Após divulgar uma lista de autoridades brasileiras que seriam sancionadas pelo governo dos Estados Unidos, o ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo teve que ir às redes se explicar para seguidores. Animado com o anúncio de Marco Rubio, secretário de Estado americano, de uma medida para suspender vistos de acusados de “censura”, o bolsonarista afirmou que ao menos 8 seriam punidos.
Na lista divulgada nesta quarta (28), ele colocou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso [presidente da corte], Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Flávio Dino, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o delegado Fabio Shor, que está à frente das investigações sobre o clã Bolsonaro.
Os nomes fariam parte de uma relação de “autoridades brasileiras cujas violações contra cidadãos, residentes e empresas dos EUA” e o documento já teria sido enviado ao Departamento de Estado dos Estados Unidos. Ele sugeriu que todas essas figuras e seus respectivos familiares perderiam automaticamente o visto para entrar no país.
O bolsonarista ainda prometeu criar uma “lista mais ampla que incluirá outros nomes, incluindo os agentes, sub-procuradores, juízes auxiliares, dentre outros”.
Neto do ditador João Baptista Figueiredo, ele teve que recuar após cobranças por divulgar uma fake news nas redes sociais. Afirmou que não tem autoridade para determinar quem serão as figuras sancionadas.
“Sobre a lista: eu não trabalho no governo americano. Eu simplesmente informo ao governo – o que é um direito meu. O que eles fazem com isso, é problema deles. Na prática, mesmo que o nome de alguém não seja publicamente divulgado, a melhor forma de saber é tentando viajar”, afirmou na quarta (28).
No início da noite, ele voltou ao tema para tentar consertar a fake news, mantendo a esperança dos seguidores. “Acabo de perguntar se será divulgada lista brasileiros afetados pela decisão do Departamento de Estado dos EUA. A resposta que recebi foi a seguinte: ‘Nada relacionado a vistos será público. Quando chegar a hora, os indivíduos sancionados serão notificados no aeroporto'”, escreveu, virando chacota entre seguidores.
“Cada um diz uma coisa diferente, um fala que não vai divulgar, ou disse que acaba de anuncia”, comentou um apoiador, com emojis de gargalhadas.
Fonte: DCM
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