O deputado federal Eduard Bolsonaro (PL-SP) e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Sergio Lima/AFP
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu às críticas de apoiadores ao convite feito por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante depoimento nesta terça (20), ele disse que o magistrado poderia ser seu vice em 2026.
O parlamentar alegou que “a graça” da fala do pai está “no absurdo do cenário apresentado” por ele. Eduardo sugeriu que a declaração foi uma forma de mostrar que ainda será candidato na próxima eleição, mesmo estando inelegível por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Qualquer pessoa com dois neurônios entendeu a ironia da fala de Jair Bolsonaro, entedeu (sic) que a última pessoa no planeta que seria escolhida para vice dele seria o Moraes. Ele apenas usou a oportunidade para mostrar que será candidato à Presidência em 2026″, escreveu.
O trecho do depoimento fez com que Bolsonaro fosse detonado pela extrema-direita. Apoiadores publicaram um vídeo em um grupo no Telegram chamado “Águia”, que reúne mais de 20 mil bolsonaristas, em que Bolsonaro é chamado de “frouxo”.
“Foi eleito como um cavalo de guerra, com promessas de confronto direto contra o sistema. Mas, quando chegou lá em cima o discurso mudou. A coragem virou silêncio. A ação virou covardia. E o povo ficou esperando uma atitude que nunca veio”, diz o conteúdo.
O autor do vídeo ainda diz que o comportamento de Bolsonaro durante o interrogatório e um pedido de “misericórdia”. “Um homem que teme ser odiado, nunca vai liderar uma revolução. Achou que poderia jogar com regras que já tinham sido queimadas”, prossegue.
Além do convite para ser Moraes ser seu vice, Bolsonaro ainda pediu desculpas por acusar Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso de “levar milhões” e sugerir que o trio estaria tentando manipular as eleições de 2022.
Ele também disse que não passou a faixa presidencial a Lula por ter medo de sofrer “a maior vaia da história do Brasil”.
Fonte: DCM
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