segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Rejeitados? Eduardo e Flávio vão a El Salvador, mas não serão recebidos por Bukele


O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu irmão, o senador Flávio (PL-RJ). Foto: Adriano Machado/Reuters

Flávio Bolsonaro (PL-RJ) embarca nesta segunda (17) para El Salvador, mas não será recebido pelo presidente Nayib Bukele, figura admirada por setores da direita brasileira. Ele e o irmão Eduardo (PL-SP), que viajará a partir dos Estados Unidos, terão apenas uma reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública salvadorenho, Héctor Gustavo Villatoro Funes.

Segundo a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, o ministro tem recebido políticos brasileiros interessados em conhecer o modelo de segurança implantado no país. A viagem ocorre após Flávio, presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, apresentar um requerimento de “visita institucional” para se encontrar com Bukele.

O pedido foi aprovado pelo colegiado e descreve a missão como um intercâmbio sobre políticas de segurança, sistema penitenciário e legislação penal. Eduardo, em “autoexílio” nos EUA desde março, deve se juntar ao irmão diretamente em El Salvador.

Flávio também integra a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Crime Organizado e diz querer observar de perto o regime de exceção adotado por Bukele desde 2022, que levou à prisão de cerca de 88 mil pessoas.

Nayib Bukele, ditador de El Salvador. Foto: Marvin Recinos/AFP

A viagem marca o segundo reencontro dos irmãos em menos de um mês; em outubro, Flávio esteve em Washington para visitar Eduardo. A aproximação reforça a admiração pública dos dois pelo presidente salvadorenho.

Bukele, reeleito com 85% dos votos, costuma debochar das acusações de autoritarismo. “Sabem de uma coisa? Não me importo que me chamem de ditador”, disse ao completar um ano de seu segundo mandato. Seu governo afirma ter reduzido drasticamente os homicídios, mas enfrenta denúncias de organizações de direitos humanos sobre prisões arbitrárias, torturas, mortes sob custódia e perseguição a críticos.

Nos últimos meses, ativistas e advogados contrários às medidas de segurança foram presos. Em outro episódio, 252 venezuelanos deportados pelos EUA relataram abusos dentro do megacomplexo penitenciário projetado para isolar membros de gangues. Mesmo assim, o presidente segue extremamente popular.

Fonte: DCM

Brasil e Paraguai anunciam retomada das negociações sobre acordo de Itaipu

Países voltam a negociar revisão do Anexo C após crise envolvendo ações da Abin

      Divulgação/MRE (Foto: Divulgação/MRE)

As chancelarias de Brasil e Paraguai anunciaram a reabertura das negociações sobre o Anexo C do Tratado de Itaipu, passo decisivo para destravar a agenda binacional após meses de tensão diplomática. A retomada está prevista para a primeira quinzena de dezembro de 2025, depois de um período de impasse motivado pela revelação de operações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em território paraguaio entre 2022 e 2023.

Em comunicado conjunto, ambos informam que a reunião desta segunda-feira serviu para “analisar a agenda bilateral” e permitir o retorno do diálogo interrompido pela crise. A revisão do Anexo C — que trata das regras financeiras e operacionais da hidrelétrica, incluindo tarifas, remuneração e comercialização de energia — tornou-se obrigatória após o tratado completar 50 anos em 2023 e é considerada central para os interesses econômicos das duas nações.

Durante o encontro, Vieira entregou ao chanceler paraguaio um relatório confidencial contendo os esclarecimentos pedidos pelo governo de Assunção sobre as ações da Abin. Segundo o documento, o governo do presidente Lula “tornou sem efeito a operação tão logo dela tomou conhecimento”, além de lamentar “o impacto desse episódio na relação bilateral” e garantir que o Brasil adotará medidas para “identificar os envolvidos e permitir sua responsabilização judicial”.

Lezcano, por sua vez, declarou que, após receber o material e ouvir as explicações, o Paraguai considera o caso encerrado. Essa sinalização abriu caminho para restaurar o diálogo sobre Itaipu, interrompido desde que veio à tona que agentes da Abin haviam buscado informações estratégicas de autoridades paraguaias entre 2022 e 2023.

A revelação provocou forte reação do governo paraguaio, que convocou o embaixador brasileiro em Assunção e suspendeu as conversas sobre o tratado até receber esclarecimentos formais. A crise também repercutiu internamente no Brasil, levando à revisão de protocolos e ao reforço dos mecanismos de controle das atividades de inteligência.

Fonte: Brasil 247

Inclusão racial avança lentamente no país, avalia Galípolo

"Todos nós estamos fazendo muito pouco perante aquilo que precisa ser feito", afirmou o presidente do Banco Central

      Gabriel Galípolo (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (17) que o país segue distante de promover a inclusão e a representatividade necessárias para enfrentar desigualdades estruturais. As declarações foram feitas durante sua participação no Fórum Internacional de Equidade Racial Empresarial, realizado na Fiesp, em São Paulo. Segundo ele, apesar de iniciativas recentes, o país ainda não acompanha a urgência do tema, relata o jornal O Globo.

Durante o evento, Galípolo explicou que o Banco Central vem adotando medidas internas para promover diversidade, como a inclusão de critérios relacionados ao tema nos concursos públicos e a criação, em junho deste ano, do primeiro grupo interdepartamental voltado a debater políticas inclusivas. Ele lembrou ainda que somente em 2023 a instituição teve seu primeiro diretor negro, Ailton Aquino dos Santos, atual responsável pela área de fiscalização.

Mesmo com esses avanços, o presidente do BC avalia que eles são insuficientes. “Minha sensação é que a gente fez muito pouco. Todos nós estamos fazendo muito pouco perante aquilo que precisa ser feito (para avançar na agenda de inclusão)”, afirmou.

Galípolo também falou sobre o peso histórico da escravização na formação da sociedade brasileira. Ele destacou que entre 35% e 40% das pessoas escravizadas retiradas da África foram trazidas ao Brasil, o que deixou consequências profundas nas estruturas sociais e econômicas do país. “(O povo brasileiro) não surgiu como um povo que foi, a partir dele mesmo, crescendo para satisfazer as demandas e necessidades daquele próprio povo. Ele nasce, a partir da visão da Europa, como uma extensão de um sistema econômico para atender necessidades de uma demanda de uma outra sociedade, enquanto sistema produtivo”, afirmou.

Em seguida, reforçou o impacto dessa herança histórica: “O Brasil foi destino de 35% a 40% dos seres humanos que foram tirados em condições violentas, escravizados da África, o que significa você ter uma fatia tão grande da sua população que era visto como um fator de produção, não como gente, não como um pedaço da sua sociedade, não como ser humano”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Filha de Lula deixa hospital em Niterói após passar mal

Lurian deu entrada na unidade de saúde no sábado, depois de sentir um mal-estar no peito

    Lurian Cordeiro Lula da Silva e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/Redes sociais)

A filha mais velha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Lurian Cordeiro Lula da Silva, recebeu alta na manhã desta segunda-feira (17) após ser atendida em um hospital de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

De acordo com o g1, Lurian deu entrada na unidade de saúde no sábado (15), depois de sentir um mal-estar no peito. Ela foi encaminhada para a área de cardiologia, onde passou por avaliação médica e permaneceu em observação até ser liberada.

Fontes próximas à família afirmaram que ela enfrentou um abalo emocional no mesmo dia, o que teria desencadeado o desconforto torácico. O hospital responsável pelo atendimento não recebeu autorização para fornecer detalhes adicionais sobre o quadro clínico.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Moraes agenda depoimento de Salles em investigação sobre contrabando de madeira

STF ouvirá o deputado e outros 19 réus em ação que apura facilitação ao envio ilegal de produtos florestais

     Ricardo Salles (Foto: Agência Câmara )

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), definiu para 9 de dezembro o interrogatório do deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), denunciado por supostamente favorecer o envio irregular de produtos florestais ao exterior. A oitiva integra uma série de depoimentos previstos na ação que apura crimes ligados ao contrabando de madeira.

Segundo o Metrópoles, além do ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro (PL), outros 19 réus serão ouvidos pela Corte entre 9 e 12 de dezembro. Entre eles está o ex-presidente do Ibama Eduardo Bim, além de servidores ligados ao órgão ambiental. O cronograma inclui ainda o depoimento de testemunhas de acusação e defesa, marcado para o período de 1º a 5 de dezembro.

A investigação teve início após uma notícia-crime apresentada em maio de 2020 por parlamentares da oposição ao governo Bolsonaro. A iniciativa se baseou no vídeo de uma reunião ministerial realizada um mês antes, em que Salles defendia aproveitar a distração da imprensa com a pandemia de Covid-19 para acelerar mudanças infralegais na área ambiental.

Os fatos começaram a ser apurados pela Polícia Federal em 2021, no âmbito da Operação Akuanduba. De acordo com manifestação da Procuradoria-Geral da República, as investigações apontaram uma suposta articulação de servidores indicados por Salles para cargos de confiança no Ministério do Meio Ambiente para favorecer interesses privados de empresas madeireiras.

Os denunciados respondem a acusações como corrupção passiva, advocacia administrativa, organização criminosa e facilitação de contrabando. O julgamento dos depoimentos deverá orientar os próximos passos do processo no Supremo, que segue examinando a participação de cada um dos envolvidos no suposto esquema.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

“Neymar tem seis meses para chegar à lista final da Copa”, diz Ancelotti

Técnico italiano também admitiu a possibilidade de renovar o contrato e permanecer no comando da Seleção após a Copa do Mundo

      Carlo Ancelotti (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)


O treinador da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, afirmou em coletiva que o atacante Neymar tem “seis meses para chegar à lista final”. A declaração foi dada durante entrevista realizada em Lille, França, onde o Brasil encara a Tunísia em amistoso na próxima terça-feira (18).

“O Neymar está na lista dos jogadores que podem estar no Mundial. Agora ele tem seis meses para chegar à lista final. Nós só temos que fazer uma coisa: observá-lo, como fazemos com os outros, para tentar não cometer erros na lista definitiva”, disse o técnico italiano.

O comandante ressaltou que a principal condição para a convocação é a consistência na forma física e o nível de desempenho após o recente retorno de Neymar aos 90 minutos na vitória do Santos Futebol Clube por 1 a 0 sobre o Palmeiras. O jogador, que não atuava por inteiro desde 31 de agosto, quando enfrentou o Fluminense, enfrentou problemas musculares e precisou de tempo para recuperação.

Ancelotti lembrou que Neymar se recuperou da lesão no músculo reto femoral da coxa direita e enfatizou: “Ele se recuperou, felizmente, da lesão que teve. Agora tem seis meses para jogar. A verdade é que o Campeonato Brasileiro termina em 7 de dezembro, mas depois tem as férias. E depois, quando o Campeonato Brasileiro começar de novo, ele terá tempo para mostrar todas as suas qualidades e também suas condições físicas.”

Renovação

Ao ser questionado sobre uma possível renovação para continuar treinando a Seleção após a Copa, Ancelotti admitiu que existem negociações. “Sim, [a renovação] é possível, porque já me encontro muito bem aqui. Não tenho outra ideia que não seja, de momento, a Seleção Brasileira. [Mas] para seguir, temos que ser dois, a CBF e eu”, disse.

O italiano ainda brincou que a renovação poderia ocorrer antes da competição. “Não temos pressa para fazê-lo. A ideia pode ser seguir, eu não tenho problema. A verdade é que o contrato antes do Mundial é muito mais barato. E depois do Mundial pode ser muito mais caro”, completou em tom bem-humorado.

Fonte: Brasil 247

Cancelada reunião da CPMI do INSS desta segunda-feira

Foi cancelada a reunião da CPMI do INSS agendada para esta segunda-feira (17). Estavam marcados os depoimentos de duas pessoas investigadas por envolvimento no esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas: o ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do INSS Jucimar Fonseca da Silva e o empresário Thiago Schettini.

Jucimar Fonseca da Silva é alvo de 11 requerimentos de convocação. Um deles foi proposto pelo senador Izalci Lucas (PL-DF). Segundo o parlamentar, o depoente ocupou “uma posição nevrálgica” no INSS e é peça central na engrenagem que permitiu os descontos em benefícios de aposentados e pensionistas.

“As apurações indicam que o então coordenador assinou uma nota técnica que autorizou o desbloqueio em lote de descontos associativos a pedido de uma das entidades centrais no escândalo”, argumenta Izalci. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), também apresentou requerimento para a convocação do ex-coordenador.

Jucimar Fonseca da Silva apresentou atestado médico e, embora a junta médica tenha concluído pela possibilidade de sua presença, o investigado adiantou que não compareceria à CPMI.
"Facilitador"

O segundo depoente, o empresário Thiago Schettini, havia sido convocado por quatro requerimentos. Um dos pedidos é do deputado Rogério Correia (PT-MG). Segundo Correia, Schettini é apontado como “facilitador” no esquema de desvio de aposentadorias. O empresário, que foi indiciado na CPI da Pandemia, teria recebido recursos de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o "Careca do INSS".

Thiago Schettini obteve um habeas corpus — permitindo o seu não comparecimento à CPMI — por decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal.

Fonte: Agência Senado

Motta pauta votação do PL Antifacção para esta terça

Texto retira milhões da Polícia Federal e dos fundos de segurança pública e não tem consenso entre parlamentares

Guilherme Derrite e Hugo Motta em entrevista coletiva (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou que a votação do Projeto de Lei Antifacção está mantida para esta terça-feira (18), mesmo diante das divergências internas sobre o texto, informa Gustavo Uribe, da CNN Brasil.

A proposta em discussão provoca tensão entre o Palácio do Planalto e a base conservadora. A quarta versão do relatório de Guilherme Derrite (PP-SP), conforme cálculos do governo, retira aproximadamente R$ 27 milhões da Polícia Federal, além de reduzir em R$ 300 milhões os fundos de segurança pública e de combate às drogas. O relator passou o fim de semana revisando o texto e pretende levá-lo aos líderes partidários na própria terça-feira, na tentativa de ampliar o consenso em torno das medidas de enfrentamento ao crime organizado.

Mesmo com os ajustes, parlamentares da direita se preparam para apresentar destaques. Entre eles está a sugestão que acelera o bloqueio de bens de integrantes de facções criminosas, proposta defendida pelo presidente da Frente Parlamentar da Segurança, Alberto Fraga (PL-DF). A articulação envolve ainda o Senado: nos bastidores, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), sinalizou que pretende definir um relator nesta semana para tentar votar o PL ainda neste ano legislativo.

Fonte: Brasil 247

O “sinal” de Gonet que alimenta a esperança de Bolsonaro


     O procurador-geral da República, Paulo Gonet. Foto: Reprodução

A suposta avaliação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, de que a “prisão humanitária” seria um caminho possível para Jair Bolsonaro (PL) voltou a alimentar expectativas no entorno do ex-presidente, conforme informações da Veja.

Advogados que atuam nas ações da trama golpista afirmam que ouviram de Gonet, no início do seu mandato, a análise de que o cumprimento de pena em regime domiciliar estaria amparado pela legislação, dado o quadro clínico já conhecido de Bolsonaro.

Essa leitura é compartilhada por integrantes da área jurídica do governo Lula, mesmo reconhecendo o caráter impopular da medida. O tema ganhou força após uma integrante do gabinete do ministro Alexandre de Moraes visitar as instalações do presídio da Papuda, em Brasília, onde Bolsonaro poderia ser inicialmente levado.

STF termina julgamento de recursos de Bolsonaro e aliados contra condenação; saiba próximos passos
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Possível caminho jurídico

O cenário remete ao caso do ex-presidente Fernando Collor, que chegou a passar por um presídio em Alagoas antes de cumprir pena em casa na Lava Jato. Em uma eventual condenação, Bolsonaro poderia viver situação semelhante, com Moraes responsável por decidir sobre o benefício — como ocorreu em outras autorizações de prisão humanitária concedidas pelo magistrado.

Além de Collor, o ex-deputado Roberto Jefferson — que atacou agentes da Polícia Federal com tiros e granadas — também recebeu autorização para cumprir pena em casa por razões humanitárias. Homens e mulheres condenados a mais de dez anos pelos atos de 8 de janeiro e diagnosticados com doenças graves tiveram decisões semelhantes.

Esses precedentes são citados por aliados do ex-presidente para sustentar a esperança de que Bolsonaro também possa obter o benefício, caso seja condenado no processo da trama golpista.

Fonte: DCM com informações da revista Veja

Empresa do pai de Neymar compra a marca Pelé por US$ 18 milhões


Neymar, pelo PSG, homenageando Pelé após a morte do Rei do Futebol. Foto: reprodução

O nome de Pelé voltará a ser explorado em novas ações comerciais do esporte. A NR Sports, empresa de Neymar da Silva Santos, o Neymar pai, comprou oficialmente a marca Pelé e deve anunciar o acordo na próxima quarta-feira (19), data do milésimo gol do Rei.

Segundo o Uol, a compra foi fechada por US$ 18 milhões, cerca de R$ 95 milhões, valor que não foi confirmado publicamente.

A negociação foi facilitada pela pouca exploração comercial da marca desde a morte de Pelé, em 29 de dezembro de 2022. A empresa estadunidense Sport 10, então detentora dos direitos, baseava sua estratégia quase exclusivamente em presenças do próprio ex-jogador em eventos.

Com essa ausência, o potencial comercial ficou subutilizado, abrindo espaço para o avanço da NR Sports, que já vinha associando a imagem de Neymar à herança de Pelé, usando o título de “Príncipe” em materiais de divulgação desde o retorno ao Santos.

Neymar da Silva Santos, conhecido como Neymar Pai. Foto: reprodução
O vínculo simbólico também aparece na reforma completa do camarote que Pelé usava na Vila Belmiro. A NR Sports bancou integralmente as mudanças, substituindo bancos, instalando ar-condicionado, construindo um novo banheiro e aplicando revestimento de vidro.

O espaço é hoje frequentado pela família do Rei. O acordo engloba uso de imagem, licenciamento para produtos, acervos históricos e propriedades associadas ao legado do maior jogador da história. Detalhes do projeto comercial serão divulgados após o anúncio oficial.

A família de Pelé foi comunicada diretamente por Neymar. Flávia Christina Kurtz Nascimento, filha do Rei do Futebol, foi informada do acerto, uma vez que seu irmão, o ex-jogador Edinho, não é mais o inventariante do espólio.

A aquisição também encerra uma disputa silenciosa: os Arantes do Nascimento tinham interesse em recuperar a marca após a morte do ex-jogador, mas a proposta apresentada pela NR Sports avançou com maior rapidez.

Nos bastidores, a compra tem relação direta com os planos de modernização do Santos. A NR Sports e a XP Investimentos trabalham em um modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para o clube, que inclui expansão internacional.

A marca Pelé é considerada essencial para o projeto, que mira franquias do Santos na China e na Arábia Saudita. A força global do nome do Rei ficou evidente no Mundial de Clubes da Fifa, realizado nos Estados Unidos, quando a loja oficial de Pelé, instalada na Times Square, se tornou uma das mais visitadas por torcedores de diversos países.

Fonte: DCM com informações do UOL






Internada em Niterói, filha de Lula passa bem

Jornalista e coordenadora do PT em Sergipe permanece em observação

      Lurian Cordeiro Lula da Silva e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/Redes sociais)

A filha mais velha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Lurian Cordeiro Lula da Silva, permanece internada em um hospital de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, após sentir um mal-estar no peito no fim de semana, segundo o jornal O Globo.

Lurian deu entrada na unidade de saúde no sábado e continua em observação nesta segunda-feira (17). Ela está consciente e apresenta evolução positiva.

A jornalista, que também atua como coordenadora de Direitos Humanos do PT em Sergipe, procurou atendimento após perceber um incômodo na região do peito. O episódio teria ocorrido depois de um “abalo emocional” no sábado (15), o que levou a equipe médica a encaminhá-la ao setor de cardiologia. O nome do hospital e detalhes do diagnóstico não foram divulgados pela família, que optou por manter discrição sobre o quadro clínico.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Novas regras do abono salarial passam a valer em 2026

Mudança no cálculo do limite de renda reduzirá gradualmente o número de beneficiários do PIS/Pasep

      Novas regras do abono salarial passam a valer em 2026 (Foto: Agência Brasil )

O abono salarial PIS/Pasep, tradicionalmente pago a milhões de trabalhadores, passará por mudanças significativas a partir de 2026. As alterações fazem parte da Proposta de Emenda à Constituição aprovada no fim de 2024 pelo Congresso Nacional, que integra o pacote fiscal do governo.

Segundo o g1, o benefício, que garante até um salário mínimo por ano aos trabalhadores da iniciativa privada (PIS) e servidores públicos (Pasep), será progressivamente restringido ao longo da próxima década.

Atualmente, o abono é concedido a quem trabalhou ao menos 30 dias no ano-base — sempre dois anos antes do pagamento — com remuneração mensal de até dois salários mínimos. Em 2025, os repasses seguiram essa regra tradicional. Receberam o valor os trabalhadores que, em 2023, tiveram renda média de até dois pisos nacionais, o equivalente a R$ 2.640, com pagamento proporcional ao período trabalhado.

A partir de 2026, porém, o cálculo para determinar quem terá direito ao benefício deixará de acompanhar os reajustes do salário mínimo. O limite de renda passará a ser atualizado exclusivamente pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Já o salário mínimo continuará tendo reajuste baseado na inflação somada ao crescimento do PIB de dois anos anteriores.

Com a mudança, a tendência é que o número de trabalhadores aptos a receber o abono diminua gradualmente. Segundo projeções do governo, até 2035 o benefício deverá se concentrar apenas em quem recebeu, no ano-base, até um salário mínimo e meio. Embora o piso nacional mantenha ganhos reais, o valor-limite para acesso ao abono não acompanhará o mesmo ritmo.

A justificativa apresentada é que, mantendo a atual vinculação ao salário mínimo, o universo de beneficiários cresceria continuamente, pressionando as despesas públicas. Com a nova referência, o governo garante a reposição pela inflação, mas evita um avanço acelerado dos gastos.

Apesar da mudança no cálculo, os requisitos essenciais para receber o PIS/Pasep permanecem os mesmos. Para ter direito ao abono, o trabalhador precisa estar inscrito no programa há pelo menos cinco anos, ter trabalhado com carteira assinada por no mínimo 30 dias no ano-base, atender ao limite de renda estipulado e ter os dados corretamente informados pelo empregador na RAIS ou no eSocial.

O calendário de pagamentos de 2026 ainda será definido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Em 2025, o Ministério do Trabalho e Emprego destinou R$ 30,7 bilhões ao pagamento do benefício a 25,8 milhões de pessoas. O último grupo, composto por nascidos em novembro e dezembro, recebeu em 15 de agosto, e um lote extra foi liberado em outubro para trabalhadores com dados enviados fora do prazo. Os valores podem ser sacados até 29 de dezembro de 2025.

Para consultar a situação do benefício, o trabalhador pode acessar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, utilizar o CPF e a senha do portal gov.br, selecionar a aba “Benefícios” e, em seguida, “Abono Salarial”. Trabalhadores do setor privado também têm a opção de verificar as informações pelos aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem.

A reformulação aprovada marca uma mudança estrutural no abono salarial, que passará a ser cada vez mais focalizado nas faixas de menor renda ao longo dos próximos anos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Ministério da Saúde aciona Justiça contra médicos que propagam conteúdo antivacina


      O ministro Alexandre Padilha – Reprodução

O Ministério da Saúde prepara quatro frentes de atuação contra médicos que publicam conteúdos antivacina nas redes sociais e lucram com cursos, consultas e medicamentos sem comprovação científica. Segundo o Estadão, as medidas incluem representação criminal e ações cíveis, em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU).

Pela manhã, o ministro Alexandre Padilha afirmou que seriam adotadas providências contra a difusão da chamada “síndrome pós-spike”, vinculada por esses profissionais às vacinas de mRNA usadas na pandemia de Covid-19.

Padilha explicou ao Estadão que os procedimentos começam nesta segunda-feira (16) com o envio de uma representação ao Conselho Regional de Medicina e a abertura de ação civil pública. Ele afirmou que as práticas configuram violação ao direito à saúde por propagação de desinformação, o que pode resultar em indenizações coletivas. O ministro também confirmou que haverá ação criminal pela venda de tratamentos classificados como falsos.

A AGU avalia notificar plataformas digitais para retirar conteúdos que promovem cursos, materiais e informações sem base científica sobre vacinas e saúde. Segundo o Estadão Verifica, médicos com mais de 1,6 milhão de seguidores afirmam ter identificado intoxicação causada por imunizantes de mRNA e oferecem um protocolo sem comprovação científica para tratar a suposta “spikeopatia”. Cursos divulgados por eles chegam a R$ 685, enquanto consultas custam até R$ 3,2 mil.



A alegação desses profissionais — entre eles o imunologista Roberto Zeballos, o infectologista Francisco Cardoso e o neurologista Paulo Porto de Melo — foi apresentada em um estudo publicado na revista IDCases em junho.

O material, posteriormente contestado e retirado, sugeria que a proteína spike teria efeitos nocivos semelhantes aos da Covid longa. Os autores negam intenção de propor protocolos populacionais, embora haja recomendações divulgadas por eles nas redes sociais.

Padilha informou que o governo investe R$ 150 milhões em plataformas de pesquisa e produção de vacinas de mRNA na Fiocruz, no Rio de Janeiro, e no Instituto Butantan, em São Paulo. Segundo ele, essa tecnologia permitirá ao País responder com rapidez a mutações de vírus respiratórios e a futuras pandemias.

O ministro também afirmou que há R$ 60 milhões destinados à atração de pesquisadores estrangeiros, citando que o governo americano, sob Donald Trump, interrompeu contratos na área.

A revelação do Estadão ocorre durante a COP30, em Belém, onde foram discutidos neste fim de semana os impactos do negacionismo climático e sanitário sobre políticas de saúde pública. Padilha afirmou que combater a desinformação e ampliar a proteção de populações vulneráveis faz parte do Plano de Ação Belém de Adaptação dos Sistemas de Saúde às mudanças climáticas.

Fonte: DCM

Trump admite possibilidade de diálogo com Maduro: “Veremos o que acontece”

Donald Trump, presidente dos EUA, e Nicolás Maduro, da Venezuela. Foto: reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no último domingo (16) que pode abrir um canal de diálogo com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mesmo em meio à escalada militar no Caribe que ampliou as tensões entre Washington e Caracas. Embora não tenha detalhado quando essas conversas poderiam ocorrer, Trump sugeriu que a Venezuela estaria disposta a dialogar com os Estados Unidos.

“Poderíamos ter algumas discussões com Maduro e ver o que acontece. Eles gostariam de conversar. O que isso significa? Você me diz, eu não sei… Eu conversaria com qualquer um”, afirmou o presidente no aeroporto internacional de Palm Beach, na Flórida.

A declaração chega em um dos momentos mais críticos das últimas semanas, quando o governo Trump ampliou a presença de tropas na região sob o argumento de combater o que define como “narcoterrorismo”.

Segundo o governo venezuelano, o movimento militar dos Estados Unidos representa uma campanha de pressão para derrubar Maduro. Na sexta-feira (14), Trump declarou que já havia tomado “uma decisão sobre a Venezuela”, sem revelar o conteúdo da medida, alimentando ainda mais especulações sobre uma eventual ofensiva.

A emissora estadunidense CBS relatou que, após o envio de porta-aviões, os Estados Unidos deslocaram aviões de transporte de tropas e carga para o Caribe.

Porta-aviões dos EUA no Caribe. Foto: CBS

A nova ofensiva, batizada de Lança do Sul (Southern Spear), foi anunciada pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, que o governo passou a apresentar como “secretário de Guerra”. A operação mobiliza o Comando Sul e uma força-tarefa voltada a atacar redes do tráfico internacional.

No domingo, militares estadunidenses realizaram o 21º ataque contra barcos no leste do Oceano Pacífico e no Caribe, resultando na morte de três homens. As ações reforçam o clima de tensão e ampliam a percepção de que Washington está disposto a adotar medidas mais incisivas.

No sábado, durante um comício em Miranda, Maduro pediu paz e tentou minimizar a possibilidade de confronto direto. O presidente venezuelano surpreendeu apoiadores ao cantar “Imagine”, de John Lennon, enquanto buscava transmitir uma mensagem de convivência. “É o momento de acreditar na convivência e na esperança”, afirmou diante de autoridades e simpatizantes.

A mobilização militar dos Estados Unidos também provocou reação após Trinidad e Tobago anunciar exercícios conjuntos com tropas estadunidenses. Trump voltou a acusar Maduro de liderar redes internacionais de narcotráfico, acusações que o presidente venezuelano nega de forma categórica.

Como resposta, Caracas lançou uma mobilização militar nacional e acusou Washington de “fabricar uma guerra” para justificar uma intervenção e derrubar o governo chavista. Rumores sobre um ataque terrestre se intensificaram, especialmente depois de Trump declarar, em entrevista à CBS: “Não vou dizer o que vou fazer com a Venezuela”.

Fonte: DCM

Petrobras descobre petróleo de “excelente qualidade” na Bacia de Campos

Estatal conclui perfuração em área estratégica e inicia nova fase de testes para medir potencial produtivo

     Plataforma na Bacia de Campos (Foto: Divulgação)

A Petrobras confirmou uma descoberta relevante de petróleo no pós-sal da Bacia de Campos, após concluir a perfuração de um poço no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde, a 108 quilômetros da costa de Campos dos Goytacazes. A avaliação inicial da estatal aponta para óleo de “excelente qualidade”, reforçando o potencial produtivo da região e sinalizando novas perspectivas para a indústria energética nacional. As informações são do Brazil Stock Guide.

Segundo os dados divulgados, o poço – perfurado até 734 metros – teve sua etapa inicial concluída, mas ainda passará por uma série de testes para determinar sua capacidade real de exploração e a viabilidade econômica da área.

Adquirido em setembro de 2018 durante a 5ª Rodada de Partilha de Produção, o bloco Sudoeste de Tartaruga Verde é administrado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) e tem a Petrobras como operadora exclusiva, com 100% de participação. A área se soma a outros ativos estratégicos da companhia na Bacia de Campos, considerada uma das mais importantes províncias petrolíferas do país.

Fonte: Brasil 247 com informações do Brazil Stock Guide

Apesar das pressões, Messias segue como favorito para o STF

Votação apertada de Paulo Gonet acende alerta no governo, mas aliados afirmam que Lula segue inclinado a indicar o advogado-geral da União ao Supremo

      Lula e Jorge Messias (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A disputa pela próxima vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) segue concentrada no advogado-geral da União, Jorge Messias, apesar do desconforto gerado no governo pela apertada recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, no Senado. Auxiliares próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que o episódio não alterou o favoritismo de Messias.

Segundo o jornal O Globo, a articulação em torno da indicação deve avançar ainda nesta semana, antes de Lula embarcar para a África do Sul, onde participará da cúpula do BRICS nos dias 22 e 23 de novembro. Antes de tomar a decisão final, o presidente pretende conversar com outros dois nomes cotados: o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas.

Para integrantes do governo, o resultado apertado na recondução de Gonet foi uma resposta direta à atuação do procurador-geral no processo que envolve a denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) na investigação sobre a suposta trama golpista. Avaliam também que Gonet não fez corpo a corpo entre os senadores, deixando a articulação essencialmente nas mãos do presidente da Casa, Davi Alcolumbre.

Messias, por sua vez, teria um percurso distinto a construir no Senado. Uma eventual indicação por Lula seria seguida de uma rodada de conversas em gabinetes, incluindo diálogos com parlamentares da oposição. No Planalto, o fato de o advogado-geral da União ser evangélico é visto como um elemento que pode reduzir resistências entre setores conservadores.

Assim como ocorre na escolha do procurador-geral da República, o nome indicado para o STF precisa passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça e receber ao menos 41 votos no plenário do Senado.

Na semana passada, o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou em Belém que Lula deve se reunir com Pacheco ainda nos próximos dias e sinalizou que não enxerga mudança de rumo: “Eu sinceramente creio que o nome está lançado. Não vejo reversão”, declarou.

A vaga no Supremo foi aberta com a aposentadoria antecipada do ex-presidente da Corte Luís Roberto Barroso, anunciada em 9 de outubro. Havia expectativa de que Lula adotasse rapidez inédita neste terceiro mandato, já que suas duas primeiras indicações demoraram mais de 50 dias — Cristiano Zanin levou 51 dias para ser escolhido, e Flávio Dino, 59.

Contudo, após reunião com Alcolumbre em 21 de outubro, quando foi informando que o Senado tinha preferência majoritária por Pacheco, Lula decidiu adiar a escolha para consolidar melhor o caminho político antes do anúncio oficial.

Fonte:> Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Carlos Bolsonaro implode direita em SC, ameaça racha na base de governador e vira problema nacional

Disputa interna envolve PL, PP e PSD; tensão cresce após reação de Carol de Toni e alerta de analistas sobre impacto na união bolsonarista em SC

     Carlos Bolsonaro (Foto: Divulgação)

A oficialização da pré-candidatura do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) ao Senado por Santa Catarina, nas eleições de 2026, desencadeou uma disputa interna que ameaça fragmentar a base de apoio do governador Jorginho Mello (PL). As informações foram originalmente divulgadas pelo UOL. O movimento do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro pressiona acordos já estabelecidos entre partidos de direita no estado e coloca em risco a estratégia eleitoral construída pelo Palácio Barriga Verde.

Pelo arranjo firmado entre PL e Progressistas, as duas vagas ao Senado deveriam ser ocupadas pela deputada Carol de Toni (PL) e pelo atual senador Espiridião Amin (PP). A equação, porém, ficou mais complexa com a intenção do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), de disputar o governo estadual. Um articulador ouvido pela coluna apontou qual seria, nos bastidores, a “saída possível” para destravar o impasse: retirar Carol de Toni da disputa pelo Senado, favorecendo sua reeleição à Câmara; montar uma aliança que abrigasse no Senado Carlos Bolsonaro e João Rodrigues; e deslocar Amin para a vice de Jorginho Mello na chapa governista.

O plano, contudo, está longe de consenso. Carol de Toni, figura de peso no bolsonarismo catarinense, reagiu publicamente à articulação. Nos últimos dias, confrontou Carlos e Eduardo Bolsonaro, mobilizou bases digitais e recebeu vídeos de apoio de prefeitos que defendem sua permanência na disputa pelo Senado. A deputada, segundo aliados, não descarta mudar de partido caso a cúpula do PL tente barrar sua candidatura.

A crise abriu espaço para análises sobre o risco de desagregação do campo de direita no estado. Para o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, o movimento de Carlos Bolsonaro tende a reconfigurar forças locais de maneira brusca. “Isso vai rachar a base do Jorginho Mello, porque ele tinha outros planos para o estado. Vai ter que abrir mão de algum aliado. E quem ficaria de fora da disputa?”, afirma.

Nunes ressalta que um eventual racha pode ter efeitos para além do Senado. Em sua avaliação, a divisão interna tende a favorecer adversários em regiões estratégicas, como a capital. “O racha na direita pode fortalecer a esquerda em Florianópolis, ‘que é significativa’, e, com isso, ‘dificultar bastante a vida dessa turma’”, diz o pesquisador. Ele completa: “É mais complicado do que parece. A entrada do Carlos [na disputa local] parecia, de fora para dentro, mais fácil do que na verdade está se concretizando.”

O cenário ganha ainda mais relevância quando observado sob o prisma do perfil do eleitorado catarinense. A Quaest divide o eleitor em cinco grandes grupos: lulistas, esquerda não lulista, independentes, direita e direita bolsonarista. Em nível nacional, explica Nunes, o bolsonarismo representa cerca de 13% — menor que o conjunto da direita (22%) e do lulismo (18%). Mas Santa Catarina destoa completamente da curva.

“Quando a gente faz essa mesma conta em Santa Catarina, o bolsonarismo é muito maior. É o estado com maior percentual de bolsonaristas no Brasil.” Essa característica, observa, ajuda a explicar a aposta de Carlos Bolsonaro em se lançar senador pelo estado. “É um estado fundamental para a direita. Eles precisam ganhar com 80% contra o Lula. E tem que estar unido; se dividir, é bom para o Lula”, afirma.

Entre cálculos, pressões e ameaças de migração partidária, o tabuleiro eleitoral catarinense entra em ebulição. A poucos meses do início oficial das campanhas, os partidos ainda buscam uma fórmula capaz de acomodar ambições, preservar alianças e evitar que um dos polos mais bolsonaristas do país se torne palco de uma disputa interna capaz de redesenhar o mapa político do estado.

Fonte: Brasil 247 com informações originalmente divulgadas pelo UOL

Lindbergh propõe a Motta tirar Derrite da relatoria do PL Antifacção

Líder do PT diz que Derrite estragou o projeto e defende nome que consiga construir apoio entre governo, Centrão e oposição

Lindbergh Farias e Guilherme Derrite (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Mario Agra/Câmara dos Deputados)

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), articula uma mudança significativa na tramitação do PL Antifacção. Segundo a Folha de S.Paulo, o deputado pretende solicitar ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a substituição do atual relator, Guilherme Derrite (PP-SP).

Lindbergh considera que Derrite deu origem a “uma confusão” ao apresentar quatro versões diferentes do parecer, sem conseguir construir apoio entre governo, Centrão ou oposição. Para o líder do PT, o conjunto de mudanças tornou o relatório inviável: “o texto, do jeito que está, não dá para aproveitar”.

O parlamentar aponta que trechos sensíveis permanecem sem solução, como o perdimento de bens em caráter amplo e a retirada de recursos destinados à Polícia Federal, identificada na versão mais recente do texto. “Ele criou uma confusão. Foi uma falta de técnica legislativa muito grande”, afirma Lindbergh. “É difícil salvar o projeto depois de quatro versões. Vem uma quinta versão?”, questiona.

Diante do impasse, o petista propõe que o relator seja alguém capaz de construir consenso, condição que, segundo ele, poderia destravar a pauta. “Porque senão o impasse continua. Pode muito bem achar um nome do Centrão”, diz. Lindbergh destaca que ainda não tem uma sugestão específica a apresentar ao presidente da Câmara, mas defende que a troca seria “um excelente aceno” para pacificar a discussão e buscar uma saída negociada.

Na avaliação do líder do PT, a escolha de um novo relator nomeado por Hugo Motta poderia ajudar a “unificar e sair do impasse”, já que, em sua visão, “não dá mais para salvar esse texto” após tantas alterações.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo