Líder do PT diz que Derrite estragou o projeto e defende nome que consiga construir apoio entre governo, Centrão e oposição
Lindbergh Farias e Guilherme Derrite (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Mario Agra/Câmara dos Deputados)
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), articula uma mudança significativa na tramitação do PL Antifacção. Segundo a Folha de S.Paulo, o deputado pretende solicitar ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a substituição do atual relator, Guilherme Derrite (PP-SP).
Lindbergh considera que Derrite deu origem a “uma confusão” ao apresentar quatro versões diferentes do parecer, sem conseguir construir apoio entre governo, Centrão ou oposição. Para o líder do PT, o conjunto de mudanças tornou o relatório inviável: “o texto, do jeito que está, não dá para aproveitar”.
O parlamentar aponta que trechos sensíveis permanecem sem solução, como o perdimento de bens em caráter amplo e a retirada de recursos destinados à Polícia Federal, identificada na versão mais recente do texto. “Ele criou uma confusão. Foi uma falta de técnica legislativa muito grande”, afirma Lindbergh. “É difícil salvar o projeto depois de quatro versões. Vem uma quinta versão?”, questiona.
Diante do impasse, o petista propõe que o relator seja alguém capaz de construir consenso, condição que, segundo ele, poderia destravar a pauta. “Porque senão o impasse continua. Pode muito bem achar um nome do Centrão”, diz. Lindbergh destaca que ainda não tem uma sugestão específica a apresentar ao presidente da Câmara, mas defende que a troca seria “um excelente aceno” para pacificar a discussão e buscar uma saída negociada.
Na avaliação do líder do PT, a escolha de um novo relator nomeado por Hugo Motta poderia ajudar a “unificar e sair do impasse”, já que, em sua visão, “não dá mais para salvar esse texto” após tantas alterações.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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