País reduziu subnutrição de 17,6% em 2019 para 5,9% em 2024 e se destaca como referência regional em aleitamento materno e produção alimentar
Em novo relatório global sobre segurança alimentar, divulgado pelas Nações Unidas, a Venezuela foi destacada por seus avanços expressivos na redução da subnutrição e no fortalecimento da soberania alimentar. A informação foi publicada originalmente pela ONU em avaliação recente sobre a situação nutricional nos países da América Latina e Caribe.
Segundo o documento, a taxa de subnutrição na Venezuela caiu de 17,6% em 2019 para 5,9% em 2024, evidenciando uma melhora substancial mesmo sob o impacto de sanções impostas pelos Estados Unidos — medidas que afetam diretamente o acesso a medicamentos, insumos agrícolas e fontes de financiamento internacional.
Além da queda nos índices de desnutrição, o país registrou que 95% dos alimentos consumidos internamente são produzidos por agricultores venezuelanos, reforçando sua capacidade de autossuficiência no setor alimentício. Em 2024, a colheita ultrapassou 22 milhões de toneladas de alimentos, volume que contribuiu para sustentar os programas sociais voltados à segurança alimentar.
Outro indicador de destaque é a redução da desnutrição infantil entre crianças menores de cinco anos, que chegou a 1,2% no último ano. A taxa de aleitamento materno exclusivo alcançou mais de 70%, superando com folga a meta mínima de 50% recomendada pela própria ONU, o que posiciona a Venezuela como líder regional nessa política de saúde pública.
Esses resultados permitiram a consolidação de programas como o de alimentação escolar gratuita, que atualmente beneficia mais de cinco milhões de crianças. A iniciativa é coordenada com apoio dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAP), responsáveis pela logística e distribuição dos alimentos nas escolas.
Venezuela leva experiência ao fórum da ONU - O reconhecimento internacional coincidiu com a participação da Venezuela na Segunda Cúpula das Nações Unidas sobre Sistemas Alimentares (UNFSS+4), evento que reuniu autoridades de diferentes continentes para debater caminhos para sistemas alimentares mais inclusivos, sustentáveis e alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.
A delegação venezuelana foi formada pelo vice-ministro de Produção e Comercialização do Ministério do Poder Popular para a Alimentação, Fidele Franco Manrique, e pelo diretor de Relações Internacionais da mesma pasta, Daniel Garrido. Os dois participaram de reuniões de alto nível e compartilharam a trajetória do país na superação dos desafios alimentares impostos por restrições externas.
Durante os debates, os representantes venezuelanos denunciaram as chamadas Medidas Coercitivas Unilaterais (MCU) — como são conhecidas as sanções econômicas unilaterais —, acusando os Estados Unidos de violarem o direito internacional e agravarem a insegurança alimentar em países do Sul Global.
Fonte: Brasil 247
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