domingo, 21 de setembro de 2025

Toffoli pede vista e adia decisão sobre piso da enfermagem

Ministro do STF interrompe análise de ação que discute salários da categoria

    Dias Toffoli (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e adiou o julgamento sobre o piso salarial da enfermagem,. O caso, que se arrasta desde 2022, segue cercado de disputas jurídicas e resistência de parte do setor privado de saúde. As informações são do UOL.

A lei que estabelece o piso foi sancionada em agosto de 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar da sanção, Bolsonaro vetou o reajuste anual previsto no texto original. Desde então, o tema passou a enfrentar sucessivos questionamentos no STF e no Congresso.

◈ Histórico de idas e vindas

A Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços foi a responsável por acionar o Supremo, alegando risco de impacto financeiro e possível demissão em massa. O ministro Luís Roberto Barroso acatou o pedido em setembro de 2022 e suspendeu a aplicação da medida, considerando as alegações “plausíveis”.

Em resposta à decisão, o Congresso promulgou, em dezembro do mesmo ano, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que abriu espaço orçamentário para o pagamento. A medida garantiu repasses extras da União a estados, municípios, Distrito Federal e entidades filantrópicas que atendem majoritariamente pacientes do SUS.

◈ Retomada legislativa

Com a base legal restabelecida, o governo Lula (PT) sancionou em maio de 2023 uma nova lei que destinou R$ 7,3 bilhões para financiar o reajuste da enfermagem. Pouco depois, em julho de 2023, o STF reconheceu a constitucionalidade do piso.

Na ocasião, a Corte determinou que instituições privadas de saúde teriam 60 dias para negociar com seus profissionais. Em caso de falta de acordo, a regra passaria a valer conforme a legislação aprovada pelo Congresso.

◈ Próximos passos

Agora, com o pedido de vista de Toffoli, a análise sobre a continuidade da implementação do piso volta a ficar suspensa. O movimento prolonga um impasse que já dura mais de dois anos.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

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