segunda-feira, 21 de julho de 2025

Os quatro crimes que colocam Eduardo Bolsonaro na mira do STF

 

Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua atuação nos Estados Unidos, onde está desde março pressionando o governo de Donald Trump por sanções contra autoridades brasileiras.

Segundo o “bananinha”, a iniciativa busca pressionar o Judiciário brasileiro por anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, o que inclui seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe.

O inquérito foi aberto em maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta possíveis crimes cometidos por Eduardo no exterior: coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e atentado à soberania.

A representação afirma que a “tentativa de submeter o funcionamento do STF ao crivo de outro Estado caracteriza atentado à soberania nacional”. No último sábado (19), o ministro Alexandre de Moraes afirmou que Eduardo “intensificou as condutas ilícitas” após medidas cautelares contra seu pai.

Cartão corporativo bancou ida ao casamento de Eduardo Bolsonaro
Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

A atuação internacional do filho do ex-capitão coincide com as sanções impostas pelos EUA a Moraes e a outros ministros do STF, além de uma tarifa extra sobre produtos brasileiros. Especialistas ouvidos pela Folha de S.Paulo avaliam que o comportamento pode não apenas configurar crimes, mas também justificar pedido de cassação por descumprir o dever parlamentar de defender o interesse público e a soberania nacional.

Veja a seguir os quatro crimes citados no inquérito contra Eduardo Bolsonaro:

1. Coação no curso do processo

O artigo 344 do Código Penal trata da coação de autoridades ou partes envolvidas em processos judiciais, administrativos ou policiais por meio de violência ou grave ameaça. A PGR afirma que o filho “03” de Bolsonaro promove sanções contra autoridades ligadas ao julgamento de seu pai.

Especialistas, no entanto, avaliam que o enquadramento é difícil, já que o artigo trata de ameaças diretas, como destaca Thiago Bottino, da FGV. A pena prevista é de 1 a 4 anos de prisão e multa.

2. Obstrução de investigação de organização criminosa

A Lei nº 12.850/2013 pune com reclusão de 3 a 8 anos quem impedir ou dificultar a investigação de organização criminosa. Segundo a PGR, Eduardo tenta barrar a apuração dos ataques de 8 de janeiro ao condicionar o fim das sanções dos EUA à concessão de anistia aos golpistas. A pena pode ser somada a outras sanções previstas.

3. Abolição violenta do Estado Democrático de Direito

O artigo 359-L do Código Penal prevê pena de 4 a 8 anos de prisão para quem tenta, com violência ou grave ameaça, abolir o Estado democrático ou restringir o exercício dos poderes. Há divergências sobre o enquadramento.

Parte dos especialistas considera que não há violência, mas outros, como Marcelo Crespo (ESPM) e Davi Tangerino (Uerj), veem possibilidade de responsabilização. Tangerino afirma que há uma “invasão do Estado democrático” quando Eduardo condiciona as sanções à interferência do presidente Lula (PT) sobre o Legislativo e o Judiciário.

4. Atentado à soberania

Esse crime está no artigo 359-I do Código Penal e trata de negociações com governos estrangeiros com o objetivo de provocar atos de guerra contra o país. A pena é de 3 a 8 anos de reclusão. Para juristas, é o tipo penal mais difícil de aplicar no caso, por exigir ações com características militares.

Crespo destaca que tanto esse quanto o crime de abolição do Estado democrático são recentes na legislação, o que amplia o desafio do Judiciário para avaliar condutas como a de Eduardo Bolsonaro.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Moraes veta contato de Bolsonaro com 191 pessoas; veja quem está na lista

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro (PL), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, está proibido de se comunicar com 191 pessoas.

A decisão, tomada no âmbito de investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, também veta qualquer contato com essas pessoas “por intermédio de terceiros” e com “quaisquer autoridades estrangeiras”. A lista de restrições inclui desde aliados políticos até embaixadores.

A medida cautelar foi imposta na sexta-feira (18), junto com a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica. Bolsonaro não pode sair de casa entre 19h e 6h durante a semana, e está impedido de circular em fins de semana e feriados. Ele também deve manter uma distância mínima de 200 metros de qualquer embaixada e está proibido de usar redes sociais, direta ou indiretamente.

Entre os nomes listados estão Eduardo Bolsonaro, Mauro Cid, Braga Netto, Ramagem e outros aliados próximos do ex-presidente, todos investigados em diferentes ações penais e inquéritos relacionados à tentativa de subverter o Estado Democrático de Direito.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Ao todo, as restrições envolvem os alvos das ações penais 2.668, 2.693, 2.694, 2.695, do inquérito 4.995 e da petição 12.100.

A justificativa para as restrições incluiu o risco de fuga por parte do ex-chefe de Estado. O levantamento foi feito pelo Metrópoles.

Ação Penal 2668

  • Alexandre Ramagem
  • Almir Garnier
  • Anderson Torres
  • Augusto Heleno
  • Mauro Cid
  • Paulo Sérgio Nogueira
  • Walter Braga Netto

Ação Penal 2693

  • Fernando de Sousa Oliveira
  • Filipe Garcia Martins Pereira
  • Marcelo Costa Câmara
  • Marília Ferreira de Alencar
  • Mário Fernandes
  • Silvinei Vasques

Ação Penal 2694

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros
  • Angelo Martins Denicoli
  • Carlos César Moretzsohn Rocha
  • Giancarlo Gomes Rodrigues
  • Guilherme Marques Almeida
  • Marcelo Araújo Bormevet
  • Reginaldo Vieira de Abreu

Ação Penal 2695

  • Antonio Clesio Ferreira

Inquérito 4995

  • Eduardo Bolsonaro

Petição 12100

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros
  • Alexandre Castilho Bitencourt Da Silva
  • Alexandre Rodrigues Ramagem
  • Almir Garnier Santos
  • Amauri Feres Saad
  • Anderson Gustavo Torres
  • Anderson Lima De Moura
  • Angelo Martins Denicoli
  • Augusto Heleno Ribeiro Pereira
  • Bernardo Romao Correa Netto
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
  • Carlos Giovani Delevati Pasini
  • Cleverson Ney Magalhães
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira
  • Fabrício Moreira De Bastos
  • Filipe Garcia Martins
  • Fernando Cerimedo
  • Giancarlo Gomes Rodrigues
  • Guilherme Marques De Almeida
  • Hélio Ferreira Lima
  • Jair Messias Bolsonaro
  • José Eduardo De Oliveira E Silva
  • Laércio Vergilio
  • Marcelo Bormevet
  • Marcelo Costa Câmara
  • Mario Fernandes
  • Mauro Cesar Barbosa Cid
  • Nilton Diniz Rodrigues
  • Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho
  • Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira
  • Rafael Martins De Oliveira
  • Ronald Ferreira De Araujo Junior
  • Sergio Ricardo Cavalieri De Medeiros

Embaixadores

  • Brasília tem 132 representações diplomáticas
Fonte: DCM

domingo, 20 de julho de 2025

Flávio Bolsonaro diz que Brasil está na “mesma prateleira da Venezuela” e ataca Lula: “Escória”

Flávio Bolsonaro. Foto: reprodução


 Em publicação no X, feita neste domingo (20), o senador Flávio Bolsonaro (PL) fez novos ataques ao país e ao presidente Lula (PT), dizendo que esperava que o mandatário já tivesse resolvido as questões envolvendo o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele disse que o Brasil vai “parar na mesma prateleira da Venezuela quando o assunto é falta de democracia”.

Além disso, fez uma referência às medidas cautelares impostas ao seu pai, Jair Bolsonaro. Falou que “quem é perseguido injustamente entra para a História, os perseguidores entram para a escória!”.

“Estou em viagem programada com minha família desde o ano passado, durante o recesso parlamentar de julho e férias escolares de minhas filhas. Falo com meu pai e lideranças aliadas todos os dias. Mas a propagação de mentiras se alastra rápido quando é contra Bolsonaro. Dia 1º/Ago estarei de volta a Brasília, esperando que Lula já tenha resolvido a taxa de 50% sobre o Brasil, que foi parar na mesma prateleira da Venezuela quando o assunto é falta de democracia. Quem é perseguido injustamente entra para a História, os perseguidores entram para a escória!”, publicou o senador.

Um milhão de famílias deixam o Bolsa Família em julho após aumento de renda, diz governo


    Cartão do bolsa família. Imagem: reprodução

Cerca de 1 milhão de famílias deixarão o Bolsa Família em julho após aumento de renda, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. Desse total, 536 mil atingiram o prazo máximo de 24 meses da Regra de Proteção — que permite que beneficiários continuem recebendo 50% do valor do benefício após ultrapassar a renda de entrada no programa, entre R$ 218 e meio salário mínimo por pessoa.

Outras 385 mil famílias também saíram do programa por ultrapassarem a renda limite da Regra de Proteção, chegando a mais de R$ 759 per capita. Já as que voltarem à situação de pobreza após esse desligamento têm direito a prioridade no retorno ao Bolsa Família, por meio da regra do Retorno Garantido.

A saída em massa foi possível graças à modernização do Cadastro Único, que agora cruza automaticamente informações com outras bases do governo. Desde 2023, aproximadamente 8,6 milhões de famílias deixaram o programa social. Em contrapartida, dados do MDS indicam que, no mesmo período, 24,4 milhões de pessoas saíram da insegurança alimentar grave.

Com novas regras em vigor a partir de julho, famílias com renda entre R$ 218 e R$ 706 por pessoa podem permanecer por até 12 meses no programa, recebendo metade do benefício. A medida, alinhada à linha internacional de pobreza, busca oferecer transição segura à medida que a economia e o mercado formal de trabalho se recuperam.

Fonte: DCM

Apoio à política migratória de Trump cai e acende alerta para eleições de 2026


Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: Sarah Meyssonnier/POOL/AFP


Pesquisas divulgadas neste domingo (20) apontam queda significativa no apoio dos americanos à política migratória do presidente Donald Trump, uma de suas principais bandeiras eleitorais.

Levantamento da CNN em parceria com a SSRS revela que 55% dos entrevistados acreditam que o republicano foi longe demais nas deportações de imigrantes, com um salto de dez pontos percentuais em relação a fevereiro, pouco após sua posse no segundo mandato. O crescimento da rejeição é mais expressivo entre eleitores democratas (de 75% para 90%), mas também atinge parte da base republicana: 15% desaprovam as ações.

A construção de novos centros de detenção e o aumento de orçamento para o ICE (agência de imigração dos EUA), previstos na chamada “Lei Grande e Bonita”, aprovada no Congresso, também enfrentam resistência popular: 57% são contra as prisões e 53% rejeitam mais verbas para a agência. Outra proposta controversa, o fim da cidadania por nascimento, é rejeitada por 59% dos entrevistados. A medida foi suspensa por decisão judicial, após Trump assinar uma ordem executiva em fevereiro.

A desaprovação às abordagens do governo se estende a outros aspectos da política migratória. Segundo a pesquisa, 59% são contra a prisão de imigrantes que não tenham antecedentes criminais e apenas 46% acreditam que o país está mais seguro após as medidas adotadas por Trump. A ameaça de deportar opositores políticos também sofre rejeição: 71% são contrários à ideia. Ao mesmo tempo, 43% apoiam a retirada da cidadania de pessoas condenadas por crimes específicos.

Outro levantamento, da CBS News, mostra que 52% da população acreditam que o número de deportações está acima do esperado e 56% avaliam que o governo prioriza expulsar pessoas que não representam riscos. A forma como os centros de detenção são utilizados é reprovada por 58%, e 64% acreditam que latinos são mais visados em ações migratórias do que outras minorias.

Os dados, divulgados no dia em que o segundo mandato de Trump completa seis meses, acendem um alerta para o Partido Republicano às vésperas das eleições de meio de mandato, em 2026. Apesar disso, o presidente minimizou as críticas em sua rede social Truth Social, afirmando que “há um ano, o país estava morto” e agora seria “o mais respeitado do mundo”. No entanto, o agregador RealClearPolling mostra que a taxa de desaprovação de Trump está em 52,1%, frente a 45,5% de aprovação, sem reversão desde março.

Fonte: DCM

Preta Gil morre aos 50 anos durante tratamento contra câncer nos EUA


  Preta Gil em hospital dos EUA durante tratamento de câncer


Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, durante o tratamento de um câncer nos Estados Unidos. A cantora vinha lutando contra a doença desde janeiro de 2023, quando foi diagnosticada com um câncer colorretal. O quadro era inicialmente considerado localizado, mas a evolução foi agressiva.

Após meses de quimioterapia, internações e uma cirurgia de grande porte que durou mais de 20 horas, ela chegou a anunciar remissão do tumor. No entanto, em agosto de 2024, Preta revelou que a doença havia voltado, dessa vez com metástases em linfonodos, no ureter e no peritônio. A recidiva marcou o início de uma nova fase de combate, que incluiu tratamentos experimentais e acompanhamento intensivo fora do país.

Durante o período de tratamento nos EUA, Preta manteve uma rotina de cuidados médicos e dividia com os fãs momentos de otimismo. Ela chegou a usar uma bomba portátil para quimioterapia, manteve-se ativa nas redes sociais e participou de eventos com amigos e familiares sempre que o estado de saúde permitia. Mesmo diante das limitações físicas e dos efeitos colaterais do tratamento, a artista demonstrava esperança e disposição para enfrentar a doença.

Em dezembro de 2024, ela viajou para os Estados Unidos em busca de abordagens inovadoras e mais recursos terapêuticos. Nos últimos meses, passou por novas internações e enfrentou complicações sérias. Na quarta-feira anterior à sua morte, Preta foi submetida a uma sessão de quimioterapia, sentiu-se mal e exames indicaram que o câncer havia se espalhado novamente, de forma mais severa.

Preta Gil morreu em casa, cercada por familiares e amigos que se deslocaram para os EUA ao saber da piora repentina. Carolina Dieckmann, uma de suas amigas mais próximas, conseguiu interromper compromissos profissionais para acompanhá-la nos últimos dias. O filho da cantora, Francisco, também estava com ela.

Fontes ligadas à família revelaram que o pai de Preta, o cantor Gilberto Gil, sofreu um pico de pressão arterial ao receber a notícia da morte da filha. A família confirmou o falecimento por meio da assessoria e informou que divulgará um comunicado oficial em breve. Ainda não há informações sobre a realização do velório ou repatriação do corpo, mas há expectativa de que a despedida aconteça em solo americano. A morte de Preta Gil gerou comoção em todo o país e inúmeras homenagens foram publicadas por artistas, políticos e fãs que celebraram sua trajetória como símbolo de força, irreverência e afeto.

Fonte: DCM

Nem Trump salvou: atos pró-Bolsonaro fracassam e viram piada nas redes

 

Manifestação em Brasília. Foto: Reprodução
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram atos neste domingo (20) em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Blumenau, em resposta à operação da Polícia Federal que impôs medidas restritivas ao ex-mandatário, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. De novo passaram vergonha.

Apesar da convocação feita por parlamentares aliados e ex-integrantes do governo, os protestos tiveram baixa adesão e ficaram muito aquém do esperado pelos organizadores.

Na capital federal, a concentração começou às 9h em frente ao Banco Central, com estimativa inicial da Polícia Militar do DF de cerca de 150 pessoas. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) participaram do ato. A vice-governadora Celina Leão (Progressistas) também marcou presença. Manifestantes vestiam roupas nas cores verde e amarela e carregavam faixas em defesa da “liberdade de expressão” e contra o STF.

A manifestação foi batizada de “Brasília vai caminhar, pela Liberdade, pela Democracia e pela Verdade” e foi organizada nas redes sociais por Bia Kicis e pelo ex-desembargador Sebastião Coelho. Durante o discurso, Kicis criticou o recesso parlamentar e pediu que os deputados “retornem ao trabalho” diante da crise envolvendo Bolsonaro. Impedido pelas medidas cautelares de deixar sua residência aos fins de semana, o ex-presidente não compareceu.


Além de Brasília, pequenos grupos de manifestantes se reuniram em frente ao MASP, na Avenida Paulista, em São Paulo, na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, e em Blumenau (SC). Nas três cidades, a adesão foi igualmente modesta, com registros de poucas dezenas de participantes. Não houve bloqueios de vias nem ocorrências registradas pela polícia.

As manifestações ocorrem dois dias após Bolsonaro ser alvo de uma nova operação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que apura tentativa de obstrução à Justiça e uso de redes para ataques às instituições. O ex-presidente foi proibido de utilizar redes sociais e impedido de manter contato com o filho, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.


Com a ausência de Bolsonaro e a baixa mobilização popular, os atos expõem a fragilidade do apoio popular ao ex-presidente neste momento delicado. O distanciamento de setores do Centrão e a insatisfação do agronegócio com o tarifaço de Trump também contribuem para o isolamento político do ex-mandatário, cuja permanência como liderança da direita em 2026 passou a ser questionada até por aliados.

Fonte: DCM

Moraes revoga prisão domiciliar de idosas do 8/1 após mais de mil violações

Bolsonaristas depredaram a praça dos Três Poderes durante os atos golpistas de 8 de janeiro (8/1) em Brasília
Imagem: 8.jan.2023-Sergio Lima/AFP

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou a prisão domiciliar de duas mulheres condenadas por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Iraci Nagoshi, de 72 anos, e Vildete Guardia, de 74, voltaram ao regime fechado após monitoramento indicar reiteradas violações das regras da prisão domiciliar — no caso de Iraci, mais de 900 descumprimentos apenas em 2025, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo.

Entre as infrações, constam saídas não autorizadas de casa, ausência de sinal de GPS e desligamentos da tornozeleira eletrônica. Moraes já havia alertado Iraci sobre as consequências de novas violações, mas a idosa continuou frequentando atividades como musculação, pilates e hidroginástica. O filho de Iraci alegou que os dados apresentados são exagerados, enquanto o advogado da defesa atribuiu os problemas a falhas técnicas, argumento que não foi acolhido pelo STF.

Vildete Guardia, por sua vez, teve 20 registros de descumprimento desde que passou ao regime domiciliar por razões de saúde. No entanto, um novo laudo indicou que seu estado clínico era compatível com o sistema penitenciário. Diante das infrações e do parecer técnico, Moraes determinou seu retorno à prisão. Ambas estavam em liberdade monitorada após condenação por envolvimento na invasão dos prédios dos Três Poderes.

Durante julgamento no STF, Moraes rebateu críticas de que o tribunal estaria condenando “velhinhas com a Bíblia na mão”, afirmando que as imagens e provas comprovam envolvimento direto nos atos golpistas. Segundo ele, das 497 pessoas já julgadas pelo 8 de janeiro, apenas sete têm mais de 70 anos, desmentindo a narrativa de perseguição a idosos propagada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: DCM

Diretor da PF reage a ameaças de Eduardo Bolsonaro: “Nenhum investigado intimidará a Polícia Federal”

Declaração de Andrei Rodrigues foi resposta a fala agressiva do deputado em live contra o delegado que investiga Jair Bolsonaro no STF
Eduardo Bolsonaro em live que ameaçou ministros do STF e a Polícia Federal - 20/07/2025 (Foto: Reprodução/X)

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, repudiou neste domingo (20) declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), feitas durante uma live transmitida em suas redes sociais.

Segundo Rodrigues, trata-se de “mais essa covarde tentativa de intimidação aos servidores policiais”, e a corporação já prepara as medidas legais cabíveis. As informações foram publicadas inicialmente pelo blog da jornalista Andréia Sadi, do portal g1.

Durante a transmissão, Eduardo Bolsonaro — atualmente licenciado do mandato e nos Estados Unidos desde fevereiro — voltou a atacar o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em tom de ameaça, o deputado afirmou:

“Cachorrinho da Polícia Federal que tá me assistindo, deixa eu saber não. Se eu ficar sabendo quem é você... ah, eu vou me mexer aqui. Pergunta ao tal delegado Fábio Alvarez Shor se ele conhece a gente…”

A fala foi feita no mesmo momento em que o parlamentar reafirmava sua intenção de trabalhar pela saída do ministro Alexandre de Moraes do STF, alimentando sua retórica de confronto contra a Corte Suprema.

★ PF reforça que ameaças não ficarão impunes

Ao comentar o episódio, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, declarou com veemência:

“Nenhum investigado intimidará a Polícia Federal.”

A corporação enfatizou ainda que qualquer ameaça a agentes públicos no exercício de suas funções é considerada grave e pode resultar na abertura de novas investigações criminais.

Fábio Shor é o delegado responsável por conduzir investigações sensíveis no âmbito do STF que envolvem Jair Bolsonaro, incluindo a apuração sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e o caso de fraude em cartões de vacinação contra a Covid-19.

★ Acusações e retorno à Câmara

Eduardo Bolsonaro é alvo de inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR) que apura crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, coação no curso do processo e obstrução de Justiça. O deputado teria atuado, mesmo fora do país, para influenciar investigações contra o pai e outras figuras do entorno bolsonarista, por meio de declarações e articulações públicas nos EUA.

Apesar das investigações e do afastamento prolongado do Brasil, o deputado declarou, também durante a live, que não pretende renunciar ao cargo. A licença que havia solicitado à Câmara se encerrou neste domingo (20), e ele poderá ter faltas contabilizadas caso não apresente justificativa oficial pelas ausências.

Não é a primeira vez que Eduardo Bolsonaro ataca o delegado Fábio Shor. No início do ano, a própria Polícia Federal abriu um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o deputado, que é escrivão licenciado da corporação, por declarações ofensivas ao mesmo agente.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Estudo aponta cidades de SP entre as melhores para viver no Brasil; saiba quais

 

Cidade de São Paulo. Foto: Divulgação
O estado de São Paulo lidera o ranking nacional de qualidade de vida, segundo o Índice de Progresso Social (IPS Brasil 2025), que avaliou municípios de todo o país com base em critérios como acesso a necessidades básicas, bem-estar e oportunidades. Das dez primeiras colocadas, seis são paulistas, com Gavião Peixoto ocupando o primeiro lugar nacional, ao atingir 73,26 pontos.

Além de Gavião Peixoto, o levantamento destacou Gabriel Monteiro, Jundiaí, Águas de São Pedro, Cândido Rodrigues e Itupeva entre os municípios mais bem avaliados do Brasil. Os dados indicam que essas cidades, em sua maioria localizadas no interior, apresentam infraestrutura acima da média nacional, que ficou em 61,96 pontos. Áreas como saúde, educação e segurança se sobressaíram na pontuação final.

O bom desempenho paulista reforça a posição do estado como referência em qualidade de vida, mesmo diante dos desafios que persistem em outras regiões, especialmente no Norte e no Nordeste, onde os índices de progresso social continuam abaixo da média. A pesquisa também destaca que, embora existam disparidades internas, os avanços no interior de São Paulo são consistentes.

O Índice de Progresso Social (IPS) Brasil é uma ferramenta que mede a qualidade de vida nos municípios brasileiros com base em indicadores sociais e ambientais, oferecendo uma análise mais ampla do que índices econômicos tradicionais como o PIB e o IDH.

Fonte: DCM

Lindbergh Farias pede que Banco Central investigue uso de informação privilegiada no tarifaço de Trump

 

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ). Foto: Foto: Renato Araújo/Agência Câmara
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) encaminhou neste domingo (21) um pedido formal ao Banco Central do Brasil para que investigue operações suspeitas de câmbio realizadas no dia 18 de julho, data em que os Estados Unidos anunciaram tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O parlamentar solicita que a autoridade monetária identifique os responsáveis por movimentações atípicas de compra e venda de dólares nas horas que antecederam o anúncio feito por Donald Trump.

Segundo Lindbergh, há fortes indícios de que agentes do mercado operaram com acesso antecipado a informações ainda sigilosas, o que poderia configurar crimes financeiros e uso indevido de informação relevante. A petição menciona a necessidade de apuração rigorosa sobre volumes, horários, comitentes finais e intermediadores financeiros das operações realizadas naquele dia, com encaminhamento dos dados à CVM, COAF, Ministério Público Federal e ao Supremo Tribunal Federal.

A iniciativa do deputado petista se baseia em apuração da TV Globo, que revelou grande volume de compra de dólares antes do anúncio oficial, seguido por vendas massivas após a divulgação da tarifa, o que teria gerado lucros de até 50% em poucas horas. O movimento atípico foi reforçado por publicações do analista financeiro Spencer Hakimian, que apontou manipulação deliberada da moeda brasileira com base em vazamento de informação.

O caso está ligado ao inquérito 4995/DF no STF, que investiga possível atuação coordenada de agentes políticos, incluindo o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para gerar pressão econômica internacional sobre instituições brasileiras. A AGU já havia solicitado a investigação sobre eventual uso de medidas econômicas como forma de coação ao STF, especialmente no contexto de ações contra Jair Bolsonaro e seus aliados.

Lindbergh afirmou que a medida busca “proteger a integridade do sistema financeiro nacional” e evitar que operadores privilegiados lucrem com ações coordenadas de sabotagem institucional. Para ele, a movimentação anormal no câmbio pode ser resultado de uma estratégia antidemocrática com objetivos políticos, e exige resposta rápida das autoridades.

O pedido soma-se à ofensiva institucional contra o chamado “tarifaço de Trump”, celebrado por Eduardo Bolsonaro nas redes sociais como uma vitória pessoal e política. Caso a investigação aponte a existência de informação privilegiada usada para ganhos financeiros, os envolvidos poderão responder por crime contra o sistema financeiro nacional, inclusive com possibilidade de sanções penais e civis.

Fonte: DCM

Eduardo Bolsonaro já age como gangster fora da lei em solo americano

 

Eduardo Bolsonaro em live. Foto: Reprodução

Em transmissão ao vivo neste domingo (20), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a adotar tom agressivo contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e seus membros.

Em destaque, afirmou que seu objetivo “é tirar Alexandre de Moraes da Corte” e que está disposto a se sacrificar por isso. A fala foi acompanhada de ofensas e ameaças diretas a policiais federais e ao próprio ministro do STF, num discurso que rompe frontalmente os limites institucionais e legais.

“Você não é digno de estar no topo do poder Judiciário”, disse Eduardo, referindo-se a Moraes.

Em seguida, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o visto americano cassado por Donald Trump foi apenas o começo da ofensiva internacional e que está pronto para “ir até as últimas consequências”. “Coloca o Trump junto na investigação, manda a Interpol vir pegar a gente”, ironizou, chamando policiais federais de “cachorrinhos” e ameaçando descobrir quem o investiga. “Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui”, afirmou.

A gravação repercutiu rapidamente nas redes sociais, com juristas e analistas políticos classificando as declarações como potencialmente criminosas.

Agora nem como parlamentar ele fala mais.

Eduardo Bolsonaro encerra neste domingo sua licença de quatro meses da Câmara, e, sem nova prorrogação ou justificativa aceita, será considerado ausente sem remuneração a partir desta semana.

Na prática, já age sem amparo legal de mandato, ou seja, como um gangster fora da lei.

No vídeo, ele chega a ameaçar os policiais envolvidos na apuração dos crimes que vem cometendo e o próprio presidente do STF, ministro Luiz Roberto Barroso.

A Polícia Federal investiga Eduardo por suspeita de atuar internacionalmente para pressionar autoridades brasileiras e coagir ministros do STF, o que resultou nas recentes medidas cautelares contra seu pai, Jair Bolsonaro, incluindo uso de tornozeleira eletrônica e proibição de contatos com aliados.

As falas do já ex-parlamentar podem ser incluídas no inquérito como indícios de tentativa de obstrução de Justiça, intimidação de autoridades e incitação ao crime.

Fonte: DCM

Trump e a ameaça do GPS: entenda por que os EUA não podem cortar o sinal

 

Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução
Nos últimos dias, um boato alarmante circulou nas redes sociais, sugerindo que os Estados Unidos poderiam suspender o acesso do Brasil ao sistema GPS (Global Positioning System) como retaliação em um suposto conflito diplomático. Essa alegação, que ganhou força em plataformas como o X, apontava para impactos catastróficos em diversos setores. No entanto, especialistas e fontes confiáveis desmentem veementemente essa informação, classificando-a como falsa e tecnicamente implausível.

◆ A Dependência Brasileira do GPS

O Brasil, assim como a maior parte do mundo, depende do GPS, um sistema de geolocalização por satélites desenvolvido e gerenciado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos desde a década de 1960. Essa infraestrutura é crucial para o funcionamento de setores vitais como transporte, aviação, logística, agricultura de precisão e até mesmo a sincronização de redes bancárias e de telecomunicações. O sistema opera com uma constelação de 32 satélites que fornecem sinais de Posicionamento, Navegação e Tempo (PNT), permitindo localização precisa em tempo real. A ausência de um sistema nacional de geolocalização robusto acentua a dependência do Brasil em relação a sistemas estrangeiros, tornando o país teoricamente vulnerável a interrupções.

GPS. Foto: Reprodução

◆ Por Que a Suspensão Seletiva é Implausível

A narrativa de que os EUA poderiam ‘desligar’ o GPS para o Brasil surgiu em meio a tensões comerciais. Contudo, especialistas são unânimes em afirmar que cortar o sinal GPS seletivamente para um país é tecnicamente inviável. O GPS é um serviço público global, com acesso civil gratuito e aberto a qualquer nação, independentemente de atritos diplomáticos. Bloquear o sinal de forma seletiva exigiria mudanças técnicas complexas que afetariam não apenas o país-alvo, mas também empresas americanas operando na região, além de gerar sérias repercussões diplomáticas e econômicas em escala global.

Postagens em redes sociais que amplificaram o boato, sugerindo que a interrupção do GPS desestabilizaria desde aplicativos de navegação até a aviação e o agronegócio, carecem de evidências concretas e foram desmentidas por especialistas em geopolítica e telecomunicações, que reiteram a improbabilidade de tal medida.

◆ Alternativas ao GPS Disponíveis para o Brasil

Embora o Brasil dependa significativamente do GPS, existem sistemas alternativos de navegação por satélite (GNSS) que poderiam mitigar os impactos de uma eventual interrupção. Esses sistemas, desenvolvidos por outras potências, já estão disponíveis no Brasil, ainda que em menor escala:

  • Galileo: Sistema europeu, de propriedade civil.
  • GLONASS: Sistema russo, de propriedade militar.
  • BeiDou: Sistema chinês, de propriedade militar e civil.
A maioria dos dispositivos modernos no Brasil suporta múltiplos sistemas GNSS, permitindo a transição para Galileo, GLONASS ou BeiDou em caso de interrupção do GPS. No entanto, a adaptação total de setores críticos, como aviação e agricultura, exigiria tempo e investimento em infraestrutura.

Fonte: DCM