Presa na Itália desde 29 de julho, Carla Zambelli (PL-SP) escreveu uma carta em que afirma ter sido perseguida por Alexandre de Moraes. No texto, divulgado pela coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, a parlamentar disse que atuou contra a indicação do ministro ao Supremo Tribunal Federal (STF) e que esse teria sido o motivo de sua atual situação.
Segundo a deputada, à época, ela se reuniu com o então presidente Michel Temer para tentar convencê-lo a não indicar Moraes à Corte.
“Com seu depoimento, provou mais uma vez que Alexandre de Moraes queria a minha cabeça desde quando falei de sua ficha e me encontrei com [o então presidente] Temer e com colegas ativistas para não indicá-lo ao STF”, escreveu.

Na mesma carta, a parlamentar bolsonarista afirmou acreditar em sua absolvição: “Espero e estou confiante de que conseguirei provar que isso não passou de perseguição política e que sou inocente. E se tiver que passar por tudo o que estou passando para ajudar o Brasil a ser um país livre e democrático, podem contar sempre comigo. Deus está me dando forças! Ele é meu pastor e nada me faltará. Amo o Brasil, amo os brasileiros”.
Condenação e bastidores
Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e à perda do mandato por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Também recebeu pena de 5 anos e 3 meses em regime semiaberto por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O governo brasileiro contratou um escritório para tentar a extradição.
Nos bastidores, cresce a versão de que a deputada estaria negociando um acordo de delação premiada. A ex-deputada Joice Hasselmann afirmou que Zambelli, sentindo-se abandonada pelo PL e pelo clã Bolsonaro, estaria disposta a revelar informações. O advogado ítalo-brasileiro Pietro Nardella-Dellova reforçou essa hipótese e disse que o processo já estaria em andamento.
Leia a carta na íntegra:
Aos brasileiros todos, ontem o depoimento do Sr. Tagliaferro, vítima de perseguição política e assédio psicopático dentro de seu trabalho. Com seu depoimento, provou mais uma vez que Alexandre de Moraes queria a minha cabeça desde quando falei de sua ficha e me encontrei com [o então presidente] Temer e com colegas ativistas para não indicá-lo ao STF.
Com isso, só provamos cada vez mais a minha inocência! Espero e estou confiante de que conseguirei provar que isso não passou de perseguição política e que sou inocente. E se tiver que passar por tudo o que estou passando para ajudar o Brasil a ser um país livre e democrático, podem contar sempre comigo. Deus está me dando forças! Ele é meu pastor e nada me faltará. Amo o Brasil, amo os brasileiros.
Fonte: DCM
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