Trackings internos indicaram melhora da popularidade no dia das manifestações
Integrantes do governo comemoraram nesta semana os resultados dos levantamentos internos realizados durante os protestos contra a chamada PEC da Blindagem e contra a anistia. Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, os chamados trackings — pesquisas diárias que não são registradas oficialmente, mas servem como termômetro da opinião pública — mostraram que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ultrapassou a reprovação em quase três pontos percentuais no domingo (21), data das manifestações.
As manifestações ocorreram em diversas cidades brasileiras e tiveram como foco a rejeição a propostas que poderiam dificultar investigações contra políticos. Nas redes sociais, Lula compartilhou imagens dos atos e escreveu: “As manifestações de hoje demonstram que a população não quer a impunidade, nem a anistia. O Congresso Nacional deve se concentrar em medidas que tragam benefícios para o povo brasileiro".
☉ Pressão sobre o Congresso
No Palácio do Planalto, a avaliação é de que a mobilização popular pode reforçar a pressão sobre parlamentares para acelerar votações de pautas alinhadas ao governo. Entre elas, está a promessa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, uma das bandeiras apresentadas pelo presidente desde a campanha.
☉ Divergências nas pesquisas
O cenário captado pelos trackings difere do retratado pela pesquisa Quaest, divulgada no início da semana passada. De acordo com o instituto, a aprovação de Lula se manteve estável em 46%, enquanto a desaprovação registrou 51%. Os números, segundo a Quaest, não mostraram avanço significativo na retomada de popularidade do presidente em relação ao levantamento de agosto.
Apesar da discrepância entre as medições, a leitura interna no governo é de que o impacto imediato das manifestações fortalece a narrativa de que parte expressiva da população rejeita iniciativas legislativas que possam ser interpretadas como proteção a políticos investigados.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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