Amigos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) relatam um cenário de abandono e isolamento. Segundo informações do Estadão, expressões como “mal cuidado” e “ruim” têm sido usadas por pessoas próximas para descrever sua situação atual. O afastamento pode ser medido também em números: o total de pedidos de visita a Bolsonaro caiu 74% desde agosto, segundo dados do sistema do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nas quatro primeiras semanas de prisão domiciliar, o ex-presidente recebeu 123 solicitações de visita. Nos últimos 30 dias, o número caiu para 32. Em novembro, até o dia 7, foram apenas 10 pedidos, incluindo familiares e integrantes de um grupo de oração ligado à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Um dos visitantes mais frequentes era o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que apresentou nove pedidos. Em outubro, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a proibição de contato entre os dois, após reabrir investigação sobre possível envolvimento de Valdemar na tentativa de golpe de Estado.

De acordo com pessoas próximas, Bolsonaro tem reclamado do afastamento de aliados e demonstrado desânimo com a iminente prisão em regime fechado. Fontes afirmam que ele sofre crises de soluço, atribuídas ao seu estado emocional e de saúde.
Na sexta-feira (7), o STF formou maioria para rejeitar o recurso da defesa e manter a pena de 27 anos e três meses de prisão pela tentativa de golpe de Estado. O julgamento foi conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.
Bolsonaro deverá começar a cumprir a pena quando o caso chegar ao chamado “trânsito em julgado”, ou seja, após o fim de todos os recursos. O STF ainda poderá decretar a prisão antes disso, caso considere que os recursos da defesa são apenas manobras protelatórias.
Fonte: DCM
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