A ex-primeira-dama retirou uma frase do livro de Salmos
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro resolveu postar uma passagem bíblica nas redes sociais após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretar prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL). "Deus mesmo é o juiz”, afirmou o texto. A frase foi retirada do livro de Salmos, capítulo 50, versículo 6.
O motivo para a decisão do Supremo foi o descumprimento de medidas cautelares determinadas contra o político da extrema direita. De acordo com nota divulgada pelo STF, o ministro Alexandre de Moraes “ressaltou que as divulgações nas redes sociais demonstraram que houve a continuidade da tentativa de coagir o STF e obstruir a Justiça".
O magistrado havia ordenado medidas cautelares contra Bolsonaro por risco de fuga para o exterior. O ministro também apontou obstrução judicial, pois a família do ex-mandatário faz articulações com o governo Donald Trump (EUA), com o objetivo de aplicar sanções contra o ministro e contra o Brasil, por causa da investigação da trama golpista. O político da extrema direita brasileira é réu e está sendo acusado de cinco crimes. Somadas, as penas ultrapassam os 40 anos de prisão.
Como parte das medidas cautelares determinadas pela Justiça, Bolsonaro foi obrigado a utilizar tornozeleira eletrônica e cumprir toque de recolher domiciliar, permanecendo em sua residência das 19h às 6h durante a semana e em período integral aos sábados, domingos e feriados. A decisão judicial também o proíbe expressamente de utilizar plataformas digitais, seja de forma direta ou por meio de terceiros.
As restrições incluem ainda a vedação de qualquer comunicação com representantes diplomáticos ou agentes governamentais de outras nações, além da interdição de sua presença em sedes diplomáticas estrangeiras. Tais medidas visam coibir possíveis tentativas de influência sobre as investigações em curso.
O político da extrema direita responde atualmente a cinco imputações penais de extrema gravidade: tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, destruição violenta da democracia, dano qualificado com violência ou grave ameaça e destruição de patrimônio tombado.
Embora ainda aguarde julgamento definitivo – pois o processo segue seu curso legal –, especialistas em direito penal consideram remota a possibilidade de absolvição do líder político. Caso confirmadas todas as acusações, a soma das penas pode ultrapassar quatro décadas de reclusão, conforme previsto na legislação brasileira.

Fonte: Brasil 247
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