segunda-feira, 28 de julho de 2025

De novo? Michelle não participará de ato pró-Bolsonaro na Paulista

 

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo. Foto: Reprodução


Organizadores do ato pró-Jair Bolsonaro, marcado para o dia 3 de agosto na Avenida Paulista, em São Paulo, foram informados de que Michelle Bolsonaro não participará do evento, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Segundo assessores, a ex-primeira-dama já tem compromissos firmados com o PL Mulher no Pará e não costuma alterar sua agenda. A previsão é que ela participe de algum ato no estado ou, caso retorne a tempo, em Brasília.

Jair Bolsonaro também não irá à manifestação, pois está proibido de sair de casa aos fins de semana por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O PL está organizando uma série de manifestações em apoio ao ex-presidente em diversas cidades brasileiras. A mobilização, segundo eles, ocorre em um momento de “adaptação estratégica”, considerando as medidas cautelares que restringem a movimentação de Bolsonaro.

Bolsonaro mostra a tornozeleira eletrônica na Câmara dos Deputados. Foto: Reprodução

Essa não será a primeira vez que Michelle Bolsonaro se ausenta de um ato na Avenida Paulista. Ela também não participou da manifestação de junho em apoio ao marido.

Com cerca de 12 mil pessoas, segundo dados da USP, a manifestação teve adesão menor do que a registrada em abril, também na Paulista. A expectativa era de que o evento servisse como demonstração de força política de Bolsonaro, que enfrenta crescente pressão judicial. Mas nem a mulher do ex-capitão esteve presente.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Mesmo foragido nos EUA, Eduardo Bolsonaro mantém 8 funcionários na Câmara


O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

Mesmo estando foragido nos EUA, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) mantém oito funcionários ativos na Câmara dos Deputados. A folha salarial do grupo custa R$ 132,4 mil por mês aos cofres públicos, conforme informações da coluna de Guilherme Amado, do PlatôBR.

O número de servidores foi reduzido em março, quando o filho do inelegível exonerou sete pessoas de seu gabinete, um dia antes de anunciar que tiraria licença e ficaria nos Estados Unidos.

A licença chegou ao fim no último domingo (20). Com o encerramento do recesso parlamentar, o “03” de Jair Bolsonaro (PL) começa agora a acumular faltas em sessões legislativas, o que pode levar à perda do mandato.

Nos bastidores, o PL estuda alternativas para evitar a perda do mandato de Eduardo. Uma das possibilidades é sua nomeação para algum cargo em uma secretaria estadual.

Outras soluções cogitadas incluem a apresentação de um novo atestado médico para justificar as faltas, a tentativa de exercer o mandato de forma remota e até a mudança no Regimento Interno da Câmara para ampliar o tempo permitido de licença parlamentar.

Eduardo permanece nos Estados Unidos, onde atua para que o governo de Donald Trump aumente as sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), numa tentativa de pressionar pela suspensão dos processos que atingem seu pai, Jair Bolsonaro.

O parlamentar, porém, é alvo de investigação no STF por coação no curso do processo, obstrução de justiça e atentado à soberania nacional.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado de Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Fonte: DCM

Motociata em SC termina com mais de 200 multas e revolta bolsonaristas

Júlia Zanatta revoltada após motociata religiosa terminar com mais de 200 multas aplicadas pela PM em Santa Catarina – Foto: Reprodução

O que seria uma celebração religiosa pelo Dia do Motorista e de São Cristóvão, em Indaial (SC), acabou provocando polêmica no Vale do Itajaí. Realizada no domingo (27), a motociata terminou com mais de 200 multas aplicadas pela Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), gerando forte repercussão entre bolsonaristas nas redes sociais — incluindo críticas da deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC).

Segundo o 32º Batalhão da PM, as autuações incluíram escapamentos irregulares, ausência de capacete, uso indevido da buzina — e até o buzinaço feito por caminhoneiros que participavam da carreata. A corporação afirmou que todas as infrações foram registradas conforme a legislação de trânsito, independentemente do caráter simbólico ou religioso do evento.

Parte da população elogiou a atuação da PM, citando o barulho logo cedo, num domingo. Mas apoiadores de Bolsonaro reagiram com veemência, querendo atropelar a lei.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Zanatta berra, criticando o fato de a polícia ter “aberto” a motociata e depois aplicado as multas. “Parece até que a intenção era arrecadar. Um PM aparece num vídeo se gabando das multas, isso é um absurdo”, afirmou. Zanatta também acusou o batalhão de censura, dizendo que críticas estavam sendo apagadas da página oficial: “A página é pública, vocês têm que aguentar o povo. É o povo que paga vocês.”



As críticas ganharam ainda mais força após o desabafo de um caminhoneiro bolsonarista que viralizou nas redes. Em vídeo, ele se identifica como motorista, armamentista e apoiador da Polícia Militar, mas diz estar revoltado com as multas, especialmente contra os caminhoneiros que buzinaram em homenagem a São Cristóvão.

“Vizinho reclamando de buzina em carreata religiosa? Vai se f…, né? Moro na beira da praia e aguento 90 dias de Carreta Furacão com música podre no verão. Aí uma carreata cristã de uma hora e meia incomoda?”, afirmou.

O caminhoneiro também atacou o que considera “dois pesos e duas medidas”: “Carro de som na eleição pode, festa de futebol pode, carreta com funk pode. Mas quando é o motorista, quando é a gente, é dedo no c… e multa.” E concluiu: “Depois vêm dizer que caminhoneiro tem que parar o país de novo. Eu quero mais é que se ferre quem reclama. A gente só toma no rabo.”

Diante da repercussão, o perfil oficial da PMSC respondeu diversas vezes nas redes. Questionada sobre a Carreta Furacão, a PM respondeu de forma lacônica: “Algumas”, referindo-se às multas.

Entre os comentários públicos, parte dos seguidores defendeu a ação: “Cumpriram a lei. Religião não é desculpa para escapamento estourado.” Já bolsonaristas acusaram a PM de arbitrariedade e apontaram suposto tratamento diferente em eventos como a Oktoberfest e festivais na Vila Germânica: “Com 18 dias de barulho na Oktober, ninguém aparece com bloco de multa. Mas quando é carreata cristã, a polícia aparece na hora”, criticou uma seguidora.

A PMSC afirmou que o objetivo da operação foi garantir a ordem pública, o respeito ao sossego e a integridade dos participantes. Reforçou que nenhum evento está isento de fiscalização, mesmo que religioso.

Fonte: DCM

Deputado bolsonarista pede intervenção americana no RJ; entenda


Carlos Jordy durante entrevista ao programa Arena Oeste, da Revista Oeste, exibido no YouTube na última quinta-feira (24) – Foto: Reprodução

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) defendeu que os Estados Unidos intervenham diretamente no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Arena Oeste, da Revista Oeste, exibido no YouTube na última quinta-feira (24).

“Acredito que essa ajuda possa ser inclusive internacional. O governador Claudio Castro entrou em contato com os EUA pra que o Comando Vermelho, por exemplo, fosse declarado como um grupo terrorista”, disse o jornalista Anderson Scardoelli, em colocação que recebeu a concordância do parlamentar bolsonarista.

“É, na verdade o Claudio Castro quis fazer uma ‘ceninha’ pra ele ficar bem, para mostrar que estava fazendo alguma coisa contra as facções no nosso país. Mas, de fato, nós temos que criminalizar as facções como terroristas. É algo interessante, é uma saída que deveria ser levada em consideração”, declarou Jordy.

O jornalista Silvio Navarro mencionou o apoio que os Estados Unidos ofereceram ao governo colombiano contra cartéis no passado, e comparou a situação com a do Rio. “O Castro no Rio de Janeiro, enfim, não tá muito longe dos cartéis, apesar do crime organizado ser muito mais violento”, disse ele. Jordy não contestou e demonstrou concordância com a comparação.


O Carlos Jordy estava em um portal de notícias de extrema direita debatendo A INTERVENÇÃO DOS EUA NO RIO DE JANEIRO, com a desculpa de combater o crime organizado. Esses traidores da pátria querem, a qualquer custo, entregar o nosso país ao Donald Trump. pic.twitter.com/qqOIGgpKZ9

Fonte: DCM com informações da Revista Oeste

Hacker de Araraquara quer lançar empresa de ‘bet’ com Robinho


      O hacker Walter Delgatti Netto e o ex-jogador Robinho. Foto: Reprodução

O hacker Walter Delgatti Netto e o ex-jogador Robinho, presos na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, planejam lançar juntos uma plataforma de apostas esportivas, conforme informações da coluna True Crime, do Globo.

A ideia foi revelada por Delgatti, que cumpre pena de 8 anos e 3 meses por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), após condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o hacker, a proposta partiu de Robinho, condenado a 9 anos por estupro na Itália. A empresa de apostas seria aberta quando ambos deixassem o presídio, em eventual progressão de regime. A aposta seria unir a fama do ex-jogador à experiência de Delgatti com tecnologia.

A parceria tem sido mencionada pelo hacker em conversas com seu advogado, Ariovaldo Moreira, e com funcionários da prisão. Embora estejam em celas separadas, os dois se encontram com frequência durante o banho de sol.

Delgatti foi preso após forjar um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a mando da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), também condenada no caso e atualmente foragida na Itália.

Quem é Walter Delgatti, o hacker que liga Bolsonaro e Zambelli a tentativa de atacar processo eleitoral - Brasil de Fato
O hacker Walter Delgatti Netto e a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). Foto: Reprodução
Já Robinho aguarda a decisão sobre o regime semiaberto, mas enfrenta entraves judiciais. Seus recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com os quais tentava anular a pena da Justiça italiana, também já foram rejeitados.

O ex-jogador tem recebido visitas frequentes da esposa e dos três filhos. Funcionários da prisão relatam que Robinho apresenta sinais de instabilidade emocional. Ele abandonou as partidas de futebol no presídio e só demonstra entusiasmo nas visitas do filho mais velho, Robson Júnior, de 17 anos, que estreou recentemente no time profissional do Santos.

Fonte: DCM

Ciclone avança pelo Sul e Sudeste; São Paulo pode ter ventos de até 100 km/h


Céu carregado sobre a cidade de São Paulo – Foto: Reproduçã

A formação de um ciclone extratropical deve atingir as regiões Sul e Sudeste do Brasil nesta segunda-feira (28), com possibilidade de ventos fortes em diversos estados. A MetSul Meteorologia alerta que, na capital paulista e região metropolitana, as rajadas podem variar entre 70 km/h e 80 km/h, com picos isolados de até 100 km/h, especialmente no litoral.

O fenômeno começou a se formar no domingo (27), a partir de um centro de baixa pressão sobre o Rio Grande do Sul, que provocou chuvas na região. Com a baixa pressão avançando em direção ao oceano, o ciclone ganha força e influencia áreas como o litoral de São Paulo, leste de Santa Catarina e partes do Paraná.

A Defesa Civil de São Paulo emitiu alerta para diversas regiões, incluindo o Vale do Ribeira, Itapeva, Sorocaba, Campinas, capital e litoral. A recomendação é que a população evite áreas abertas, busque abrigo seguro e acompanhe os comunicados oficiais.

Alerta da Defesa Civil de São Paulo para ventos fortes em diversas regiões do estado nesta segunda-feira (28) – Foto: Reprodução

A Marinha do Brasil também já havia se antecipado no sábado (26), emitindo um aviso de ventania válido para esta segunda-feira. O alerta cobre o trecho entre Florianópolis (SC) e São João da Barra (RJ), com expectativa de ventos de até 75 km/h.

O ciclone deve impactar especialmente o Sul do país, com o Rio Grande do Sul sendo o estado mais afetado pelas rajadas mais intensas. Além dos ventos, há risco de queda de árvores, placas, destelhamentos e interrupção no fornecimento de energia elétrica.

Fonte: DCM

Registro aponta fraude no sistema da PM de SP para apagar vídeos de câmeras corporais

Uma major da alta cúpula da PM paulista teria fraudado o sistema

Exemplo de uma das câmeras corporais que podem ser implementadas ao uniforme de policiais na Bahia (Foto: Divulgação / Governo da Bahia)

Documentos internos da Polícia Militar de São Paulo, obtidos pelo Metrópoles, revelam indícios de um esquema de manipulação e exclusão de imagens captadas por câmeras corporais de policiais durante ações em campo. De acordo com registros da plataforma Evidence, utilizada pela corporação para armazenar os vídeos, uma major da alta cúpula da PM paulista teria fraudado o sistema para apagar a gravação de uma operação que terminou em morte, em março de 2024, em Santos, no litoral paulista.

A denúncia envolve a major Adriana Leandro de Araújo, que, segundo os registros, usou um usuário genérico chamado “Usuário de Operações”, vinculado a um e-mail com domínio externo (“gmail”), para alterar informações do vídeo, mudar sua autoria e data, e, por fim, deletá-lo. A gravação, feita pela câmera corporal do soldado Thiago da Costa Rodrigues, registrava a ação em que Joselito dos Santos Vieira, de 47 anos, foi morto com ao menos 12 disparos, conforme laudo do Instituto Médico Legal (IML). A versão oficial alegava confronto armado, mas familiares da vítima negam que ele estivesse com arma de fogo.

O caso foi arquivado em junho de 2025. A plataforma Evidence mostra que o vídeo foi inserido no sistema às 5h17 de 10 de março de 2024, um dia após a operação. No entanto, em 18 de março, às 16h28, a major Adriana acessou o arquivo, alterou o nome do policial associado à gravação e o substituiu pelo perfil genérico. Pouco depois, às 17h01, ela alterou a data da ocorrência para 5 de janeiro e reclassificou o tipo de caso para “Z-13”, sigla normalmente usada para registros de brigas menores. No dia seguinte, às 12h43, ela excluiu o vídeo.Essas alterações constam de uma auditoria da empresa Axon, fornecedora do sistema, datada de 26 de abril de 2024. Segundo especialistas, as fragilidades da plataforma permitem que policiais com acesso modifiquem dados e apaguem arquivos livremente.“O sistema tem inúmeras vulnerabilidades. É totalmente passível de fraude”, afirmou ao Metrópoles o ex-policial e perito digital Bruno Dias, que participou da implementação das câmeras no estado. “Existe uma permissão chamada ‘alterar a permissão’.

Um policial pode alterar a própria permissão, se colocar como administrador e fazer o que quiser no sistema”, explicou.Além de permitir a exclusão de vídeos, o sistema também permite que se modifique datas, horários e autores das gravações, o que compromete a confiabilidade das imagens como provas judiciais. “Você pode apagar vídeos avulsos, apagar em massa. Você pode também alterar data e hora do fato. Isso é gravíssimo. Compromete a legitimidade dos vídeos enquanto provas”, alertou Dias.A SSP informou que a denúncia está sendo apurada em sindicância interna e que “condutas incompatíveis com os princípios da instituição não serão toleradas”. Em nota, destacou: “Caso seja confirmada qualquer irregularidade, as medidas cabíveis serão adotadas para garantir a responsabilização dos envolvidos”.A operação que resultou na morte de Joselito ocorreu durante a “Operação Verão” no Morro do José Menino.

Segundo a PM, as equipes foram mobilizadas após um policial ter sido baleado na região. A viatura onde Joselito foi morto transportava quatro policiais, entre eles a subtenente Regiane Ribeiro de Souza, o soldado Bruno Pereira dos Santos e o cabo Felipe Alvaram Pinto — todos mencionados no inquérito militar por terem efetuado disparos.Para o perito forense Sergio Hernandez, o sistema da Axon falha no principal aspecto técnico: a cadeia de custódia da evidência digital. “O sistema Axon apresenta custódia, mas não apresenta cadeia de custódia”, afirmou. Segundo ele, o código hash — espécie de “impressão digital” que garante a integridade do vídeo — só é aplicado após o upload no sistema, permitindo alterações prévias sem deixar rastros. “A partir do momento que um sistema é aberto para que algum operador tenha permissão para editar ou excluir essas evidências, é um sistema que não apresentaria confiabilidade.”

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gleisi: ‘estamos dispostos a negociar com os EUA, mas não recuaremos na defesa da soberania’

Ministra reafirma disposição do governo Lula para dialogar, mas avisa: soberania, democracia e independência são inegociáveis

Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou nesta segunda-feira (28) que o governo Lula (PT) está disposto a negociar as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos, que entram em vigor na próxima sexta (1º). Em entrevista à CNN Brasil, Gleisi confirmou que o país está aberto ao diálogo, mas não vai recuar na defesa da soberania nacional após os ataques feitos por Donald Trump à instituições brasileiras.

“Estamos dispostos a negociar comercialmente, mas não recuaremos na defesa da nossa soberania, da nossa democracia e na independência dos poderes”, afirmou. A ministra disse ainda que o posicionamento do presidente Lula é de manter uma atuação “com firmeza e sobriedade” e que o governo aguarda com cautela os desdobramentos nos próximos dias.

O chanceler Mauro Vieira viajou aos Estados Unidos para tratar do assunto e se colocou à disposição do governo de Donald Trump para buscar alternativas à taxação de produtos brasileiros. O presidente americano condicionou as tarifas a um recuo nas investigações contra Jair Bolsonaro (PL), prestes a ser condenado por liderar uma tentativa de golpe no Brasil.

No fim de semana, o presidente Donald Trump anunciou um acerto comercial com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O acordo reduziu a tarifa geral aplicada a produtos europeus de 30% para 15%. Em troca, o bloco europeu se comprometeu a comprar US$ 750 bilhões em energia dos EUA e a investir US$ 600 bilhões adicionais em equipamentos militares americanos. Apesar de beneficiar os produtos europeus, o pacto pode afetar a competitividade da União Europeia e atingir setores que hoje têm tarifa zero de importação.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Mauro Vieira chega aos EUA em semana decisiva para o 'tarifaço' de Trump contra o Brasil

Chanceler brasileiro viaja para agendas da ONU e pode ir a Washington se Casa Branca sinalizar disposição para negociar

     Mauro Vieira (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em uma semana crucial para a diplomacia brasileira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, desembarcou neste domingo (27) nos Estados Unidos. De acordo com apuração da TV Globo/GloboNews, embora a agenda oficial se concentre em reuniões na sede da ONU, em Nova York, o chanceler deixou em aberto a possibilidade de seguir para Washington caso o governo norte-americano demonstre interesse em dialogar sobre as tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump, informa o g1.

Trump anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, foi justificada como retaliação ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro é réu em uma ação penal que investiga sua tentativa de golpe de Estado em 2022. Trump, seu aliado político, classificou o processo como uma “caça às bruxas”, declaração que provocou reação de senadores democratas, que o acusaram de "abuso de poder" por tentar interferir nos assuntos internos da Justiça brasileira.

Diálogo condicionado a gesto da Casa Branca - Mauro Vieira indicou que sua ida aos Estados Unidos representa um gesto de disposição para o diálogo, mas condicionou qualquer deslocamento à capital americana à existência de um sinal claro da administração Trump. Caso não haja resposta até terça-feira (29), o chanceler deve retornar ao Brasil já na quarta (30), encerrando sua participação nas discussões sobre a Palestina, tema da pauta oficial na ONU.

As reuniões em Nova York acontecem entre segunda e terça-feira e envolvem lideranças internacionais engajadas na busca por uma solução diplomática para o conflito no Oriente Médio.

Senado mobilizado em Washington - Enquanto Vieira atua em Nova York, uma comitiva formada por oito senadores brasileiros já está em Washington para pressionar contra o “tarifaço”. O grupo deve permanecer na cidade até pelo menos quarta-feira (30) e tem uma agenda que inclui encontros com parlamentares norte-americanos, representantes do setor privado e organizações da sociedade civil.

Participam da missão:

Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado;
● Tereza Cristina (PP-MS), vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores;
● Jacques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;
Marcos Pontes (PL-SP), vice-presidente do grupo parlamentar Brasil-EUA;
● Rogério Carvalho (PT-SE);
● Carlos Viana (Podemos-MG);
● Fernando Farias (MDB-AL);
● Esperidião Amin (PP-SC).

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Brasil busca diálogo com EUA sobre tarifas, sem ‘contaminação política ou ideológica’, diz ministério comandado por Alckmin

Vice-presidente Alckmin busca negociações para reverter aumento de 50% em taxas sobre produtos brasileiros, anunciado por Donald Trump

    Vice-presidente Geraldo Alckmin 14/07/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O governo brasileiro afirmou, por meio de nota divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) neste domingo (27), que mantém o diálogo com os Estados Unidos sobre as novas tarifas impostas aos produtos nacionais, mas ressalta que as negociações não têm "qualquer contaminação política ou ideológica", informa reportagem do Metrópoles.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda o MDIC, tem conduzido as tratativas com os norte-americanos desde abril, quando a proposta inicial era uma tarifa de 10%. No entanto, a situação se agravou no início de julho, com a elevação abrupta do percentual. "Desde o anúncio das medidas unilaterais feito pelo governo norte-americano, o governo brasileiro, por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem buscando negociação com base em diálogo, sem qualquer contaminação política ou ideológica", destacou a pasta em comunicado.

Soberania e reciprocidade

Lula tem defendido publicamente a soberania do Brasil e criticado a interferência de outros países em assuntos internos. O presidente adiantou que, se as tarifas não forem revistas, o Planalto recorrerá à Lei da Reciprocidade Econômica, que permite ao país adotar medidas comerciais em resposta a ações unilaterais de nações estrangeiras. "Reiteramos que a soberania do Brasil e o estado democrático de direito são inegociáveis. No entanto, o governo brasileiro continua e seguirá aberto ao debate das questões comerciais", reforçou o MDIC.

Apesar dos esforços, Alckmin enfrenta obstáculos nas negociações. Até o momento, não houve avanços concretos para adiar ou reduzir as tarifas. O governo brasileiro, contudo, enfatiza a importância da relação bilateral, que completa 200 anos. "Esse histórico deve ser preservado", pontuou a nota.

Enquanto as tratativas seguem, setores empresariais e econômicos monitoram com preocupação os desdobramentos, temendo impactos no comércio exterior. A Câmara de Comércio dos EUA já havia alertado que a medida pode criar um precedente negativo para as relações entre os dois países.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Pressão de Trump não conseguirá salvar Bolsonaro, aponta pesquisa Quaest

Maioria dos brasileiros acredita que tentativa do presidente dos EUA de intervir na política brasileira para reverter inelegibilidade será inócua

Jair Messias Bolsonaro em julgamento da denúncia do núcleo 1 da trama golpista. (Foto: Antonio Augusto/STF)

A maioria dos brasileiros não acredita que a pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será suficiente para reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL). É o que revela a nova pesquisa Genial/Quaest divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Segundo o levantamento, realizado entre os dias 10 e 13 de julho com 2.004 entrevistados, 59% dos brasileiros consideram improvável que Trump consiga interferir no processo que retirou Bolsonaro da disputa eleitoral. Apenas 31% acreditam que essa reversão poderia ocorrer.

Mesmo entre os apoiadores do ex-presidente brasileiro, a desconfiança é expressiva: 45% dos eleitores de Bolsonaro afirmam não acreditar que Trump será capaz de tirá-lo da inelegibilidade. Entre os eleitores do presidente Lula (PT), o índice é ainda mais alto — 69% avaliam que a interferência do norte-americano não surtirá efeito.

A descrença generalizada ocorre apesar dos recentes movimentos de Donald Trump em defesa de Bolsonaro. No dia 9 de julho, o presidente dos EUA enviou uma carta oficial ao presidente Lula ameaçando aplicar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos. Na mesma correspondência, Trump alegava que Bolsonaro estava sendo vítima de perseguição política, justificando a adoção de retaliações comerciais.

Em declarações subsequentes à imprensa, Trump intensificou o tom, classificando o processo contra Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal como uma "caça às bruxas". Ele chegou a enviar uma nova carta ao ex-presidente brasileiro pedindo que os procedimentos judiciais fossem interrompidos "imediatamente".

Apesar das tentativas do republicano de usar sua posição internacional para pressionar as instituições brasileiras, a percepção majoritária no país é de que Bolsonaro permanecerá inelegível — e que nem mesmo a interferência do presidente dos Estados Unidos conseguirá alterar essa realidade.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Grupo que planejou matar Lula e Alckmin depõe no STF nesta segunda (28)

Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes, os “kids pretos”. Foto: Reprodução


O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (28) os interrogatórios de dez réus acusados de integrar um dos núcleos centrais da trama golpista contra o Estado Democrático de Direito. O grupo é composto por nove militares das forças especiais do Exército, conhecidas como “kids pretos”, e um agente da Polícia Federal.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o grupo planejou ações coercitivas e violentas, incluindo um plano chamado “Punhal Verde e Amarelo” para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice, Geraldo Alckmin, antes da posse, marcada para dezembro de 2022.

Os nomes dos réus incluem o general Estevam Gaspar de Oliveira, além de outros oficiais de alta patente. Eles fazem parte do chamado núcleo 3 da investigação e são acusados de tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, articular um golpe de Estado, integrar organização criminosa, além de praticar dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão.

A fase de instrução processual avançou com os depoimentos de testemunhas na semana passada, e agora se concentra na oitiva dos réus.

Kids pretos. Foto: Divulgação/Exército Brasileiro

Com o término dos interrogatórios, o ministro Alexandre de Moraes abrirá prazo de cinco dias para novas diligências. Em seguida, terá início a fase das alegações finais, momento em que Ministério Público e defesas apresentarão os últimos argumentos antes da decisão da Primeira Turma do STF. Essa etapa será determinante para estabelecer as condenações e penas de cada réu, que ainda poderão recorrer dentro do próprio Supremo.

Os dez réus que integram o núcleo militar da trama golpista são investigados por planejar ataques diretos ao Estado Democrático de Direito.

O grupo é formado por militares da ativa e da reserva do Exército — conhecidos como “kids pretos”, pertencentes às forças especiais — e por um agente da Polícia Federal. São eles: general Estevam Gaspar de Oliveira; coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto, Fabrício Moreira de Bastos e Marcio Nunes de Resende Júnior; tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Sérgio Cavaliere de Medeiros e Ronald Ferreira de Araújo Júnior; além do agente federal Wladimir Matos Soares.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo elaborou o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin em 15 de dezembro de 2022, dias antes da posse dos eleitos.

Fonte: DCM

domingo, 27 de julho de 2025

VÍDEO – Eduardo diz que brasileiros têm de “agradecer a Deus” pela atenção de Trump


Eduardo Bolsonaro em vídeo defendendo Trump. Foto: reprodução

O deputado federal entreguista Eduardo Bolsonaro (PL-SP) passou mais um recibo de subserviência aos Estados Unidos neste domingo (27), ao defender as sanções comerciais impostas por Donald Trump contra o Brasil. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar afirmou que “nós temos que entender que estamos em um momento crucial em que ‘graças a Deus’ o presidente da maior potência econômica e bélica do mundo está tendo atenção com o nosso país”.

As declarações ocorreram enquanto ele atacava também o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que se disse preocupado com os impactos econômicos das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros anunciadas pelo governo estadunidense. Durante evento promovido pela XP Investimentos, Tarcísio alertou que as medidas podem causar queda de 0,3% a 2,7% no PIB paulista e eliminar entre 44 mil e 120 mil empregos no estado.

Em sua publicação, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde março, não citou diretamente o governador, mas fez clara referência às suas declarações: “Desconfie de quem se mostra preocupado com a Tarifa-Moraes e não fala dos presos políticos ou crise institucional, ignorando a carta do Trump que é expressa na solução do problema”.

Tarcísio havia destacado que os setores do agronegócio seriam os mais prejudicados pelas tarifas, especialmente produtores de café, suco de laranja e frutas. O governador defendeu uma postura unificada para enfrentar a crise: “Se a gente não colocar a bola no chão, agir como adultos e não resolver o problema, quem vai perder é o Brasil”.

Esta não é a primeira vez que Eduardo Bolsonaro critica o governador paulista. Em ocasiões anteriores, o deputado acusou Tarcísio de ser submisso a “elites” e de ignorar o que chama de “regime de exceção” no Brasil.

Em sua mais recente manifestação, Eduardo voltou a defender que a única solução para as tarifas seria a anistia dos acusados de articular os atos de 8 de janeiro: “Estão te enganando, jogando para a plateia e prolongando o sofrimento de quem dizem defender”.

Enquanto isso, a Polícia Federal avança nas investigações sobre Eduardo Bolsonaro. Segundo apuração do colunista Lauro Jardim, do Globo, a PF já reuniu provas suficientes para concluir o inquérito que apura crimes como coação, obstrução de investigação, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e atentado à soberania.

O parlamentar é considerado um dos principais articuladores das tarifas impostas pelo governo Trump, que ele justifica como pressão por anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, incluindo seu pai, Jair Bolsonaro.

Fonte: DCM

Como rádio do interior de SP substituiu a Jovem Pan como porta-voz do bolsonarismo


O apresentador da Rádio Auriverde Alexandre Pittoli entrevista o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Nos últimos anos, a Rádio Auriverde, de Bauru (SP), transformou-se em um dos mais influentes veículos de comunicação do bolsonarismo no país. Com programação voltada para a defesa de Jair Bolsonaro (PL) e críticas ao governo atual, a emissora abriga diariamente políticos e comentaristas alinhados à direita, como os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Nikolas Ferreira (PL-MG), além de nomes que migraram da Jovem Pan, caso de Rodrigo Constantino, Alexandre Garcia e Cristina Graeml.

O momento que melhor simbolizou essa ascensão ocorreu na sexta-feira (18), durante a cobertura em tempo real da operação da Polícia Federal na casa do ex-presidente, que culminou no uso de tornozeleira entre outras medidas preventivas contra Bolsonaro.

“Fomos pegos de surpresa e iniciamos um voo sem instrumentos, o que nunca é agradável”, recorda Alexandre Pittoli, apresentador e administrador da rádio. Naquele dia, o programa News da Manhã Brasil, carro-chefe da emissora com seis horas de duração, registrou pico de 40 mil espectadores simultâneos no YouTube.

A ascensão da Auriverde como voz do bolsonarismo se deve a dois fatores principais: a migração do público da Jovem Pan após a mudança editorial desta última e a simpatia do próprio Bolsonaro pela rádio, sendo que o ex-presidente já concedeu 14 entrevistas à emissora nos últimos dois anos. O vínculo foi estabelecido por meio do senador Marcos Pontes (PL-SP), natural de Bauru.

Alexandre Pittoli e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução
Fundada em 1956, a Auriverde teve por décadas uma programação convencional até a guinada à direita iniciada com um comentário de Pittoli sobre o indulto concedido por Bolsonaro ao ex-deputado Daniel Silveira. O episódio atraiu atenção inédita para a rádio e marcou o início de sua nova fase.

A emissora enfrenta desafios nas plataformas digitais. Pittoli relata que o YouTube aplicou “shadowbanning” (restrição não declarada) ao canal após conteúdos defendendo o voto impresso. “Como é que hoje tenho uma audiência e amanhã tenho menos audiência? Estou ciente de que construí no terreno dos outros, mas acho que a relação mais clara com as big techs facilitaria o meu trabalho como empresário”, afirma.

O comentarista Eduardo Borgo, vereador em Bauru pelo Novo, defende o posicionamento da rádio: “É tudo ao vivo, não tem pegadinha ou recorte.

A palavra é franqueada a Bolsonaro, como seria a outra autoridade. Queria entrevistar o Lula e algum ministro do Supremo. Eles teriam portas abertas”. Borgo também comentou as recentes tarifas impostas pelos EUA: “O tarifaço é um ato de soberania americana. Se essa for a medida para restabelecer a ordem democrática no Brasil, o que não podemos aceitar é nos tornarmos uma Venezuela”.

Fonte: DCM