quarta-feira, 28 de maio de 2025

Documento encontrado com grupo de extermínio cita Zanin e Moraes


Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes. Foto: Reprodução


A Polícia Federal apreendeu uma agenda com menções aos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, ambos do Supremo Tribunal Federal (STF), junto de integrantes de um grupo de espionagem e extermínio. O material, que também citava Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado Federal, não indica o que seria feito contra os alvos.

Segundo o Blog da Daniela Lima no g1, o grupo se autodenominava “Comando C4 – Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos”. No caso de Pacheco, havia indicações de que os golpistas realizariam o monitoramento dele, mas não há qualquer menção de atividade prevista contra os ministros da Corte.

Zanin é relator da investigação que levou à prisão de cinco militares, da ativa e da reserva, suspeitos de envolvimento em atividades criminosas, enquanto Moraes tem a mesma função nas ações penais e inquéritos que apuram o ataque de 8 de janeiro de 2023 e a trama golpista.

Agentes da Polícia Federal encontraram uma tabela com preços para espionagem de autoridades: eles cobravam R$ 250 mil para monitorar magistrados, R$ 150 para senadores e R$ 100 mil para deputados.

Documento apreendido pela PF mostra “tabela de preços” para espionar e assassinar autoridades. Foto: Reprodução


O material foi encontrado durante a sétima fase da operação que apura um esquema de venda de decisões judiciais em tribunais de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Investigadores descobriram que existia uma organização criminosa que planejava homicídios por encomenda. O “Comando C4” é formado por militares da ativa e da reserva, além de civis.

A ação, autorizada por Zanin, teve início com a investigação do assassinato de Roberto Zampieri (53), advogado executado com dez tiros em dezembro de 2023 em Cuiabá (MT). Foram encontradas mensagens em seu celular que indicavam a existência do esquema, como registros de negociações, tabelas com preços para execuções e anotações manuscritas com nomes de parlamentares e magistrados.

O grupo, segundo apurou a Polícia Federal, utilizava drones e prostitutas como instrumentos de espionagem.

Foram cumpridos cinco mandados de prisão, quatro ordens de monitoramento eletrônico e seis de busca e apreensão nessa fase de operação. As ações foram realizadas em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.

Fonte: DCM com informações do G1

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