terça-feira, 3 de junho de 2025

Wolney Queiroz participou de reunião com o "Careca do INSS" em janeiro de 2023

Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", é apontado como operador de um esquema bilionário de fraudes contra aposentados

Wolney Queiroz em reunião com ex-dirigentes do INSS suspeitos de corrupção, em janeiro de 2023 (Foto: Reprodução)

O atual ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), participou, no início do governo Lula (PT), de uma reunião com Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", apontado pela Polícia Federal como operador de um esquema bilionário de fraudes contra aposentados. O encontro ocorreu em 12 de janeiro de 2023, no próprio Ministério da Previdência, e contou ainda com a presença de ex-dirigentes do INSS hoje investigados por suspeita de recebimento de propina, informa o Metrópoles.

Na época, Wolney ainda era deputado federal e havia sido convidado para assumir a secretaria-executiva da pasta, cargo que ocuparia oficialmente apenas no mês seguinte. Ele viria a se tornar o titular do ministério após a saída de Carlos Lupi (PDT), que pediu demissão em maio de 2025, em meio aos desdobramentos da Operação Sem Desconto da PF. A operação expôs um esquema que teria movimentado R$ 6,3 bilhões desde 2019, por meio de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.

A reunião não aparece na agenda oficial dos participantes, tampouco no sistema de transparência pública. Além do lobista, estiveram presentes os então diretores do INSS André Fidelis (Benefícios), Alexandre Guimarães (Governança) e o procurador-geral do instituto, Virgílio Oliveira Filho — este último afastado por decisão judicial em abril. Todos são alvos da PF por suspeita de integrarem o núcleo favorecido por repasses ilegais.

Em nota, Wolney afirmou que a reunião foi organizada por Virgílio Oliveira Filho, que teria montado o grupo de participantes “sem anuência prévia” do então deputado. “A agenda foi organizada e conduzida pelo então consultor jurídico do ministério, Dr. Virgílio Oliveira Filho, com o intuito de apresentar ao futuro secretário-executivo um panorama técnico da pasta no âmbito do processo de transição”, afirmou. O ministro alegou ainda que o encontro foi divulgado em suas redes sociais, “o que reforça a boa-fé no encontro e no que diz respeito a todos os presentes”.

As investigações apontam que os participantes do encontro teriam recebido valores expressivos de empresas ligadas ao lobista. O “Careca do INSS” repassou, entre 2023 e 2024, um total de R$ 9,3 milhões. Já Virgílio Oliveira Filho teria recebido R$ 11,9 milhões, sendo R$ 7,5 milhões diretamente do lobista. André Fidelis foi destinatário de R$ 5,1 milhões, dos quais R$ 1,46 milhão foram pagos por Antunes. Alexandre Guimarães, por sua vez, teria embolsado R$ 313,2 mil. Uma das evidências que chamou atenção da PF foi a doação de um Porsche, avaliado em R$ 500 mil, para a esposa do ex-procurador Virgílio.

A fotografia do encontro, publicada por Wolney à época, mostra também a presença de outros dois nomes ligados à estrutura do INSS: Rogério Soares de Sousa, que viria a ser nomeado superintendente no Nordeste em março de 2023, e Marcos de Brito Campos Júnior, que assumiu em outubro daquele ano a Diretoria de Administração e Finanças do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Ainda segundo apuração da coluna de Tácio Lorran, também no Metrópoles, o lobista teve outra reunião fora da agenda oficial com o hoje secretário-executivo Adroaldo da Cunha Portal, sucessor de Wolney, em março de 2023. Na ocasião, o "Careca do INSS" estava acompanhado de representantes de correspondentes bancários que atuam com crédito consignado.

Em 15 de maio de 2025, em audiência no Senado, Wolney foi confrontado sobre suas relações com o lobista e outros empresários investigados. Em resposta, o ministro declarou: “olha, eu posso ter, eventualmente, me encontrado com alguns deles, não me lembro de tê-los recebido, mas eventualmente posso ter recebido. O nosso ministério recebe dezenas de pessoas, e eu não tenho nenhuma lembrança de conhecê-los, nem tenho nenhuma relação com eles. Relação com eles, de certeza, eu posso garantir que não tenho qualquer relação”.

Leia, na íntegra, a nota de Wolney Queiroz: “a reunião mencionada ocorreu em 12 de janeiro de 2023. Wolney Queiroz ainda era deputado federal – ele havia sido convidado a assumir a Secretaria-Executiva do Ministério da Previdência Social, mas só tomou posse em fevereiro, motivo pelo qual o compromisso não consta no E-Agendas.

A agenda foi organizada e conduzida pelo então consultor jurídico do ministério, Dr. Virgílio Oliveira Filho, com o intuito de apresentar ao futuro secretário-executivo um panorama técnico da pasta no âmbito do processo de transição. O grupo foi montado por Oliveira Filho, sem anuência prévia de Wolney sobre os participantes. A atividade foi registrada, à ocasião, nas redes sociais do próprio Wolney, o que reforça a boa-fé no encontro e no que diz respeito a todos os presentes.

O ministro não tem qualquer relação com investigados pela Polícia Federal. Sua longa trajetória na vida pública sempre foi pautada por transparência, integridade e compromisso com o interesse público".

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lindbergh aponta à PF quarteto que estaria querendo sabotar STF nos EUA

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias – Gabriel Paiva/Divulgação

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, afirmou haver indícios de uma organização estruturada para sabotar o STF (Supremo Tribunal Federal) e interferir no funcionamento do Poder Judiciário. Segundo o parlamentar, a estrutura seria composta por figuras públicas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o influenciador digital Paulo Figueiredo Filho e o deputado Filipe Barros (PL-PR).

De acordo com o petista, a atuação desse grupo é planejada, funcionalmente dividida e com objetivo direto de obstruir investigações e decisões judiciais, principalmente aquelas relacionadas à apuração de uma suposta trama golpista em julgamento no STF. Ele sustenta ainda que o ex-chefe do governo teria financiado a atuação do próprio filho.

“Os indícios apontam para uma estrutura estável e funcionalmente dividida, composta por pelo menos Eduardo Bolsonaro, Jair Messias Bolsonaro, Paulo Figueiredo Filho, Felipe Barros, entre outros agentes ainda em apuração, cujo objetivo comum é sabotar, obstruir ou interferir diretamente nas funções típicas do Poder Judiciário brasileiro, especialmente no julgamento da trama golpista em curso no Supremo Tribunal Federal”, diz trecho do documento encaminhado por Lindbergh Farias à Polícia Federal.

Fonte: DCM

8/1: professora bolsonarista que ostentou tornozeleira é condenada por golpismo no STF


Professora bolsonarista Eliane Oelke ostentando a tornozeleira eletrônica ao deixar a prisão. Foto: reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por maioria, a professora de educação infantil Eliane Oelke pelos crimes de associação criminosa e incitação à animosidade das Forças Armadas contra os Poderes da República. A decisão foi proferida na última sexta-feira (30) após julgamento da Ação Penal (AP) 1.642 em plenário virtual.

Moradora de Sinop, no interior do Mato Grosso, Eliane leciona em uma creche municipal. Em janeiro de 2023, foi presa por participar dos atos golpistas em Brasília.

Pouco tempo depois, foi liberada e ganhou notoriedade ao retornar à sua cidade exibindo a tornozeleira eletrônica, quando declarou: “não chorei nenhuma vez, estou com WiFi com muito orgulho”. As amigas reiteraram: “símbolo de guerra, muita luta e muito orgulho de usar”. Em fevereiro daquele ano, ela retomou suas atividades como professora sob monitoramento eletrônico.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Eliane começou sua jornada no acampamento instalado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília logo após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para Lula (PT) nas eleições de 2022.

Na ocasião, a professora aderiu a um movimento que pedia intervenção militar e se opunha à posse do presidente eleito. A denúncia destacou que a professora permaneceu no local mesmo após os ataques de 8 de janeiro, o que foi considerado indício de apoio ao movimento golpista.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, considerou comprovado o dolo na conduta da ré. “Tanto são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático, quanto aquelas que pretendam destruí-lo, juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito à Separação de Poderes e aos direitos fundamentais, em suma, pleiteando a tirania, o arbítrio, a violência e a quebra dos princípios republicanos, como se verifica pelas manifestações criminosas ora imputadas à denunciada”, afirmou.

O voto de Moraes foi acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso.

A pena de um ano de reclusão foi convertida em medidas alternativas, incluindo prestação de 225 horas de serviços comunitários, participação em curso sobre democracia, proibição do uso de redes sociais e pagamento de 20 dias-multa (meio salário-mínimo cada). Eliane também teve o passaporte suspenso e foi condenada, solidariamente com outros réus, ao pagamento de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.

Os ministros Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados ao cargo por Bolsonaro, divergiram do relator. Nunes Marques argumentou que a permanência de Eliane no acampamento após os ataques não era suficiente para comprovar associação criminosa ou incitação ao crime.

Já Mendonça votou pela absolvição de todos os réus por insuficiência de provas, afirmando que a responsabilização penal não poderia ser baseada apenas na presença física no local.

Fonte: DCM

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Gilmar Mendes diz que julgamento sobre redes sociais no STF pode virar referência global

                           O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) – Divulgação

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (2) que o julgamento sobre a responsabilização das redes sociais por conteúdos de usuários pode se tornar um “paradigma para o mundo”. A declaração foi feita durante um evento da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), realizado em Paris, na França.

O STF retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento sobre a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet, que estabelece que plataformas digitais só podem ser responsabilizadas por publicações de terceiros mediante decisão judicial. O processo estava parado há quase seis meses por um pedido de vista do ministro André Mendonça, que agora devolveu o caso para pauta do plenário.

“É uma questão importante para o Brasil e acho que pode ser um paradigma para o mundo, como lidar com a mídia social agora que temos também o desafio da inteligência artificial”, argumentou o magistrado, acrescentando que a retomada da discussão sobre o tema pode gerar regras “mais duradouras” envolvendo a responsabilização das plataformas.

Fonte: DCM

“Lula não ganhou, Bolsonaro que perdeu”, diz Andréia Sadi na GloboNews


      Andréia Sadi. Foto: Reprodução/GloboNews

Nesta segunda-feira, 2, a jornalista Andréia Sadi provocou revolta nas redes sociais ao atacar novamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Lula não ganhou, Bolsonaro que perdeu”, disse ela. “Falta esse entendimento nos setores da esquerda”.

Segundo Sadi, “Lula não tem uma novidade. Não tem uma bandeira nova, projeto, programa. Era o candidato da democracia”.

Na semana passada, Sadi havia culpado Lula pelos ataques sofridos pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Senado.

O episódio ocorreu quando o senador Marcos bolsonarita Rogério (PL-RO) ironizou as queixas de Marina, chegando a impedi-la de falar.

A ministra, em resposta, afirmou que Rogério queria que ela fosse uma mulher submissa. O cafajeste ficou nervoso. “Me respeite, se ponha no teu lugar”, ordenou a Marina.

Ao comentar a emboscada, Sadi meteu o dedo na cara de Lula: “Quero saber se vai ter uma reação enfática do presidente da República”.

Fonte: DCM

Lindbergh apresenta dossiê à PF com 88 ‘provas’ contra Eduardo Bolsonaro

 

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), falando e olhando para o lado em coletiva de imprensa
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ) – Divulgação/Gabriel Paiva
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), entregou nesta segunda-feira (2) um dossiê à Polícia Federal (PF) com 88 provas e argumentos contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O parlamentar solicita o indiciamento do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por coação no curso do processo, obstrução de Justiça, alta traição à pátria e ameaça à segurança do Estado. Com informações do Metrópoles.

Segundo relatos de interlocutores que acompanharam o depoimento e tiveram acesso ao material, o petista aponta que o deputado licenciado teria atuado sob ordens diretas do pai. Além disso, o documento afirma que ele é financiado pelo ex-mandatário e estaria envolvido em uma articulação internacional contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes.

O dossiê também menciona 666 ataques a autoridades brasileiras, conforme relatório citado pelo líder do PT. Lindbergh Farias solicitou ainda o indiciamento do deputado Felipe Barros (PL-PR) e do empresário e comentarista Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente João Figueiredo, por suposta participação nas ações investigadas.

Outro ponto de destaque no material entregue à PF é o suposto desvio de recursos da campanha de arrecadação liderada por Jair Bolsonaro, oficialmente criada para o pagamento de multas judiciais. O líder do PT na Câmara alega que o dinheiro foi usado para financiar reuniões com lideranças políticas internacionais e ações diplomáticas contra autoridades brasileiras, incluindo ministros do STF.

Desde fevereiro, Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos e, segundo o dossiê, teria afirmado que permanecerá no país para articular ações contra o STF com o apoio de aliados do presidente Donald Trump.

Apesar da distância, o deputado federal licenciado já é visto por setores do PL como um possível pré-candidato à Presidência da República em 2026, especialmente pela preferência de Jair Bolsonaro por um nome da própria família para representar a direita nas eleições.

O ex-chefe do governo responde a processo no STF por tentativa de golpe de Estado e foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As novas acusações contra o filho dele agravam o cenário jurídico e político do clã Bolsonaro, já pressionado por investigações em diversas frentes.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Justiça bloqueia R$ 23,8 milhões de suspeitos de fraude contra INSS

Ação é uma das 15 em que AGU pede bloqueio de R$ 2,5 bilhões

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta segunda-feira (2) que a Justiça Federal em Brasília determinou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens de investigados pela fraude em descontos irregulares nos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo o órgão, os valores serão usados para o ressarcimento das vítimas.

A indisponibilidade de bens e ativos financeiros foi determinada pela juíza federal Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, e envolve os bens e ativos financeiros de duas empresas e os respectivos sócios.

No mês passado, a AGU pediu o bloqueio de R$ 2,5 bilhões de 12 entidades associativas e 60 dirigentes. Por determinação da juíza, o caso foi fatiado em 15 ações para facilitar a análise dos pedidos.

As fraudes são investigadas na Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que investiga um esquema nacional de descontos de mensalidades associativas não autorizadas. Estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões foram descontados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.

As ações judiciais fazem parte do trabalho do grupo especial montado pela AGU para buscar a recuperação do dinheiro descontado irregularmente dos aposentados.

Fonte: Agência Brasil

16ª Regional de Saúde faz alerta e pede novas estratégias de vacinação


Fotos: Divulgação

O diretor da 16ª Regional de Saúde, Lucas Leugi, acompanhado de técnicos, se reuniu na tarde desta segunda-feira, com os secretários de saúde de Apucarana, Guilherme de Paula; e de Arapongas, Carlos Eduardo Arruda “Cadu”. O tema abordado foram os 16 óbitos registrados na área da RS, de janeiro a maio deste ano, causados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Deste total, 4 foram registrados em Apucarana e mais 4 em Arapongas.

“Este quadro nos preocupa muito, levando em conta que, em 2024, foi confirmado um único caso na nossa região”, frisou Lucas Leugi. Na reunião com os secretários foram discutidas novas estratégias para ampliar a vacinação contra a gripe influenza. “O cenário atual gera temor, em função da circulação de vírus e ainda em relação à capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde na região, que pode ficar comprometida com um número exagerado de pacientes”, admite Leugi.

Também participaram do encontro o chefe do Núcleo Regional de Educação, Valdimir Barbosa; e a secretária de educação de Apucarana, Ana Paulo do Carmo. Ambos se colocaram à disposição para intensificar a vacinação, nas escolas estaduais e municipais.

O secretário de saúde de Apucarana, Guilherme de Paula, avalia que a busca ativa, que já está sendo feita, em supermercados, espaço das feiras, shopping e escolas deve avançar ainda mais. Ele anuncia que equipes de vacinação também irão atuar também no terminal rodoviário urbano.
Já o secretário de Arapongas, Carlos Eduardo Arruda, disse que a batalha contra as “fake news” – que prejudicam a vacinação -, está sendo intensificada. “Nosso foco são as crianças e os idosos. Nosso índice de vacinação ainda é baixo, mas estamos adotando novas estratégias de imunização”, diz Cadu.



Fonte: Assessoria de Imprensa

Ponte de Guaratuba chega a 60% de execução com avanço nas obras dos acessos

Em maio, no lado de Guaratuba, tiveram continuidade os serviços de contenções, com a execução do solo grampeado, estaca raiz, tirantes e vigas de travamento, bem como na escavação para rebaixamento do morro. Já no lado de Matinhos, teve continuidade os serviços de drenagem, terraplenagem e pavimentação.

Ponte de Guaratuba chega a 60% de execução com avanço nas obras dos acessos
Foto: Ricardo Ribeiro/AEN

As obras da Ponte de Guaratuba, no Litoral do Paraná, chegaram a 60% de execução, segundo o relatório de obras do mês de maio. Um marco que é comemorado mês a mês devido ao progresso célere e de qualidade da estrutura, aguardada há mais de 40 anos pela população paranaense.

Uma das novidades é com o andamento das obras dos acessos. A implantação da Ponte de Guaratuba está inserida na rodovia PR-412, dentro do município de Guaratuba, ao longo de um traçado com 3,07 km de extensão. O projeto contempla acessos estruturados nas duas extremidades da ponte, que para melhor entendimento, são chamados de acessos do lado de Guaratuba com aproximadamente 940 metros de extensão e acesso do lado de Matinhos, que possui extensão próxima a 880 metros.

A seção transversal da rodovia é composta por 4 faixas de tráfego de 3,60 metros cada, faixas de segurança de 0,60 metros para cada lado, passeios com ciclovia, em ambos os lados, com 3 metros úteis. Além disso, todo o traçado contempla iluminação viária.

No lado de Matinhos, há dois retornos, baia para operação policial e acesso a Cabaraquara que margeia o parque Saint Hilaire pelo lado direito da rodovia. No lado de Guaratuba, há uma interseção viária que permite o acesso tanto ao centro da cidade quanto à praia de Caieiras. No acesso principal, está em andamento o rebaixamento do morro com o objetivo de melhorar a inclinação da rampa existente e para garantir a estabilidade do terreno, estão sendo executadas as contenções.

Em maio, no lado de Guaratuba, tiveram continuidade os serviços de contenções, com a execução do solo grampeado, estaca raiz, tirantes e vigas de travamento, bem como na escavação para rebaixamento do morro. Já no lado de Matinhos, teve continuidade os serviços de drenagem, terraplenagem e pavimentação.

Há previsão de movimentação de 200.000 metros cúbicos de terraplenagem, entre escavação e aterro e execução de 50.000 metros quadrados de camadas de pavimentação, que contemplam reforço de subleito, sub-base, base e revestimento asfáltico.

“O ritmo de execução dos trabalhos estava progredindo muito bem, e agora estamos com ainda mais celeridade na execução desta obra, que será entregue aos paranaenses dentro do prazo, garantindo mais segurança e qualidade de vida para moradores, visitantes e turistas no Litoral do Paraná”, afirma o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), Fernando Furiatti.

“E já temos mais obras iniciando em Matinhos, com a duplicação da PR-412 até Praia de Leste, em breve a duplicação de Guaratuba até Santa Catarina, e ainda o EVTEA da Estrada de Guaraqueçaba, que devemos contratar em breve”, complementa.

Segundo a engenheira do DER/PR, Larissa Vieira, cada etapa concluída carrega a marca do desenvolvimento da infraestrutura no Estado. “O progresso dessa obra traz sempre um simbolismo de desenvolvimento da região e a concretização de um sonho que hoje, é apreciado aos olhos de quem sonha junto a entrega da Ponte de Guaratuba”, destaca. “Cada detalhe e execução da estrutura são resultado do trabalho de muitas pessoas, que se dedicam dia e noite, unidas pelo mesmo propósito”.

“A construção da Ponte de Guaratuba sem dúvidas é o projeto mais icônico da engenharia paranaense dos últimos anos, não apenas pela complexidade técnica, mas também pelos desafios superados e pela relevância da obra para o Estado”, diz a engenheira Janice Kazmierczak Soares, diretora Técnica do DER. “Atualmente já estamos com 60% do contrato executado, e o que estava no nosso imaginário há tantos anos, já pode ser visualizado no Litoral”.

INFRAESTRUTURA E AVANÇO DA OBRA – Em maio, houve a continuidade na execução das estacas do trecho pré-moldado, envolvendo atividades de cravação, escavação e concretagem, além da fabricação e lançamento das vigas longarinas pré-moldadas, a execução das travessas do trecho pré-moldado, das aduelas de disparo dos apoios 4 e 5, bem como das lajes do trecho pré-moldado.

Para infraestrutura da ponte, até o momento, foi alcançada a marca de 50 estacas concretadas. São 17 estacas concluídas do trecho estaiado e 33 do trecho pré-moldado. Ao total, são 64 estacas, sendo 24 no trecho estaiado e 40 no trecho pré-moldado.

Na mesoestrutura, na execução das travessas que receberão as vigas longarinas, há o acumulado de 12 travessas finalizadas. Já na superestrutura, teve continuidade a fabricação das vigas longarinas pré-moldadas, chegando ao final do mês de maio com o acumulado de 95 estruturas fabricadas e 80 lançadas nas travessas (50%).

No trecho pré-moldado, teve continuidade o lançamento das placas pré-moldadas de concreto, também conhecidas como pré-lajes, sobre as vigas longarinas, onde posteriormente servem de forma para consolidação da laje.

No mês de maio, finalizou-se o acumulado de nove lajes do tabuleiro, de um total de 20 vãos previstos no trecho pré-moldado da ponte. O trecho estaiado compreende ainda três vãos adicionais, totalizando 23 vãos ao longo de toda a ponte.

A superestrutura em trecho pré-moldado é composta por vigas longarinas e pré-lajes fabricadas fora de sua posição final, geralmente no canteiro de obras ou por empresas especializadas. Esses elementos, os quais são classificados como estruturas de concreto pré-moldado, são transportados e posicionados sobre os apoios da ponte. Inicialmente, as vigas longarinas são lançadas sobre as travessas, que posteriormente recebem as pré-lajes. Estas funcionam como um sistema de forma, dispensando o uso de escoramento tradicional. E após o posicionamento das pré-lajes, realizam-se a colocação das armaduras e a concretagem da laje. Após a concretagem, a laje então recebe o revestimento do pavimento, que será destinada ao tráfego de veículos.

TRECHO ESTAIADO – No trecho estaiado da Ponte de Guaratuba, o boletim de obras destaca a conclusão das etapas de infraestrutura (estacas e blocos de coroamento) e mesoestrutura (pilares) das torres principais. Com essa fase finalizada, teve início a execução da aduela de partida, elemento fundamental para a construção em balanços sucessivos.

A aduela de partida do apoio 04 já foi concluída, marcando o início da próxima etapa: a montagem do carro de avanço, estrutura metálica treliçada que permitirá a concretagem no local, das demais aduelas pelo método dos balanços sucessivos.

PONTE DE GUARATUBA – A ponte estaiada contará com mais de 1.200 metros de extensão, quatro faixas de tráfego, duas faixas de segurança em cada sentido, calçadas com ciclovia e guarda-corpos, proporcionando mais segurança e comodidade a moradores e visitantes do litoral paranaense.

Já são mais de 600 empregos gerados e um time comprometido em entregar uma estrutura que vai facilitar o acesso, impulsionar o turismo e movimentar a economia da região.

A obra é do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL). Ela pode ser acompanhada em tempo real através das câmeras de monitoramento, acessando a página www.pontedeguaratuba.pr.gov.br.



Veja como devem ficar os acessos:

Acesso do lado Guaratuba:


Acesso do lado de Matinhos


Fonte: AEN

PGR envia ao Supremo parecer para manter a prisão de Braga Netto

O general e ex-vice de Bolsonaro está preso sob a acusação de tentar obter dados sigilosos da colaboração premiada de Mauro Cid

                                    General Braga Netto (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

André Richter - Repórter da Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta segunda-feira (2) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer pela manutenção da prisão do general Walter Braga Netto, preso no âmbito das investigações da trama golpista. Ele é um dos réus na ação penal do golpe.

O general da reserva e vice na chapa de Bolsonaro em 2022 está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de tentar obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

O parecer da PGR foi motivado por um recurso apresentado pela defesa de Braga Netto para derrubar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que manteve a prisão. A decisão foi assinada no dia 22 de maio.

No documento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reafirmou que a prisão deve ser mantida para preservar o curso do processo e não pode ser substituída por medidas cautelares.

"A gravidade concreta dos delitos, a lesividade das condutas e os perigos de reiteração delitiva e de obstáculo à instrução criminal são motivos suficientes a evidenciar a contemporaneidade e justificar a manutenção da custódia cautela", afirmou o procurador.

Com a chegada do parecer ao STF, caberá a Alexandre de Moraes analisar o caso novamente. Não há data marcada para a decisão.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Haddad se reúne com Gleisi e líderes do governo para discutir solução para aumento do IOF

A conversa ocorreu no gabinete da ministra das Relações Institucionais

Ministro Fernando Haddad (Foto: Adriano Machado / Reuters)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu nesta segunda-feira (2) com líderes da articulação política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, para buscar alternativas de compensação do recuo parcial do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A informação é do Globo.

A conversa ocorreu no gabinete da ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, e contou com a presença dos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP). O ministro da Casa Civil, Rui Costa, não participou diretamente, mas enviou um representante.

Segundo fontes do governo, não há definição final sobre as medidas, mas as conversas estão em andamento. Estão sendo avaliadas propostas apresentadas pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) à equipe econômica, que sugerem tanto medidas de aumento de arrecadação quanto propostas de cortes de gastos para reverter parcialmente o aumento do IOF, além de alternativas discutidas pela Câmara.

Na semana passada, Motta pressionou o governo federal e indicou que o Congresso pode barrar os efeitos da elevação do tributo se a equipe econômica não apresentar alternativas em até dez dias.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Em eleição sem precedentes, população mexicana escolhe membros do judiciário pelo voto

O redesenho institucional será concluído em 2027, quando o restante do Judiciário atual também será submetido à votação

                  Claudia Sheinbaum (Foto: Reuters/Henry Romero)

Gabriel Vera Lopes, Brasil de Fato - Num episódio histórico, México realizou eleições neste domingo, 1º de junho, para escolher diretamente os membros do Poder Judiciário. Pela primeira vez, mais de 2.600 cargos em diferentes instâncias judiciais — nos níveis federal e estadual — serão renovados com base nos resultados das urnas. O redesenho institucional será concluído em 2027, quando o restante do Judiciário atual também será submetido à votação.

Essas eleições são resultado da Reforma Judicial aprovada em setembro de 2024, originalmente proposta pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador e impulsionada pela atual presidenta, Claudia Sheinbaum, após sua vitória eleitoral, há exatamente oito meses.

A partir de agora, todas as instâncias do Judiciário mexicano passarão a ser escolhidas por voto popular: desde o juiz do menor distrito local até os nove ministros da Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN). Sheinbaum classificou o processo como “uma eleição histórica” e destacou que cerca de 13 milhões de cidadãos foram às urnas, apesar de mais de 100 milhões de pessoas estarem aptas a votar.

“Quase 13 milhões de mexicanas e mexicanos saíram às ruas para exercer, pela primeira vez na história, seu direito de decidir quem devem ser os ministros, magistrados e juízes”, declarou em um vídeo divulgado pouco depois de o Instituto Nacional Eleitoral (INE) apresentar seu primeiro boletim eleitoral. Em resposta às críticas de setores da oposição à reforma, Sheinbaum apontou o atual Judiciário como responsável por beneficiar o crime organizado.

“Não podemos esquecer que o Judiciário atual, que alguns defendem, foi responsável por favorecer integrantes do crime organizado e liberar bilhões de pesos ligados ao crime de colarinho branco.” Ela também destacou que o sistema judicial vigente é marcado pelo nepotismo.

“Metade do Judiciário atual chegou ao cargo por ser parente de algum magistrado, e não por mérito numa carreira judicial.”

A eleição direta de juízes é uma prática incomum em todo o mundo. As poucas experiências existentes tendem a se limitar a setores específicos do sistema judicial. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas juízes estaduais ou locais são eleitos. Já na Bolívia, desde 2011, as mais altas autoridades judiciais do país são escolhidas por voto popular.

No México, antes de serem submetidos à votação popular, os mais de 7.700 candidatos que disputaram cargos no Judiciário precisaram atender a uma série de critérios de idoneidade, além de passar por diversos filtros, incluindo avaliações realizadas por comissões de controle formadas por representantes dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo.

✱ Comparecimento dos eleitores

O governo apostava que o comparecimento dos eleitores ficaria em torno de 20% do eleitorado, considerando que o voto não é obrigatório no México. A meta era superar os quase 18% alcançados por Andrés Manuel López Obrador em 2022, quando convocou o referendo revogatório.

No entanto, o nível de participação foi consideravelmente menor do que o esperado. Guadalupe Taddei, presidenta do Instituto Nacional Eleitoral (INE), informou que a taxa de participação estimada ficou entre 12,57% e 13,32%, embora a contagem final dos votos possa levar até duas semanas.

A oposição ao governo de Claudia Sheinbaum promoveu uma intensa campanha pelo boicote às eleições, argumentando que submeter a escolha de juízes ao voto popular coloca em risco a independência do Judiciário em relação aos demais poderes do Estado, além de abrir espaço para a entrada de setores ligados ao crime organizado no sistema de justiça.

Essa situação foi agravada pelo fato de que as eleições foram especialmente complexas. Não apenas por ser a primeira vez em que membros do Judiciário foram escolhidos por voto direto, mas pela natureza do que estava em disputa, o que adicionou uma camada extra de dificuldade.

Apesar do enorme poder que o Judiciário exerce sobre a vida cotidiana — decidindo sobre temas fundamentais como a liberdade ou a guarda dos filhos —, a histórica opacidade dessa instituição fez com que grande parte da população não compreendesse com clareza as funções específicas de cada instância.

Foram utilizadas ao menos seis cédulas com dezenas de nomes, muitos deles desconhecidos do público. Todos esses elementos fizeram da participação cidadã um dos principais desafios do processo, ajudando a explicar, em parte, o baixo comparecimento às urnas.Na segunda-feira (2), a Secretária do Interior do México, Rosa Icela Rodríguez, disse que as eleições representaram um passo na democratização eleitoral.

“A mensagem que o México está enviando ao mundo hoje é clara: a justiça também é uma questão do povo, porque, como disse a presidente Claudia Sheinbaum, o que queremos é que os ricos, os pobres, os que vivem no norte, os que vivem no sul, que todos tenham o mesmo acesso à justiça”, afirmou.

✱ A batalha pela democratização

A reforma do sistema judiciário é um dos projetos mais ambiciosos e controversos do processo da Quarta Transformação. Durante o governo de Andrés Manuel López Obrador, o Judiciário — em especial a Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN) — tornou-se um dos principais focos de oposição às mudanças promovidas por sua administração, barrando diversas de suas iniciativas, especialmente na área de desenvolvimento.

Em nome da defesa da independência do Judiciário, grande parte da oposição política e midiática ao governo de López Obrador foi articulada, chegando inclusive a contar com o apoio da embaixada dos Estados Unidos. Por outro lado, a democratização do Judiciário consolidou-se como uma das principais bandeiras e demandas do movimento da Quarta Transformação.

Em entrevista ao Brasil de Fato, a analista política e jornalista Alina Duarte destacou que, por trás dessas eleições judiciais, houve uma “gigantesca tarefa militante” com o objetivo de evidenciar que o Judiciário não é “um poder neutro, como costuma ser apresentado”. Ela também enfatizou que, embora a reforma possa ser aperfeiçoada, representa um avanço concreto rumo a uma maior participação popular, ao incorporar temas geralmente ausentes do debate político.

“Foi uma tarefa titânica tornar visível que o Judiciário não era esse poder neutro a serviço dos pobres, mas sim um poder a serviço dos grandes interesses”, afirmou.

Duarte também ressalta que, ao longo dos anos, a militância da Quarta Transformação atuou para revelar quem compõe o Judiciário, que interesses representa e de que forma atua. Em sua visão, foram as próprias ações dos ministros da SCJN durante os seis anos de mandato de López Obrador que ajudaram a evidenciar o que ela considera “o caráter político do Judiciário”.

“O Judiciário tem sido um instrumento das oligarquias e dos poderes de fato contra os povos que se organizam e lutam por sua emancipação. Essas eleições permitem questionar como esse poder é constituído”, argumenta.

Apesar de seus avanços e limitações, Duarte considera que a principal virtude da reforma é ter conseguido “ancorar uma dimensão das lutas emancipatórias na justiça como algo concreto e material”.

Em sua opinião, não se trata apenas de “saber quem vai compor o Judiciário”, mas de “ter um juiz trabalhista que decida a favor da classe trabalhadora ou um juiz cível que julgue em favor das mulheres, historicamente excluídas”.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Lindbergh repudia ataques ao STF e diz que pedirá o bloqueio dos bens de Jair Bolsonaro

O líder do PT criticou as conexões feitas pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) com a extrema-direita norte-americana

           Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que vai pedir o bloqueio de bens de Jair Bolsonaro (PL) após a Procuradoria-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal iniciaram uma investigação, com o objetivo de apurar as conexões feitas pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) com a extrema-direita norte-americana.

De acordo com o deputado do PT-RJ, o bolsonarismo pode estar recebendo apoio por meio do pix. "A gente acha que isso que está alimentando essa campanha cotidiana de ataques à instituição (STF). Agora, tem uma preocupação muito grande, porque, para nós, é uma organização criminosa que está ali atuando para impedir, para tumultuar um julgamento que está em curso". O relato saiu no Metrópoles.

Nos EUA, aliados do governo Donald Trump (Partido Republicano) defenderam sanções contra o STF, onde o ministro Alexandre de Moraes é relator do inquérito da trama golpista, que tem Jair Bolsonaro (PL) entre os 31 réus.

Além da investigação do plano golpista, Moraes teve atuação nas apurações sobre milícias digitais, que favoreceram Bolsonaro em 2018, quando ele se elegeu com um amplo esquema de fake news. Notícias falsas também foram o motivo que deixou o ex-mandatário inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral em 2023, porque, no ano passado, ele afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), e disse que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Quem é o vereador bolsonarista preso por manter criança como escrava sexual


Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, preso por estupro de vulnerável e armazenamento de material de abuso sexual infantil. Foto: reprodução

O médico bolsonarista Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, de 39 anos, vereador pelo Partido Liberal (PL) em Canarana (MT), foi preso no último sábado (31) acusado de estupro de vulnerável e armazenamento de material de abuso sexual infantil. A prisão revelou detalhes chocantes sobre os crimes e colocou em evidência a trajetória do político, que acumulava patrimônio de quase R$ 1 milhão e histórico judicial conturbado.

Eleito em 2024 com 509 votos na cidade com cerca de 25 mil habitantes, Thiago declarou à Justiça Eleitoral possuir dois veículos (R$ 390 mil), uma motocicleta (R$ 93 mil), um terreno (R$ 150 mil) e R$ 300 mil em dinheiro. Sua campanha teve apenas dois doadores: o próprio PL, que contribuiu com R$ 40 mil, e uma pessoa física, que doou R$ 2,4 mil.

Formado em Medicina pela Universidade de Cuiabá em 2009, atuava na rede pública de Canarana sem especialização registrada no CRM-MT. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) revela que Thiago já foi processado por injúria, difamação e abandono de cargo, com uma condenação de 1 mês e 10 dias de prisão (convertida em multa), posteriormente anulada em recurso.

Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, vereador preso por estupro de menores, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Crime de pedofilia


A operação policial que levou à prisão do vereador foi deflagrada após denúncias de abuso contra uma criança de dois anos. Durante buscas em sua residência e consultórios, a Polícia Civil encontrou:

– Vídeos de exploração sexual infantil, supostamente produzidos e comercializados por Thiago;
– Roupas infantis femininas (incluindo macacão, touca e sapatos rosas);
– Brinquedos sexuais (consolos, cintas, algemas);
– Roupas íntimas adultas.

Itens infantis encontrados na casa do bolsonarista. Foto: reprodução
“Parte desse material teria sido produzido, armazenado e divulgado pelo próprio suspeito”, afirmou o delegado Flávio Leonardo Santana, responsável pelo caso.

Os detalhes revelados pelas investigações são ainda mais perturbadores. Segundo a polícia, Thiago mantinha uma adolescente de 15 anos em situação de “escravidão sexual” desde que ela tinha 12 anos e a utilizava para aliciar outras vítimas, incluindo uma criança de apenas dois anos.

O delegado destacou que o acusado se aproveitava de sua profissão médica para se aproximar de vítimas em situação de vulnerabilidade. “Há fortes indícios de que o suspeito utilizava a adolescente como instrumento para abusar sexualmente de uma criança de apenas dois anos de idade”, afirmou Santana.

Diante da gravidade das acusações, o Partido Liberal (PL) anunciou nesta segunda-feira (2) o afastamento temporário do vereador. Em nota oficial, o partido afirmou que “repudia veementemente as alegações e crimes atribuídos ao vereador”, determinando a suspensão de sua filiação partidária.

Enquanto isso, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e a Câmara Municipal de Canarana optaram por não se manifestar sobre o caso.

Fonte: DCM