quinta-feira, 31 de julho de 2025

Alexandre de Moraes determina atuação da AGU na extradição de Carla Zambelli

Deputada foi presa em Roma após fugir do Brasil para escapar de condenação do STF a 10 anos de prisão

      Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ EBC)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (31) que a Advocacia-Geral da União (AGU) adote providências relacionadas ao processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália. As informações são do g1.

Zambelli foi detida na última terça-feira (29) pela polícia italiana, em Roma. Segundo o STF, ela deixou o Brasil após ter sido condenada a 10 anos de prisão por envolvimento no caso da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes de chegar à Itália, a deputada passou pelos Estados Unidos.

Com a nova decisão, a AGU — que representa juridicamente o governo brasileiro — passa a acompanhar oficialmente o processo de extradição. A medida permite que o órgão informe, no andamento da ação penal em curso no STF, os desdobramentos relacionados ao pedido de retorno da parlamentar ao Brasil.

A extradição agora dependerá dos trâmites legais entre os governos do Brasil e da Itália, com base nos acordos internacionais vigentes entre os dois países.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Simone Tebet diz que BRICS é a solução para o Brasil

Em evento na Fiesp, ministra do Planejamento defende pragmatismo diante das tarifas de Trump e aposta na integração sul-americana

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em cerimônia no Banco Central, em Brasília - 02/04/2025 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quarta-feira (30) que o fortalecimento da aliança do Brasil com o BRICS — grupo que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo — é fundamental para o futuro do país. “O BRICS não é problema nessa equação; o BRICS, hoje, para o Brasil, é solução”, disse. A declaração foi feita durante o evento Logística no Brasil, promovido pelo jornal Valor Econômico, com apoio da Infra S.A e do Ministério dos Transportes, na sede da Fiesp, em São Paulo.

Tebet ressaltou que o Brasil não pode prescindir de mercados estratégicos, como o asiático, nem de insumos essenciais, como os fertilizantes da Ucrânia. “A nossa dependência do agro com países asiáticos é de quase 50% e 10% com os EUA”, afirmou, ao defender que decisões geopolíticas sejam guiadas por números e não por ideologia. A ministra também enfatizou que a integração sul-americana é chave para o desenvolvimento nacional. “A forma mais rápida e eficiente de chegar à Ásia é pelo Pacífico. Não podemos ficar sujeitos a intempéries como acabou de acontecer, pegando o mundo de surpresa”, alertou.

Sobre as novas tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Tebet propôs cautela e pragmatismo. “Não podemos fazer biquinho nem chorar. É preciso entender o que é espuma e o que é chope nesse processo”, declarou. Segundo ela, é necessário compreender quais setores americanos serão protegidos e o que os EUA estão dispostos a conceder em contrapartida. “Eles são pragmáticos. Pode haver diminuição de tarifas sobre café, frutas e aquilo que interessa a eles. A partir disso, podemos desenhar políticas de contingência com responsabilidade fiscal”, disse.

Tebet também refletiu sobre o impacto das políticas americanas na economia global. “Obviamente, o mundo não será mais o mesmo”, afirmou, ao comentar o cenário após a posse de Trump para seu segundo mandato. “A nossa sorte é que Trump não foi reeleito e, nesse ‘gap’, muitos países se reposicionaram”, acrescentou, referindo-se ao período anterior à atual gestão. Segundo ela, o Brasil aproveitou esse intervalo para avançar em rotas de integração com os países vizinhos.

A ministra ainda criticou o recente acordo entre Estados Unidos e União Europeia, classificando-o como “fraco”, e questionou se a Europa terá condições de cumprir os compromissos assumidos, sobretudo diante de tensões com a Rússia. “Será que a União Europeia vai mesmo conseguir cumprir esse acordo de investimentos com os americanos, à custa de certa proteção militar ou bélica?”, indagou. Ao comparar com a situação brasileira, afirmou: “Quando olhamos para o Brasil, não vemos nada disso. A balança comercial dos EUA com o Brasil é superavitária para eles.”

Ao final, Tebet reiterou a necessidade de o Brasil agir com estratégia e independência em um cenário internacional marcado por incertezas. Para ela, o fortalecimento das relações com os países do BRICS e com os vizinhos sul-americanos é parte essencial dessa equação.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

Investigadores apontam coação e dizem que Eduardo Bolsonaro pode ser preso ao voltar ao Brasil

Filho de Jair Bolsonaro lidera ofensiva internacional que pode agravar situação jurídica da família e inviabilizar negociações com os EUA

      Eduardo Bolsonaro (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A ofensiva internacional liderada pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo tem aprofundado a crise entre Brasil e Estados Unidos, ao mesmo tempo em que complica o cenário jurídico de Jair Bolsonaro e de seu filho. Segundo relato de investigadores e autoridades à coluna da jornalista Andréia Sadi, do g1, a estratégia busca escalar ataques e aumentar a pressão contra membros do Judiciário, da Polícia Federal e outras instituições brasileiras, o que pode levar o parlamentar à prisão caso ele retorne ao Brasil.

A mais recente manifestação de Eduardo ocorreu após a confirmação da tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros. Em nota divulgada nesta terça-feira (30), o parlamentar avaliou a retaliação como uma “resposta legítima”. O filho de Jair Bolsonaro (PL) está vivendo nos EUA e tem articulado junto a integrantes do governo do presidente Donald Trump sanções contra autoridades brasileiras.

Apesar do impacto direto sobre a economia brasileira, não há qualquer sinal de moderação por parte do deputado ou de seu entorno. De acordo com fontes próximas ao núcleo bolsonarista, o plano é intensificar os recados e endurecer a retórica contra autoridades nacionais — com foco especial em ministros do Supremo Tribunal Federal e agentes da Polícia Federal.

O objetivo da articulação, ainda conforme apurado pelo blog, é provocar novas sanções contra o Brasil e criar um ambiente hostil que inviabilize qualquer diálogo entre os dois países sobre o chamado “tarifaço”. O movimento, ao invés de beneficiar Jair Bolsonaro, tende a deteriorar ainda mais sua condição perante as investigações em curso. Bolsonaro está inelegível até 2030 e é réu em uma ação penal no STF pela participação em um suposto plano de golpe de Estado.

Mesmo antes da aplicação de sanções ao ministro Alexandre de Moraes com base na chamada Lei Magnitsky — legislação dos EUA que permite punir autoridades de outros países por supostas violações de direitos —, a situação jurídica de Bolsonaro já era delicada. Com essa nova investida internacional, o cerco se estreita.

Investigadores garantem que há material suficiente para indiciar Eduardo Bolsonaro, inclusive por coação no curso do processo. Segundo essas fontes, ele poderá ser preso assim que retornar ao Brasil. O mesmo raciocínio valeria para Jair Bolsonaro, que passaria a ser responsabilizado também por tentativa de obstrução à Justiça, além da acusação de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

VÍDEO: Paulo Figueiredo detona Bolsonaro e o chama de incompetente

O golpista Paulo Figueiredo e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O golpista Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo, detonou Jair Bolsonaro (PL) e chamou o ex-presidente de incompetente. A declaração foi feita na última quarta-feira (30), durante uma entrevista no canal Claudio Dantas, no YouTube.

“O presidente Bolsonaro fez péssimos acordos e conduziu o país a essa situação que nós estamos hoje. E o deputado Eduardo Bolsonaro teve uma visão diferente, tanto que veio para os Estados Unidos a contragosto do pai”, disse Figueiredo.

A fala se deu enquanto o ex-comentarista da Jovem Pan tratava das tarifas de 50% aplicadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Figueiredo, Jair Bolsonaro não tem qualquer liderança nisso, e sim seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O golpista também disse que Eduardo está nos Estados Unidos contra a vontade do pai e que entende que, estando lá, “é o melhor caminho para salvar o ex-presidente”, hoje réu por tentativa de golpe.

“O tom, num certo sentido rebelde, do deputado Eduardo Bolsonaro, por ele entender que este é o melhor caminho para defender o pai, e que o pai fez sucessivos péssimos acordos que trouxeram o Brasil a essa situação — uma visão a qual eu compartilho integralmente.”


Figueiredo deve se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na trama golpista durante o governo Bolsonaro. A expectativa é que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) seja aceita pela Primeira Turma do STF ainda neste ano.

Ele foi denunciado por vazar documentos com o objetivo de pressionar generais a aderirem ao plano golpista. O neto do ex-ditador João Figueiredo também articulou, junto de Eduardo Bolsonaro, o tarifaço do governo Trump contra o Brasil.

O “bananinha” disse em maio que Figueiredo é o “cérebro” por trás da operação: “Eu abro a porta, eu sou o coração, mas você é o cérebro.”

O filho “03” de Jair Bolsonaro (PL) responde a inquérito no STF por coação à Corte e articulação contra os interesses nacionais nos EUA. Até o momento, Figueiredo não é investigado por essas ações no STF, e a Defensoria Pública da União (DPU) não foi notificada para defendê-lo nesse inquérito específico.

Fonte: DCM

Com Lula, desemprego atinge 5,8% e registra menor taxa desde 2012, aponta IBGE

Número de ocupados bate recorde histórico, com 102,3 milhões de pessoas trabalhando no país

Lula e Luiz Marinho. Presidente disse em outubro que o Brasil poderia fechar o ano com criação de 2 milhões de empregos formais (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)

A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho de 2025, a menor já registrada pela série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o trimestre anterior (janeiro a março de 2025), o desemprego recuou 1,2 ponto percentual, quando estava em 7,0%. Em relação ao mesmo período de 2024 (6,9%), a queda foi de 1,1 ponto percentual. O contingente de pessoas desocupadas totalizou 6,3 milhões, o que representa uma redução de 17,4% no trimestre (menos 1,3 milhão de pessoas) e 15,4% no ano (menos 1,1 milhão).

☆ Ocupação e informalidade - A população ocupada alcançou o recorde de 102,3 milhões de pessoas, com aumento de 1,8% no trimestre (1,8 milhão a mais) e 2,4% no ano (2,4 milhões a mais). O nível da ocupação – percentual de ocupados na população em idade de trabalhar – chegou a 58,8%, repetindo o pico registrado no trimestre até novembro de 2024.

Já a taxa de subutilização da força de trabalho também atingiu o patamar mais baixo da série, ficando em 14,4%. O número representa uma queda de 1,5 ponto percentual frente ao trimestre anterior (15,9%) e 2 pontos em relação ao mesmo período de 2024 (16,4%). A população subutilizada foi estimada em 16,5 milhões de pessoas.

A taxa de informalidade recuou levemente, atingindo 37,8% dos ocupados – o equivalente a 38,7 milhões de pessoas. No trimestre anterior, a taxa era de 38,0%, e no mesmo período de 2024, 38,7%.

☆ Avanço com e sem carteira assinada - O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (exceto domésticos) chegou a 39,0 milhões, um novo recorde. O total representa um avanço de 0,9% no trimestre (357 mil a mais) e 3,7% no ano (1,4 milhão a mais).

Já os empregados sem carteira somaram 13,5 milhões, com aumento de 2,6% no trimestre (338 mil pessoas) e estabilidade na comparação anual. No setor público, o número de trabalhadores também foi recorde: 12,8 milhões, com crescimento de 5,0% no trimestre e 3,4% no ano.

Os trabalhadores por conta própria também bateram recorde, somando 25,8 milhões, com alta de 1,7% (426 mil) no trimestre e 3,1% (767 mil) no ano.

☆ Desalento e fora da força de trabalho - O número de desalentados – pessoas que desistiram de procurar emprego – caiu para 2,8 milhões, com retração de 13,7% no trimestre e 14,0% no ano. O percentual de desalentados em relação à força de trabalho potencial ficou em 2,5%, com queda de 0,4 ponto percentual em ambas as comparações. A população fora da força de trabalho permaneceu estável em 65,5 milhões de pessoas.

☆ Rendimento e massa salarial em alta - O rendimento médio real habitual subiu para R$ 3.477, novo recorde da série. O valor representa uma alta de 1,1% frente ao trimestre anterior e de 3,3% em relação ao mesmo período de 2024. A massa de rendimento habitual (soma dos rendimentos de todos os trabalhadores) também bateu recorde, alcançando R$ 351,2 bilhões, com crescimento de 2,9% no trimestre e 5,9% no ano.

☆ Setores com destaque - Entre os grupamentos de atividade, apenas o setor de Administração pública, educação, saúde e assistência social apresentou crescimento no trimestre frente ao anterior, com alta de 4,5% (mais 807 mil pessoas). Em relação ao mesmo período de 2024, também houve aumento na Indústria Geral (4,9%), Comércio e reparação de veículos (3,0%), Transporte e armazenagem (5,9%), e no setor de Informação, comunicação e atividades financeiras e administrativas (3,8%).

☆ Rendimento por atividade e ocupação - O rendimento médio cresceu no Comércio (2,6%) frente ao trimestre anterior. Já na comparação anual, os destaques foram Agricultura (7,0%), Construção (5,8%), Comércio (3,3%), Informação e atividades financeiras (4,7%) e Serviços domésticos (4,1%).

Por posição na ocupação, os rendimentos médios permaneceram estáveis frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve crescimento para empregados com carteira assinada (2,2%), sem carteira (7,9%), trabalhadores domésticos (4,1%) e trabalhadores por conta própria (5,3%).

Fonte: Brasil 247

Líderes do Centrão avaliam que pressão dos EUA contra Moraes mina chance de anistia no Congresso

Sanções aplicadas por Donald Trump ao ministro do STF reforçam clima negativo para proposta de anistia aos golpistas de 8 de janeiro

Alexandre de Moraes e terroristas bolsonaristas em Brasília - 08.01.2023 (Foto: Marcelo Camargo/ABr | Ruters)

A chance de avanço no Congresso Nacional de uma proposta de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro tornou-se ainda mais remota após a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar a chamada Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A avaliação é de líderes do Centrão ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, que relatam um ambiente político cada vez mais hostil à ideia. “A cada dia a situação só piora”, disse um dos parlamentares, sob condição de anonimato.

A deterioração do cenário é agravada por dois fatores: a imposição de tarifas de 50% pelo presidente estadunidense, Donald Trump, e a postura do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Eduardo tem exigido uma anistia “ampla, geral e irrestrita” como condição para acalmar os ânimos entre os dois países, segundo aliados próximos ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Na semana passada, Eduardo Bolsonaro chegou a afirmar que os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta, poderiam ser alvos de sanções similares à de Moraes. A Lei Magnitsky, acionada pelo Departamento do Tesouro dos EUA, prevê sanções financeiras contra estrangeiros acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

“O Davi Alcolumbre não está nesse estágio ainda, mas certamente está no foco do governo americano. Ele tem a possibilidade agora de não ser sancionado e não acontecer nada com o visto dele, se ele não der respaldo ao regime. E também o Hugo Motta, porque na Câmara dos Deputados tem a novidade da Lei da anistia”, disse o parlamentar bolsonarista.

Em declaração feita na quarta-feira (30), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que a punição imposta a Moraes deve servir como “alerta” às autoridades brasileiras. Diante do endurecimento da pressão externa, as principais lideranças do Congresso reagiram em defesa da soberania nacional. “

Como país soberano, não podemos apoiar nenhum tipo de sanção por parte de nações estrangeiras dirigida a membros de qualquer Poder constituído da República”, declarou Hugo Motta na noite da terça-feira (29). Pouco depois, Alcolumbre também se pronunciou, afirmando que o Legislativo “não admite interferências na atuação dos nossos Poderes”. Segundo ele, é essencial reafirmar a confiança “no fortalecimento das nossas instituições, entre elas o Poder Judiciário, elemento essencial para a preservação da soberania nacional, que é inegociável”.

Segundo a reportagem, o clima já era amplamente desfavorável à anistia desde o início do recesso parlamentar. A proposta não encontra respaldo nem no Congresso, nem no Supremo Tribunal Federal. Para integrantes do Centrão e ministros do STF, a única saída possível para amenizar as tensões seria a revisão de penas para alguns dos presos que participaram da depredação das sedes dos Três Poderes, não uma anistia irrestrita.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Juristas pedem ao STF punição a Eduardo Bolsonaro por sanções de Trump contra o Brasil

ABJD acusa o deputado de articular medidas com os EUA que resultaram em tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras

Eduardo Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | LR Moreira/Secom/TSE)

A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) protocolou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a responsabilização do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por ter colaborado com o governo dos Estados Unidos, presidido por Donald Trump, na imposição de sanções econômicas contra o Brasil, informa Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Na peça encaminhada à Corte, a entidade afirma haver indícios fortes de que Eduardo cometeu crimes como coação no curso de processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Segundo a ABJD, essas ações estariam diretamente relacionadas à articulação de medidas unilaterais adotadas pelos Estados Unidos que impactaram negativamente a economia brasileira.

★ Tarifas americanas e prejuízo econômico - A principal consequência denunciada na ação é o aumento de 50% nas tarifas aplicadas pelos EUA a produtos brasileiros, medida que afetou setores estratégicos como o agronegócio, a siderurgia e a indústria de transformação. O tarifaço, ainda segundo a ABJD, teria sido resultado direto da colaboração do parlamentar com o governo de Trump, em uma suposta tentativa de pressionar o Brasil e influenciar sua política interna.

A entidade alega que o episódio caracteriza interferência externa nos assuntos internos do país e uma violação à soberania nacional, algo que deve ser repudiado e corrigido pelas instituições democráticas.

★ Pressão das Big Techs - A ação apresentada ao STF também chama atenção para o papel de empresas multinacionais de tecnologia — reunidas na associação CCIA (Computer & Communications Industry Association) —, que teriam atuado para impedir o avanço de legislações brasileiras como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a regulação da inteligência artificial e iniciativas que visam fortalecer a soberania digital.

A ABJD pede que o Supremo declare como nulas quaisquer sanções ou atos de pressão que tentem interferir na legislação brasileira e reforce a obrigação das chamadas Big Techs de obedecer integralmente às leis do país.

★ Responsabilização e soberania - O pedido da ABJD ao STF inclui também a responsabilização civil, penal e política de Eduardo Bolsonaro, além da apuração da suposta cooperação entre o parlamentar e o governo estrangeiro em prejuízo direto ao Brasil.

A ação reforça o papel das instituições brasileiras no combate a interferências externas e na defesa da Constituição.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Pesquisa AtlasIntel reforça favoritismo de Lula para 2026

Presidente lidera todos os cenários de primeiro e segundo turno, superando nomes como Tarcísio e Michelle

      Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A pesquisa Latam Pulse – Brasil, divulgada nesta quinta-feira (31) pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o favorito nas disputas para a Presidência da República em 2026. O atual mandatário lidera com folga os dois cenários estimulados em que aparece como candidato.

No cenário que simula uma repetição das eleições de 2022, Lula aparece com 47,8% das intenções de voto, contra 44,2% de Jair Bolsonaro. Bolsonaro, no entanto, foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está prestes a ser preso por tentativa de golpe de Estado. A repetição da disputa de 2022 é, portanto, improvável.

☆ Tarcísio e Michelle também são superados por Lula - Em outro cenário de primeiro turno, Lula registra 48,5% das intenções de voto, à frente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que marca 33%. Já no cenário que inclui a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como principal nome da oposição, Lula também lidera com 48,5%, enquanto Michelle atinge 29,7%. Nenhum outro nome ultrapassa 7%.

A vantagem de Lula também se confirma nas simulações de segundo turno. Contra Tarcísio de Freitas, Lula venceria por 50,4% a 46,6%. Contra Michelle Bolsonaro, a vantagem é ainda maior: 50,6% a 45,9%.

☆ Imagem positiva e aprovação sustentam candidatura - O bom desempenho de Lula nas simulações eleitorais é sustentado por sua imagem pessoal. De acordo com o mesmo levantamento, 51% dos brasileiros têm uma imagem positiva do presidente — a melhor entre todos os nomes testados. Além disso, a taxa de aprovação de seu governo é de 50,2%, superando a desaprovação, que ficou em 49,7%.

A pesquisa ouviu 7.334 brasileiros entre 25 e 28 de julho de 2025 por meio de recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de um ponto percentual e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: Brasil 247

AtlasIntel: aprovação de Lula chega a 50,2% em meio aos ataques de Trump contra o Brasil

Aprovação do presidente supera a desaprovação e é a melhor desde outubro de 2024

      Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu no final de julho, segundo levantamento da AtlasIntel divulgado pela Bloomberg News. O movimento coincide com o aumento das tensões entre Brasil e Estados Unidos após o presidente Donald Trump anunciar sanções ao país.

De acordo com a pesquisa LatAm Pulse, realizada entre os dias 25 e 28 de julho com 7.334 entrevistados, a aprovação de Lula passou de 49,7% para 50,2%. A desaprovação, por outro lado, caiu de 50,3% para 49,7%. A margem de erro é de um ponto percentual.

O presidente brasileiro vem ganhando apoio ao adotar uma postura firme diante das exigências de Trump, que pediu o fim do que chamou de “caça às bruxas” contra o ex-mandatário Jair Bolsonaro, réu sob a acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado.

A intervenção de Donald Trump na política brasileira, com críticas às investigações contra Bolsonaro, também acabou enfraquecendo o campo conservador no país, aponta o levantamento.

A pesquisa revela que, em um cenário com os mesmos candidatos da eleição de 2022, Lula aparece agora com 47,8% das intenções de voto, contra 44,2% de Bolsonaro — uma virada em relação ao mês anterior, quando o ex-presidente aparecia com 46% a 44,4% entre os entrevistados.

O levantamento também simulou um segundo turno entre Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nesse cenário, o petista venceria com 50,4%, contra 46,6% do paulista. Antes, os dois apareciam tecnicamente empatados, com 47,6% e 46,9%, respectivamente.

Fonte: Brasil 247 com Bloomberg News

Impedimento? Entenda por que o VAR anulou o gol do Palmeiras

Jogadores do Corinthians e Palmeiras se desentendem após lance no clássico da Copa do Brasil – Foto: Reprodução

No confronto entre Corinthians e Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o gol de empate marcado por Maurício no segundo tempo foi anulado por impedimento de Gustavo Gómez após análise do VAR. O Corinthians já vencia por 1 a 0. A jogada ocorreu aos 36 minutos, após cobrança de falta: Gómez ajeitou de cabeça e Maurício completou. O árbitro Wilton Pereira Sampaio validou a marcação feita pelo vídeo‑árbitro, que traçou a linha no momento da batida da bola.

A regra da FIFA determina que o impedimento ocorre quando qualquer parte da cabeça, corpo ou pés do jogador está mais próxima da linha de fundo do adversário do que o penúltimo defensor e a bola. A linha foi traçada na cabeça de Gómez, que apareceu ligeiramente à frente do defensor Raniele no momento da cobrança. Membros superiores não contam para esse cálculo — o limite é a base da axila.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, detonou a arbitragem após o fim da partida: “Estamos no século 21, e trabalhamos com ferramentas do século passado”, afirmou. Ele rebateu ainda a interferência do VAR em decisões-chave da partida: “O VAR que apita e decide. O mesmo VAR marcou o pênalti, invalidou o gol… é muito mal assistir a isto na televisão”.

Fonte: DCM

Lula é o político mais bem avaliado do Brasil, mostra pesquisa AtlasIntel

Presidente tem imagem positiva superior à de todos os principais nomes da política nacional, segundo levantamento feito em parceria com a Bloomberg

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de Entregas do Governo Federal ao Vale do Jequitinhonha. Parque de Eventos de Minas Novas, Minas Novas - MG. 
Foto: Ricardo Stuckert / PR (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

De acordo com a pesquisa Latam Pulse – Brasil, realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg entre os dias 25 e 28 de julho de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o político com a melhor imagem no país. O levantamento apontou que 51% dos entrevistados disseram ter uma imagem positiva do presidente, enquanto 48% afirmaram o contrário.

A sondagem mediu a percepção popular sobre diversos líderes políticos. Nenhum outro nome obteve resultado tão positivo quanto Lula. O segundo colocado foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com 48% de imagem positiva e 51% negativa. Na sequência aparecem Marina Silva (47% positiva), Geraldo Alckmin (47%) e Tarcísio de Freitas (46%). Já Jair Bolsonaro foi avaliado positivamente por 45% dos entrevistados, mas teve rejeição de 55%.

☆ Série histórica reforça vantagem de Lula sobre adversários - A evolução temporal dos índices de imagem mostra que Lula mantém uma liderança relativamente estável na percepção pública ao longo dos últimos meses. Os dados da série histórica revelam que, desde outubro de 2024, o presidente tem oscilado entre 51% e 60% de avaliação positiva, sempre à frente dos seus concorrentes diretos, como Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, cujas avaliações negativas são superiores às positivas em praticamente todo o período analisado.

☆ Aprovação do governo se divide, mas Lula segue com leve vantagem - No mesmo levantamento, a taxa de aprovação pessoal do presidente ficou em 50,2%, ligeiramente acima da reprovação, que foi de 49,7%. Embora a margem seja apertada, ela indica um equilíbrio entre apoiadores e críticos do atual governo. Já a avaliação do desempenho da gestão federal mostra um cenário ainda mais polarizado: 48,2% classificaram o governo como "ruim/péssimo", contra 46,6% que o consideraram "ótimo/bom" e 5,1% como "regular".

☆ Comparações com Bolsonaro favorecem Lula em áreas sociais - Quando comparado ao governo anterior de Jair Bolsonaro, Lula se saiu melhor na avaliação de políticas sociais e ambientais. Para 51% dos entrevistados, o atual governo tem desempenho superior na área de direitos humanos e igualdade racial. Outras áreas bem avaliadas incluem moradia, meio ambiente e cultura. No entanto, Lula foi considerado pior do que Bolsonaro nos temas ligados à política econômica e tributária, como impostos, investimentos e responsabilidade fiscal.

☆ Avaliação dos acertos e erros do governo Lula - A pesquisa também identificou a percepção sobre decisões específicas do governo. Entre os destaques positivos, os entrevistados apontaram como principais acertos a gratuidade de medicamentos no Farmácia Popular, a sanção da lei das passagens com tarifa zero e o retorno do programa Minha Casa, Minha Vida. Já medidas como a taxação de apostas e a tributação de compras internacionais foram vistas majoritariamente como erros.

A pesquisa ouviu 7.334 brasileiros entre 25 e 28 de julho de 2025 por meio de recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de um ponto percentual e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: Brasil 247

Lula é convencido de que tarifa de Trump pode ajudar governo; entenda

Lula e Donald Trump. Foto: Reprodução

O presidente Lula (PT) foi convencido por aliados de que o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil pode ter efeitos políticos positivos para o governo — ao menos no curto prazo, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

A avaliação, feita pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é de que a medida dos EUA, apesar do impacto comercial, pode ajudar o Planalto a enfrentar uma de suas maiores dores de cabeça: a inflação dos alimentos.

De acordo com os ministros, itens como café e carne, que foram sobretaxados em 50% e devem perder mercado nos Estados Unidos, terão de ser escoados internamente, o que pode reduzir seus preços no Brasil. Isso pode aliviar a alta nos alimentos, um dos fatores que puxam para baixo a popularidade de Lula nas pesquisas.

Já produtos como suco, celulose, petróleo e aviões ficaram de fora da sanção, o que minimiza o impacto sobre empregos e empresas brasileiras.

Lula cobra Alckmin e Haddad, e diz que política é para quem gosta
O presidente Lula conversa com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Reprodução

Aliados avaliam ainda que a postura firme do presidente petista frente a Trump pode trazer dividendos políticos. Lula tem adotado um tom de enfrentamento calculado com os EUA, sem escalar a tensão, mas também sem recuar.

“Em nenhum momento o Brasil vai negociar como se fosse um país pequeno diante de um país grande” e “Estamos preocupados, mas não com medo” são frases que Lula disse em entrevista ao The New York Times, publicada sob o título: “Ninguém desafia Trump como o presidente do Brasil”.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Lula lidera com folga no 1º turno e vence todos os adversários no 2º em 2026, diz Atlas


O presidente Lula, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas – Foto: Reprodução

Nova pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quarta-feira (31) mostra que o presidente Lula (PT) lidera com folga as intenções de voto para as eleições presidenciais de 2026 em todos os cenários simulados.

No primeiro turno, o atual mandatário aparece com 48,5% das intenções de voto em dois cenários distintos: um contra Tarcísio de Freitas (Republicanos) e outro contra Michelle Bolsonaro (PL).

No cenário com Tarcísio, o governador de São Paulo tem 33%, enquanto os demais candidatos somam 15,7%. Apenas 2,8% dos entrevistados afirmaram não saber em quem votar ou disseram que votariam branco ou nulo. A vantagem de Lula nesse caso é de 15,5 pontos percentuais, crescimento de 4,9 pontos em relação à pesquisa anterior.

Intenção de voto para presidente em cenário com Lula – Foto: AtlasIntel

Contra Michelle Bolsonaro, Lula mantém os mesmos 48,5%, enquanto a ex-primeira-dama aparece com 29,7%. Outros candidatos somam 20,5% e 1,6% dos eleitores não souberam responder ou declararam voto branco ou nulo.
Lula lidera intenções de voto para presidente em 2026 com 48,5%, seguido por Michelle Bolsonaro (29,7%) – Foto: AtlasIntel
Já em um cenário sem Lula, com Fernando Haddad (PT) como candidato, o ministro da Fazenda empata tecnicamente com Tarcísio: 34,2% contra 33,8%. Ciro Gomes (PDT) surge com 8,5% e os demais candidatos somam 14%. Indecisos ou votos brancos e nulos chegam a 9%.
Intenção de voto em cenário sem o presidente Lula – Foto: AtlasIntel
Nos cenários de segundo turno, Lula também vence todos os possíveis adversários, incluindo Jair Bolsonaro. Contra o ex-presidente, o petista tem uma vantagem de 3,8 pontos percentuais, que cresceu 2,3 pontos entre junho e julho, segundo o levantamento.
Lula lidera em todos os cenários de 2º turno na disputa pela Presidência em 2026 – Foto: AtlasIntel
A pesquisa AtlasIntel ouviu 7.334 adultos no Brasil entre 25 e 28 de julho de 2025, por meio de recrutamento digital aleatório (RDR), que garante anonimato e reduz vieses. A margem de erro é de ±1 ponto percentual, com 95% de confiança. A amostra é representativa por sexo, renda e região.

Fonte: DCM