domingo, 20 de julho de 2025

Haddad desafia o mercado, vence no STF e se consolida como líder da justiça tributária

 

Fernando Haddad
A crise envolvendo o aumento do IOF, rejeitado pelo Congresso e validado parcialmente pelo STF, marcou uma virada na posição política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Derrotado na Câmara por ampla maioria, o ministro convenceu o presidente Lula a judicializar o caso e obteve decisão favorável de Alexandre de Moraes, que manteve a maior parte do decreto presidencial. A estratégia de confronto, antes vista como desgaste, consolidou Haddad como figura central no governo e deu novo fôlego à sua imagem dentro do PT.

Haddad vinha acumulando críticas por medidas como a taxação do Pix e a tributação das compras internacionais. Chamado de “Taxad” por opositores, reagiu mudando o tom. Em falas públicas e reuniões com Lula, defendeu abertamente a taxação dos super-ricos, dos bancos e das apostas online, os chamados “BBBs”. A narrativa de “justiça tributária” ganhou tração nas redes sociais com vídeos publicitários promovidos pelo PT, que testou e impulsionou o discurso.

O ministro da Fazenda passou a ser visto por aliados como o “homem forte” da agenda econômica e política do Planalto. A vitória parcial no STF foi interpretada internamente como demonstração de força, mesmo diante do revés no Congresso. Com o aval de Lula, Haddad intensificou sua presença em reuniões políticas e articulou com marqueteiros do partido uma nova ofensiva de comunicação, focada na dicotomia ricos x pobres.

Hugo Motta, presidente da Câmara, durante votação para derrubar decreto do IOF. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
No entanto, essa guinada política gerou reações negativas entre empresários e investidores, especialmente da Faria Lima. Antes tratado como ponte entre o mercado e o PT, Haddad passou a ser alvo de críticas por elevar tributos e por não apresentar contrapartidas em corte de gastos. Internamente, no entanto, o governo avalia que o apoio da elite financeira já está comprometido para 2026 e decidiu priorizar a mobilização popular.

Com a melhora na imagem entre eleitores progressistas e a recuperação dos índices de aprovação de Lula após o embate com Donald Trump, o nome de Haddad voltou a circular como possível candidato em 2026. Dentro do PT, cresce a pressão para que ele dispute uma vaga ao Senado por São Paulo, o que ajudaria a barrar o avanço do bolsonarismo e reforçaria o palanque de Lula no maior colégio eleitoral do país.

A movimentação mostra que Haddad, ao trocar o figurino técnico pelo político, ganha terreno dentro do núcleo duro do governo, mesmo que à custa da confiança do mercado.

Fonte: DCM

Culto ao vexame: bolsonaristas fazem ato por Trump e viram piada nas redes

 

Manifestação em Brasília. Foto: Metropóles
O protesto organizado por bolsonaristas neste domingo (20), em Brasília, virou motivo de piada nas redes.

Anunciado como uma grande manifestação em apoio a Donald Trump e contra o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Lula, o ato teve baixa adesão e pouca repercussão fora do próprio ecossistema bolsonarista. O destaque ficou por conta dos gritos inusitados, como “o meu visto jamais será cassado”, em referência à tornozeleira eletrônica imposta a Jair Bolsonaro.

Vestidos com camisetas verde-amarelas, empunhando bandeiras do Brasil, dos EUA e até do Brasil Império, os participantes tentaram simular um clima de resistência patriótica. Mas o público reduzido e o tom teatral — com reza coletiva e palavras de ordem em defesa de Trump — geraram mais comentários irônicos do que engajamento político. Internautas classificaram o ato como “culto ao vexame” e lembraram que nem mesmo o ex-presidente apareceu para agradecer.

O flop do evento foi ainda mais evidente nas redes.

O vídeo que registrou o momento em que os manifestantes gritavam frases como “fora Moraes” e “a culpa é do Lula” viralizou não pelo conteúdo político, mas pelo contraste entre o entusiasmo do microfone e a dispersão da plateia. Até a música patriótica de fundo não salvou a performance, que foi chamada por usuários de “stand-up espiritual”.

Comandado por figuras como Damares Alves e Bia Kicis, o ato foi pensado como um gesto simbólico em apoio ao tarifaço de Trump contra o Brasil — exigência da ala bolsonarista para pressionar por anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. Mas a baixa mobilização e a teatralização da causa só reforçaram a imagem de isolamento do bolsonarismo em meio às investigações da PF e às medidas judiciais contra o ex-presidente.

A tentativa de transformar Trump em “salvador externo” não tem surtido o efeito esperado.

Mesmo com a revogação de vistos de ministros do STF, a agenda de Eduardo Bolsonaro nos EUA não resultou em respaldo institucional relevante. O próprio Bolsonaro, impedido de usar redes sociais, segue em silêncio, enquanto seus apoiadores tentam manter acesa uma chama cada vez mais fraca.

 

Fonte: DCM

Pastor Henrique Vieira propõe cassação para quem colaborar com sanções estrangeiras contra o Brasil

Projeto do deputado do Psol visa punir articulações que ameacem a soberania nacional, como o apoio de Eduardo Bolsonaro às tarifas de Trump

      Pastor Henrique Vieira (Foto: Zeca Ribeiro - Câmara dos Deputados)

O deputado federal Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) apresentou um projeto de lei que endurece punições contra brasileiros que atuem em articulações internacionais consideradas prejudiciais à soberania e aos interesses estratégicos do Brasil. A proposta foi protocolada na Câmara dos Deputados e mira diretamente ações como as do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que articulou as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, informa Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Segundo o texto, a iniciativa busca sancionar com a cassação de direitos políticos, por até oito anos, aqueles que colaborarem com governos ou blocos estrangeiros em ações que afetem negativamente a economia nacional, a infraestrutura tecnológica ou os serviços digitais do país.

Vieira argumenta que a atual legislação é insuficiente diante das novas formas de ingerência externa. “Há muitas outras formas de se atentar gravemente contra a soberania de um país”, escreveu o parlamentar no projeto. Ele ressalta que o uso de tarifas comerciais por potências estrangeiras se tornou uma estratégia eficaz para pressionar o Estado brasileiro. “Tarifas revelaram-se um instrumento contundente para pressionar os Poderes a agirem no interesse de um país estrangeiro”, completou.

A proposta estabelece que será punido qualquer cidadão que colabore com agentes externos com o objetivo de influenciar decisões dos Poderes da República. No entanto, ficam resguardadas ações voltadas à defesa de tratados internacionais dos quais o Brasil já seja signatário, como apelações a cortes internacionais ou a organismos multilaterais.

Henrique Vieira defende que a legislação deve acompanhar as transformações geopolíticas globais. “Vivemos um cenário de grandes mudanças na ordem mundial. Nossas instituições têm de ler esse cenário e forjar leis adequadas para proteger nosso país contra interferências cada vez menos ortodoxas vindas de terceiros”, justificou.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Exportações brasileiras disparam no Porto de Santos às vésperas do tarifaço de Trump

Embarques de carne e café crescem antes da nova tarifa dos EUA. Movimento de caminhões aumenta 70% na região portuária

      Navios no Porto de Santos 01/05/2024 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: Amanda Perobelli)

Às vésperas da aplicação de tarifas mais altas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as exportações brasileiras dispararam no Porto de Santos, em São Paulo. Segundo o Metrópoles, nas duas primeiras semanas de julho houve um aumento expressivo nos embarques de proteínas animais e café, impulsionando também o tráfego de caminhões na região portuária.

Dados divulgados pela Autoridade Portuária de Santos mostram que os embarques de carnes bovina, de frango, suína, miúdos e outras proteínas animais — todos medidos por contêiner — cresceram 96% no período. Já as exportações de café, com forte demanda dos Estados Unidos, registraram alta de 17%.

Outro destaque foi a exportação de celulose: foram embarcadas 50 mil toneladas, um volume superior ao registrado nos meses anteriores, segundo a administração do porto. O aumento no ritmo das exportações fez com que o tráfego de caminhões na área do porto de Santos crescesse 70%.

Medida tarifária dos EUA impacta comércio bilateral - O forte movimento é resultado direto da corrida dos exportadores para antecipar remessas antes que entre em vigor, no dia 1º de agosto, a nova tarifa imposta pelo governo Trump. Anunciada em 9 de julho, a medida estabelece uma alíquota de 50% sobre produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos.

Os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras, ficando atrás apenas da China. Já o Porto de Santos, principal terminal portuário da América Latina, é responsável por cerca de 30% da corrente comercial do Brasil, o que o torna peça-chave na logística de exportações nacionais.

Reação e expectativa no setor exportador - O movimento acelerado nos embarques revela a preocupação do setor exportador com os impactos da nova política tarifária norte-americana. A busca por antecipar contratos e entregas demonstra o receio de perda de competitividade frente a concorrentes de outros países, especialmente no setor de proteínas e commodities.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gleisi condena "chantagens e sanções agressivas" de Trump e "conspiração" com bolsonaristas

Para ministra, extrema-direita internacional tenta minar a democracia com ataques coordenados. Encontro no Chile discute resposta conjunta

      Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

Em publicação nas redes sociais neste domingo (20), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou duramente o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e alertou para a “conspiração” entre Jair Bolsonaro (PL) e aliados e representantes da gestão norte-americana. A postagem foi feita na véspera da participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma reunião internacional em Santiago, no Chile.

Segundo Gleisi, o encontro, que reunirá os presidentes do Chile, Espanha, Colômbia e Uruguai, tem como objetivo central discutir os ataques à democracia promovidos por forças da extrema-direita em diferentes partes do mundo. A ministra apontou que o Brasil tem vivenciado esse processo “de perto”, em referência ao governo Bolsonaro e seus apoiadores, e agora enfrenta uma escalada por meio de ações vindas de Washington.

Nós conhecemos de perto os ataques feitos aqui no Brasil, por Jair Bolsonaro e seu entorno, e agora as chantagens e sanções agressivas do governo dos EUA contra nossa democracia, a partir de uma conspiração dos bolsonaristas com os agentes do presidente norte-americano”, escreveu Gleisi.

Ela alertou para o caráter global dessas ofensivas, que, segundo ela, têm como objetivo desmontar os pilares democráticos e impor a “lei do mais forte”, favorecendo desigualdades e injustiças. Ao reforçar o compromisso do governo Lula com a defesa da democracia, Gleisi destacou a importância do fortalecimento do multilateralismo e da regulação das plataformas digitais.

“Eles sabem que sem democracia o que prevalece é a lei do mais forte, a desigualdade e a injustiça. E nós queremos mais democracia, inclusive nas relações entre os países, para fortalecer o multilateralismo e o diálogo pela paz”, afirmou.

A ministra ainda destacou que os principais temas debatidos no Chile incluirão o enfrentamento das desigualdades, a regulamentação das redes sociais para impedir a disseminação de mentiras, discurso de ódio e crimes, inclusive contra crianças e famílias.

“Queremos democracia sempre, para todos e todas”, finalizou.

Fonte: Brasil 247

Eduardo Bolsonaro diz que não vai renunciar ao mandato de deputado

Licença do parlamentar, que está nos EUA, termina neste domingo (20)

     Deputado Eduardo Bolsonaro - 24/02/2024 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

Por André Richter, repórter da Agência Brasil - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste domingo (20) que não vai renunciar ao cargo. Em março deste ano, o parlamentar, que é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, pediu licença do mandato e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a licença de 120 dias termina hoje, e o deputado pode ser cassado por faltas ao não retornar ao Brasil.

Durante uma live realizada nas redes sociais, o deputado disse que vai conseguir “levar o mandato” por mais três meses.

“Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses”, afirmou.

No STF, Eduardo é investigado pela sua atuação junto ao governo norte-americano para promover medidas de retaliação contra o Brasil e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e tentar barrar o andamento da ação penal na Corte sobre a trama golpista, que tem seu pai como um dos réus.

Na transmissão, o deputado voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes e ironizou a decisão do governo do presidente Donald Trump que suspendeu o visto de ministros do STF.

Ele também comentou a decisão na qual Moraes afirmou que o parlamentar “intensificou as condutas ilícitas” e determinou que entrevistas e postagens recentes nas redes sejam incluídas na investigação.

"O cara que se diz ofendido [Moraes], ele pega e junta no processo que ele abriu. O cara que vai me julgar, ele vai ver o que eu faço na rede social. Então, você da Polícia Federal, que está me vendo, um forte abraço. A depender de quem for, está sem visto", disse.

O deputado também defendeu a anistia para Jair Bolsonaro e afirmou que está "disposto a ir às últimas consequências".

“É para entender que não haverá recuo. Não é jogar não para ver se depois dá certo, achar um meio-termo. Não estou aqui para isso", completou.

Na sexta-feira (18), no mesmo inquérito em que Eduardo é investigado, Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e foi obrigado a colocar tornozeleira eletrônica e proibido de sair de casa entre 19h e 6h.

As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes após a PGR alegar risco de fuga do ex-presidente, que é réu na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 e deve ser julgado pelo Supremo em setembro.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Veja o momento em que Flávio Bolsonaro foge do Brasil


     Flavio Bolsonaro em vídeo no aeroporto. Foto: Reprodução

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) embarca no voo TP58, com destino a Lisboa, na quinta-feira (17), às 17h10, no Aeroporto Internacional de Brasília. A viagem foi confirmada por sua assessoria e ocorreu um dia antes da operação da Polícia Federal contra seu pai, Jair Bolsonaro, levantando suspeitas e questionamentos sobre o timing da partida.

O vídeo ganhou repercussão após parlamentares e usuários nas redes apontarem a ausência de Flávio como suspeita de tentativa de fuga. A principal crítica partiu do deputado André Janones (Avante-MG), que acusou o senador de fugir “como um rato para não ser preso”. A assessoria de Flávio afirmou apenas que ele está em período de recesso, sem divulgar seu itinerário ou compromissos na Europa.

Nas redes sociais, Flávio ironizou os ataques ao chamá-los de “zorates” e “aldrabões”, mantendo um tom de deboche mesmo após a ofensiva policial. Em nova publicação, manifestou apoio ao pai: “Fica firme, pai, não vão nos calar!”. Enquanto isso, seu irmão Eduardo Bolsonaro segue nos Estados Unidos, onde reforça articulações com aliados de Donald Trump.

A operação da PF impôs medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais e contato com investigados. A movimentação internacional dos filhos, somada ao silêncio da defesa, levanta dúvidas sobre possíveis estratégias do clã para buscar apoio externo ou evitar futuras sanções judiciais no Brasil.

Fonte: DCM

Após ação da PF, Centrão amplia isolamento e abandona Bolsonaro

 

Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. Foto: Zanone Fraissat/Folhapress

A operação da Polícia Federal realizada na última sexta-feira (18), que incluiu mandados de busca e apreensão e a imposição do uso de tornozeleira eletrônica, colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma nova frente de desgaste político. A medida, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou seu isolamento e aprofundou a pressão sobre o centrão, que cobra uma definição sobre os rumos para as eleições presidenciais de 2026.

O episódio ocorre em meio a um ambiente já conturbado. Dias antes, a taxação sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump havia gerado forte repercussão no país. O tema provocou embates dentro do próprio campo conservador, especialmente entre o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Com o agravamento da situação jurídica do ex-presidente, líderes partidários passaram a defender abertamente que ele desista de se colocar como candidato, ainda que inelegível, e se torne um articulador em prol de uma candidatura única à direita. Tarcísio de Freitas surge como um dos nomes mais cotados para receber esse apoio.

Dirigentes de siglas como União Brasil, Progressistas e uma ala do MDB próxima à direita veem Bolsonaro cada vez mais fragilizado. A avaliação é de que, enfraquecido pelas investigações, ele já não consegue centralizar o debate político, abrindo espaço para que partidos do Centrão tenham mais peso nas negociações sobre o futuro da oposição.

Bolsonaro é conduzido pela PF para colocar a tornozeleira eletrônica. Foto: Wilton Jr/ Estadão
Nesse cenário, Tarcísio tenta se equilibrar. Após inicialmente culpar o governo Lula pelo aumento das tarifas, ajustou o discurso diante da rejeição da medida e se aproximou do setor empresarial, reunindo-se com representantes dos Estados Unidos. A movimentação gerou atritos com Eduardo Bolsonaro, mas, em um gesto de aproximação com o bolsonarismo, o governador paulista defendeu o ex-presidente em publicação recente.

Bolsonaro, por sua vez, reuniu aliados em Brasília, entre eles Ciro Nogueira (Progressistas) e Antônio Rueda (União Brasil), para tentar se desvincular do desgaste provocado pelo tarifaço. O ex-presidente pediu que líderes partidários reforcem que ele não tem relação com a decisão de Trump. Ele também manifestou preocupação com declarações de Eduardo, que, segundo parlamentares, atrapalham as articulações para 2026.

Enquanto isso, a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro segue sem perspectiva de avanço no Congresso. Ainda assim, partidos do Centrão evitam lançar um candidato sem o aval de Bolsonaro, apostando em uma construção que leve a um apoio dele a Tarcísio. A indefinição, porém, pode comprometer os planos eleitorais da direita caso se prolongue.

Fonte: DCM

Siderado, Eduardo Bolsonaro ameaça Moraes, pega a filha e diz que morrerá “no exílio”

 

Eduardo Bolsonaro afirmou que não renunciará ao mandato e disse que prefere morrer nos EUA a submeter sua família a uma cadeia. Foto: Reprodução


Em uma live transmitida neste domingo (20), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a adotar um discurso confrontador ao dizer que não recuará de sua atuação junto ao governo dos Estados Unidos e que seguirá “enfrentando o sistema”. Durante a transmissão, ele negou qualquer intenção de renunciar ao mandato parlamentar e reforçou que continuará no que chama de “exílio”, em solo americano.

A live foi marcada por momentos inusitados e familiares.

Em um dos trechos, Eduardo chamou a filha de 4 anos e perguntou: “O papai é o quê?”. A menina respondeu inicialmente “animal”, arrancando risos do pai. Depois, ao ser novamente questionada, disse: “herói”, e em seguida cantou: “O papai é o herói. É o melhor papai. É o melhor de todos que eu já vi”.

A aparição, com o filho do ex-mandatário brasileiro visivelmente transtornado, ocorre no mesmo dia em que sua licença parlamentar chega ao fim, após quatro meses fora da Câmara.

Mesmo com o fim do período oficial de afastamento, Eduardo já declarou que não pretende retornar ao Brasil. Ele é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suas ações em território americano, no contexto da articulação internacional em defesa do pai, Jair Bolsonaro, e de ataques à Justiça brasileira.

O ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil. Foto: reprodução

Na mesma investigação, o ministro Alexandre de Moraes impôs medidas cautelares ao ex-presidente, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com investigados e de acesso a representações diplomáticas. Moraes também levou em conta, na decisão, o risco de fuga de Bolsonaro e alegações de tentativa de obstrução de Justiça e atentado à soberania nacional.

Eduardo, por sua vez, tem intensificado encontros com parlamentares republicanos nos EUA e se apresenta como vítima de uma suposta perseguição política. Durante a live, o deputado afirmou: “Vocês acham mesmo que eu vou forçar minha família a entrar numa cadeia? Prefiro morrer aqui no exílio”.

Enquanto parte dos delinquentes seguidores de Jair se mobilizam e passam vergonha no Brasil, Eduardo segue conspirando contra o Brasil nos EUA e fugindo da Justiça sob a falsa alegação de exílio.

O tom vexaminoso da live, com bandeiras dos EUA ao fundo e a presença da filha, como nos filmes de gangsters, foi recebido com ironias nas redes sociais, que classificaram o episódio como um “teatro político em família”.

Fonte: DCM

Sakamoto: Tornozeleira ajudou o Brasil ao despir bolsonarismo do falso patriotismo


Bandeira dos EUA em manifestação em favor de Bolsonaro. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Por Leonardo Sakamoto, no UOL

Após Jair Bolsonaro ganhar uma tornozeleira por conspirar com uma nação estrangeira contra os interesses do Brasil, tudo para se ver livre da cadeia após tentar um golpe de Estado, seus aliados avisam que a aposta será dobrada e Trump vai causar dor e sofrimento junto à população. Ou seja, a tornozeleira despiu o bolsonarismo de seu falso patriotismo.

Aliados do clã Bolsonaro avisam que o tarifaço passará de 50% a 100%, vistos para cidadãos comuns serão negados, brasileiros que trabalham nos EUA serão deportados e o uso de satélites norte-americanos passará a ser bloqueado – o que dificultará as telecomunicações e o funcionamento de GPS até em celulares. Há um pessoal que goza com o canhão alheio defendendo até invasão militar.

Sanções individuais impostas a membros do Poder Judiciário são bizarras e atacam nossa soberania, pois são adotadas para forçar um país independente a agir como colônia norte-americana. Mas não afetam o cotidiano da esmagadora maioria da população brasileira e, por isso, contam com baixa resposta popular. O mesmo não pode ser dito de ataques que tornam um inferno a vida de trabalhadores, empresários e cidadãos em geral, criando fome e caos.

      Donald Trump. Reprodução

Caso Trump imponha o que o bolsonarismo deseja, a vida realmente vai ficar mais difícil por aqui. Contudo, a aposta da extrema direita é que, pressionado por uma potência estrangeira, o povo brasileiro vai arregar e exigir que Bolsonaro permaneça impune pelos crimes contra os quais é acusado.

Essa aposta, a meu ver, parte de um pressuposto equivocado. Considera que o nível de patriotismo da maioria dos atores políticos, sociais, econômicos e do povão é tão baixo quanto daqueles que pedem para os EUA ameaçarem o Brasil.

Ou seja, o bolsonarismo que endossa sanções contra a sociedade acredita que o povo é tão entreguista quanto eles. Não entendem o equívoco dessa aposta, pois essa é a sua matriz de interpretação do mundo.

Quando uma pessoa ou um grupo estão atuando como personagens por muito tempo, mentindo para os outros e, principalmente, para si mesmos, mais cedo ou mais tarde, são traídos pelo inconsciente. Até porque manter as aparências publicamente exige muita energia, e a verdade é algo que esmaga por dentro, forçando confissões.

Independente do que aconteça, ver a extrema direita apontar que o Brasil será dela ou não vai ter Brasil, pelo menos serviu para destampar o “bolsonarismo sincerão”. O que é um baita alívio para quem achava esquisito esse povo dizer “Brasil acima de tudo” e bater continência para outra bandeira.

Fonte: DCM

A previsão para Bolsonaro ser preso, segundo a PGR

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro chorando. Foto: Reprodução
O julgamento final do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito do golpe deve ser encerrado até meados de setembro deste ano, segundo integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR). A análise está em curso na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), composta por cinco ministros.

A estimativa considera que nenhum dos magistrados peça vista do processo. Caso contrário, a avaliação do caso só será retomada entre meados e o fim de outubro, prolongando o desfecho do julgamento.

Se houver condenação, a prisão de Bolsonaro poderá ocorrer entre o fim de outubro e o início de novembro de 2025. Essa projeção leva em conta o trâmite regular do processo, sem interrupções além de um eventual pedido de vista.

Desde sexta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes determinou que Bolsonaro cumpra uma série de medidas restritivas. Uma delas é o uso de tornozeleira eletrônica, já imposto ao ex-presidente.

O ministro relator do STF Alexandre de Moraes. Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

A decisão faz parte das ações relacionadas ao inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado. Moraes é o relator do caso no STF e vem acompanhando de perto o cumprimento das ordens judiciais.

Caso descumpra qualquer uma das restrições, Bolsonaro poderá ter a prisão preventiva decretada antes mesmo de a Primeira Turma concluir o julgamento.

A Primeira Turma do STF, é a responsável por casos criminais de maior repercussão, e vem adotando um ritmo contínuo de análise. Porém, qualquer interrupção solicitada por um dos ministros pode alterar o cronograma previsto pela PGR.

O inquérito do golpe é um dos processos mais relevantes envolvendo o ex-presidente e deve definir seu futuro político e jurídico nos próximos meses.

Fonte: DCM

VÍDEO: CazéTV ironiza Bolsonaro com piadas sobre tornozeleira

 

Casimiro MIguel e Luiz Felipe Freitas na CazéTV. Foto: Reprodução
Um trecho bem-humorado da live da CazéTV neste sábado (20) viralizou nas redes sociais após os apresentadores ironizarem a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de operação da Polícia Federal. Durante a transmissão, integrantes da equipe fizeram piadas sobre tornozeleira eletrônica e a descoberta de um pendrive no banheiro, em uma alusão clara às medidas cautelares impostas ao ex-mandatário.

“Encontramos um pendrive no banheiro do Cazé, que vai revelar quem é a verdadeira dona da CazéTV”, disse Marcelo Adnet, arrancando risos da equipe. Outro emendou: “Começa com plim, termina com plim”, insinuando que a Globo estaria por trás do canal. A sequência de piadas incluiu ainda menções a tornozeleira eletrônica e a uma suposta repórter “impedida de se manifestar” por estar monitorada judicialmente.

A sátira faz referência direta à recente operação da PF contra Bolsonaro, que resultou na imposição de medidas como tornozeleira, recolhimento domiciliar e proibição de uso das redes.

Fonte: DCM

Bolsonaristas fazem ato em Brasília contra tornozeleira do ex-presidente

 

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em manifestação em Brasília. Foto: Reprodução
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizam, neste domingo (20), uma manifestação em Brasília contra as restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal. O protesto foi agendado após o ex-mandatário ser colocado em recolhimento domiciliar com monitoramento por tornozeleira eletrônica, medida determinada pela Justiça diante do risco de fuga e de articulações políticas internacionais.

O ato, denominado “Caminhada pela Liberdade”, teve concentração marcada para as 9h no Eixão Sul, em frente ao Banco Central. Parlamentares como Bia Kicis (PL-DF) e Damares Alves (Republicanos-DF) incentivaram a participação nas redes sociais, pedindo que os manifestantes vestissem verde e amarelo. Os organizadores defendem que a mobilização é uma resposta urgente ao que consideram perseguição política.

Em vídeo divulgado nas plataformas digitais, Bia Kicis afirmou que a situação requer mobilização imediata. Ela destacou a importância da presença popular como forma de resistência, reiterando a necessidade de “fé, esperança e garra”. A manifestação busca reverter a percepção de desgaste político enfrentado por Bolsonaro após as recentes decisões judiciais.



Fora de Brasília, lideranças bolsonaristas também articulam atos em outros estados. No Espírito Santo, o senador Magno Malta (PL-ES) promove uma carreata em Vila Velha, prevista para o meio-dia, criticando o que chamou de “injustiça brutal” contra o ex-presidente. Em Minas Gerais, apoiadores divulgaram convocação para um protesto na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.

O Partido Liberal, legenda de Bolsonaro, divulgou nota incentivando manifestações pacíficas em todo o país. O líder do partido na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcanti (RJ), reforçou o chamado por meio de suas redes sociais. A sigla aposta na pressão popular como estratégia para contestar as medidas cautelares que atingem o ex-presidente.

O golpista Paulo Figueiredo, próximo de Eduardo Bolsonaro, também incentivou as manifestações com publicações nas redes. Ele afirmou que “está chegando a hora de ir para as ruas como nunca antes”. O movimento acontece após o último flopado em São Paulo, que reuniu cerca de 12,4 mil pessoas, considerado um dos menores desde 2022.

Fonte: DCM