Comboio do presidente francês foi bloqueado devido à passagem da comitiva de Trump
O presidente francês Emmanuel Macron viveu uma cena inusitada em Nova York na noite de segunda-feira (22), segundo informações divulgadas pela imprensa internacional. Após deixar a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), localizada em Turtle Bay, em Manhattan, o comboio de Macron foi obrigado a parar pela polícia de Nova York (NYPD). O bloqueio não estava relacionado a protestos ou questões de segurança envolvendo o mandatário francês, mas sim à passagem da comitiva presidencial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O comboio de Macron seguia em direção à Embaixada da França, situada na 934 Fifth Avenue, a apenas 1,6 km da ONU. No entanto, o tráfego na região foi interrompido para dar passagem ao cortejo de Trump. A coincidência ocorreu logo após Macron anunciar, no plenário da Assembleia Geral da ONU, que a França reconhece oficialmente o Estado da Palestina — decisão que desagradou o governo de Israel.
✱ Macron brinca com situação e liga para Trump
Ao perceber que não poderia seguir viagem, Macron desceu do carro presidencial e foi informado por um policial nova-iorquino sobre a situação. "Desculpe, senhor presidente, desculpe. Tudo está bloqueado neste momento", disse o agente, explicando que o bloqueio era causado pela passagem da comitiva norte-americana.
Em tom descontraído, Macron pegou o celular e ligou para Donald Trump. “Como vai? Adivinha só, estou esperando na rua agora porque tudo está bloqueado por sua causa”, disse o francês, rindo da situação. Ele ainda brincou pedindo ao presidente norte-americano que “liberasse o caminho”. O conteúdo da resposta de Trump não foi revelado, mas o bloqueio persistiu por alguns minutos antes de ser liberado para pedestres.
Aproveitando a espera, Macron caminhou pela calçada com parte de sua comitiva e tirou fotos com transeuntes que estavam na região.
✱ Reconhecimento do Estado da Palestina
O episódio ocorreu em um dia histórico para a diplomacia internacional. Além da França, outros países europeus — como Bélgica, Luxemburgo, Malta e Andorra — oficializaram o reconhecimento do Estado da Palestina. Entre as nações que também aderiram recentemente estão Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal. Com isso, o número de países que reconhecem a Palestina chega a 156.
O anúncio francês foi feito durante uma conferência organizada em parceria com a Arábia Saudita e contou com a presença do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. A medida, porém, gerou forte reação do governo israelense, que há meses critica a posição de países europeus em favor da Palestina.
Fonte: Brasil 247
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