quarta-feira, 21 de maio de 2025

Ex-comandante da FAB confirma ao STF que prisão de Alexandre de Moraes foi cogitada em 'brainstorm' com Bolsonaro

Carlos Baptista Júnior relatou ao STF que a hipótese golpista foi discutida entre comandantes das Forças Armadas e o então presidente

     Paulo Sergio Nogueira, Braga Netto, Jair Bolsonaro, Almir Garnier Santos e Carlos de Almeida                      Baptista Junior (Foto: Reprodução/Twitter)

Em depoimento prestado nesta terça-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), confirmou que a possibilidade de prender o ministro do STF Alexandre de Moraes, à época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi aventada durante um “brainstorm” - termo em inglês que se refere a uma sessão de troca de ideias - realizado com os demais comandantes militares e Jair Bolsonaro (PL). As informações ão do UOL.

O ex-comandante, contudo, relatou que durante o encontro foi ponderado que uma eventual prisão de Moraes seria inócua, pois ele seria rapidamente libertado pelo próprio Supremo. “Amanhã o STF vai dar o habeas corpus para soltar ele e nós vamos fazer o quê? Vamos prender os outros?”, teria questionado um dos presentes, segundo Baptista Júnior.

O brigadeiro afirmou ainda que, ao longo das reuniões com Bolsonaro e os outros chefes militares, foram tratadas “hipóteses golpistas” e não apenas discussões sobre o uso das Forças Armadas para manter a ordem durante o período de transição presidencial. “Isso era no brainstorm das reuniões, isso aconteceu. Eu lembro que houve essa cogitação de prender o ministro Alexandre de Moraes”, reiterou. Durante o depoimento, ao ser questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, se houve menções à prisão de outros ministros do Supremo, Baptista Júnior respondeu que sim e voltou a citar diretamente o nome de Moraes.

O ex-comandante relatou ter participado de cinco encontros com Jair Bolsonaro em novembro de 2022, nos dias 2, 12, 14, 22 e 24, logo após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, em que Lula (PT) foi eleito. Nessas ocasiões, estiveram presentes os comandantes das três Forças, além do então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. Baptista Júnior afirmou não se lembrar da presença do então ministro da Justiça, Anderson Torres, nas reuniões.

Inicialmente, conforme relatou ao STF, o objetivo das Forças Armadas seria conter possíveis distúrbios sociais, diante da ameaça de greves de caminhoneiros e do surgimento de acampamentos em frente a quartéis. A ideia seria aplicar operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). No entanto, a partir de 11 de novembro, o militar percebeu que a intenção do presidente era outra.

“O presidente queria usar esses instrumentos com outros objetivos”, declarou. De acordo com o ex-comandante, a meta de Bolsonaro passou a ser evitar a posse de Lula, fosse por meio de GLO ou até da decretação de um estado de exceção — e não garantir a segurança institucional durante a transição.

Carlos Baptista Junior foi a última testemunha de acusação a prestar depoimento no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. No STF, ele reafirmou o conteúdo do depoimento anterior prestado à Polícia Federal, com a ressalva de que não se recordava da presença de Anderson Torres nos encontros com Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Bolsonaro sabia que urnas eram seguras e tentou adiar relatório que apontava ausência de fraudes, diz ex-comandante da FAB

Carlos de Almeida Baptista Júnior prestou depoimento ao STF e confirmou que Bolsonaro sabia da lisura das eleições

          Bolsonaro e urna eletrônica (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters | Fernando Frazão/Agência Brasil)

O ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior declarou, nesta quarta-feira (21), que Jair Bolsonaro (PL) foi informado de que não havia indícios de fraude no sistema eleitoral brasileiro e tentou postergar a divulgação de um relatório que atestava a segurança das urnas eletrônicas. As declarações foram dadas durante depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em ação que investiga uma tentativa de golpe de Estado supostamente articulada por Bolsonaro e aliados.

Baptista Júnior foi ouvido como testemunha tanto pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que atua como acusação, quanto pelas defesas de Jair Bolsonaro, do ex-comandante da Marinha Almir Garnier dos Santos e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira. Ao ser questionado sobre o conhecimento de Bolsonaro sobre a integridade do sistema eleitoral, o militar disse que o ex-presidente foi informado pelo Ministério da Defesa.

"Sim, [Bolsonaro foi informado disso] através do ministro da Defesa. Além de reuniões que eu falei, o ministro da Defesa que despachava sobre esse assunto", afirmou. Na sequência, Baptista Júnior disse que Bolsonaro tentou interferir na divulgação de um relatório que apontava a integridade do sistema eleitoral. "Sim. O relatório foi entregue no dia 9. Eu ouvi que sim [pressionou pelo adiamento da divulgação], certamente outras testemunhas poderão dar isso com mais precisão", explicou.

O depoimento de Baptista Júnior integra uma série de oitivas que começaram na última segunda-feira (19), dentro do processo que analisa a trama golpista. Além dele, foram ouvidos:

  • Éder Lindsay Magalhães Balbino, empresário acusado de auxiliar na produção de conteúdos com suspeitas infundadas sobre as urnas;
  • Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor que teria produzido planilhas usadas por Anderson Torres para monitorar eleitores;
  • Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da PRF, suspeito de atuar para dificultar o transporte de eleitores em 2022;
  • Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército.
Fonte: Brasil 247

CCJ do Senado aprova PEC que acaba com reeleição para cargos do Executivo

PEC amplia tempo de mandato e estabelece nova lógica eleitoral; proposta ainda precisa ser votada em dois turnos no plenário e aprovada pela Câmara

       Urna eletrônica (Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) o texto-base de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue a possibilidade de reeleição para prefeitos, governadores e o presidente da República. A informação é do g1.

O texto, relatado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), também prevê o aumento da duração dos mandatos — de 4 para 5 anos para a maioria dos cargos e de 8 para 10 anos para senadores — além de unificar as datas das eleições municipais e gerais a partir de 2034. A proposta foi aprovada de forma simbólica na CCJ e ainda precisará passar pelo crivo do plenário do Senado, onde deve obter ao menos 49 votos em dois turnos, antes de seguir para a Câmara dos Deputados.

Segundo Castro, a medida visa impulsionar a renovação política e reduzir práticas eleitoreiras no exercício do poder. “A experiência acumulada em quase trinta anos de vigência da regra da reeleição não correspondeu às expectativas”, afirmou o relator. “O saldo da experiência pode, a nosso ver, ser assim resumido: ao prejuízo, previsível, do retardo no processo de renovação dos quadros políticos, deve-se somar o prejuízo, inesperado, decorrente do viés eleitoreiro que a perspectiva da reeleição induziu no desempenho dos mandatários.”

A PEC estabelece regras de transição para o fim da reeleição. No caso dos prefeitos, a última chance de recondução será em 2028, desde que o primeiro mandato tenha início em 2024. Para governadores e presidente da República, a reeleição será permitida pela última vez em 2030. A partir das eleições seguintes, o cargo será exercido por apenas um mandato.

Vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores continuam com a possibilidade de se reeleger indefinidamente, mas também terão os mandatos ajustados. As mudanças seguem o seguinte cronograma:

  • Senadores: mandato passará de 8 para 10 anos. A transição será gradual — 8 anos para eleitos em 2026, 9 anos para eleitos em 2030 e 10 anos a partir de 2034.

  • Deputados federais, estaduais e vereadores: passarão a ter mandatos de 5 anos a partir de 2034.

  • Prefeitos e vereadores eleitos em 2028: mandato de transição com duração de 6 anos.

  • Governadores e presidente: terão mandatos de 5 anos a partir de 2034.


A proposta também altera o tempo de mandato dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, que passariam a eleger dois presidentes durante o mandato de cinco anos: um por três anos e outro por dois. A vedação à reeleição dentro da mesma legislatura será mantida.

A unificação das eleições — proposta já discutida em outras ocasiões — será implementada a partir de 2034. Com isso, todos os cargos eletivos serão disputados em uma única data, a cada cinco anos. A expectativa é que a medida traga economia aos cofres públicos e diminua a exaustão do processo político.

“O custo operacional de eleições a cada dois anos é elevado”, afirmou o relator Marcelo Castro. “A unificação também propiciará uma redução dos recursos públicos empregados no financiamento de campanhas.”

O presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), reforçou os impactos políticos da mudança. “Eleição de dois em dois anos não dá descanso nem ao eleitor, muito menos ao candidato. Isso prejudica o exercício do mandato e a governabilidade”, declarou. “A sucessão se torna um assunto permanente, mesmo no início do governo.”

A reeleição para cargos do Executivo foi instituída por uma emenda constitucional de 1997, que permitiu ao então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disputar e conquistar um segundo mandato. Anos depois, o próprio FHC passou a se opor ao mecanismo, chamando-o de “erro” e defendendo seu fim.

Desde 1998, todos os presidentes eleitos conseguiram se reeleger, com exceção de Jair Bolsonaro (PL), derrotado em 2022. No nível estadual, as eleições de 2022 bateram recorde de governadores reeleitos (18), e em 2024, o número de prefeitos reconduzidos também foi o maior já registrado: 2.461.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Ex-comandante da FAB confirma ao STF que chefe da Marinha ofereceu tropas a Bolsonaro para impedir posse de Lula

Carlos Baptista Junior relatou ao STF que o almirante Almir Garnier "colocou tropas à disposição" de Bolsonaro para levar adiante o plano golpista

         Almir Garnier Santos e Carlos de Almeida Baptista Junior (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Em depoimento prestado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (21), o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Junior afirmou que, em novembro de 2022, o então chefe da Marinha, almirante Almir Garnier, ofereceu as tropas da corporação a Jair Bolsonaro (PL) com o objetivo de barrar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo Baptista Junior, a postura de Garnier contrastava com a adotada pelos outros comandantes militares. Ele e o então chefe do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, teriam tentado convencer Bolsonaro a abandonar qualquer ideia de ruptura institucional. “O almirante Garnier não estava na mesma sintonia, na mesma postura que o general Freire Gomes. Em uma dessas reuniões, chegou a um ponto em que ele falou que as tropas da Marinha estariam à disposição do presidente”, relatou o tenente-brigadeiro, de acordo com a coluna do jornalista Fausto Macedo, de o Estado de S. Paulo.

O ex-comandante da Aeronáutica também revelou que, em dezembro de 2022, Bolsonaro apresentou uma minuta de decreto golpista aos chefes das Forças Armadas. O documento previa a realização de novas eleições e a prisão de autoridades do Judiciário. A proposta foi entregue pelo então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio de Oliveira. Conforme relatado, tanto Baptista Junior quanto Freire Gomes manifestaram oposição ao plano, enquanto Garnier permaneceu em silêncio.

Ainda durante o depoimento ao STF, Baptista Junior afirmou que Freire Gomes chegou a advertir Bolsonaro com a possibilidade de prisão, caso fosse decretada uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) com o objetivo de impedir a posse de Lula. A reunião teria ocorrido no Palácio da Alvorada, em novembro daquele ano. “General Freire Gomes é uma empresa polida. Não falou com agressividade, mas é isso que ele falou: ‘Se o senhor fizer isso, vou ter que te prender’. Foi algo assim”, declarou.

O próprio Freire Gomes, em depoimento ao STF na segunda-feira (19), também na condição de testemunha, afirmou que não chegou a dar voz de prisão a Bolsonaro. No entanto, ao ser confrontado com a versão apresentada por Baptista Junior, disse que houve, sim, uma advertência em termos hipotéticos. “Ele não deu voz de prisão ao presidente, não foi assim. Mas ele falou, por hipótese, que poderia prender o presidente”, respondeu, diante de questionamento do advogado de Almir Garnier.

Carlos Baptista Junior ainda relatou que, após o segundo turno das eleições de 2022, Bolsonaro e seus auxiliares passaram a discutir a adoção de medidas como a GLO, o Estado de Defesa e o Estado de Sítio sob o pretexto de resolver uma suposta “crise institucional”.

De acordo com ele, entre os participantes dessas discussões estava o então ministro da Justiça, Anderson Torres e que, inicialmente, as conversas giravam em torno da possibilidade de convulsão social provocada pela mobilização de apoiadores de Bolsonaro. Contudo, ainda conforme Baptista Junior, logo ficou evidente que a intenção real era impedir a posse do presidente eleito.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista  Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo

Ex-comandante da FAB confirma ameaça de prisão de Bolsonaro por Freire Gomes

Segundo disse Baptista Júnior ao STF, ex-comandante do Exército advertiu Bolsonaro de que teria que prendê-lo se levasse uma tentativa de golpe adiante

General Marco Antônio Freire Gomes, Jair Bolsonaro e brigadeiro Carlos Baptista Júnior (Foto: Alan Santos/PR | REUTERS/Ueslei Marcelino | Roque de Sá/Agência Senado)


Em depoimento prestado nesta quarta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, confirmou que o então chefe do Exército, general Freire Gomes, avisou a Jair Bolsonaro (PL) que teria de detê-lo caso ele tentasse consumar um golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a Folha de S. Paulo, Baptista Júnior afirmou que o general Freire Gomes fez a advertência de forma calma, mas firme. “Confirmo sim senhor. Acompanhei anteontem a repercussão [do depoimento de Freire Gomes], estava chegando de viagem. Freire Gomes é uma pessoa polida e educada, não falou com agressividade, ele não faria isso. Mas é isso que ele falou. Com muita tranquilidade, calma, mas colocou exatamente isso: ‘se fizer isso, vou ter que te prender’”, relatou o ex-comandante.

Ao ser questionado sobre a diferença entre seu relato e o depoimento de Freire Gomes, dado dois dias antes ao STF, Baptista Júnior afirmou não haver contradição. Para ele, não se tratou de uma ameaça direta nem de ordem de prisão, mas de uma comunicação clara sobre os riscos legais caso Bolsonaro seguisse com medidas que afrontassem a Constituição. No depoimento anterior, Freire Gomes disse não ter ameaçado nem ordenado a prisão do então presidente, mas que deixou claro que o Exército “não iria atuar em algo que extrapolasse nossa competência constitucional”.

No termo de depoimento entregue à Polícia Federal, Baptista Júnior afirmou que, em uma reunião com Bolsonaro após o segundo turno das eleições de 2022, o general Freire Gomes declarou que, caso o presidente tentasse dar início a uma ruptura institucional por meio de mecanismos constitucionais como GLO (Garantia da Lei e da Ordem), Estado de Defesa ou Estado de Sítio, ele teria de prendê-lo. A fala exata relatada por Baptista foi: “o então comandante do Exército, General Freire Gomes, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o Presidente da República”.

Ainda conforme a reportagem, o ex-comandante da Aeronáutica também declarou que deixou explícita sua rejeição a qualquer tentativa de golpe. “Deixei claro ao então presidente Jair Bolsonaro que não aceitaria qualquer tentativa de ruptura institucional para mantê-lo no poder; que a Aeronáutica não apoiaria qualquer tentativa de manutenção no poder do então presidente da República no poder, após 1º de janeiro de 2023”, afirmou à PF.

Indicado por Bolsonaro para liderar a Aeronáutica após a crise provocada pela demissão do então ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva, em 2021, Baptista Júnior foi inicialmente identificado como um dos comandantes mais alinhados ao bolsonarismo, principalmente por sua atuação nas redes sociais. No entanto, sua postura nos depoimentos prestados à Polícia Federal e ao STF tem contribuído para reconfigurar essa imagem.

O relato do brigadeiro é uma das peças centrais da investigação que deu origem à denúncia sobre a “minuta do golpe”, supostamente apresentada aos chefes das Forças Armadas em duas ocasiões: em 7 de dezembro de 2022, por Bolsonaro, e em 14 de dezembro, pelo então ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.

Baptista Júnior deveria ter sido ouvido pelo STF na mesma data que Freire Gomes, mas pediu o adiamento da oitiva por estar fora do país. O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, remarcou o depoimento para esta quarta-feira.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Baptista Júnior disse que se recusou a discutir minuta do golpe: “me levantei e fui embora”

Ex-comandante da Aeronáutica afirmou ao STF que se opôs à proposta de manter Bolsonaro no poder após derrota nas eleições de 2022

               Tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior disse em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que se opôs à minuta do golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após as eleições de 2022. O tenente-brigadeiro disse que deixou a reunião em que o documento foi apresentado à cúpula das Forças Armadas. As informações são da CNN Brasil.

“Quando eu entrei, eu fui o último a chegar, o Garnier estava de costas, eu entrei e sentei ao lado do Garnier e imediatamente a reunião começou. O Paulo Sérgio disse: trouxe aqui um documento para vocês verem. Não lembro se ele falou que era estado de defesa ou de sítio”, disse.

“Ele falou que trouxe um documento para vocês analisarem. Eu perguntei: esse documento prevê a não [incompreensível] do presidente eleito? Se sim, eu não admito sequer receber esse documento, levantei e fui embora”, completou.

Baptista Júnior foi convocado como testemunha tanto pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que conduz a acusação, quanto pelas defesas de Bolsonaro, do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, e do ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.

Em seu depoimento, o militar também afirmou ter presenciado reuniões em que se discutiam ações golpistas e, por manifestar sua oposição a tais ideias, passou a ser alvo de críticas e ataques nas redes sociais por parte de apoiadores do ex-presidente.

Fonte: Brasil 247

APUCARANA: Terminal Urbano será fechado neste fim de semana para obras de revitalização




A Prefeitura de Apucarana, em parceria com a Viação Apucarana Ltda. (VAL), informa que o Terminal Urbano de Transporte Integrado será temporariamente fechado para obras de revitalização asfáltica. A interdição terá início às 22 horas de sexta-feira (23 de maio) e seguirá até as 5h30 da manhã de segunda-feira (26 de maio).

De acordo com o secretário de Segurança, Transporte, Trânsito, Mobilidade Urbana e Defesa Civil (SEGTRAN), Major Vilson Laurentino da Silva, a principal intervenção será o recapeamento asfáltico da área interna do terminal. “A pavimentação atual apresenta muitos buracos, comprometendo a segurança e o conforto dos usuários. Além do novo asfalto, realizaremos a pintura da sinalização horizontal”, explicou.

O secretário destacou que o prédio já passou recentemente por serviços de pintura nas paredes. “No momento, estamos fazendo a limpeza dos arcos. O próximo passo será a substituição dos bancos de cimento por assentos mais confortáveis”, acrescentou.


Segundo os representantes da VAL, Enivaldo Bertazzo e Leuze dos Santos, o fechamento do terminal não interromperá o funcionamento do transporte coletivo. Durante o período de obras, embarques e desembarques ocorrerão na Rua Osório Ribas de Paula, entre as ruas Gastão Vidigal e Dr. Nagib Daher. “Os pontos provisórios estarão devidamente sinalizados, e nossos colaboradores estarão no local para orientar os passageiros. A única alteração será no pagamento da tarifa, que deverá ser feito diretamente nos ônibus, já que a guarita estará fechada e o sistema de integração ficará temporariamente indisponível”, esclareceu o encarregado de operações, Leuze.

O Terminal Urbano de Transporte Integrado foi inaugurado em 1995 e funciona no prédio histórico da antiga Estação Rodoviária de Apucarana, construído em 1962. Para o Major Vilson, as melhorias são essenciais. “Há muito tempo o terminal não recebia investimentos significativos. O pequeno transtorno do fim de semana será compensado pelo aumento da segurança, do conforto e da qualidade no atendimento aos usuários do transporte público”, concluiu.


Fonte: Prefeitura de Apucarana



   


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PCPR forma 126 policiais e cidades terão novos delegados, agentes e papiloscopistas

Desde 2019, com a atual política de valorização das forças de segurança, a PCPR já incorporou 991 novos servidores. Em 2022, a instituição realizou a maior contratação da história, com o ingresso de 400 policiais civis, o que garantiu a presença de delegados em todas as 161 comarcas do Paraná.

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PCPR forma 126 novos policiais e cidades terão novos delegados, agentes e papiloscopistas
Foto: Ricardo Almeida/SESP-PR

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) formou 126 novos policiais civis na noite desta terça-feira (20), em cerimônia realizada no Teatro Guaíra, em Curitiba. A turma é composta por 12 delegados, 106 agentes de polícia judiciária e oito papiloscopistas policiais, que agora reforçam o efetivo da instituição em todo o Estado.

“O reforço do efetivo qualificado da Polícia Civil é resultado direto dos investimentos estruturantes feitos pelo Governo do Estado”, afirma o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira. “Com mais profissionais bem preparados, ampliamos a capacidade de resposta da segurança pública e aproximamos os serviços do cidadão”.

Os profissionais foram aprovados no concurso público realizado em 2021 e tomaram posse no dia 10 de janeiro deste ano. A formação dos novos policiais integra o plano estratégico de fortalecimento da PCPR, implementado já na primeira gestão do governador Carlos Massa Ratinho JUnior.

“Essa é uma entrega concreta da política de fortalecimento da Polícia Civil em todo o Paraná. Os novos servidores representam um avanço na interiorização do atendimento qualificado e na ampliação da capacidade de investigação da instituição”, destaca o delegado-geral da PCPR, Sílvio Jacob Rockembach.

Poucos dias após a posse, os servidores iniciaram o curso de formação na Escola Superior da Polícia Civil (ESPC), com duração de 18 semanas. O conteúdo abrangeu disciplinas teóricas e práticas, com foco em técnicas de investigação, legislação aplicada às delegacias especializadas e uso de equipamentos policiais. A carga horária foi de 770 horas para delegados, 766 horas para agentes de polícia judiciária e 792 horas para papiloscopistas.

“Buscamos oferecer uma formação atualizada, abrangente e voltada para a prática, com foco nas realidades enfrentadas pelos policiais civis no dia a dia”, explica o diretor da ESPC, delegado Valderes Luiz Scalco.

Os novos policiais civis atuarão diretamente na investigação de crimes, lavratura de flagrantes, condução de inquéritos, execução de operações, perícias papiloscópicas e interlocução com o Poder Judiciário. A expectativa é agilizar atendimentos e procedimentos nas centrais de flagrante, distritos, delegacias regionais e especializadas.

Com a formatura, os delegados serão lotados em comarcas do Interior do Estado. Dos agentes, 15 atuarão em Curitiba, 20 na Região Metropolitana e 71 no Interior. Já os papiloscopistas serão distribuídos entre a Capital (1), a RMC (1) e o Interior (6).

Desde 2019, com a atual política de valorização das forças de segurança, a PCPR já incorporou 991 novos servidores. Em 2022, a instituição realizou a maior contratação da história, com o ingresso de 400 policiais civis, o que garantiu a presença de delegados em todas as 161 comarcas do Paraná.

PRESENÇAS – Participaram da cerimônia o secretário das Cidades, Guto Silva, o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi, o procurador-geral do Estado, Luciano Borges, o deputado estadual Samuel Dantas; e a direção da Polícia Civil e representantes das outras forças de segurança.

Fonte: AEN

Eduardo Leite se lança à Presidência pelo PSD e Ratinho Jr. reage: 'meu nome está no tabuleiro nacional'

Eduardo Leite oficializou a intenção de disputar a Presidência, enquanto Ratinho defende candidatura própria do PSD "independente de quem for candidato"

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (Foto: Reprodução/YouTube)

A corrida presidencial de 2026 já provoca movimentações dentro do PSD, onde dois governadores despontam como possíveis nomes para a disputa ao Palácio do Planalto. Nesta terça-feira (20), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, assumiu publicamente sua condição de pré-candidato, enquanto seu colega do Paraná, Ratinho Júnior, mostrou disposição em entrar no páreo, elogiando sua gestão e destacando a relevância política conquistada em nível nacional. As informações são do jornal O Globo.

Recém-filiado ao PSD, Leite participou pela primeira vez de uma reunião com a bancada federal do partido. Em seguida, durante coletiva de imprensa, confirmou sua aspiração presidencial. “Eu sou um pré-candidato à Presidência da República. Busco esse caminho. É uma aspiração legítima de quem foi prefeito, governador e quer contribuir para o melhor do Brasil”, afirmou.

Mais cedo, em entrevista à rádio Jovem Pan, Ratinho Júnior indicou estar animado com a possibilidade de uma candidatura própria. “Para mim é uma honra estar neste tabuleiro nacional, onde meu nome é discutido como uma das possibilidades de ser pré-candidato à presidência. É uma coisa muito distante para mim, eu nunca imaginei que isso poderia acontecer, mas o Paraná é um estado muito forte”, declarou.

Na entrevista, o governador paranaense elogiou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas sustentou que o PSD precisa apresentar uma alternativa própria ao eleitorado. “O partido, do tamanho que está, deve ter um candidato, porque a obrigação de um partido é dar opções à população. O PSD tem essa obrigação independente de quem for candidato, porque isso é bom para o cidadão que tem um leque de opções para escolher o caminho que quiser dar para o Brasil”, argumentou.

Nos bastidores, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, tem demonstrado preferência por uma eventual aliança com Tarcísio de Freitas, cuja candidatura, contudo, dependeria do aval de Jair Bolsonaro (PL). Embora inelegível, Bolsonaro segue afirmando que manterá sua pré-candidatura até o fim. Tarcísio, que foi ministro do ex-mandatário, mantém relação estreita com o presidente em exercício.

Caso o nome de Tarcísio não avance, Ratinho Júnior aparece como alternativa prioritária. Antes de se filiar ao PSD, o governador do Paraná esteve no Rio Grande do Sul para conversar com Leite. Segundo a reportagem, o gaúcho teria se colocado à disposição para ajudá-lo, caso a escolha do partido recaia sobre o paranaense.

Apesar disso, Eduardo Leite segue sustentando publicamente sua pretensão presidencial. A avaliação é de que sua presença na disputa interna valoriza seu protagonismo político dentro do partido. A expectativa, nos bastidores, é que, se não emplacar sua candidatura nacional, Leite concorra a uma vaga no Senado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula diz que quer se candidatar à reeleição em 2026: “Só perco para mim mesmo”


O presidente Lula (PT): petista diz a aliados que pretende disputar a reeleição em 2026. Foto: Reprodução

O presidente Lula (PT) comunicou a ministros e aliados próximos que pretende disputar a reeleição em 2026, após surgirem especulações levantadas por setores do centro e da direita sobre uma possível desistência por conta do desgaste político do governo ou em função da idade.

“Vou disputar 2026. E só perco essa eleição para mim mesmo”, afirmou Lula, aos 79 anos, em recente reunião com dirigentes da cúpula do PT, conforme informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

A declaração sinaliza que o petista não pretende seguir o exemplo do ex-presidente argentino Alberto Fernández, que abriu mão de concorrer a um segundo mandato.

Segundo ministros do Palácio do Planalto, o presidente minimiza os resultados de pesquisas que mostram desgaste do governo, com a avaliação de que essas críticas não atingem diretamente sua imagem pessoal.

Na área econômica, considerada um dos maiores desafios do governo, a expectativa é de melhora até outubro de 2026. A equipe do presidente acredita que os investimentos e a geração de empregos vão se consolidar ao longo do tempo, fortalecendo sua base eleitoral.

Movimento nos bastidores

Nos bastidores, o movimento de Lula em direção à disputa já se reflete em articulações políticas. Um dos principais focos do presidente tem sido garantir o MDB como parte de sua coligação. Lula tem mantido encontros com lideranças emedebistas para consolidar o apoio do partido.

De um lado, figuras como Michel Temer e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, demonstram resistência. De outro, ministros como Renan Filho e Jader Barbalho Filho, que ocupam cargos no governo, apoiam abertamente a reeleição.

MDB confirma Renan Filho e Jader Filho como ministros do governo Lula
O presidente Lula ao lado dos ministros Jader Barbalho Filho e Renan Filho. Foto: Reprodução

Outro indício da intenção eleitoral de Lula é sua participação ativa nas eleições internas do PT. O presidente tem articulado para que Edinho Silva assuma a presidência da legenda.

Lula acredita que o partido precisa passar por um processo de renovação para continuar relevante e forte em 2026, e que essas mudanças devem ser implementadas desde já.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Janja e Michelle empatam em disputa presidencial simulada em SP, diz nova pesquisa


A atual primeira-dama, Janja Lula da Silva, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro: ambas aparecem empatadas entre eleitores de SP em um possível segundo turno presidencial. Foto: Reprodução

Uma pesquisa de intenção de voto feita por telefone com eleitores do estado de São Paulo indicou um empate entre a atual primeira-dama, Janja Lula da Silva, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em um possível segundo turno presidencial, conforme informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Segundo o levantamento, encomendado por aliados do presidente Lula (PT), ambas aparecem com 41% das intenções de voto. Outros 10% dos entrevistados afirmaram que votariam em branco, anulariam o voto ou não escolheriam nenhuma das duas candidatas. Já 8% disseram não saber ou preferiram não responder.

O levantamento ouviu mil pessoas entre os dias 4 e 8 de abril e apresenta margem de erro de três pontos percentuais.

Michelle vem sendo apontada como possível substituta do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral.

Janja, por sua vez, é vista por parte do PT como possível sucessora política de Lula, mas, por ser cônjuge do presidente, está impedida de disputar as eleições de 2026 — só poderia concorrer caso Lula renunciasse ao cargo.

Governo de São Paulo

A pesquisa também incluiu simulações para a disputa pelo governo de São Paulo, caso Tarcísio de Freitas (Republicanos) tente a reeleição.

No cenário com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Tarcísio aparece com 46%, contra 35% do ex-governador. Já contra a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT), Tarcísio tem 45%, e ela marca 33%.

Outros nomes da base aliada também foram testados: Márcio França (PSB) aparece com 28%, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), tem 15% das intenções de voto em cenários com Tarcísio Freitas.
Tarcísio: "Quero ver quem vai ter coragem" de não votar a anistia
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante ato na Avenida Paulista pela anistia aos condenados do 8 de Janeiro. Foto: Reprodução

Fonte: DCM com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo

A medida inédita adotada por Moraes no processo que pode levar Bolsonaro à prisão

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante julgamento da trama golpista. Foto: Reprodução

O primeiro dia de depoimentos da ação penal que pode levar à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi marcado por uma medida inédita adotada pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF).

Pela primeira vez na história da Corte, Moraes permitiu que os demais ministros da Primeira Turma acompanhassem, ao vivo e por videoconferência, os depoimentos colhidos no processo que apura a tentativa de golpe de Estado, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

Além de assistirem às oitivas, os ministros também puderam fazer perguntas diretamente às testemunhas de defesa e acusação.

Participaram da sessão os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Turma. Flávio Dino, que também integra o colegiado, delegou a um auxiliar a tarefa de acompanhar os trabalhos. Todos eles serão responsáveis por julgar Bolsonaro e os demais réus da ação penal.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Foto: Reprodução

Durante as cerca de três horas de audiência realizadas na última segunda-feira (19), Zanin e Cármen acompanharam a sessão em silêncio. Já Fux interagiu com uma das testemunhas, o ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Adiel Pereira Alcântara, buscando detalhes sobre uma reunião do órgão durante o período eleitoral de 2022.

A decisão de Moraes foi considerada inédita e sinaliza a relevância que o ministro atribui ao processo. Internamente, também é vista como uma tentativa de estreitar a colaboração com os colegas da Turma, sobretudo com Luiz Fux, que já havia manifestado publicamente desconforto com as penas impostas por Moraes e defendia o envio do caso ao plenário do STF.

Apesar da abertura para os ministros, a imprensa e os advogados foram proibidos de gravar imagens ou áudios dos depoimentos. Os jornalistas puderam acompanhar as oitivas por meio de um telão no auditório da Primeira Turma, sem acesso direto à sala das audiências.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Moraes chama Paulo Figueiredo, neto de ex-ditador, de “pseudojornalista foragido”


Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do ex-presidente ditador João Batista Figueiredo. Foto: Reprodução

Durante o julgamento do núcleo 3 da tentativa de golpe de Estado, nesta terça-feira (20/5), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou duramente Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho. O ministro se referiu ao neto do ex-presidente ditador João Figueiredo como “pseudojornalista” e o acusou de usar sua visibilidade para atacar instituições democráticas.

Moraes destacou que Figueiredo Filho teve papel central na disseminação de uma carta escrita para coagir o alto comando do Exército a aderir ao golpe. Segundo o ministro, o documento foi vazado por Figueiredo com a intenção de pressionar os comandantes militares do Nordeste, Sudeste e Sul.

“Se normalizou que um pseudojornalista pudesse atacar generais comandantes de região, jogando parte da população contra eles, dizendo que eles deveriam ser atacados por eles serem contrários por uma ação mais contundente das Forças Armadas. Mas contundente no que?”, afirmou Moraes durante o voto.

Alexandre de Moraes durante o julgamento desta terça-feira (20). Foto: Reprodução

“Quem vazou a carta aos comandantes, a carta golpista? O denunciado do núcleo 5, do núcleo de desinformação também está com pedido de prisão preventiva decretado e está foragido do Brasil. Atenta contra a democracia do Brasil sem ter coragem de viver no Brasil, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, que não verdade só tem influência nas Forças Armadas porque é neto do último presidente durante o tempo de golpe militar, o presidente João Batista Figueiredo”, afirmou Moraes.

Além de Figueiredo, outros investigados também são acusados de pressionar militares para invalidar as eleições. Moraes tem reiterado que a tentativa de golpe foi articulada de forma estruturada e envolveu diferentes núcleos operacionais.

Fonte: DCM

Hugo Motta anuncia grupo de trabalho e quer novas propostas para reforma administrativa em 45 dias

Presidente da Câmara quer deixar como legado uma nova reforma administrativa e articula proposta alternativa à PEC aprovada em 2021

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Em reunião com líderes partidários nesta terça-feira (20), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que criará um grupo de trabalho com a missão de elaborar um novo conjunto de propostas sobre a reforma administrativa. De acordo com parlamentares presentes no encontro, o colegiado terá até 45 dias para apresentar sugestões. As informações são do g1.

O prazo se refere apenas à formulação das propostas — a eventual votação no plenário poderá ocorrer posteriormente, dependendo do nível de apoio entre os parlamentares.“Vai depender do grau de consenso das propostas e do quanto os olhos do presidente da Câmara vão brilhar para elas”, disse um dos deputados envolvidos nas discussões.

A iniciativa de Hugo Motta busca reverter a imagem negativa da proposta de emenda à Constituição (PEC) aprovada em 2021 por uma comissão especial. Considerada por alguns congressistas como prejudicial aos servidores públicos, a PEC foi alvo de críticas e protestos nos últimos anos. A estratégia atual é não levá-la imediatamente ao plenário, optando pela construção de um novo texto com potencial de maior aceitação.

Segundo o próprio Motta, seu objetivo é deixar como marca de sua presidência o avanço da reforma administrativa, assim como o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL) teve como legado a aprovação da reforma tributária.

A composição do grupo de trabalho ainda está sendo definida, mas alguns nomes já estão sendo consultados pelo presidente da Câmara. Entre eles estão os deputados Zé Trovão (PL-SC), Pedro Paulo (PSD-RJ), Arthur Maia (União-BA) — relator da PEC da reforma administrativa em 2021 —, além dos líderes Túlio Gadelha (REDE-PE), Pedro Campos (PSB-PE) e Antônio Brito (PSD-BA).

Ainda conforme a reportagem, a proposta do governo sobre reestruturação de carreiras do funcionalismo, que contém trechos sobre reforma administrativa, seria votada nesta terça-feira, mas encontrou resistência entre líderes e bancadas. Entre os principais opositores estavam os parlamentares médicos Dr. Luizinho (PP-RJ) e o senador Dr. Hiran (PP-RR), que alegaram que médicos e veterinários receberam reajustes menores que outras categorias.

O deputado Luiz Gastão (PSD-CE), relator da matéria, afirmou que a parte relativa à reforma administrativa será retirada do texto para que se façam adequações. “Vai ser expurgada do projeto agora, não vamos aprovar nada em relação a isso para avaliar os impactos futuros e fazer propostas para fazer adequações”, disse.

Inicialmente escalado como relator da proposta, o deputado Pedro Paulo comunicou que não poderia assinar o projeto por discordar do texto apresentado pelo governo. “Não tinha condições de colocar sua digital”, afirmou. Um dos pontos mais sensíveis para o parlamentar é a proposta de progressão na carreira com base em avaliações individuais. Na visão de Pedro Paulo, esse tipo de critério “não mede eficiência” e pode abrir espaço para “apadrinhamento e conluio com a chefia do momento”.

O deputado defende um modelo com foco no mérito e propõe que o tempo de progressão na carreira seja ampliado, começando com remuneração mais baixa. “Ninguém está querendo tirar direito do servidor, mas incorporar formas de remuneração por mérito. Quem é mais eficiente ganha mais”, declarou.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Senadores governistas articulam CPI no Senado para investigar fraudes no INSS

Objetivo é conter o avanço da CPMI encabeçada pela oposição e assegurar maioria governista na apuração das denúncias

      (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Diante do avanço das articulações da oposição para instaurar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o esquema de corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), líderes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passaram a considerar uma alternativa estratégica: a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) restrita ao Senado., segundo Bela Megale, do jornal O Globo.

A principal motivação por trás da proposta é manter maior controle sobre os trabalhos do colegiado, evitando que a oposição tenha protagonismo nas investigações. A CPMI, idealizada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e outros parlamentares oposicionistas, incluiria membros tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado, ampliando o número de participantes para 60 — metade titulares, metade suplentes. Para os líderes governistas no Senado, esse formato tornaria os trabalhos mais difusos e difíceis de administrar.

Com maioria consolidada na Casa Alta, os articuladores governistas avaliam que não terão dificuldades para reunir as assinaturas necessárias à criação da CPI exclusiva no Senado, que contaria com um número reduzido de integrantes, entre 20 e 22. Isso, segundo eles, garantiria maior eficiência e capacidade de conduzir os trabalhos com foco.

A ideia será levada ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em breve, como alternativa concreta para evitar que a oposição concentre as rédeas do processo investigativo sobre o INSS.

Antes de cogitar essa nova CPI, o Palácio do Planalto tentou barrar o avanço da CPMI, orientando sua base parlamentar a retirar assinaturas do requerimento liderado por Damares. Contudo, diante da adesão crescente e da iminente instalação da comissão mista, os governistas passaram a admitir a derrota nesse front e agora buscam meios de retomar o protagonismo na apuração por meio da criação de um novo colegiado.

A estratégia ainda está em fase inicial, mas reflete uma disputa mais ampla entre governo e oposição pelo controle das investigações sobre denúncias que envolvem fraudes e irregularidades em processos de concessão de benefícios do INSS — tema que tem forte repercussão social e eleitoral.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo