A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e a influenciadora Virginia Fonseca durante sessão da CPI das Bets. Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets sugeriu indiciar as influenciadoras Virginia Fonseca e Deolane Bezerra, além de outras 14 pessoas. A lista inclui empresários e representantes de casas de aposta.
No relatório, a parlamentar pede o indiciamento de Virginia pelos crimes de publicidade enganosa e estelionato. Ela argumenta que a influenciadora admitiu usar a chamada “conta demo” para propagandas de jogos de azar nas redes.
“Ao induzir em erro seus milhões de seguidores –que acreditaram que suas ‘apostas’ eram reais–, e obter vantagem indevida –em razão das apostas realizadas por parte desses seguidores, que renderam milhões a ela e às Bets que representou–, há indícios de que Virginia tenha cometido o crime de estelionato”, diz o documento.
Deolane, que foi convocada pela CPI mas recebeu um habeas corpus do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), é acusada de cometer os crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, além de jogo de azar e loteria não autorizada.

Apesar de não ter prestado depoimento, Soraya diz que a comissão “colheu indícios suficientes da prática de crimes”. A relatora quer que ela seja responsabilizada por ligação com uma plataforma que não tem autorização do governo federal para funcionar.
Na lista, a senadora também pediu o indiciamento do empresário Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG, por lavagem de dinheiro e organização criminosa ao disponibilizar jogos como o Fortune Tiger, conhecido como “tigrinho”.
O documento ainda aponta 18 projetos de lei e 21 medidas que podem “conter o avanço descontrolado das apostas online no Brasil e minimizar os danos aos apostadores”. O relatório ainda precisa ser votado e aprovado pela comissão.
Veja a lista de sugestões de indiciados:
- Adélia de Jesus Soares (ex-BBB, advogada e influenciadora);
- Daniel Pardim Tavares Gonçalves (dono de empresa suspeita de operar jogos ilegais);
- Deolane Bezerra dos Santos (advogada e influenciadora);
- Ana Beatriz Scipiao Barros (influenciadora);
- Jair Machado Junior (empresário do setor de bets);
- José Daniel Carvalho Saturnino (empresário do setor de bets);
- Leila Pardim Tavares Lima (contadora, mulher de Daniel Pardim);
- Marcella Ferraz de Oliveira (empresária do setor de bets);
- Virginia Pimenta da Fonseca Serrão Costa (empresária e influenciadora);
- Pâmela de Souza Drudi (mulher de Fernando Oliveira Lima);
- Erlan Ribeiro Lima Oliveira (primo e sócio de Fernandin OIG no setor de bets);
- Fernando Oliveira Lima (empresário de bets, conhecido como Fernandin OIG);
- Toni Macedo da Silveira Rodrigues (administrador da empresa de Fernandin OIG);
- Marcus Vinicius Freire de Lima e Silva (empresário do setor de bets);
- Jorge Barbosa Dias (empresário do setor de bets);
- Bruno Viana Rodrigues (empresário do setor de bets)
Fonte: DCM
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