Nos Estados Unidos, especialistas em segurança digital e forense alertam para o avanço veloz dos vídeos criados por inteligência artificial (IA). A reportagem de Thomas Germain, pela BBC destaca que nos últimos seis meses, essas tecnologias se tornaram tão sofisticadas que já desafiam a capacidade humana de distinguir o que é real do que é sintético.
Pesquisadores como Hany Farid, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e Matthew Stamm, da Universidade Drexel, explicam que vídeos borrados e de baixa resolução são os mais suscetíveis a enganar o público. Isso ocorre porque a baixa qualidade pode mascarar falhas sutis deixadas pela IA — desde texturas de pele perfeitas demais até objetos que se movem de maneira irreal.
Casos recentes mostram como o público tem sido enganado. Clipes de coelhos saltando em um trampolim, um casal apaixonado no metrô de Nova York e até um pastor pregando discursos falsamente progressistas viralizaram nas redes, acumulando milhões de visualizações antes de serem desmentidos. Todos tinham algo em comum: aparência amadora, curta duração e baixa qualidade de imagem.
Embora ainda existam sinais visuais que ajudam a detectar fraudes, os especialistas alertam que eles estão desaparecendo rapidamente. A indústria tecnológica investe bilhões para aprimorar as criações de IA, o que exigirá novos métodos de verificação. A recomendação dos estudiosos é focar na origem e no contexto do vídeo — quem publicou, onde surgiu e se foi confirmado por uma fonte confiável —, já que, em breve, os olhos humanos não bastarão para identificar o que é falso.
Fonte: DCM
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