa e juristas próximos a Bolsonaro citam os artigos 75 e 76 do Regimento Interno do STF para sustentar que o colegiado responsável pela condenação não deveria ser o mesmo a revisar o processo.

O dispositivo estabelece que, quando a decisão é da Turma, os embargos são distribuídos entre ministros da outra Turma; e, para ações rescisórias e revisões criminais, vale o mesmo critério de distribuição previsto no artigo anterior. Na avaliação do grupo, esse desenho abre caminho para que a revisão seja analisada pela 2ª Turma.

O plano seria deflagrado após a 1ª Turma — integrada por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino — examinar os embargos de declaração protocolados nesta semana. A expectativa entre aliados é de rejeição dos embargos, etapa que destravaria a tentativa de revisão criminal. A revisão, nessa configuração, seguiria para a 2ª Turma, composta por André Mendonça, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques e Luiz Fux.

No cálculo político-jurídico de apoiadores de Bolsonaro, três nomes pesariam a favor do ex-presidente em um eventual novo julgamento: André Mendonça e Kassio Nunes Marques, indicados por ele ao Supremo, e Luiz Fux, que já havia votado pela sua absolvição quando integrava a 1ª Turma. Ainda conforme esse ambiente, Dias Toffoli é tratado como incógnita, enquanto Gilmar Mendes é visto como a principal resistência à tese da defesa.

A revisão criminal difere dos embargos de declaração que tramitam na 1ª Turma. Enquanto os embargos se destinam a esclarecer obscuridades, contradições ou omissões do acórdão, sem, em regra, alterar o mérito, a revisão criminal permite reabrir a análise do caso após o trânsito em julgado, desde que demonstrados vícios ou erros que comprometam a justiça da condenação. É nesse instrumento que a defesa de Bolsonaro deposita a chance de reverter o resultado que lhe impôs 27 anos de reclusão.

O movimento também é acompanhado por outros condenados no mesmo processo que ficou conhecido como “trama golpista”. A orientação é aguardar o desfecho dos embargos na 1ª Turma para, em seguida, ingressar de maneira coordenada com as revisões criminais. Em paralelo, o entorno político de Bolsonaro trabalha para consolidar a narrativa de que houve falhas no julgamento e que o reexame pela 2ª Turma atenderia ao que prevê o regimento do Supremo.

A composição da 2ª Turma é um dos trunfos apontados pelos articuladores. Entre cinco ministros, aliados do ex-presidente avaliam que há maioria potencial para reconhecer nulidades ou, ao menos, reduzir a pena. A leitura interna é de que um eventual voto de Dias Toffoli pela anulação da condenação deixaria Gilmar Mendes isolado no colegiado. Esse cenário, porém, é incerto e depende do conteúdo que será apresentado na revisão criminal e da interpretação de cada ministro sobre os limites do regimento e do instituto revisional.

Enquanto isso, o processo segue seu rito na 1ª Turma. Os embargos de declaração, apresentados nesta segunda-feira (27), serão analisados pelos ministros do colegiado, que podem acatar, rejeitar ou, em hipóteses específicas, modular efeitos. A defesa tenta mostrar que há pontos decisivos a serem esclarecidos no acórdão condenatório. Superada essa fase, a aposta é deslocar o tabuleiro para a 2ª Turma, onde a defesa pretende invocar o regimento para redesenhar a relatoria e a composição do julgamento.

Fonte: Brasil 247

Noblat manda recado para Bolsonaro: é melhor “jair” se acostumando

Ex-presidente enfrenta depressão, isolamento e vê seus recursos no STF chegarem ao fim

Ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília onde cumpre prisão domiciliar - 03/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

A defesa de Jair Bolsonaro apresentou, na noite de ontem, um novo recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a condenação do ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão. Ele foi sentenciado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta da democracia, organização criminosa e danos ao patrimônio público e a bens tombados.

Segundo o jornalista Ricardo Noblat, do Metrópoles, o recurso dificilmente terá algum efeito prático. A Primeira Turma do Supremo — composta pelos ministros Flávio Dino, Cristian Zenin, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes — deve rejeitar a tentativa de reverter a condenação. O quinto membro, Luiz Fux, que votou anteriormente pela absolvição de Bolsonaro, solicitou transferência para a Segunda Turma e, mesmo que venha a votar, deve novamente ser voto vencido.

Na nova composição da Segunda Turma, Fux passará a atuar ao lado de André Mendonça e Nunes Marques, ambos indicados por Bolsonaro. A ala considerada independente continuará formada por Gilmar Mendes e José Dias Toffoli. A expectativa é de que o último recurso da defesa também seja negado, mantendo a condenação. Com isso, caberá ao ministro Alexandre de Moraes decidir o início do cumprimento da pena em regime fechado.

Enquanto aguarda o desfecho jurídico, Bolsonaro enfrenta um momento pessoal difícil. Após uma longa crise de soluços que o acompanhou por mais de 30 dias, o ex-presidente estaria agora em profunda depressão, de acordo com pessoas próximas. Segundo a coluna, ele tem chorado com frequência — tanto pela prisão iminente quanto pelo fracasso da proposta de anistia no Congresso.

Outro golpe emocional veio do exterior. Bolsonaro se sente traído pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de quem sempre foi admirador. Ele acreditava que o norte-americano o apoiaria publicamente e pressionaria o STF, mas viu Trump se aproximar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive em temas econômicos e diplomáticos.

Ainda segundo o Metrópoles, Trump chegou a se solidarizar com Bolsonaro por vê-lo como “perseguido político”, mas mudou de posição ao perceber que Lula viveu situação semelhante antes de retornar ao poder. Agora, os dois presidentes mantêm diálogo sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos à importação de produtos brasileiros — uma negociação sem prazo definido para terminar.

Diante do isolamento político e pessoal, Noblat conclui que é melhor Bolsonaro já ir “se acostumando” com o novo cenário. O colunista afirma que o ex-presidente passará o Natal e o Réveillon de 2025 sozinho, enquanto seus filhos seguem caminhos próprios: Flávio tentará a reeleição ao Senado pelo Rio de Janeiro, Carlos planeja disputar o Senado por Santa Catarina e Eduardo teria planos de viver na Disney.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

CPMI do INSS ouve empresário e piloto nesta terça-feira Fonte: Agência Senado


Comissão parlamentar mista de inquérito se reúne nesta terça-feira para novos depoimentos - Edilson Rodrigues/Agência Senado

A CPMI do INSS ouve nesta terça-feira (28), a partir das 9h, os depoimentos do empresário Domingos Sávio de Castro e do piloto Henrique Traugott Binder Galvão.

Vários requerimentos aprovados pelo colegiado requisitaram o depoimento de Domingos Sávio de Castro. Segundo o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), o empresário tem relações financeiras com entidade associativa que teria enviado valores a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS.

Castro seria sócio e ex-sócio de empresas como a DM&H Assessoria Empresarial e Corretora de Seguros LTDA., que teria repassado R$ 2 milhões a Antunes. Ele também seria sócio do Careca do INSS na ACDS Call Center.

Além disso, segundo requerimentos, investigações sobre a fraude aponta que Castro seria procurador da Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas da Nação (Abapen) e teria recebido da Associação Brasileira dos Contribuintes do Regime Geral da Previdência Social (Abrasprev) a quantia de R$ 540,5 mil.

Voos

Henrique Traugott Binder Galvão será ouvido pelos senadores e deputados por ser um dos pilotos que mais fez voos em aeronaves ligadas a Silas da Costa Vaz, vinculado à Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer).

Por ter conhecimento de quem utilizava as aeronaves como passageiro, o piloto pode "oferecer informações relevantes sobre possíveis conexões com práticas fraudulentas que afetaram milhões de aposentados e pensionistas”, justifica o relator Alfredo Gaspar no requerimento para a oitiva.

A comissão parlamentar de inquérito é presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG).

Fonte: Agência Senado

Foto de Lula com Trump bate recorde de engajamento nas redes, diz Quaest

Imagem do encontro entre o presidente brasileiro e Donald Trump superou todas as anteriores

Presidente Lula durante reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN em Kuala Lampur, Malásia. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

A imagem divulgada neste domingo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que ele aparece apertando a mão do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma reunião na Malásia, tornou-se o maior fenômeno de engajamento da sua trajetória nas redes sociais.

De acordo com levantamento Quaest publicado pelo jornal O Globo, a fotografia registrou recordes em todas as métricas analisadas pela nova ferramenta QuaestScan, criada para rastrear imagens e áudios em redes sociais. Foram 72 milhões de visualizações, 778 mil menções, 22 milhões de curtidas e 7,5 milhões de compartilhamentos em plataformas como Instagram, X (antigo Twitter), TikTok e Facebook.

● Comparação com o antigo recorde

Até então, o posto de imagem mais popular de Lula nas redes era ocupado pela foto em que ele aparece de sunga, abraçado à esposa Janja da Silva, publicada em agosto de 2021. Na época, o registro — também feito pelo fotógrafo oficial Ricardo Stuckert — havia alcançado 65 milhões de visualizações, 4,6 milhões de menções, 19 milhões de curtidas e 7 milhões de compartilhamentos.

● “A política como imagem”

O cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes, avaliou que o encontro entre Lula e Trump simboliza o novo papel das redes sociais na diplomacia contemporânea.

“O encontro Lula-Trump mostra que a diplomacia do século XXI acontece nas redes e nas mesas de negociação. A foto publicada e amplamente visualizada é um exemplo claro da política como imagem, que mesmo sem legenda fala sobre o que aconteceu. O sorriso, a postura, o aperto de mão, tudo é simbólico”, analisou.

● Sentimentos e disputas narrativas

A pesquisa também examinou as reações do público entre 21 e 27 de outubro, com base nas menções ao encontro nas redes sociais. Segundo o levantamento, 54% das publicações foram neutras, 26% positivas e 20% negativas.

Para Nunes, os dados revelam um retrato da disputa simbólica entre campos políticos no ambiente digital. “A direita tentando emplacar a menção a Bolsonaro. A esquerda tentando comemorar a virada. A maioria observando”, afirmou o diretor da Quaest.

 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Governo Lula comemora fracasso dos bolsonaristas após encontro com Donald Trump

Reunião entre Lula e o presidente dos Estados Unidos desmente previsões da oposição sobre o papel de Marco Rubio nas negociações do tarifaço

      Trump e Lula (Foto: Reuters/AG.BRASIL/Evelyn Hockstein)


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou, nos bastidores, o que classificou como o “fracasso” das previsões feitas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a atuação do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. A avaliação veio após o encontro presencial entre Lula e o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizado neste domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia, à margem da 47ª Cúpula de Líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

De acordo com a Coluna do Estadão, o clima entre os dois líderes foi positivo, contrariando as apostas bolsonaristas de que Rubio seria um obstáculo às negociações sobre o “tarifaço”. Um integrante do governo brasileiro, ouvido pela coluna, resumiu o sentimento de satisfação com uma frase direta: “Os fatos falam por si”.

☉ Previsões frustradas e ironia nos bastidores

Após uma ligação telefônica entre Lula e Trump no início do mês, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) havia celebrado a escolha de Rubio como interlocutor americano, chamando a decisão de um “golaço”. Segundo o parlamentar, o perfil ideológico do secretário de Estado dificultaria as conversas com o Brasil.

Nos corredores de Brasília, porém, o tom foi de ironia. Membros do governo brincaram dizendo que o “filho Zero Três” do ex-presidente “só faz gol contra”, em referência ao otimismo infundado da oposição diante da nomeação de Rubio.

☉ Relações diplomáticas e bastidores das negociações

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, manteve desde o início uma postura confiante nas tratativas com o secretário de Estado norte-americano. Segundo o Estadão, Vieira e Rubio se reuniram ainda em julho, logo após o anúncio do tarifaço, em um encontro reservado na Casa Branca.

O governo apostava na boa relação entre os dois diplomatas para neutralizar as articulações de Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde o começo do ano tentando promover sanções contra autoridades brasileiras.

☉ Amorim minimiza riscos

O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, também havia minimizado qualquer risco de tensão. Em entrevista à Coluna do Estadão, ele afirmou: “Não preocupa”, explicando que Rubio “agiria de forma técnica e seguiria as orientações do chefe da Casa Branca”.

Essa avaliação se confirmou. Em 16 de outubro, Mauro Vieira e Marco Rubio voltaram a se reunir na Casa Branca, preparando o terreno para o encontro entre Lula e Trump.

☉ Encontro em Kuala Lumpur marca avanço nas relações

Durante a reunião em Kuala Lumpur, tanto Lula quanto Donald Trump descreveram o diálogo como produtivo. “Tivemos uma boa reunião. Vamos ver o que acontece. Não sei se algo vai acontecer, mas vamos ver. Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver, agora eles estão pagando acho que 50% de tarifa. Mas tivemos uma ótima reunião”, declarou o presidente dos Estados Unidos a jornalistas.

Com o clima amistoso entre os dois líderes, o governo brasileiro interpreta o episódio como um sinal de avanço nas negociações comerciais e de fortalecimento da relação bilateral. Ao mesmo tempo, vê o desfecho como a confirmação de que as previsões bolsonaristas sobre Marco Rubio não se sustentaram.

Fonte: Brasil 247 com informações da Coluna do Estadão

Ministros do STF descartam chance de Fux tornar Bolsonaro elegível

Magistrados afirmam que tentativa de reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro é juridicamente impossível segundo a Lei da Ficha Limpa

       PGR, Luiz Fux (círcula, à esq.), Jair Bolsonaro e o STF (Foto: Divulgação)

A possibilidade de o ministro Luiz Fux conseguir reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro é considerada impossível por integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). A avaliação foi revelada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que ouviu ministros da Corte a respeito do tema.

Segundo a apuração publicada pela Folha, mesmo que Fux tentasse levar o recurso à Segunda Turma — vista como mais favorável ao ex-presidente —, o caso não seria apreciado por esse colegiado. Isso porque o processo deve permanecer onde foi originalmente distribuído, conforme o regimento interno do tribunal.

Ministros da Primeira Turma lembram que, ainda que Fux alterasse seu colegiado, o julgamento teria de ocorrer na mesma turma que recebeu o recurso inicialmente. Esse entendimento torna a manobra inviável e, na prática, impede qualquer reviravolta processual.

Além disso, magistrados ressaltam que Bolsonaro foi condenado criminalmente por decisão colegiada — o que, segundo a Lei da Ficha Limpa, o torna inelegível por oito anos. Essa mesma condição, afirmam, inviabiliza qualquer tentativa de afastar o cumprimento da pena de prisão a que foi sentenciado.

A análise interna no Supremo reforça o entendimento de que não há base legal para que o tribunal altere a decisão que retirou Bolsonaro da disputa eleitoral de 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Ministro venezuelano elogia Lula por defender a Venezuela diante das pressões dos EUA

Diosdado Cabello destacou a importância da posição do presidente brasileiro e pediu união da América Latina contra ameaças externas

Diosdado Cabello,,vice-prwsidente do PSUV e ministro da Segurança do governo venezuelano, defende diplomacia de paz (Foto: Prensa Latina )

O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Diosdado Cabello, elogiou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao se manifestar contra as pressões e agressões dos Estados Unidos sobre o governo venezuelano. A declaração foi feita nesta segunda-feira (27) durante uma coletiva da Direção Nacional do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), em Caracas.

Segundo informações divulgadas pela RT Brasil, Cabello afirmou que considera fundamental o gesto de solidariedade de Lula, destacando o papel do Brasil na defesa da integração regional.

É bom que o presidente Lula se preocupe com a Venezuela e o Caribe, porque somos vizinhos do Brasil. Concordo que ele levante sua voz, não para dizer ‘sim, senhor’, mas para defender a nossa América, a Pátria Grande como um todo”, afirmou o ministro.

Durante a coletiva, o dirigente venezuelano ressaltou que o apoio internacional à Venezuela vem crescendo, com manifestações de solidariedade de personalidades e movimentos sociais de diferentes países.
“Recebemos solicitações todos os dias. Isso pode se transformar em uma causa continental e até ir além”, disse Cabello, ao comentar o aumento das demonstrações de apoio ao povo venezuelano diante das ameaças externas.

O ministro destacou ainda que o momento é de união entre os países latino-americanos para enfrentar as tentativas de desestabilização promovidas por potências estrangeiras. Para ele, o posicionamento do presidente brasileiro fortalece o diálogo e reafirma o compromisso histórico de solidariedade entre os povos da região.

A declaração de Diosdado Cabello ocorre em meio a novas agressões dos Estados Unidos à Venezuela, após o governo dos Estados Unidos intensificar as pressões econômicas, políticas e militares sobre a Venezuela.

O gesto de Lula foi recebido em Caracas como sinal de apoio à soberania venezuelana e à integração latino-americana.

Fonte: Brasil 247

Sinais de desinflação impulsionam queda dos juros futuros no Brasil

Expectativas de inflação menores e política conservadora do Banco Central reforçam apostas em cortes da Selic a partir de janeiro

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante coletiva de imprensa, em Brasília - 27/03/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O mercado financeiro brasileiro vive um momento de alívio. As taxas de juros futuros recuaram de forma expressiva, atingindo o menor patamar em um ano, em meio a sinais consistentes de desinflação e à melhora das expectativas inflacionárias. Segundo reportagem do Valor Econômico, investidores voltaram a demonstrar otimismo com a possibilidade de cortes na taxa Selic a partir do início de 2026, movimento sustentado por revisões mais brandas no Boletim Focus e pela estabilidade cambial.

Na última semana, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2029 caiu de 13,46% para 13,045%, chegando a tocar 12,97% em determinado momento — o menor nível desde novembro de 2024. O avanço da desinflação, aliado à redução nos preços da gasolina anunciada pela Petrobras, vem contribuindo para um ambiente mais favorável no mercado de juros.

☉ Expectativas mais baixas e credibilidade do BC

As projeções de inflação de longo prazo também recuaram. O Boletim Focus mostra que a mediana das estimativas para o IPCA de 2026 caiu de 4,29% para 4,20%, enquanto as de 2028 recuaram de 3,70% para 3,54%. Para analistas, o movimento sinaliza um ganho de confiança na atuação do Banco Central. “Isso pode ser um sinal de que o trabalho do Banco Central está ganhando mais credibilidade”, afirmou um trader de renda fixa ouvido pelo jornal.

Marcelo Bacelar, gestor da Azimut Brasil Wealth Management, destacou que a surpresa positiva nos índices recentes reforçou a tendência de queda das taxas. “Dada a surpresa para baixo no IPCA de setembro, no IPCA-15 de outubro e as revisões do Focus para baixo nos horizontes mais longos, isso tem ajudado a curva de juros”, avaliou.

☉ Política monetária firme sustenta cenário otimista

Segundo Bacelar, a postura mais “hawkish” — ou seja, conservadora — do Banco Central tem ajudado a reduzir a inclinação da curva de juros. “Quanto mais o BC fica parado, mais a curva perde inclinação. E esse deveria, de fato, ser o correto, embora tenhamos incertezas pela frente”, comentou, ao lembrar que 2026 será um ano eleitoral, o que traz riscos à política fiscal.

Grandes instituições financeiras também estão se posicionando para aproveitar o momento. O J.P. Morgan, por exemplo, mantém uma aposta de queda na taxa do DI para janeiro de 2030, mirando o nível de 12,25%, enquanto a cotação atual está em 13,18%.

☉ Cortes na Selic ganham força no horizonte

O estrategista e economista-chefe da AZ Quest, André Muller, avalia que a redução nas expectativas de inflação e nas medidas “implícitas” do mercado dará mais segurança para o Banco Central iniciar um ciclo de cortes em janeiro. “A continuidade do que temos visto nos últimos meses deveria dar condições para o BC cortar de maneira crível, sem colocar em risco a ancoragem das expectativas”, afirmou.

Para Muller, a autoridade monetária tem sido “muito competente” ao manter o controle das expectativas inflacionárias de longo prazo. A AZ Quest projeta que a taxa Selic pode cair para 10,50% até o fim de 2026, abaixo do consenso do mercado, que prevê algo entre 12% e 12,5%.

☉ Cautela com o cenário eleitoral e inflação implícita

Guilherme Baran, gestor da SulAmérica Investimentos, pondera que será necessário um desaquecimento mais acentuado da economia para ampliar as apostas em cortes mais profundos na Selic. Ele também chama atenção para a diferença entre o que o Focus projeta e o que o mercado precifica como inflação “implícita”.

Com base na NTN-B com vencimento em agosto de 2026, Baran calcula que o mercado espera uma inflação de 3,75% para o próximo ano, contra 4,20% no Focus. “Geralmente, o prêmio de inflação se opera para cima no Brasil, mas em anos eleitorais esse risco vai para o outro lado”, afirmou, ao lembrar que o governo pode adotar medidas artificiais para conter preços.

Apesar da melhora, a SulAmérica reduziu sua exposição ao risco nos mercados de juros após a forte queda das taxas. Já a AZ Quest segue apostando em posições aplicadas nas taxas prefixadas de curto prazo e nos juros reais de médio prazo, reforçando a visão de que o ciclo de desinflação e a postura firme do Banco Central podem sustentar um ambiente mais previsível nos próximos meses.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

STF marca para 7 de novembro julgamento de recursos de Bolsonaro e aliados

Corte analisará embargos apresentados pela defesa do ex-presidente e de outros sete condenados por tentativa de golpe de Estado

       Ministros do STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)


O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 7 de novembro o julgamento dos recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e por outros sete condenados no processo que apura a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. As informações são do g1.

O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, pediu que o presidente da Primeira Turma do STF, ministro Flávio Dino, agendasse a apreciação dos chamados embargos de declaração. Esse tipo de recurso não modifica a condenação, mas busca esclarecer eventuais omissões, contradições ou erros de cálculo nas sentenças — o que, em alguns casos, pode resultar em pequenas reduções de pena.

● Recursos e questionamentos das defesas

O prazo para apresentação dos recursos terminou nesta segunda-feira, e sete dos oito réus recorreram. O único a não fazê-lo foi o tenente-coronel Mauro Cid, que manteve os benefícios de seu acordo de delação premiada, com pena de dois anos de prisão em regime aberto.As defesas apontaram erros nos cálculos das penas aplicadas pela Primeira Turma e alegaram omissões no acórdão que condenou Bolsonaro e seus ex-ministros. A defesa do ex-presidente mencionou, ao menos seis vezes, o voto vencido do ministro Luiz Fux, que considerou que Bolsonaro teria agido para conter os atos golpistas.

“Ao não enfrentar tais fundamentos, o acórdão incorre em omissão relevante e qualificada, violando o dever constitucional de motivação”, argumenta a defesa de Bolsonaro.

Outro ponto levantado pelos advogados foi a falta de clareza sobre os critérios usados para fixar a pena de 27 anos e 3 meses de prisão.

“Não se sabe o que significou cada uma das circunstâncias consideradas pelo ministro relator como ‘amplamente desfavoráveis’. É indiscutível que, a partir de circunstâncias valoradas negativamente, chegou-se, sem qualquer cálculo, a um elevado aumento da sanção”, afirmaram os defensores.

● Condenações e próximos passos

Em setembro, por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF concluiu que Bolsonaro chefiou uma organização criminosa com o objetivo de permanecer no poder mesmo após a derrota eleitoral. As penas variam de 16 a 27 anos de prisão.

Veja as condenações:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente: 27 anos e 3 meses de prisão, mais multa de 124 dias;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil: 26 anos e 6 meses;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça: 24 anos;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha: 24 anos;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI: 21 anos;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa: 19 anos;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e deputado federal: 16 anos, 1 mês e 15 dias;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens: 2 anos, com benefícios de delação premiada.

Após o julgamento dos embargos, as defesas ainda poderão apresentar novos recursos. No entanto, caso sejam considerados protelatórios, o Supremo poderá determinar o início imediato do cumprimento das penas.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula retorna ao Brasil e deve definir indicação ao STF

Após viagem à Ásia, expectativa cresce sobre nomeação de Jorge Messias ao STF e articulações políticas no Senado

Lula e Jorge Messias (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca no Brasil nesta terça-feira (28), após uma série de compromissos oficiais na Ásia. De volta ao país, o chefe do Executivo deve enfrentar uma das decisões mais aguardadas de seu governo: a escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que ocupará a vaga deixada por Luís Roberto Barroso.

De acordo com informações do Metrópoles, antes da viagem ao continente asiático, Lula havia indicado a auxiliares e ministros que pretendia nomear publicamente o advogado-geral da União, Jorge Messias, como sucessor de Barroso na Corte. No entanto, a decisão acabou sendo adiada e deverá ser tomada nos próximos dias, em meio a intensas articulações políticas em Brasília.

☉ Jorge Messias é o favorito de Lula

Jorge Messias, atual advogado-geral da União, desponta como o principal nome cotado para o Supremo. Conhecido por sua trajetória técnica e por manter um perfil discreto, Messias conta com apoio dentro do governo e até de setores da oposição. Ainda assim, aliados do Planalto reconhecem que a aprovação no Senado não será simples, uma vez que o nome do indicado precisa ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aprovado pela maioria dos 81 senadores.

A decisão de Lula ganhou novos contornos após uma reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), realizada no Palácio da Alvorada, na véspera da viagem presidencial. Segundo um interlocutor ouvido pelo Metrópoles, “se a conversa tivesse sido tudo bem, o presidente teria indicado o Messias antes da viagem”.

☉ Bastidores e disputas no Senado

Nos bastidores do Congresso, há quem defenda outro nome para a cadeira no STF: o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado. Alcolumbre, responsável por pautar a sabatina e a votação dos indicados à Corte, seria um dos principais articuladores dessa alternativa.

O próprio Pacheco ainda alimenta a esperança de ser escolhido por Lula e deve se reunir com o presidente assim que ele retornar ao país. Caso Messias seja o nome confirmado, o aval de Alcolumbre será essencial para garantir uma tramitação célere da indicação — ou, ao contrário, poderá atrasar o processo, como ocorreu no governo anterior com o então indicado André Mendonça.

Questionado sobre o assunto, Alcolumbre respondeu de forma enigmática aos jornalistas: “Se o cara estiver morto, ele está vivo. Se o cara está vivo, ele está morto. O ‘se’ é muito complicado”.

☉ O cálculo político por trás da escolha

Para Lula, o futuro de Pacheco também tem peso estratégico. O presidente tem interesse em vê-lo disputar o governo de Minas Gerais em 2026, estado considerado decisivo para qualquer eleição nacional. Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, Pacheco aparece bem posicionado nas sondagens de intenção de voto.

Durante sua passagem pela Malásia, Lula foi questionado sobre o momento da nomeação ao STF e preferiu adiar o anúncio: “Deixa eu chegar ao Brasil primeiro, deixa eu chegar”, disse o presidente a jornalistas.

☉ Apoio evangélico e respaldo político

Entre os pontos que fortalecem o nome de Messias está o fato de ele ser evangélico, grupo no qual Lula busca ampliar sua base de apoio. No dia 16 de outubro, o presidente se reuniu com os bispos Manoel Ferreira e Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus, e com o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), além da ministra Gleisi Hoffmann. O encontro foi interpretado como um gesto de aproximação com o segmento religioso.

O líder do Republicanos no Senado, Mecias de Jesus (Republicanos-RR), também manifestou apoio ao advogado-geral da União. “A indicação de um ministro do STF é uma decisão que exige equilíbrio, preparo e compromisso com o país. Acredito na capacidade técnica e na competência de Jorge Messias, que tem feito um grande trabalho na AGU. Por isso, vou votar e trabalhar para que ele seja eleito ministro do Supremo”, afirmou o parlamentar.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Governistas ironizam Eduardo Bolsonaro após erros sobre Rubio: “Só faz gol contra”


    Mauro Vieira e Marco Rubio conversam na Casa Branca. Foto Embaixada do Brasil em Washington

Após o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizado no domingo (26) na Malásia, integrantes do governo comemoraram o que chamaram de “fracasso” da previsão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, em especial o do deputado federal foragido Eduardo, sobre o papel de Marco Rubio nas negociações comerciais. O secretário de Estado americano participou das tratativas que buscam reduzir as tarifas impostas a produtos brasileiros. Com informções do Estadão.

Um integrante do governo afirmou que “os fatos falam por si”, em referência à participação de Rubio nas articulações. No início de outubro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) havia classificado como “golaço” a escolha de Rubio para conduzir o diálogo, por considerar que o republicano criaria obstáculos ao Brasil. Agora, entre auxiliares de Lula, a piada é que o filho “Zero Três” do ex-presidente “só faz gol contra”.

O governo já apostava na boa relação entre o chanceler Mauro Vieira e Rubio para avançar nas conversas. O ministro das Relações Exteriores e o secretário americano se reuniram de forma reservada em julho, pouco após o anúncio das sobretaxas. Desde então, o Itamaraty tem buscado neutralizar as tentativas de Eduardo Bolsonaro de influenciar decisões políticas nos Estados Unidos.

O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, também minimizou o impacto político da escolha de Rubio. Após a ligação entre Lula e Trump, ele afirmou que o republicano deve atuar de forma técnica e seguir orientações da Casa Branca, sem interferências ideológicas.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o “Zero Três”, deputado federal foragido nos EUA. Foto: reprodução

No último dia 16, Mauro Vieira e Marco Rubio se reuniram na Casa Branca para abrir caminho ao encontro entre Lula e Trump. A conversa presencial entre os presidentes ocorreu no domingo (26), em Kuala Lumpur, durante a 47ª Cúpula de Líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Nesta segunda-feira (27), Trump disse a jornalistas que o diálogo com Lula foi “muito bom” e indicou que as negociações sobre as tarifas estão em andamento. “Tivemos uma boa reunião. Vamos ver o que acontece. Eles gostariam de fechar um acordo”, declarou o presidente norte-americano.

Fonte: DCM com informações do Estadão

Trump vê Lula como “vitorioso” e classifica Bolsonaro como “perdedor”; entenda


   Trump e Lula em encontro na Malásia. Foto: reprodução

Fontes em Washington afirmaram que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria se afastado de Jair Bolsonaro e se aproximado de Luiz Inácio Lula da Silva por considerá-lo um “perdedor”. O republicano, segundo os relatos, tem repulsa a figuras políticas que perderam influência e passou a enxergar Lula como “vitorioso” no cenário internacional e com força para se reeleger. Com informações de Lourival Santana, da CNN.

Ainda conforme as fontes, os preços altos de produtos brasileiros como carne e café contribuíram para a mudança de postura de Trump, mas o fator decisivo foi a percepção de vitória. O presidente americano teria reorganizado seu discurso para se alinhar a Lula, identificando no petista um líder que, assim como ele, enfrentou processos judiciais e retomou protagonismo político.


Durante o encontro entre os dois líderes neste domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia, Trump perguntou a Lula sobre o período em que esteve preso e ouviu com atenção sua narrativa. O americano teria comentado que viveu algo semelhante e ressaltado que ambos “deram a volta por cima”. A conversa ocorreu à margem da Cúpula de Líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Segundo interlocutores, Trump tem histórico de desprezo por “perdedores” e facilidade em reavaliar alianças conforme a conveniência. Em 2015, durante a campanha presidencial, ele chegou a ironizar o senador John McCain por ter perdido as eleições e o chamou de “fracassado”. O comportamento, afirmam as fontes, é o mesmo que agora distancia o republicano de Bolsonaro.

Trump teria se mostrado surpreso ao saber, durante a reunião com Lula, que sanções impostas pelos Estados Unidos atingiram até familiares de ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre Padilha. O americano, no entanto, teria sinalizado que as tarifas comerciais aplicadas ao Brasil podem ser revistas, embora as sanções políticas devam ser mantidas.

Para assessores de Lula, a aproximação de Trump representa um reposicionamento estratégico do governo americano. O gesto também reforça a imagem internacional de Lula como figura de diálogo e liderança, após um encontro descrito como cordial e de tom político moderado entre os dois presidentes.

Fonte: DCM com informações da CNN Brasil

Bolsonaro apresenta recurso para derrubar condenação pelo STF e cita voto de Fux

Ex-presidente foi condenado a mais de 27 anos por liderar a trama golpista

O ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, em Brasília-DF - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou nesta segunda-feira (27) um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) contestando sua condenação por liderar a trama golpista. A intentona bolsonarista buscou reverter a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022 e culminou nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Segundo informações da Folha de São Paulo, os advogados de Bolsonaro alegam que o julgamento do STF foi marcado por suposto "cerceamento de defesa" e contestam a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, além de um suposto "erro jurídico" na aplicação das penas.

Os advogados se basearam no voto do ministro Luiz Fux, o único a divergir dos demais ministros no julgamento na Primeira Turma do STF, de acordo com a reportagem.

O prazo para que o núcleo central da trama golpista apresente recurso contra o julgamento do Supremo, que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a mais de 27 anos por liderar o plano, termina nesta segunda-feira. Os demais sete condenados podem apresentar seus recursos até 23h59.

Fonte: Brasil 247