sábado, 7 de junho de 2025

Alexandre de Moraes conduz interrogatório de Bolsonaro e demais réus do plano golpista; saiba como será

Sessão começa nesta segunda-feira, será transmitida ao vivo e terá Mauro Cid como primeiro a depor, ao lado do ex-presidente na sala da Primeira Turma

Alexandre de Moraes, invasores em Brasília em 8 de janeiro e Bolsonaro (Foto: Carlos Moura/SCO/STF | ABr | REUTERS/Marco Bello)

O Supremo Tribunal Federal (STF) dará início nesta segunda-feira, 9, ao interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais sete réus na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado. A audiência, conduzida pelo ministro relator Alexandre de Moraes, colocará o ex-presidente cara a cara com o magistrado. A informação é do jornal O Estado de S.Paulo.

A sessão terá início às 14h e será transmitida ao vivo, inclusive pela TV PT. O evento deverá atrair a atenção tanto de apoiadores de Bolsonaro quanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sexta-feira, 6, o ex-mandatário convocou seus seguidores a acompanharem a audiência. “Vale a pena assistir. Conto com a audiência de vocês. Não vou lá para lacrar, para desafiar quem quer que seja”, afirmou Bolsonaro em vídeo publicado nas redes sociais.

O ex-ajudante de ordens Mauro Cid, delator no processo, será o primeiro a prestar depoimento e ficará sentado ao lado de Bolsonaro durante a sessão. Dos oito réus, sete comparecerão presencialmente à sala da Primeira Turma do STF, em Brasília. O general Walter Braga Netto, que está preso preventivamente no Rio de Janeiro, participará por videoconferência.

A segurança no Supremo será reforçada, e o ambiente contará com a presença de Moraes, do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e de ministros da Primeira Turma. Após as perguntas do relator, tanto o Ministério Público quanto as defesas dos réus poderão intervir com questionamentos.

A ordem dos interrogatórios seguirá a ordem alfabética. Após Mauro Cid, serão ouvidos: o deputado Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general Augusto Heleno (ex-GSI), Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e, por fim, Braga Netto.

Como prevê a legislação, os réus têm o direito de permanecer em silêncio para não produzirem prova contra si mesmos. No caso de Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração premiada, um eventual silêncio poderá ser avaliado por Moraes e pela Procuradoria-Geral da República como possível quebra do pacto firmado.

Inicialmente, os interrogatórios abordarão aspectos pessoais e da vida pregressa dos réus. Em seguida, eles responderão sobre o conhecimento dos fatos narrados na acusação, das provas, testemunhas e demais envolvidos. A expectativa é de que a sessão se estenda até as 20h, com possibilidade de continuidade nos dias seguintes. Moraes reservou horários até a sexta-feira para concluir os interrogatórios, caso não seja possível ouvir todos os réus nesta segunda.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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