segunda-feira, 28 de julho de 2025

Dallagnol tem 15 dias para indenizar Lula por PowerPoint


Sentença por danos morais já transitou em julgado; valor inclui juros, correção monetária e honorários advocatícios

Dallagnol e o Power Point com acusações contra Lula.Créditos: Reprodução de vídeo


A Justiça de São Paulo determinou que o ex-procurador Deltan Dallagnol pague, no prazo de 15 dias, uma indenização de R$ 135,4 mil ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por danos morais no chamado caso do PowerPoint. A decisão foi proferida na última sexta-feira (26) pelo juiz Carlo Brito Melfi.

O valor inclui juros, correção monetária e honorários advocatícios, e o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato poderá apenas contestar os cálculos, já que a sentença transitou em julgado — ou seja, não cabe mais recurso sobre o mérito da ação. Caso não cumpra a determinação, Dallagnol poderá sofrer uma multa de 10% sobre o valor devido.

Caso teve repercussão nacional

O processo teve origem em uma coletiva de imprensa concedida por Dallagnol em 2016, na qual ele apresentou, por meio de um slide em PowerPoint, um esquema que relacionava Lula ao comando de um suposto esquema de corrupção na Petrobras. Durante a apresentação, o então procurador afirmou que Lula era o “grande general” de uma organização criminosa e usou o termo “propinocracia” para descrever o suposto modelo de governo.

A Justiça entendeu que Dallagnol extrapolou os limites de sua função pública, ao fazer acusações em rede nacional antes mesmo da abertura formal de uma ação penal. A linguagem empregada foi classificada como não técnica e ofensiva, violando os direitos de personalidade do ex-presidente.

Defesa alega atuação legal

Em sua defesa, Dallagnol argumentou que agiu dentro da legalidade e que a coletiva foi realizada com o intuito de informar a população sobre os desdobramentos da operação Lava Jato. Segundo ele, não houve ofensa à honra de Lula nem dano moral configurado.

Após a decisão, Dallagnol se manifestou nas redes sociais:

“Brasileiros, entendam: isso é o que acontece quando se luta contra a corrupção e a injustiça no BR. Essa é a reação do sistema, nua e crua. Lula sai impune e nós pagamos o preço da corrupção.”

Condenações de Lula foram anuladas

Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todas as condenações impostas a Lula pela Justiça Federal de Curitiba, incluindo a do tríplex do Guarujá, caso mencionado na apresentação de Dallagnol. O STF também declarou que o ex-juiz Sergio Moro atuou de forma parcial no julgamento do petista.

Os advogados de Lula sustentam desde o início que o processo teve motivação política e que houve cerceamento de defesa. A anulação ocorreu dois anos e cinco meses após Moro deixar a magistratura para assumir o cargo de ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro.

Fonte: Revista Fórum

VÍDEO – “Nunca fumei maconha”, diz militar réu pelo plano golpista

O tenente-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima e seu advogado. Foto: Divulgação

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (28), o tenente-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima negou qualquer envolvimento em ações golpistas. “Nasci e tive parte da minha criação num complexo famoso do Rio de Janeiro e nunca peguei num cigarro de maconha, nunca fiz nada de errado. Escolhi ser um soldado do Estado”, disse ele.

Apontado como um dos integrantes do chamado “núcleo 3”, o militar é investigado por suposta participação em planos de monitoramento ilegal de autoridades e em articulações para a ruptura institucional após as eleições de 2022. “Não segui ninguém, não fiz absolutamente nada disso”, declarou.

Durante o interrogatório por videoconferência, Hélio disse estar profundamente abalado com o processo. “A maior dor que sinto é ver parte do Estado tentando me transformar num criminoso. Ele também pediu que sua trajetória como oficial do Exército fosse considerada pela Corte.

O militar também negou a existência de um plano real de ataque a ministros do Supremo. Ao comentar a chamada “Operação Luneta”, documento com análises táticas atribuídas a ele pela Polícia Federal, Hélio disse que se tratava de um exercício hipotético, amparado em normas legais. “Você falou sobre algum tipo de ação contra ministro — ele [o cenário] não fala nada em eliminar ninguém”, concluiu.

Confira o vídeo:

Fonte: DCM

Kid preto diz que recebeu ordens para encaminhar carta sobre tentativa de golpe a outros militares

Documento visava pressionar o alto comando da Força a aderir à trama golpista

"Kid preto” é um apelido informal dos militares que usam gorro preto e fazem Operações Especiais do Exército Brasileiro (Foto: Exército / Divulgação)

O tenente-coronel Fabrício Moreira de Bastos, um dos réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, afirmou nesta segunda-feira (28) que recebeu ordens do Centro de Inteligência do Exército (CIE) para buscar e encaminhar uma carta que pressionaria o alto comando da Força a aderir à trama golpista. A informação é do Valor Econômico.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o documento era intitulado “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro” e teria sido enviado por Bastos a outros militares das forças especiais, em uma suposta tentativa de conquistar adesão ao plano. O tenente-coronel alega que o objetivo do CIE era “dissuadir os militares de assinar, aderir e publicar o documento”.

O material da carta foi publicado em primeira mão pelo Brasil 247, no blog de Denise Assis.

O caso é parte das investigações do chamado “núcleo três” da tentativa de golpe. A PGR aponta que o conteúdo da carta foi discutido em uma reunião no fim de novembro de 2022, em um salão de festas de um condomínio em Brasília, onde também teriam sido tratadas possíveis ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os militares envolvidos negam a versão e alegam que o encontro foi apenas uma confraternização.

Fonte: Brasil 247 com informações do Valor Econômico


Militar golpista diz que plano para prender Moraes foi feito na inteligência do Exército


O tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, réu pela trama golpista. Foto: reprodução

O tenente-coronel Hélio Ferreira Lima declarou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (28) que o documento “Desenho Op Luneta”, que previa a prisão de ministros da Corte, foi elaborado como parte de exercícios de inteligência da 6ª Divisão do Exército em Porto Alegre. O militar, que atuava como oficial de inteligência, integra o grupo de militares conhecidos como “kids pretos” e é réu no inquérito sobre a trama golpista, afirmou que o material consistia em um estudo hipotético para eventual fraude eleitoral em 2022.

“Se amanhã sair um relatório ou um pronunciamento falando ‘atenção, teve fraude sim’, eu não posso deixar meu comandante ser surpreendido. Eu tenho que ter alguma coisa para que a gente comece a discutir com o Estado-Maior”, explicou Ferreira Lima sobre a finalidade do documento encontrado em pen drive apreendido pela Polícia Federal.

O “Desenho Op Luneta” continha diretrizes como “restabelecer a lei e a ordem por meio da retomada da legalidade” e mencionava especificamente a “neutralização da capacidade de atuação do Min AM”, referência ao ministro Alexandre de Moraes, além de prever prisões de ministros do STF considerados “geradores de instabilidade” e a organização de novas eleições presidenciais.

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: reprodução

O militar contestou a interpretação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que vê no documento evidência de planejamento golpista.

“É um cenário totalmente hipotético. Ele não fala em eliminar ninguém, ele é amparado por normas legais”, argumentou Ferreira Lima, acrescentando que o material precisaria ser validado por um general para se tornar diretriz operacional.

Segundo seu depoimento, o documento foi abandonado após orientação superior. “Eu não estava fazendo nada oculto. Surgiu de uma conversa com meu comandante […] Quando fui apresentar para ele, a prioridade já era outra. Ele mandou eu abandonar isso”, relatou o tenente-coronel, explicando que o foco passou a ser a retirada de manifestantes diante do quartel em Porto Alegre.

A PF identificou troca de mensagens consideradas suspeitas entre ele e Mauro Cid, além de um encontro com o ex-ministro Walter Braga Netto em novembro de 2022, que o militar afirma não ter tido conteúdo golpista.

Nove outros acusados prestaram depoimento ao STF no mesmo dia: os coronéis Bernardo Romão Correa Neto, Fabrício Moreira de Bastos e Márcio Nunes de Resende Júnior; o general da reserva Estevam Theophilo; os tenentes-coronéis Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Júnior e Sérgio Ricardo Cavaliere; e o policial federal Wladimir Matos Soares.

A PGR mantém que o documento revela “planejamento prévio” que antecipava “desde os ataques ao processo eleitoral até a concretização do golpe de Estado”. Já a defesa do militar sustenta que se tratava de exercício profissional previsto em manuais do Exército para análise de cenários extremos.

Fonte: DCM

VÍDEO – “Reclamou muito”: general revela desabafo de Bolsonaro após derrota para Lula


O advogado e o general da reserva Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira. Foto: Divulgação

O general da reserva Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira afirmou, em interrogatório ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (28), que esteve reunido com Jair Bolsonaro em novembro de 2022, poucos dias após a vitória de Lula nas eleições.

Segundo o militar, o ex-presidente fez um desabafo sobre o resultado do pleito, mas a reunião, que seria oficial, a pedido do então comandante do Exército, Freire Gomes, não tratou de qualquer articulação golpista.

“Ele reclamou de problemas no processo eleitoral, reclamou até algumas coisas dele próprio. Ele achava que podia ter agido diferente, que poderia ter minorado a sua veemência em algumas coisas”, relatou Theophilo, que é um dos réus da ação penal que investiga a tentativa de reverter o resultado da eleição de 2022. O general faz parte do chamado “núcleo 3”, que reúne militares investigados por suposta participação na trama.

Ainda de acordo com Theophilo, Bolsonaro demonstrava incômodo com limitações de comunicação durante o processo eleitoral. “Ficava incomodado porque não podia falar nada, não podia transmitir live de não sei onde, dizendo que o outro lado podia”, afirmou.

O general disse que o ex-presidente também refletiu sobre sua atuação no governo, reconhecendo falhas e apontando aspectos que poderia ter melhorado para evitar a derrota nas urnas.

“Então, o que ele desabafou foi isso. E, como eu já falei, no prosseguimento ele também conversou sobre o governo dele: o que tinha feito, o que não tinha feito, o que ele poderia, também dentro desse aspecto, ter melhorado para evitar o resultado que acabou tendo nas eleições. Então foi nesse aspecto esse desabafo — situação, particularmente, durante o processo eleitoral”, finalizou ele.

A Procuradoria-Geral da República sustenta que, no mesmo período, integrantes do núcleo 3 participaram de discussões sobre a redação de uma carta com teor golpista destinada aos comandantes das Forças Armadas.

O documento buscaria apoio das forças militares para invalidar o resultado das eleições. A PGR também acusa o grupo de planejar ações que provocassem comoção social para justificar a adoção de medidas de ruptura institucional.

Estão entre os réus do núcleo 3 os coronéis Bernardo Romão Correa Netto, Fabrício Moreira de Bastos e Márcio Nunes de Resende Júnior; os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Júnior e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros; além do policial federal Wladimir Matos Soares. O general Theophilo é o único da reserva nesse grupo.

O primeiro a prestar depoimento na fase de interrogatórios foi Bernardo Romão Correa Netto. Os demais serão ouvidos por ordem alfabética, todos de forma virtual. Os interrogatórios não presenciais são uma das diferenças em relação ao núcleo 1, formado por ex-assessores diretos de Bolsonaro e militares de alta patente, que compareceram fisicamente ao STF nas semanas anteriores.

Segundo o cronograma do Supremo, todos os réus do núcleo 3 devem estar conectados simultaneamente à sessão virtual. A defesa de cada um poderá acompanhar os depoimentos ao lado de seus clientes, em ambiente reservado, garantindo o direito de intervenção caso necessário.

A investigação conduzida pela PGR e autorizada pelo STF sustenta que os envolvidos se dividiram em núcleos com funções específicas. O núcleo 3, em particular, seria responsável por intermediar ações junto às Forças Armadas e preparar medidas que pudessem viabilizar juridicamente uma ruptura institucional.

Fonte: DCM

Processo da ex-mulher de Rodrigo Constantino para ver o filho expõe o golpista nos EUA


      O blogueiro bolsonarista Rodrigo Constantino

O comentarista bolsonarista Rodrigo Constantino, investigado no STF no inquérito das fake news, golpista foragido nos EUA, usou as redes sociais para tentar se vitimizar diante de uma nova frente de desgaste: um processo movido por sua ex-mulher nos Estados Unidos, em que ela busca retomar o contato com o filho do casal.

A reação veio após a repórter Amanda Audi, da Agência Pública, procurá-lo para apurar a história. Constantino, que trata um câncer e acusa o ministro Alexandre de Moraes de “perseguição política”, tenta transformar uma disputa judicial familiar em mais um episódio de “complô da esquerda” contra ele.

Segundo o próprio, sua ex-companheira teria recorrido à imprensa “porque me odeiam por minha postura política”.

A ex-mulher luta legalmente para rever o filho, de 7 anos, a quem não vê desde 2022. Constantino alega que há uma decisão judicial exigindo acompanhamento psiquiátrico para a retomada do contato, mas omite que a mãe, segundo o processo, não desistiu de ver a criança.

Vale lembrar que Constantino vive nos Estados Unidos e tem usado a distância e os trâmites locais como barreira para blindar a situação no Brasil. No texto publicado, ele não responde diretamente às alegações da mãe da criança, preferindo atacá-la com a exposição de diagnósticos psiquiátricos e reduzindo a disputa à velha retórica de “perseguição ideológica”.

O caso, longe de ser apenas privado, envolve decisões judiciais, impacto emocional sobre uma criança e agora, deliberadamente, uma operação política de autopromoção e desinformação.

Fonte: DCM

Ranking de popularidade tem Lula com maior aprovação; saiba quem é o mais rejeitado

Lula, presidente do Brasil. Foto: Ricardo Stuckert

A postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diante das ameaças comerciais feitas por Donald Trump vem garantindo respaldo da maioria da população brasileira. De acordo com a pesquisa Pulso Brasil/Ipespe, divulgada na última sexta-feira (25), 50% dos entrevistados aprovam o comportamento e as declarações de Lula frente à tentativa de ingerência do estadunidense. A desaprovação ficou em 45%, e 5% não souberam ou não quiseram responder.

No ranking de aprovação de lideranças políticas, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) aparece com 42% de aprovação e 37% de desaprovação. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem 38% de aprovação e 44% de rejeição, um cenário relativamente equilibrado, apesar das críticas frequentes à condução da economia.

Lula respondeu com discursos duros, reafirmando a soberania nacional e prometendo retaliação econômica, como a possível taxação das big techs. Segundo o levantamento, 55% dos brasileiros apoiam essa medida como forma de resposta aos EUA.

Além do respaldo ao presidente, a pesquisa mostra um desgaste crescente da imagem de Donald Trump no Brasil. A desaprovação ao republicano subiu de 55%, em maio, para 61% em julho. Já a aprovação caiu de 39% para 33%. Para 53% dos entrevistados, políticos brasileiros que se aproximarem de Trump terão suas candidaturas à Presidência prejudicadas em 2026.

Jair Bolsonaro aparece com 32% de aprovação e 60% de desaprovação. Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que fugiu para os Estados Unidos em Março, tem uma das piores avaliações: 27% de aprovação e 59% de rejeição, sendo a maior registrada.

Crédito na imagem

Já o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), tem aprovação de 34% e desaprovação de 38%, com 28% dos entrevistados não opinando.

O desempenho de Barroso indica que o STF, apesar das polêmicas envolvendo decisões recentes, ainda conserva um grau de confiança na população. A colocação intermediária do ministro revela que, mesmo diante dos ataques promovidos por setores ligados a Bolsonaro, o Supremo não é percebido de forma unânime negativa.

No Legislativo, os números são mais críticos. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), dividem o posto de líderes mais mal avaliados da pesquisa, com apenas 15% de aprovação cada. Ambos têm 49% de rejeição, enquanto os indecisos ou que não responderam somam 35% e 36%, respectivamente. A alta taxa de desconhecimento ou neutralidade aponta para um distanciamento entre o Congresso e a população.

Outros nomes avaliados incluem o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (32% de aprovação e 46% de rejeição), e o de Minas Gerais, Romeu Zema (28% de aprovação e 42% de rejeição).

Trump ameaçou impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros caso o governo brasileiro não encerrasse o processo judicial contra Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe entre 2022 e 2023.

A pesquisa Pulso Brasil/Ipespe ouviu eleitores em todo o país entre os dias 19 e 21 de julho. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Fonte: DCM

Boulos pede à PF demissão de Eduardo Bolsonaro do quadro da corporação

A iniciativa foi motivada pela atuação recente do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos

Eduardo Bolsonaro (Foto: Reuters)

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) encaminhou uma representação ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, solicitando a demissão de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) do quadro da corporação, informou a Folha de S. Paulo. Atualmente licenciado do mandato parlamentar, Eduardo é servidor concursado da PF, na função de escrivão.

A iniciativa de Boulos foi motivada pela atuação recente do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos, onde vem articulando com membros do governo americano a imposição de sanções contra autoridades brasileiras.

"É fato público e notório que o escrivão de polícia, ora afastado, Eduardo Nantes Bolsonaro, atualmente deputado federal licenciado, encontra-se nos EUA realizando articulações com o governo daquele país para a aplicação de sanções, taxações, penalidades econômicas e atos hostis contra o Brasil e contra autoridades nacionais", diz a representação.

Além disso, o deputado do PSOL ressalta que Eduardo é alvo de um inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR), justamente para apurar sua conduta nesse contexto. Boulos argumenta que, ao se envolver em ações que podem prejudicar o país, o parlamentar teria infringido o regime jurídico dos servidores públicos civis da União. O documento prevê demissão em casos de improbidade administrativa, crime contra a administração, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, ou uso do cargo para obter vantagens pessoais ou para terceiros.

A representação deve ser analisada pela Corregedoria da Polícia Federal, a quem caberá decidir pela abertura ou não de um processo administrativo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Regional de Saúde sedia evento sobre qualidade da água e saneamento rural


A 16ª Regional de Saúde de Apucarana vai sediar na próxima sexta-feira, dia 1º de agosto, um evento com secretários municipais de saúde e técnicos da área, para avaliar e discutir o cenário de vigilância e qualidade da água para consumo humano e saneamento rural. O encontro está programado para sexta-feira (1), das 13h30 às 16hrs, no Auditório Araucárias. 

Além dos secretários estão sendo convidados a participar da discussão e alinhamento de ações voltadas para a proteção e recuperação de minas e saneamento rural, representantes do Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), secretarias municipais da agricultura e do meio ambiente; equipes técnicas da Vigilância Sanitária e da Atenção Primária à Saúde.

O evento terá abertura pelo diretor da Regional de Saúde, Lucas Leugi; e palestras sobre qualidade da água e saneamento rural por André Romagnoli (Sesa) e Claudinei Janjacomo (Sesa); soluções tecnológicas para saneamento rural, por Ilson dos Santos Moreira (IDR); e Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, por Cecília Tomaz de Aquino (SIP/POA/ADAPAR).

Fonte: Assessoria de imprensa 

Emenda parlamentar de Beto Preto garante máquina de grande porte para Apucarana

Fotos/crédito: Alessandro Vieira/Sesa

Em ato realizado na manhã desta segunda-feira (28), foi oficialmente entregue ao Município de Apucarana, uma retroescavadeira de grande porte, no valor de R$820 mil. O equipamento foi viabilizado por meio de  emenda parlamentar de autoria do deputado federal Beto Preto (PSD) – atualmente licenciado e exercendo o cargo de secretário de estado da saúde.

A entrega da retroescavadeira, junto ao prédio da prefeitura, teve a presença do prefeito Rodolfo Mota, do vice-prefeito Marcos da Vila Reis, secretários municipais e vereadores. Ao participar do ato, Beto Preto enalteceu a conduta do prefeito Rodolfo Mota, que mobilizou sua equipe administrativa para resgatar a emenda em favor do município, que havia sido autorizada em 2023. 

“Esse importante equipamento, que será de grande serventia para a conservação dos 600 quilômetros de estradas rurais de Apucarana, não chegou antes por omissão de um ex-gestor. O atual prefeito assumiu o processo, teve boa fé em resolver as pendências e fez a licitação, garantindo a máquina para o município”, citou Beto Preto.

Ele também fez questão de frisar que está à disposição dos municípios e, principalmente, de Apucarana, para trabalhar por mais obras e recursos. “Em breve Apucarana irá receber - a fundo perdido -, mais R$3,6 milhões em máquinas para manutenção de estradas, que serão repassadas pelo Governo Ratinho Junior”, anunciou. 

O prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota, comemorou  o reforço para a patrulha mecanizada rural de Apucarana. "Essa máquina de grande porte vai fazer muita diferença na manutenção das nossas estradas rurais, reduzindo o tempo de execução dos serviços e atendendo mais regiões”, assinalou Mota.

Fonte: Assessoria de imprensa 

VÍDEO – Lula bate de frente com Trump sobre terras raras: “Esse mineral é nosso”


Presidente Lula em discurso no Rio. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (28) a criação de uma comissão especial para mapear os chamados “minerais críticos” no território brasileiro, alvo de interesse dos Estados Unidos de Donald Trump. Durante evento no Rio de Janeiro, o petista estabeleceu que as empresas interessadas na exploração desses recursos deverão solicitar autorização prévia ao governo federal.

“Nós temos que autorizar a empresa a pesquisar sob o nosso controle”, declarou Lula, em referência aos minerais estratégicos como nióbio, lítio, titânio, tântalo e as 17 terras raras, elementos químicos essenciais para tecnologias modernas. “A hora que a gente der autorização para uma empresa e que ela achar, ela não pode ser vendida sem conversar com o governo e muito menos ela vai poder vender a área que tem o minério”.

O anúncio ocorre em um contexto de crescente interesse internacional pelos minerais brasileiros, especialmente dos EUA, que buscam alternativas à dominância chinesa no setor. O presidente revelou ter tomado conhecimento desse interesse por meio da imprensa: “Ora, se eu nem conheço esse mineral, ele já é crítico, eu vou pegar ele para mim. Por que eu vou deixar para outro pegar?”

Lula enfatizou a soberania nacional sobre esses recursos: “Porque aquilo [o minério] é nosso. Aquilo é de uma pessoa chamada ‘povo brasileiro’. E o povo brasileiro tem que ter direito de usufruir dessa riqueza que essas coisas podem produzir. É simples assim”. A comissão terá como principal atribuição fazer “um levantamento de todo tipo de riqueza que o Brasil tem no seu solo e no seu subsolo”.


Os minerais em questão são considerados fundamentais para a chamada “economia do futuro”, sendo insumos essenciais para painéis solares, turbinas eólicas, baterias de veículos elétricos, equipamentos aeroespaciais e aplicações em nanotecnologia. O Brasil detém a segunda maior reserva mundial de terras raras, mas há 11 anos adia a aprovação de uma legislação específica para regular seu aproveitamento.

Durante o evento, que teve como tema central a transição energética, Lula destacou o potencial brasileiro: “Só se fala em transição energética, em energia renovável e sustentável, em etanol, em biodiesel, em hidrogênio verde, em uma série de coisas, e todas essas coisas o Brasil tem de sobra. E aí que o Brasil pode ser o país mais importante nessa questão da transição energética”.

Paralelamente, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deslocou-se para Nova York para participar de discussões na ONU sobre a questão palestina.

A viagem ocorre em meio à estagnação nas negociações sobre as tarifas de 50% impostas pelos EUA aos produtos brasileiros – medida que a Casa Branca condiciona à interrupção do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Lula fez um apelo direto aos Estados Unidos: “Tem divergência? Tem. Você está tendo uma mesa, coloca a divergência do lado e vamos tentar resolver. E não de forma abrupta, individual, tomar a decisão de que vai multar, taxar o Brasil em 50%”. O mandatário ainda brasileiro pediu que Trump “reflita sobre a importância do Brasil” e retome o diálogo bilateral.

Fonte: DCM

ÁUDIOS mostram Bolsonaro irritado com acusações contra ele


O ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Mensagens de áudio, enviadas por Jair Bolsonaro (PL), mostram o ex-presidente irritado com as acusações de desvio de recursos públicos no caso das joias sauditas e por ser rotulado como de “extrema-direita”.

O material, divulgado pelo Estadão, foi enviado pelo ex-chefe de Estado por WhatsApp a aliados. Em um dos áudios, Bolsonaro reage à notícia de que o Ministério Público Federal (MPF) investiga suspeitas de peculato. Na ocasião, ele conversava com Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social, que compartilhou com Bolsonaro um resumo de reportagens publicadas em abril de 2023.

“Ô Fábio, a nota aí né. Indícios de desvio de recurso público. Que que é isso? Onde é que inventou isso pô? Indícios pra me incriminar com peculato? É uma piada realmente. Valeu”, disse.

Em outro momento, Bolsonaro reclamou de ser rotulado como político de “extrema direita” após ser citado em uma reportagem que mencionava um possível encontro com integrantes de um partido português.

“Ô Fábio, tu sabe que… Os caras vão manter isso o tempo todo né, que é só extrema direita. Falou comigo é extrema direita. O Trump também deve ser extrema direita. Tá ok, mas a gente vai vencer isso aí, vai vencer a extrema esquerda, pode deixar. Valeu”, afirmou.

Os áudios também mostram o ex-presidente atuando em disputas internas do Partido Liberal. Em mensagem enviada a Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, Bolsonaro opinou sobre o comando da legenda na Paraíba.

“Ô Valdemar, tá dando atrito forte aí entre o deputado Wellington Roberto e o Cabo Gilberto. Isso aí o que tá acontecendo lá na Paraiba… O pessoal nosso tá fugindo. Então tem que apagar esse incêndio imediatamente. A decisão é tua. Eu vou pelo Wellington Roberto assumir aquele negócio lá, mas a decisão é tua, ok. Valeu”, disse.

Em outra conversa, o ex-ministro Gilson Machado pediu apoio a Bolsonaro para controlar o diretório do partido no Recife.

O ex-presidente respondeu com uma mensagem de incentivo: “Gilson, vamo lá, a batalha se ganha por partes. A legenda é tua lá em Recife, não se discute esse fato, tá ok. É o primeiro passo da vitória pra nós aí. Tá ok. O resto vai trabalhando aí.”

Gilson foi o candidato do PL à prefeitura de Recife em 2024 e perdeu para João Campos (PSB), que foi reeleito.

Fonte: DCM

Ipsos-Ipec: Flamengo tem maior torcida no Sudeste, Nordeste, Centro-oeste e Norte; Grêmio lidera no Sul

Levantamento revela contrastes regionais no futebol brasileiro

(Foto: Gilvan de Souza/CRF/Ag. Brasil )

Uma nova rodada da maior pesquisa já realizada sobre torcidas no Brasil, divulgada por O Globo com dados do instituto Ipsos-Ipec, mostra como o amor pelo futebol varia conforme a geografia. O Flamengo aparece como o clube com maior torcida em quatro das cinco grandes regiões do país — Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste. A exceção está no Sul, onde o Grêmio lidera.

O levantamento foi realizado entre os dias 5 e 9 de junho de 2025 e ouviu 2.000 brasileiros com 16 anos ou mais, em 132 municípios de todas as regiões. A margem de erro geral é de 2,2 pontos percentuais e, em alguns recortes regionais, as variações são maiores por conta do tamanho da amostra.

Os números reforçam a posição do Flamengo como clube de maior alcance nacional. No Centro-Oeste e Norte, analisados em conjunto pela pesquisa para garantir a representatividade estatística, o rubro-negro alcança impressionantes 37,5% da preferência — o maior índice regional de toda a pesquisa. Quando descontados os 34,8% de entrevistados dessas regiões que disseram não torcer para nenhum time, mais da metade dos torcedores com clube declarado é flamenguista.

No Sudeste, tradicional reduto dos clubes paulistas e cariocas, o Flamengo ultrapassou o Corinthians e agora lidera. Enquanto os rubro-negros mantiveram 18,1% da preferência, os corintianos recuaram de 20,7% para 16,8%, saindo da liderança e ficando abaixo da margem de erro.

No Nordeste, o domínio do Flamengo também se confirma, com números superiores à média nacional. O fenômeno dos “mistos” — torcedores que mantêm um time local e outro de fora da região — ajuda a explicar essa popularidade. "No Nordeste, 61% dos torcedores preferem clubes de fora da região, o oposto do que ocorre no Sul", explica o pesquisador Irlan Simões, do Observatório Social do Futebol (Uerj). "Isso surpreende, pois sempre se entendeu que os clubes locais só superam os do eixo Rio-São Paulo nas capitais ou regiões metropolitanas, como em Fortaleza, Recife e Salvador."

A única região em que o Flamengo não reina é o Sul. Lá, 62% dos torcedores apoiam clubes locais, uma realidade oposta à do Nordeste. O Grêmio lidera com 18,8% da preferência, seguido pelo Internacional com 10,8%. Apesar da vantagem numérica do tricolor gaúcho, ambos estão tecnicamente empatados devido à alta margem de erro da amostra regional, de 6%.

Irlan Simões ressalta que o interior do Paraná e de Santa Catarina ainda guarda influência de clubes do Rio e São Paulo, o que pode reduzir a média de torcedores que priorizam os clubes locais no Sul. Ainda assim, o regionalismo é mais forte do que em qualquer outra parte do Brasil.

No agregado das regiões Norte e Centro-Oeste, os cinco clubes com maiores torcidas no Brasil — Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco — representam 90% dos torcedores que indicaram algum time, deixando o futebol local em segundo plano.

Essa concentração de torcedores em clubes do eixo Rio-São Paulo é resultado de fatores históricos, como a maior presença da mídia, transmissões regulares dos jogos nacionais, campanhas de marketing e títulos de expressão internacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lindbergh: sob Bolsonaro, a fila do osso. Sob Lula, Brasil sai novamente do Mapa da Fome

Líder do PT na Câmara afirma que saída do país do Mapa da Fome reflete reconstrução do Estado e condena legado de miséria deixado por Bolsonaro

Lindbergh Farias | Lula (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Ricardo Stuckert/PR)

O anúncio de que o Brasil voltou a sair do Mapa da Fome da ONU gerou forte repercussão entre lideranças políticas nesta segunda-feira (28). Um dos primeiros a se manifestar foi o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara dos Deputados. Em publicação nas redes sociais, Lindbergh comparou os resultados dos governos Lula (PT) e Bolsonaro (PL) e afirmou que o país viveu sua “maior vergonha humanitária” recente sob a gestão anterior.

“Sob a gestão de Jair Bolsonaro, o Brasil viveu uma tragédia social. Milhões foram lançados de volta à miséria, o país voltou ao Mapa da Fome e cenas brutais como a fila do osso escancararam o abandono de um governo que negava a fome enquanto o povo disputava restos para sobreviver”, escreveu o parlamentar. “Foi a maior vergonha humanitária da nossa história recente”.

A saída do Brasil do Mapa da Fome foi oficializada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), com base na média trienal entre 2022 e 2024, que colocou o país abaixo do limite de 2,5% da população em situação de subnutrição. O marco representa o retorno do país a um patamar de segurança alimentar após o retrocesso iniciado em 2018 e agravado nos anos seguintes.

Para Lindbergh, o feito não é apenas simbólico, mas comprova a eficácia das políticas sociais implementadas desde o início do governo Lula 3. “Hoje, sob o governo Lula 3, o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome. O número de brasileiros em risco de subnutrição caiu de forma expressiva e quase 1 milhão de famílias superaram a linha da pobreza e deixaram o Bolsa Família. É a força de um Estado que volta a cuidar de seu povo”, destacou.

O líder petista também defendeu o papel estruturante do Bolsa Família e rebateu críticas que associam o programa à dependência estatal. “O Bolsa Família não é esmola nem dependência, é investimento na nossa maior riqueza: o povo brasileiro. O programa assegura dignidade, saúde, educação e cria condições para que cada família possa caminhar em busca da felicidade”, afirmou. “É um sistema de promoção das potencialidades humanas e os resultados estão aí para provar”.

Fonte: Brasil 247

Lula pede negociação 'civilizada' a Trump e critica traição do clã Bolsonaro: 'falta de vergonha, de caráter e de patriotismo'

Presidente condena duramente sabotagem do clã Bolsonaro à economia: ‘o cara fazia campanha embrulhado na bandeira nacional’

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Durante discurso nesta segunda-feira (28), na inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas a Jair Bolsonaro (PL) e a seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por atuarem para prejudicar a economia brasileira com apoio do governo norte-americano. Segundo Lula, a ação do parlamentar nos Estados Unidos, ao pedir sanções contra o Brasil para tentar livrar Bolsonaro de condenações, configura uma “traição ao povo brasileiro”.

“O que fez o filho do ‘coisa’? O filho do ‘coisa’, que é deputado federal, de forma sem vergonha, deixou a Câmara dos Deputados e foi para os Estados Unidos pedir para o Trump fazer uma taxação no Brasil para não deixar o pai dele ir preso. Vocês acham que é correto?”, questionou o presidente. Lula comparou a atitude a episódios históricos de traição, mencionando Silvério dos Reis, delator de Tiradentes no período colonial.

Lula destacou que o Brasil mantém há mais de dois séculos uma relação diplomática sólida com os Estados Unidos e afirmou esperar que o presidente norte-americano Donald Trump atue com maturidade diante das pressões bolsonaristas. “Espero que o presidente dos Estados Unidos reflita sobre a importância do Brasil e resolva fazer aquilo que no mundo civilizado a gente faz: tem divergência? Tem. Senta em uma mesa, coloca a divergência de lado e vamos tentar resolver”, declarou.

O presidente criticou com veemência qualquer medida unilateral de retaliação econômica, como a possível imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Para Lula, a tentativa de interferência externa patrocinada por aliados de Bolsonaro revela profundo desrespeito à soberania nacional. “É o filho do ‘coisa’ e o ‘coisa’ que estão pedindo para fazer. Ou seja, o cara que fazia campanha embrulhado na bandeira nacional, ‘Brasil acima de tudo’, e agora ‘Brasil acima de tudo, mas primeiro os Estados Unidos’. É uma falta de vergonha, de caráter, de patriotismo”, disparou.

Lula também aproveitou o discurso para reforçar que seu governo está comprometido com o diálogo e a ampliação de parcerias comerciais ao redor do mundo. Ele afirmou que, desde o início de seu mandato, o Brasil conseguiu abrir 398 novos mercados para produtos nacionais, ampliando a presença internacional da economia brasileira.

“Tenho dito o seguinte: com muita tranquilidade, o Brasil quer negociar. Não temos contencioso com ninguém. A gente quer negociar, a gente quer fazer comércio”, afirmou, em contraste com a postura beligerante e personalista da extrema-direita.

Fonte: Brasil 247

Eduardo Bolsonaro sabota comitiva de parlamentares brasileiros nos EUA

Deputado do PL ataca missão oficial e ironiza agenda de senadores que tentam reverter tarifaço de Trump contra exportações brasileiras

       Deputado Eduardo Bolsonaro - 24/02/2024 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) segue agindo contra os interesses diplomáticos do Brasil nos Estados Unidos. Em publicação feita nesta segunda-feira (28) nas redes sociais, o filho de Jair Bolsonaro (PL) ironizou a missão oficial de senadores brasileiros em Washington e minimizou a agenda do grupo, que tenta evitar a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos nacionais exportados aos EUA.

A comitiva, liderada pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), conta com oito parlamentares de diferentes partidos, incluindo dois ex-ministros do governo Bolsonaro: Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP). O objetivo é pressionar autoridades e empresários norte-americanos para suspender ou adiar o chamado “tarifaço” anunciado pelo presidente Donald Trump, que entra em vigor em 1º de agosto.

A investida de Eduardo Bolsonaro deixa explícita a tentativa de deslegitimar a ação. “Eles terão agenda com a embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Cecília Viotti, aquela que não é recebida nem pela Casa Branca e nem no State Department – ainda mais depois do pity [sic] que deu por lá reclamando da visita de David Gamble Jr. ao Brasil”, escreveu, fazendo referência à embaixadora brasileira em Washington.

Na mesma postagem, Eduardo também ironizou outro compromisso dos senadores: “imprensa noticia também visita à Câmara de Comércio Brasil-EUA, uma entidade privada, não governamental”. E completou, em tom de deboche: “se seguirem assim, em frequentes agendas nos EUA, talvez, daqui a alguns anos, tenham de fato um acesso substancial por lá. Mas será um início bem difícil por começarem trabalhando contra uma pauta de Donald Trump ainda em início de mandato e com maioria na Câmara e Senado. Boa sorte!”.

Pressão empresarial é aposta contra tarifas

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanha de perto os desdobramentos da missão e vê nela uma tentativa de sensibilizar o setor privado dos EUA para pressionar Donald Trump a recuar da medida. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que também integra a comitiva, admitiu as dificuldades: “expectativa positiva, apesar da dificuldade”.

Questionado sobre a chance de adiar o início da cobrança das tarifas, Wagner foi direto: “eu acho que não [é possível adiar]. O que a gente está fazendo é a diplomacia parlamentar. É preciso que os governos se entendam. A gente está aqui para contribuir”.

A agenda da missão inclui conversas com a embaixadora Maria Cecília Viotti, com representantes do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), empresários na Câmara de Comércio e, posteriormente, no Council of the Americas, em Nova York. Para terça-feira (29), estão previstos encontros com seis senadores norte-americanos – tanto democratas quanto republicanos –, mas os nomes foram mantidos sob sigilo como estratégia para evitar interferências, como as promovidas por Eduardo Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo