Presidente dos EUA acenou a Lula na ONU e pode reduzir lobby político de Eduardo Bolsonaro em Washington
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (23), foi positivo para o governo brasileiro e, ao mesmo tempo, um revés para o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em função do impacto da a aproximação entre os dois líderes.
De acordo com a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, ainda que um encontro entre os dois presidentes não esteja garantido, a possibilidade já é suficiente para enfraquecer a atuação de Eduardo como interlocutor em Washington. O parlamentar, filho de Jair Bolsonaro (PL),vem tentando ocupar espaço político nos Estados Unidos desde março.
◈ Eduardo Bolsonaro em busca de influência nos EUA
Conhecido como “filho 03”, Eduardo Bolsonaro está em Washington articulando com parlamentares conservadores e de extrema direita, além de integrantes do governo Trump, na imposição de sanções econômicas contra integrantes do governo brasileiro. No entanto, a abertura de Trump ao diálogo com Lula ameaça reduzir sua relevância política.
◈ Gesto de Trump muda cenário político
Na ONU, Trump cumprimentou Lula, trocaram um abraço e confirmaram que irão se encontrar “na semana que vem” para discutir tarifas aplicadas ao Brasil. Em tom descontraído, o presidente norte-americano declarou que “encontrei o líder do Brasil ao entrar. Eu falei com ele e nós nos abraçamos, e as pessoas ficaram falando: ‘dá para acreditar nisso?’. Nós concordamos que vamos nos encontrar na próxima semana. Não tivemos muito tempo para falar, mas aqui foi tipo 20 segundos, mas nós conversamos”.
Além disso, Trump acrescentou que gosta de Lula e que “só faz negócios com gente de quem ele gosta”, gesto interpretado como um sinal de aproximação política e diplomática.
◈ Lula se fortalece no tabuleiro internacional
Para o Planalto, a sinalização de Trump representa uma vitória diplomática e um ganho político importante para Lula. Essa reaproximação também projeta o Brasil como ator mais relevante no cenário internacional, abrindo caminho para negociações econômicas e comerciais.
◈ Consequências para o jogo político brasileiro
Enquanto Lula se beneficia do gesto de Trump, Eduardo Bolsonaro vê sua posição fragilizada. A tentativa de se colocar como ponte entre o Brasil e os EUA pode perder força diante de uma relação direta entre os dois presidentes. Para aliados de Lula, o gesto de Trump já é suficiente para isolar Eduardo e mostrar que a estratégia do deputado junto às lideranças estadunidenses pode“ir ladeira abaixo”.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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