quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Delegado que atuou no inquérito sobre a facada em Bolsonaro é preso

A investigação pediu o afastamento de servidores públicos, o bloqueio de ativos que somam R$ 1,5 bilhão e a suspensão das atividades de pessoas jurídicas

     Rodrigo Teixeira (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal em Minas Gerais prendeu o delegado Rodrigo de Melo Teixeira, ex- superintendente da instituição no estado. Uma operação apura crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro. A investigação pediu o afastamento de servidores públicos, o bloqueio de ativos que somam R$ 1,5 bilhão e a suspensão das atividades de pessoas jurídicas. Os alvos da operação fazem parte de um conglomerado formado por mais de 40 empresas. O grupo teria subornado servidores públicos em órgãos de fiscalização e controle nas áreas ambiental e de mineração. Mais de R$ 3 milhões foram pagos em propina aos agentes. A PF disse que projetos em andamento vinculados ao grupo têm potencial econômico acima de R$ 18 bilhões.

O delegado preso conduziu as investigações sobre a facada contra o então candidato Jair Bolsonaro durante um evento em Juiz de Fora (MG), em 2018. No ano seguinte, Teixeira esteve à frente da apuração do rompimento da barragem de Brumadinho (MG).

Alvo da PF atualmente, o ex-superintendente atuava na Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, ligada ao Serviço Geológico do Brasil. Além de Teixeira, também está preso o diretor da Agência Nacional de Mineração Caio Mário Trivellato Seabra Filho. A operação prendeu 17 pessoas, de 22 mandados de prisão.

O inquérito foi aberto em 2020. O objetivo da organização era obter autorizações e licenças ambientais fraudulentas. Essas autorizações eram usadas para explorar irregularmente minério de ferro em larga escala, inclusive em locais tombados e próximos a áreas de preservação, provocando graves consequências ambientais e elevado risco de desastres sociais e humanos.

Os suspeitos poderão responder por crimes ambientais, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, usurpação de bens da União, e embaraço à investigação de organização criminosa.

Além da PF, participam da operação o Ministério Público Federal, a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União.

Fonte: Brasil 247

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