Marco Antônio Braga Caldas, suboficial da reserva condenado a 14 anos de prisão pelo ataque golpista de 8 de janeiro de 2023. Foto: Reprodução
O suboficial da reserva Marco Antônio Braga Caldas (51), condenado pelo ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, foi expulso da Marinha. A decisão foi tomada por um Conselho de Disciplina após a sentença do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que o militar vá para a prisão por 14 anos.
“Informamos que foi proferida a decisão no referido Conselho de Disciplina, no sentido da exclusão a bem da disciplina do militar da situação de inatividade”, disse a Marinha em nota enviada à Folha de S.Paulo. Caldas é o primeiro militar das Forças Armadas expulso por conta do episódio.
O colegiado julga militares suspeitos de terem cometido infrações disciplinares ou condenado a penas de mais de 2 anos pela Justiça Comum. Ao contrário do Supremo, o grupo avalia somente normas de conduta da carreira militar.
O processo contra o suboficial durou 50 dias e deve ser o primeiro de uma longa lista. Além de diversos oficiais e praças que respondem a processos na Corte pela invasão da Praça dos Três Poderes, outros 24 militares são réus por participação na trama golpista.

Caldas era mergulhador da Marinha e deixou a ativa em 2021, após 30 anos de serviço. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o militar vive em Balneário Piçarras (SC) e viajou para Brasília em janeiro de 2023 em uma excursão gratuita.
Ele foi preso dentro do Palácio do Planalto e a Polícia Federal encontrou vídeos e fotos de sua participação no térreo e no segundo andar da sede do Executivo. Em um dos registros, ele afirmou: “Dizer definitivamente não ao comunismo. Não à chapa Lula e Alckmin. A nulidade dessa chapa, a intervenção federal”.
Em audiência no Supremo, Caldas negou ter participado da depredação dos prédios, alegou que defendeu um policial que estava sendo linchado por manifestantes e procurou refúgio no Planalto. O militar ficou preso entre janeiro e agosto de 2023, mas voltou a ser detido em julho passado e está há 11 meses detido na Escola de Aprendizes de Marinheiros, em Florianópolis (SC).
Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo
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