quarta-feira, 11 de junho de 2025

Quando Bolsonaro será preso, segundo advogados e aliados


         O ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Advogados que representam os réus da trama golpista acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro será preso no máximo até outubro. A previsão é compartilhada por aliados e familiares dele, que calculam o encerramento do processo entre julho e agosto.

Segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, o entorno de Bolsonaro acredita que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai rejeitar os pedidos de novas diligências no caso, que devem ser feitos nos próximos dias pelas defesas.

Após a decisão do ministro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai apresentar suas alegações finais e deve, segundo aliados do ex-presidente, defender a condenação. A partir daí, será aberto um prazo de mais 15 dias para que o delator, o tenente-coronel Mauro Cid, apresente seus argumentos e as defesas defendam as absolvições.

Moraes não tem prazo para apresentar seu relatório final, mas os advogados acreditam que ele deve concluir o documento em agosto e marcar o julgamento logo depois. Bolsonaro seria condenado neste mesmo mês, de acordo com os cálculos.

Em setembro, os defensores apresentarão seus embargos, que devem ser todos rejeitados. Portanto, no mês seguinte, segundo os advogados, o ex-presidente deve ser levado à cadeia.

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal nesta terça (10). Foto: Fellipe Sampaio/STF
Bolsonaro é um dos oito réus do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, movimento que ocorreu no fim de 2022, após a derrota do então presidente nas eleições, que incluía o assassinato de autoridades para impedir a posse de Lula.

O ex-presidente responde pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado. Se condenado, ele pode ter uma pena superior a 40 anos de prisão.


Fonte: DCM

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