sexta-feira, 18 de julho de 2025

Lula responde a Trump e diz que, se for condenado, “lugar de Bolsonaro é no xilindró”

Lula critica pressão de Trump e reforça soberania do país, ao mesmo tempo em que prepara resposta à ameaça de taxação de produtos nacionais pelos EUA

     Lula na Bahia (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Durante evento em Juazeiro (BA), nesta quinta-feira (17/7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu com veemência à pressão feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo reportagem publicada pelo portal Metrópoles, Lula afirmou que, se Bolsonaro for condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, “o lugar dele é no xilindró”.

A declaração ocorreu em meio à crise diplomática provocada pela carta enviada por Trump ao governo brasileiro, na qual o republicano ameaça impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, caso Bolsonaro seja condenado. A carta foi considerada “desaforada” por Lula, que rechaçou a tentativa de interferência estrangeira nos assuntos internos do Brasil.

“Primeiro, quem vai condenar Bolsonaro não é o presidente da República, não é o governador da Bahia, mas a Suprema Corte brasileira. Então Bolsonaro será julgado e, se for condenado, o lugar dele é no xilindró. Neste país, a lei vale para todo mundo. Ninguém é melhor que ninguém”, afirmou o presidente.

Lula também ironizou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a quem se referiu como “filho do coisa”, acusando-o de ter ido aos Estados Unidos pedir apoio a Trump para interferir no processo judicial brasileiro.

“Estes dias o presidente Trump, a troco não sei de que — talvez a pedido do filho do ‘coisa’, o filho do ‘coisa’ é deputado, pediu licença pra ir lá pedir golpe a Trump no Brasil —, manda uma carta desaforada pra mim… Desaforada. ‘Se não soltar Bolsonaro, dia 1º de agosto vou taxar o Brasil em 50%’. Veja que coisa absurda”, criticou Lula diante do público.

As falas na Bahia integraram uma série de manifestações públicas do presidente ao longo do dia sobre o tema. Mais cedo, ele já havia abordado a questão da taxação norte-americana em discurso no congresso da UNE, em Goiânia, e durante entrevista à rede CNN Internacional. A estratégia do Palácio do Planalto parece ser transformar a ameaça de Trump em um fator de unidade nacional e, especialmente, de aproximação com o empresariado brasileiro.

Segundo Lula, o Executivo brasileiro respeita a separação entre os Poderes e não aceitará pressões externas. “Sou um homem nascido na negociação. Nasci na vida política negociando, fazia greve e negociava. No governo quero fazer o mesmo, mas é preciso que o presidente dos EUA entenda que não é imperador do mundo. Para cuidar do Brasil, quem cuida somos nós”, declarou.

O presidente brasileiro também aproveitou a ocasião para acenar novamente com a possibilidade de disputar a reeleição em 2026, caso seja necessário conter o avanço da extrema direita. “Ainda está longe da eleição. Mas quero dizer que se for necessário ser candidato para evitar que essa turma do coisa volte, fique ficar certo que serei candidato para ganhar essas eleições. Nós vamos fortalecer e consolidar a democracia brasileira”, afirmou.

A visita de Lula à Bahia teve como objetivo central a entrega de investimentos na área da saúde, no âmbito do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A cerimônia em Juazeiro contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Saúde). No evento, foram anunciadas obras do PAC Seleções 2025 voltadas para saúde, educação, mobilidade urbana, qualidade de vida e acesso a direitos sociais.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

URGENTE: STF reconhece risco de fuga e impõe uso de tornozeleira eletrônica a Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro foi alvo nesta sexta-feira de operação de busca e apreensão da Polícia Federal

    Jair Bolsonaro (Foto: Ton Molina / STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta sexta-feira (18) o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro (PL), como parte de uma série de medidas cautelares em meio a investigações em curso. A decisão foi tomada após a Polícia Federal (PF) cumprir mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro, em Brasília, e no escritório do PL, informa Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Ministros do STF consideram que há risco real de fuga por parte do ex-presidente. Nos bastidores da Corte, existia o temor de que Bolsonaro solicitasse asilo político ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Com a decisão, o ex-presidente passará a ser monitorado em tempo integral. A imposição do uso da tornozeleira eletrônica tem o objetivo de evitar qualquer tentativa de evasão e assegurar a integridade das investigações em curso.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Eduardo Bolsonaro defende ação militar dos EUA no Brasil: “Porta-aviões no Paranoá”

 

O deputado Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a realizar declarações absurdas, desta vez, durante transmissão ao vivo, disse que os Estados Unidos deveriam intimidar o Brasil com seu poderio militar.

Em tom de provocação, afirmou: “Está muito mais fácil o Brasil fazer uma intervenção, vamos lá, para usar a fala do Alexandre de Moraes, está muito mais fácil um porta-aviões chegar no lago Paranoá, se Deus quiser [vamos] chegar lá em breve, né? Do que vocês serem recebidos com o Alckmin nos Estados Unidos”.

A menção ao Lago Paranoá, em Brasília, é uma referência irônica ao comentário feito pelo próprio Moraes à revista The New Yorker, quando disse que, se os EUA mandassem um porta-aviões até o lago, aí sim haveria alguma influência sobre decisões do Supremo.

A fala de “bananinha” ocorre em meio a uma nova crise diplomática entre Brasil e EUA, após Donald Trump anunciar uma tarifa extra de 50% sobre produtos brasileiros, alegando perseguição judicial contra Jair Bolsonaro.

O mandatário americano publicou uma carta pedindo que o julgamento do ex-presidente fosse interrompido “imediatamente” e afirmou que Bolsonaro está sendo alvo de um “sistema injusto” e de “tratamento terrível” por parte do Judiciário.

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, reagiu dizendo que “Judiciário e tarifas são coisas que não têm nenhum nexo”. Ele reforçou que decisões judiciais não devem ser usadas como justificativa para barreiras comerciais e que o governo brasileiro seguirá buscando diálogo com os EUA para reverter as medidas.


Na ocasião, repetindo a retórica golpista, o parlamentar afirmou que “o negócio é o Alexandre de Moraes”, numa tentativa de acusar o STF de liderar uma suposta “ditadura brasileira”.

Chegou ao cúmulo de responsabilizar o ministro por todos os males do país, minimizando o papel de Lula, a quem ofendeu chamando de “bêbado agonizante”.

As falas de Eduardo não foram isoladas. Dias antes, seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também adotou discurso alarmante ao comentar as tarifas impostas por Trump. Em entrevista à CNN, Flávio comparou a medida econômica às bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki na Segunda Guerra Mundial. Disse que o Brasil não está em “condições normais” para exigir nada dos EUA e sugeriu que, caso o país não se curve, “duas bombas atômicas podem cair aqui antes de qualquer anistia”.

O senador ainda alertou que a resistência do Brasil pode resultar em sanções pessoais a cidadãos brasileiros. A comparação com tragédias que mataram centenas de milhares de pessoas, usada como metáfora de submissão ao governo americano, evidencia o grau de delírio e servilismo da família Bolsonaro.

Fonte: DCM

PF cumpre mandados de busca e apreensão contra Bolsonaro

 

Ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução
A Polícia Federal (PF) cumpre mandados contra Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta sexta-feira (18) em Brasília. O ex-presidente é alvo de medidas restritivas, conforme informações do blog da Camila Bomfim, do G1.

Os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e estão sendo cumpridos na casa do ex-presidente e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL), partido de Bolsonaro.

Matéria em atualização.

Fonte: Blog da Camila Bomfim, do G1

PF mira Ciro Nogueira em nova investigação por ligações com empresário de bets

Pedido foi enviado ao Supremo após informações da CPI das Bets; Polícia Federal quer apurar relação do senador com empresário dono da One Internet Group

      Ciro Nogueira (Foto: Andressa Anholete / Agência Senado)

A Polícia Federal (PF) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para abrir investigação contra o senador Ciro Nogueira (PP-PI) por supostas ligações com o empresário Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG, dono da empresa One Internet Group. A informação foi publicada nesta quinta-feira (17) pela revista Piauí e repercutida pelo jornal O Globo.

Segundo a reportagem da Piauí, o pedido de abertura de inquérito foi protocolado no fim de maio e distribuído ao gabinete da ministra Cármen Lúcia. A investigação corre sob sigilo, motivo pelo qual o Supremo informou à reportagem de O Globo que não localizou registros recentes envolvendo o nome do senador, sem descartar a existência do processo em segredo de Justiça.

◎ Relatórios da CPI embasaram pedido

O pedido da Polícia Federal tem como base documentos enviados pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI das Bets, que encaminhou informações da comissão à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à própria PF. Entre os elementos estão relatórios de inteligência financeira que apontam movimentações suspeitas envolvendo Ciro Nogueira, seu ex-assessor e Fernandin OIG.

Conforme revelou a revista Piauí, os relatórios mostram que Fernandin teria transferido R$ 625 mil para um ex-assessor de Nogueira, que, posteriormente, depositou R$ 35 mil na conta do senador. Questionado pela reportagem da Piauí, Ciro alegou que o repasse de R$ 35 mil seria um reembolso de despesas com hotel na Itália, enquanto os R$ 625 mil pagos ao ex-assessor seriam relacionados à compra de um relógio de luxo negociado entre o empresário e o assessor.

A senadora Soraya Thronicke, na época da apuração da CPI, já havia solicitado a exclusão de Nogueira da comissão parlamentar após virem à tona informações de uma viagem do senador em jatinho de propriedade de Fernandin OIG, com destino à Europa para acompanhar o Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1.

◎ Rejeição do relatório final da CPI blindou influenciadores

Apesar das denúncias, o relatório final da CPI das Bets, apresentado por Soraya Thronicke, foi rejeitado pelos membros da comissão em junho. O documento pedia o indiciamento de diversos influenciadores digitais e empresários, incluindo Fernandin OIG, sob a acusação de uso de contratos de publicidade e serviços digitais como fachada para encobrir receitas oriundas de apostas ilegais.

A rejeição do relatório se deu por uma diferença de quatro votos. Foram contrários ao indiciamento os senadores Angelo Coronel (PSD-BA), Eduardo Gomes (PL-TO), Efraim Filho (União-PB) e Professora Dorinha Seabra (União-TO). Apenas Soraya Thronicke, Eduardo Girão (Novo-CE) e Alessandro Vieira (MDB-SE) votaram favoravelmente ao parecer.

◎ Empresário se defendeu na CPI

Em depoimento à CPI, Fernandin OIG alegou que o chamado “Jogo do Tigrinho” é "malfalado" devido à atuação de empresas clandestinas que manipulam algoritmos para concentrar os lucros das apostas. O empresário negou ser o dono do jogo no Brasil e prometeu entregar um estudo técnico sobre o funcionamento dessas empresas à comissão parlamentar.

Ainda segundo dados do governo federal citados pela Piauí, o Brasil teria hoje mais de 5,2 mil sites ilegais de apostas, também conhecidos como “bets”.

◎ PF e STF não se manifestaram sobre o caso

Procurados por O Globo, tanto o senador Ciro Nogueira quanto a Polícia Federal preferiram o silêncio. A PF informou, por meio de nota oficial, que “não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento”. Já a assessoria do STF reiterou que não localizou processos públicos contra o parlamentar, admitindo a possibilidade de a investigação estar sob sigilo.

Com o avanço das apurações, a situação de Ciro Nogueira deve ganhar novos desdobramentos, alimentando o debate sobre a regulação das apostas esportivas e o financiamento de atividades políticas no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informação publicada pela revista Piauí e repercutida pelo jornal O Globo

Moro vira piada ao chamar Lula de hipócrita por vetar projeto que ele mesmo votou contra: "como esse cara conseguiu virar juiz?"

A postagem virou piada nas redes sociais pela falta de noção de Moro

     Sergio Moro (Foto: Pedro França / Agência Senado)

O senador Sérgio Moro (União-PR) virou mais vez piada nas redes sociais após criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por vetar o projeto de lei que aumentaria o número de deputados federais de 513 para 531.

Moro, que votou contra a proposta durante a tramitação no Congresso, acusou Lula de incoerência por manter uma estrutura de 39 ministérios, enquanto veta a ampliação da Câmara. “Lula veta o aumento do número de deputados federais, enquanto mantém, com hipocrisia, 39 ministérios, vários inúteis, em seu governo. Tente enganar o povo pois sabemos que o controle de despesas não é pauta deste governo. Ps.: votei contra o aumento do número de deputados”, escreveu o senador em sua conta no X (antigo Twitter).

A postagem virou piada nas redes sociais pela falta de noção de Moro. Afinal de contas, ele critica Lula por vetar um projeto que ele mesmo votou contra. Alguns internautas inclusive apontaram que a obsessão do juiz pelo presidente causa uma espécie de transe no senador que gera postagens constrangedoras. Outros internautas indagaram como Moro conseguiu passar para concurso de juiz com suas limitações.

 

Fonte: Brasil 247

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Gleisi acusa Trump de chantagiar o Brasil para proteger Bolsonaro

 

Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais. Foto: Reprodução
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu com firmeza à carta enviada por Donald Trump a Jair Bolsonaro. Segundo a integrante do governo Lula, o gesto do presidente dos Estados Unidos revela uma clara tentativa de chantagem contra o Brasil, especialmente diante das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros anunciadas pelos norte-americanos na última semana. Para Gleisi, o objetivo de Trump seria pressionar o país a interferir no julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).

A ministra afirmou que o governo brasileiro não aceitará abrir mão de sua soberania para atender interesses estrangeiros. “O estadunidense exige que o país desista da soberania nacional, de nossa Justiça e nossas leis, para desarmar as tarifas e sanções que ameaça impor ao país”, escreveu Gleisi. A crítica foi publicada após a carta de Trump, na qual o presidente dos EUA cobra o fim do que chamou de “regime ridículo de censura” no Brasil.

O julgamento de Bolsonaro no STF, previsto para as próximas semanas, será decisivo sobre sua responsabilidade na tentativa de golpe de Estado em 2022, quando o ex-presidente não aceitou a derrota nas urnas. Gleisi destacou que a aproximação da data do julgamento torna ainda mais evidente a tentativa de Bolsonaro de priorizar seus próprios interesses, mesmo que isso signifique submeter o Brasil a pressões externas.

Na carta publicada na rede social “Truth”, Trump classificou as tarifas contra o Brasil como um gesto de desaprovação ao tratamento dado a Bolsonaro. O líder norte-americano pediu que o julgamento do aliado político termine imediatamente, reforçando que sua insatisfação seria expressa não só em palavras, mas também por meio da política tarifária contra produtos brasileiros.

O governo Lula, por sua vez, já havia classificado o movimento de Trump como uma afronta à soberania nacional. O presidente Lula declarou que essa postura configura uma chantagem inaceitável e acusou alguns políticos brasileiros de serem “traidores da pátria” por se alinharem a interesses estrangeiros que atentam contra a Justiça brasileira.

O episódio aprofunda a tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente sob o comando de Trump, que voltou à presidência norte-americana em 2024. As críticas de Gleisi evidenciam o repúdio do governo brasileiro a qualquer tentativa de ingerência internacional em assuntos internos, sobretudo no que diz respeito à Justiça e ao Estado Democrático de Direito.

Fonte: DCM

“Ataque ao Brasil tem apoio de traidores da pátria”, diz Lula em pronunciamento

 

Presidente Lula durante pronunciamento nacional nesta quinta-feira (17) – Foto: Reprodução
Nesta quinta-feira (17), durante pronunciamento nacional, o presidente Lula (PT) afirmou que o tarifaço imposto por Donald Trump tem apoio de políticos brasileiros, os quais classificou como “traidores da pátria”. O mandatário declarou estar indignado com a postura de parlamentares que, segundo ele, apostam no “quanto pior, melhor”.

Sem citar nomes, o presidente acusou esses políticos de ignorarem os impactos econômicos sobre a população brasileira.

“Minha indignação é ainda maior por saber que esse ataque ao Brasil tem o apoio de alguns políticos brasileiros. São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no quanto pior, melhor. Não se importam com a economia do país e os danos causados ao nosso povo”, disse.

As declarações ocorrem após Trump anunciar uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto. No documento de anúncio da medida, o chefe de Estado americano justificou a ação como resposta às ações do Judiciário brasileiro contra Jair Bolsonaro. “O julgamento [de Bolsonaro] não deveria estar acontecendo”, escreveu Trump. Ele também classificou o processo como “uma caça às bruxas”.

Lula reforçou que o Brasil não aceitará interferências estrangeiras em suas instituições. “Tentar interferir na justiça brasileira é um grave atentado à soberania nacional”, afirmou.

O mandatário também defendeu o Pix, que foi alvo de críticas de autoridades norte-americanas.

Ele ressaltou que o Brasil possui um dos sistemas de pagamento mais modernos do mundo e garantiu que seu governo atuará para protegê-lo.

“Não aceitaremos ataques ao Pix, que é um patrimônio do nosso povo. Temos um dos sistemas de pagamento mais avançados do mundo, e vamos protegê-lo”, declarou.

Lula afirmou ainda que usará “todos os instrumentos legais” para proteger a economia brasileira, incluindo medidas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica, já sancionada.

“Se necessário, usaremos todos os instrumentos legais para defender a nossa economia. Desde recursos à Organização Mundial do Comércio até a Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso Nacional”, afirmou.

Fonte: DCM

Lula manda recado a Trump: 'quem vai condenar Bolsonaro não é o presidente da República. É a Suprema Corte brasileira'

'Trump não é imperador. Foi eleito para cuidar do povo americano. Cuidar do Brasil... quem cuida somos nós', disse o presidente

     Lula e Jerônimo Rodrigues (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Lula (PT) criticou nesta quinta-feira (17) a justificativa dada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que anunciou um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras no último dia 9. Em carta ao petista, o chefe da Casa Branca defendeu Jair Bolsonaro e citou o inquérito da trama golpista para lançar a guerra comercial contra o Brasil.

“Coisa absurda. Quem vai condenar Bolsonaro não é o presidente da República. É a Suprema Corte brasileira (Supremo Tribunal Federal). Ele tentou dar um golpe”, afirmou Lula em evento na Bahia. “Ele (Trump) não é imperador. Foi eleito para cuidar do povo americano. Cuidar do Brasil quem cuida somos nós. O povo braisleiro sabe cuidar de si”, acrescentou.

Em seu discurso, o presidente lembrou que, segundo investigadores da trama golpista, o plano de ruptura institucional defendido por bolsonaristas tinham como um de seus objetivos o de assassinar Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. “Tinha um plano para matar Lula, Alckmin, Moraes”, destacou o petista.

Atualmente, Bolsonaro é réu na investigação da trama golpista.

Fonte: Brasil 247

“O julgamento deve terminar imediatamente”: Trump publica carta em apoio a Bolsonaro

 

Donald Trump. Foto: Reprodução
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou nesta quinta-feira (17) uma carta endereçada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, na qual critica o sistema judicial brasileiro e pede o fim imediato do julgamento que envolve o político.

Segundo Trump, Bolsonaro estaria sendo vítima de um “sistema injusto” e recebendo um “terrível tratamento” por parte da Justiça brasileira, que atualmente julga sua participação na tentativa de golpe em 2023.

No texto, divulgado em sua rede social, Trump manifestou preocupação com o que chamou de “ataques à liberdade de expressão” tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

O republicano declarou que já expressou sua desaprovação publicamente e através da política tarifária dos EUA. Ele ainda disse esperar que o governo brasileiro mude de rumo e pare de perseguir opositores políticos, reforçando que acompanha atentamente a situação.

Trump destacou que não se surpreende ao ver Bolsonaro liderando as pesquisas eleitorais, mesmo estando inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para o presidente norte-americano, o ex-presidente brasileiro foi um “líder altamente respeitado e forte que serviu bem ao seu país”. A carta foi assinada com o timbre oficial da Casa Branca e amplamente divulgada nas redes sociais.


Além da carta, o contexto político brasileiro inclui o parecer recente da Procuradoria-Geral da República (PGR), que recomendou a condenação de Bolsonaro e outros sete acusados na trama golpista.

A investigação conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) busca responsabilizar os envolvidos nas ações antidemocráticas que culminaram nos ataques às instituições em janeiro de 2023.

Apesar do apoio internacional, uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Quaest aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera com folga as intenções de voto para o primeiro turno das eleições presidenciais de 2026. Bolsonaro aparece atrás de Lula em todos os cenários, refletindo as consequências políticas e jurídicas de sua inelegibilidade.

Fonte: DCM

VÍDEO: Às vésperas do julgamento pelo golpe, Bolsonaro chora e se vitimiza no Senado

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro chorando em sessão do Senado nesta quinta-feira (17). Reprodução
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado, mais uma vez recorreu aos temas religiosos nesta quinta-feira (17), ao participar de uma sessão especial em homenagem ao pastor Gedelti Gueiros, fundador da Igreja Cristã Maranata.

O evento foi comandado por Magno Malta (PL-ES), um dos principais aliados de Bolsonaro no Congresso, e virou cenário para um espetáculo de vitimização pública, com direito a lágrimas e apelos por orações.

Bolsonaro pediu apoio espiritual aos presentes. “Eu acredito em Deus. Peço orações a vocês”, disse, chorando, enquanto tentava criar um clima de comoção entre os senadores e religiosos presentes. O ex-presidente buscou associar sua condição de investigado na Justiça a uma perseguição política e espiritual, estratégia recorrente entre líderes da extrema direita.

Em tom messiânico, Bolsonaro afirmou que o Brasil estaria próximo de se tornar “a terra prometida do Ocidente”, mas sugeriu que “alguns poucos nos atrapalham”. O ex-presidente, porém, evitou citar nomes ou identificar quem seriam esses supostos inimigos, mantendo o discurso genérico que costuma mobilizar sua base evangélica e ultraconservadora.

A homenagem a Gedelti Gueiros foi utilizada como pano de fundo para reforçar o alinhamento entre religião, política e a defesa do próprio Bolsonaro, que enfrenta investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação na trama golpista revelada pela Polícia Federal. As declarações no Senado ocorrem em meio à crescente pressão judicial sobre o ex-presidente.

Veja o momento do choro:

Estratégia política familiar para 2026

Mais cedo, em coletiva no Congresso, Bolsonaro confirmou a pré-candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao Senado pelo Distrito Federal nas eleições de 2026. Com sua inelegibilidade até 2030, o ex-presidente articula um plano para manter influência por meio de familiares e aliados.

“Temos interesse enorme nas eleições para o Senado para equilibrar os poderes”, declarou, mencionando também a possível candidatura do filho Carlos Bolsonaro por Santa Catarina – onde, segundo ele, pesquisas o colocam em primeiro lugar. A estratégia inclui ainda a reeleição do senador Flávio Bolsonaro (RJ) e candidaturas de aliados como Bruno Scheidt (RO), Gilson Machado (PE) e Capitão Alberto (AM).

Sobre o processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que o julga por suposta tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro adotou um tom incomumente resignado: “Vou enfrentar o julgamento, não tenho alternativa”. O parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, com 517 páginas, pede sua condenação por crimes como liderança de organização criminosa e tentativa de golpe.

O ex-presidente também defendeu anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023: “Se estivesse no Brasil naquela data, teria sido buscado em casa como troféu”.

Sobre o filho Eduardo Bolsonaro, que permanece nos EUA, o ex-presidente foi enfático: “É mais útil lá do que aqui”, alertando que o retorno ao Brasil poderia resultar em prisão imediata devido a inquéritos sobre suposta interferência contra autoridades brasileiras.

Bolsonaro ainda reiterou sua disposição para negociar com Donald Trump a revogação das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros: “Eu estou em condições, se o Lula me der meu passaporte, eu negocio com o Trump”. No entanto, a decisão sobre a devolução do documento – retido desde 2023 – cabe exclusivamente ao STF.

Fonte: DCM

Veja como votaram os deputados paranaenses no “PL da Devastação”

Entre os parlamentares do Estado, a maioria votou a favor do texto, que segue agora para sanção ou veto do executivo

Votação ocorreu durante esta madrugada de quinta-feira | Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Na madrugada desta quinta-feira (17) a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2159/21, que trata das novas regras gerais sobre licenciamento ambiental e é conhecida como “PL da Devastação” por ambientalistas e grupos que discutem a pauta do Meio Ambiente. A maioria dos deputados paranaenses votou a favor da aprovação.

Entre os deputados federais do Paraná, 13 votaram a favor da aprovação do projeto e apenas seis foram contrários. O texto segue agora para sanção ou veto presidencial.

A proposta cria novos tipos de licença e “simplifica” prazos de análises. O texto aprovado na Câmara incorporou emendas do PL que havia sido discutido no Senado, entre elas a que estabelece a Licença Ambiental Especial (LAE), que poderá ser concedida mesmo se o empreendimento for efetiva ou potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente.

Esse tipo de licença poderá ser usada para atividades ou empreendimentos considerados estratégicos pelo Conselho de Governo, órgão de assessoramento do presidente da República quanto à política ambiental.

Licença por adesão

Um licenciamento ambiental simplificado por adesão e compromisso (LAC) poderá ser pedido pelo interessado sem necessidade de estudos de impacto.

Cada ente federativo, conforme a competência concorrente de licenciamento ambiental, definirá quais atividades de pequeno ou médio porte e baixo ou médio potencial poluidor poderão usar a LAC, cuja vigência será de 5 a 10 anos.

Autoridades envolvidas

Uma das emendas aprovadas retira de outras autoridades envolvidas no licenciamento ambiental o poder de definir os tipos de atividades ou empreendimentos de cujos licenciamentos deverão participar.

Isso envolve órgãos que devem se manifestar sobre impactos em terras indígenas (Funai) ou quilombolas (Ministério da Igualdade Racial), sobre o patrimônio cultural acautelado (Iphan) ou sobre as unidades de conservação da natureza (ICMBio).

No entanto, o prazo total de prorrogação para que as entidades envolvidas no licenciamento ambiental apresentem seu parecer passa de 10 para 15 dias a mais do prazo padrão de 30 dias. Essa prorrogação precisará de justificativa.

Mata Atlântica

Na lei de preservação da Mata Atlântica (Lei 11.428/06), emenda dos senadores aprovada exclui a necessidade de autorização do órgão ambiental estadual para o desmatamento de vegetação desse bioma se ela for primária ou secundária em estágio avançado de regeneração.

Exclui ainda a necessidade de autorização de órgão ambiental municipal para desmatamento de vegetação em estágio médio de regeneração desde que o município possua conselho de meio ambiente. (Com informações da Câmara dos Deputados)

Veja como votaram os deputados paranaenses:
NomePartidoVoto
Aliel MachadoPVNÃO
Beto RichaPSDBSIM
Carol DartoraPTNÃO
Delegado Matheus LaiolaUniãoNÃO
Felipe FrancischiniUniãoSIM
Filipe BarrosPLSIM
Geraldo MendesUniãoSIM
Lenir de AssisPTNÃO
Luciano AlvesPSDSIM
Luiz NishimoriPSDSIM
Pedro LupionPPSIM
Reinhold StephanesPSDSIM
Ricardo BarrosPPSIM
Rodrigo EstachoPSDSIM
Sargento FahurPSDSIM
Toninho WandscheerPPSIM
VermelhoPPSIM
WelterPTNÃO
Zeca DirceuPTNÃO

Bolsonaro revela que não pode mais bancar Eduardo nos EUA: “O dinheiro acabou”

 

Jair e Eduardo Bolsonaro


O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (17) que já não tem mais condições financeiras de manter o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. “Já mandei R$ 2 milhões. Eu não tenho mais. O dinheiro está acabando”, disse Bolsonaro, ao comentar a permanência do filho nos EUA.

Segundo ele, desde que o filho deixou o país, em março deste ano, foram enviados cerca de R$ 2 milhões para custear sua permanência no exterior. A declaração foi dada após reunião com aliados no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em Brasília.

Eduardo está afastado da Câmara dos Deputados desde março, sob alegação de que poderia ser alvo de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que à época analisava a retenção de seu passaporte. Desde então, ele atua nos bastidores articulando apoio internacional ao pai, incluindo pressões ao governo americano contra o Judiciário brasileiro.

I deputado licenciado celebrou recentemente a decisão de Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, justificando que a medida seria uma resposta à “perseguição judicial” sofrida por Bolsonaro no Brasil.

O deputado tem se aproximado da Casa Branca e participa de encontros com assessores do governo americano em Washington. Segundo Bolsonaro, a expectativa é que o filho permaneça no país mesmo com o esgotamento dos recursos enviados.

O senador Flávio Bolsonaro afirmou que Eduardo pode continuar licenciado da Câmara sem perder o mandato. De acordo com o regimento, ele pode se ausentar por até 44 sessões ordinárias, o equivalente a cerca de cinco meses.

Flávio Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro. Foto: Divulgação

Esse mesmo entendimento foi aplicado ao caso do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), atualmente preso sob acusação de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco. Brazão teve a perda de mandato determinada por ausência reiterada, conforme previsto no artigo 55 da Constituição.

A Constituição estabelece que deputados e senadores perdem o mandato se deixarem de comparecer a mais de um terço das sessões ordinárias da Casa, salvo em caso de licença ou missão oficial aprovada pelo Legislativo. Eduardo Bolsonaro, até o momento, permanece licenciado sem justificativas adicionais formais sobre missão oficial, o que pode colocá-lo em risco de cassação se ultrapassar o limite previsto.

O PL, partido ao qual Eduardo e Bolsonaro são filiados, articula nos bastidores para prolongar a permanência do deputado no exterior sem abrir mão do cargo.

O presidente da legenda na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), confirmou que Eduardo ainda está dentro do limite permitido pela legislação, mas disse que avaliam medidas adicionais para garantir sua permanência como “parlamentar”.

Nos bastidores, a permanência de Eduardo nos Estados Unidos é vista como estratégica. Além de fortalecer os laços com aliados de Trump, o deputado tem atuado em frentes internacionais contra o governo Lula e em defesa do pai, que é alvo de diversas investigações.

A pressão para que Eduardo volte ao Brasil vem aumentando, inclusive dentro da própria Câmara. Enquanto isso, Bolsonaro segue criticando as instituições brasileiras e defendendo ações no exterior para pressionar o governo Lula.

Fonte: DCM