sexta-feira, 18 de julho de 2025

Pen drive no banheiro de Bolsonaro intriga PF e levanta suspeita de esquema com criptomoedas

 


Em meio ao pântano de investigações que encurrala o clã Bolsonaro, uma peça, até então mantida na penumbra dos inquéritos, pode ser a chave para desvendar um esquema de movimentação financeira. Fontes da Polícia Federal em Brasília adiantaram ao DCM informações sobre o pen drive escondido no banheiro do ex-presidente.

A hipótese que se desenha é que o dispositivo pode ser, na verdade, uma “cold wallet” – uma carteira fria de criptomoedas.

“Uma pessoa pediu para usar o banheiro, quando voltou, estava com o pen drive na mão. Eu nunca abri um pen drive na minha vida. Eu nem tenho laptop em casa para mexer com isso. A gente fica preocupado”, declarou Bolsonaro a jornalistas. Seu filho e comparsa Eduardo fala em “evidências plantadas”.

Parecem traficantes de drogas jogando cocaína na privada durante uma batida policial.

Para o cidadão comum, um pen drive serve para guardar fotos, documentos de texto ou apresentações. No submundo das finanças ilícitas, no entanto, sua função pode ser outra. Modelos de armazenamento de criptoativos em dispositivos offline são a ferramenta predileta para quem deseja lavar dinheiro e praticar evasão de divisas.

Milhões de reais, obtidos de fontes obscuras – como as famigeradas “rachadinhas” ou supostos esquemas de corrupção –, são convertidos em criptomoedas como Bitcoin (BTC) ou Ethereum (ETH). Uma vez digitalizado, o dinheiro perde seu rastro físico. O passo seguinte é transferir esses ativos digitais para uma “cold wallet”.

Diferente das corretoras online (hot wallets), que são conectadas à internet e rastreáveis, a carteira fria é um cofre offline. O pen drive, uma vez carregado com as chaves de acesso às criptomoedas, é desconectado da rede, tornando-se um fantasma para o sistema financeiro tradicional e para a Receita Federal.

Com esse dispositivo no bolso, uma pessoa pode cruzar fronteiras transportando fortunas sem que um único dólar seja detectado em scanners de aeroporto ou em contas bancárias. Ao chegar em um paraíso fiscal ou em países com regulação frouxa, como os Estados Unidos, basta conectar o pen drive a um computador, acessar os fundos e convertê-los novamente em moeda local. É a evasão de divisas em sua forma mais pura e tecnológica, um crime perfeito para a era digital.

É bom lembrar que ainda foram encontrados 14 mil dólares e 7 mil reais em dinheiro vivo.

A suspeita ganha força quando se observa o contexto. As investigações sobre a venda de joias e presentes oficiais nos Estados Unidos, operada por figuras de confiança de Bolsonaro, como seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, levantam uma questão óbvia: como o dinheiro dessas transações retornava ao Brasil ou era utilizado no exterior sem levantar alertas?


Teria o esquema de criptoativos servido para “limpar” esses valores? Seria essa a ponta do iceberg de uma estrutura montada para financiar a vida nababesca do clã no exterior e, quem sabe, para financiar atos antidemocráticos, longe dos olhos do Coaf e do Banco Central?

O que continha, afinal, o pen drive encontrado no banheiro? Seriam apenas arquivos pessoais ou as chaves criptográficas de uma fortuna digital? Se a Polícia Federal conseguir quebrar a criptografia do dispositivo – uma tarefa notoriamente difícil –, o que revelará?

Fonte: DCM

Moraes revê decisão sobre IOF nesta sexta. Veja o que muda

De acordo com o ministro, não haverá cobrança retroativa de valores não recolhidos durante o período em que a elevação do tributo estava suspensa

     Alexandre de Moraes (Foto: Gustavo Moreno / STF)

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes revisou nesta sexta-feira a decisão que validou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) feito pelo governo para estabelecer que não haverá cobrança retroativa de valores não recolhidos durante o período em que a elevação do tributo estava suspensa.

Na quarta-feira, Moraes concedeu liminar para retomar a vigência da maior parte do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que elevou alíquotas do IOF sobre uma série de operações de câmbio, crédito e previdência.

Na ocasião, ele definiu que o retorno da eficácia da medida teria efeito retroativo desde sua edição. Agora, ele revisou esse ponto após pedido da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).

“Em respeito ao princípio da segurança jurídica, convém esclarecer que no período compreendido pela suspensão da eficácia do decreto presidencial não se aplicam retroativamente as alíquotas majoradas”, disse o ministro na nova decisão.

Segundo ele, a complexidade das operações financeiras sujeitas ao IOF é obstáculo significativo à operacionalização da cobrança, “sob risco de insegurança e aumento injustificado de litigiosidade entre fisco e agentes econômicos”.

A elevação do IOF pelo governo foi derrubada pelo Congresso no fim de junho e o caso foi levado ao Supremo pelo presidente Lula. No início de julho, Moraes suspendeu liminarmente os decretos presidenciais que elevaram o IOF, bem como a decisão do Congresso que sustou seus efeitos.

Após tentativa de conciliação entre governo e Congresso que terminou sem acordo, o ministro decidiu pela validação da medida do governo, exceto o ponto que criou uma cobrança de IOF sobre o chamado risco sacado, operação de antecipação de recebíveis feita por empresas.

Na quinta-feita, a Receita Federal já havia informado que instituições financeiras que recolheram IOF menor durante a suspensão de decreto não seriam obrigados a fazer a quitação retroativamente, mas ponderou que ainda avaliaria a situação em relação a uma eventual cobrança dos contribuintes.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Moro resolve sair em defesa de Bolsonaro e faz comparação com Lula

Para o ex-juiz suspeito, o STF abriu um “precedente perigoso” ao restringir o direito de manifestação do ex-mandatário, réu no inquérito do plano golpista

      Sergio Moro (Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado)

Blog do Esmael - O senador Sergio Moro (União-PR), ex-ministro da Justiça e pré-candidato ao governo do Paraná em 2026, criticou duramente a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs o uso de tornozeleira eletrônica e restrições judiciais ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o veto ao uso de redes sociais e a proibição de manter contato com outros investigados.

As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. Segundo a decisão, Bolsonaro estaria tentando obstruir a Justiça e influenciar depoimentos de outros réus, o que justificaria a adoção de medidas cautelares severas. Além da tornozeleira, o ex-presidente está proibido de se ausentar do Distrito Federal, falar publicamente sobre o caso e interagir em plataformas digitais, direta ou indiretamente.

Ao comentar o caso, Moro traçou um paralelo com o processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato e afirmou que, mesmo quando condenado, Lula nunca teve cerceado seu direito de se manifestar publicamente.

“O Lula nunca foi proibido de se manifestar publicamente ou dar entrevista, ao se posicionar em rede social antes do julgamento, do caso Lava Jato. Nem por mim, nem pelo TRF, nem por qualquer corte”, argumentou o ex-juiz da Lava Jato.

Na avaliação de Moro, o STF abriu um “precedente perigoso” ao restringir o direito de manifestação de Bolsonaro antes de uma condenação definitiva. Segundo ele, “a forma como a pessoa se manifesta não pode ser controlada pelo Estado”.

Além da crítica jurídica, o senador também fez um alerta político e econômico, relacionando o episódio às recentes tensões diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos. Para Moro, a escalada de conflitos, como as tarifas anunciadas pelo governo Trump contra produtos brasileiros, exige um diálogo mais firme por parte do governo Lula.

“Temos que sentar com firmeza, com altivez, com o governo norte-americano, para evitar que essas tarifas se concretizem. Nossas economias, inclusive a do Paraná, vão ser atingidas, e tudo tem que ser feito para que isso não ocorra.”

Moro enfatizou que não se trata de defender Bolsonaro, mas de garantir que qualquer cidadão, acusado ou não, tenha preservados os direitos fundamentais, como a liberdade de expressão.

“Nos assuntos internos de justiça, é uma questão nossa ser trabalhada. Mas nós não podemos concordar com essa restrição aos direitos de manifestação, do Bolsonaro ou de qualquer acusado.”

A fala de Sergio Moro ocorre num momento crítico da cena política brasileira, em que o STF endurece medidas contra o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados, enquanto o governo Lula enfrenta a crise tarifária com os Estados Unidos. Ao se posicionar, o ex-juiz sinaliza uma tentativa de reafirmar protagonismo político tanto no campo jurídico quanto eleitoral, mirando o Palácio Iguaçu.

Bolsonaro sofreu as restrições do STF sob a suspeita de continuar articulando, com apoio do governo Donald Trump, ações que comprometem a economia e a soberania nacional. Segundo os autos, as sobretaxas de até 50% sobre produtos brasileiros seriam parte de uma retaliação política e econômica, utilizada como forma de pressão sobre o Supremo Tribunal Federal. A estratégia, segundo a Corte, seria uma tentativa de intimidar os ministros e condicionar o andamento do julgamento por tentativa de golpe de Estado a interesses externos, sob pena de prejuízos diretos ao povo brasileiro.

Fonte: Brasil 247

Lindbergh critica tentativa da oposição em reverter medidas contra Bolsonaro: 'não há chance de aprovação no Congresso'

Bolsonaristas querem o fim do recesso parlamentar para traçar estratégias com o objetivo de blindar o ex-mandatário, réu no inquérito da trama golpista

      Lindbergh Farias (Foto: Kayo Magalhaes / Câmara)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), defendeu a decisão da Polícia Federal (PF), que impôs medidas cautelares a Jair Bolsonaro (PL) como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de acesso a redes sociais. A PF atendeu a um pedido feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator do inquérito da trama golpista no STF, onde o político da extrema-direita é réu.

Em postagem na rede social X, nesta sexta-feira (18), o parlamentar também criticou uma proposta da oposição ao governo Lula no Congresso Nacional. Parlamentares bolsonaristas querem o fim do recesso parlamentar e a votação de algumas pautas para reverter a decisão anunciada pelo ministro do STF.

Segundo Lindbergh, “essa conversinha da oposição pedir o fim do recesso parlamentar é desespero de bolsonaristas que sabem que a casa dos golpistas caiu”. “Zero possibilidade dessa proposta ser levada a sério. O Brasil não é uma colônia dos EUA. O Brasil é um país livre e soberano. Hoje está sendo um dia importante para reafirmarmos, enquanto nação, que as nossas instituições não se intimidam com ameaças. #BrasilSoberano”.

O líder do Partido dos Trabalhadores também havia pedido ao Supremo a prisão de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por causa das articulações feitas pelo deputado licenciado com o governo Donald Trump (EUA).

No último dia 9 de julho, o presidente norte-americano anunciou um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras aos EUA. Em carta endereçada ao presidente Lula (PT), Trump citou o processo judicial contra Jair Bolsonaro (PL) na investigação da trama golpista.

O governo Lula já reuniu ministros e representantes de diversos setores da economia para elaborar uma resposta às medidas de Trump. A estratégia inclui fortalecer parcerias com outros mercados, como os países do BRICS, com o objetivo de evitar que a guerra comercial imposta pelos EUA cause graves prejuízos à população brasileira.

Jair Bolsonaro responde a cinco crimes perante o Supremo Tribunal Federal (STF), com penas que, somadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão. As acusações incluem:

    ● Formação de organização criminosa armada
    ● Tentativa de golpe de Estado
    ● Ameaça ao Estado Democrático de Direito
    ● Danos a bens patrimoniais protegidos
    ● Crimes contra o patrimônio com agravante de violência

Após o anúncio das acusações, os Estados Unidos iniciaram uma investigação sobre práticas comerciais do Brasil, por meio do USTR (Escritório do Representante Comercial dos EUA). Em resposta, o governo brasileiro começou a discutir possíveis contra-medidas.

Contexto geoeconômico

A ação norte-americana vai além do caso jurídico interno do Brasil, refletindo:

    ● A ascensão do BRICS na economia global
    ● A criação de sistemas financeiros independentes do dólar
    ● O enfraquecimento gradual da dominância monetária dos EUA

A força do BRICS em números

1. Economia
    • 39% do PIB global (PPC)
    • 24% do comércio mundial

2. Recursos Naturais
    • 72% das reservas de terras raras
    • Influência sobre 36% do território global

3. Energia
    • 43,6% da produção de petróleo
    • 36% do gás natural
    • 78,2% do carvão mineral

Essa combinação de poder econômico, energético e geopolítico ajuda a explicar a postura defensiva do governo Trump contra países emergentes, posicionando o Brasil como um alvo estratégico nessa disputa pela reordenação do poder mundial.

Fonte: Brasil 247

Apucarana realiza consulta pública sobre Arborização Urbana


A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da empresa de consultoria Ambiente-se, iniciou nesta sexta-feira (18/7) uma consulta pública destinada a subsidiar a elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana. O objetivo é ouvir as opiniões e sugestões da população acerca do plantio, manejo e conservação das árvores na cidade.

A arborização urbana desempenha papel crucial na qualidade de vida nas áreas urbanas, oferecendo sombra, conforto térmico, embelezamento das vias públicas e contribuindo significativamente para a saúde coletiva e o equilíbrio ambiental. O Plano Municipal de Arborização Urbana de Apucarana está sendo desenvolvido de maneira colaborativa, com a participação da administração municipal, entidades da sociedade civil e a população.

A empresa Ambiente-se Consultoria de Projetos, vencedora da licitação, é a responsável pela elaboração do plano. “Além da consulta pública, a empresa realizará um levantamento de campo. Apucarana possui 326 bairros, que serão analisados por meio de amostragem de 20% das árvores e arbustos em áreas públicas. Os dados coletados incluirão a localização exata das árvores e suas características”, explicou o secretário municipal de Meio Ambiente, Diego Silva.

O prefeito Rodolfo Mota fez um apelo à população para que participe da consulta pública. “Convido todos os apucaranenses a responderem o questionário e contribuírem para a construção de um Plano de Arborização Urbana que reflita as necessidades e os desejos da nossa comunidade. O processo é simples e rápido”, afirmou.

Para participar da consulta pública, os interessados podem acessar o formulário disponível no link:


Fonte: Prefeitura de Apucarana
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Moraes cita Machado de Assis e Abraham Lincoln em decisão contra Bolsonaro; entenda

 

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Na decisão de impor o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF), citou o escritor Machado de Assis para justificar a medida. “A soberania nacional é a coisa mais bela do mundo, com a condição de ser a soberania e ser nacional”, diz o autor na frase destaca por Moraes, retirada de suas “Crônicas – Obras completas”, publicadas em 1957.

A referência literária não foi aleatória. A expressão “soberania nacional” tem sido usada repetidamente pelo governo Lula (PT) em resposta às tarifas de 50% impostas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, aos produtos brasileiros. Ao vincular o termo ao caso de Bolsonaro, Moraes reforçou a gravidade das acusações contra o ex-presidente, que incluem risco de fuga do país.

Além do histórico escritor brasileiro, Moraes também fez menção a um dos mais consagrados presidentes dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, em uma provocação a Trump. O magistrado citou que o 16° presidente estadunidense foi “responsável pela manutenção da União e pela proclamação da Emancipação” de sua nação.

O ministro ainda parafraseou Lincoln com a frase “os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis”, para justificar a defesa da soberania brasileira.

Veja os trechos:


As novas regras impostas por Moraes a Bolsonaro são severas:

– Recolhimento domiciliar noturno (19h às 6h) e integral nos fins de semana;
– Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica;
– Proibição de contato com diplomatas estrangeiros;
– Restrição de aproximação de embaixadas e consulados;
– Suspensão do uso de redes sociais.

“A situação descrita revela necessidade urgente e indeclinável, apta para justificar a imposição de novas medidas cautelares que possam assegurar a aplicação da lei penal e evitar a fuga do réu”, afirma o ministro em sua decisão.

A Polícia Federal cumpriu mandados na casa de Bolsonaro no Jardim Botânico (DF) e em seu escritório político, onde encontrou:
– US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie
– Cópia de ação judicial movida por empresa de Trump contra Moraes nos EUA
– Pendrive escondido em banheiro (enviado para perícia)

Embora manter valores em casa não seja crime, quantias acima de US$ 10 mil exigem declaração em viagens internacionais. A ação da Rumble – plataforma de vídeos associada a Trump – questiona no judiciário americano decisões brasileiras sobre remoção de conteúdos.

O ex-presidente negou qualquer intenção de deixar o país: “Nunca pensei sair do Brasil e nunca pensei em ir para embaixada”. Classificou a operação como “suprema humilhação”, em aparente referência ao STF. Seu advogado, Celso Vilardi, afirmou que Bolsonaro só se manifestará após ter acesso integral à decisão judicial.

Fonte: DCM

VÍDEO – Ato na 25 de Março contra Trump tem Bolsonaro preso e bandeiras comunistas

 

Protesto na 25 de Março: contra Trump e pela prisão de Bolsonaro. Foto: Divulgação
Na manhã desta sexta-feira (18), comerciantes e trabalhadores ocuparam a Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, em um protesto contra as medidas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos sobre o comércio brasileiro. A manifestação teve como foco a imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, medida que afetaria diretamente as vendas e o comércio de produtos.

Cartazes, fantasias de políticos e bandeiras do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) marcaram o ato, que também teve a Polícia Federal (PF) acompanhando os manifestantes. O protesto se concentrou na Rua Carlos de Sousa Nazaré, uma travessa da famosa rua comercial, pouco depois de Jair Bolsonaro se tornar alvo de uma operação da PF.

Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em sua residência em Brasília e na sede do Partido Liberal (PL), com a imposição de medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica. Bolsonaro, que está sendo investigado pelo STF por envolvimento em uma suposta trama golpista, viu a Rua 25 de Março ser mencionada em um relatório como um dos principais polos de falsificação de produtos.

Durante o protesto, figuras de Trump e Bolsonaro, como “prisioneiro”, foram vistas carregando simbolicamente um saco de dinheiro, ilustrando as críticas contra a interferência dos Estados Unidos na soberania brasileira. Os manifestantes, em sua maioria comerciantes locais, exigiram o fim da interferência de Washington nos assuntos internos do Brasil e o reconhecimento da independência do comércio nacional.




Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP), organizador da manifestação, afirmou: “Enquanto sindicalista e cidadão, nós não podemos permitir que outro país possa querer ditar regras para o nosso país”.

Patah ainda ressaltou que questões como pirataria de produtos devem ser resolvidas pelas autoridades brasileiras, e não por decisões de um governo estrangeiro. “Porque lá nos Estados Unidos também tem a mesma coisa que tem aqui no Brasil”, completou.

Paulo Li, um comerciante chinês com 19 anos de atuação na 25 de Março, usou sua camiseta com o nome “Luis Vitao”, em uma crítica irônica à acusação de falsificação, fazendo referência à marca Louis Vuitton.

Ele expressou sua indignação com a medida de Trump, dizendo: “Eu saí da China porque lá já é difícil para trabalhar. Então a gente arrumou um lugar melhor, se esforçou bastante. Eu sou segunda geração no meu negócio, e mesmo assim o cara [Trump] está querendo vir atrás de gente”.

A movimentação gerou reações dentro do próprio setor sindical. Humberto Souza Oliveira Filho, atuante no SECSP, criticou a medida de Trump, que considera prejudicial à longa relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, com mais de 200 anos.

“Trump questiona o PIX, que é uma transação muito prática, e coloca em dúvida a idoneidade de comerciantes honestos que aqui estão”, afirmou o sindicalista, destacando que a medida visa mais a justificar uma agenda ideológica do que resolver problemas comerciais reais.

A taxa de 50% sobre as exportações de produtos brasileiros foi anunciada por Trump no início de julho e deverá entrar em vigor em agosto. A medida afetará não apenas o comércio de rua, mas também setores estratégicos da economia, como o agronegócio, a indústria e o aço. “Não à demissão” foi o grito mais entoado pelos manifestantes, que se opõem às consequências econômicas que a tarifa pode causar, como o aumento do desemprego no Brasil.

A Seção 301 da Lei Comercial dos EUA, que autoriza tais tarifas, foi solicitada por Trump e visa, entre outras coisas, a combater práticas comerciais que o governo norte-americano considera “injustas”.

A medida também foi justificada pelo presidente dos EUA com base no alegado “déficit comercial inexistente” entre os dois países, além da “distribuição e venda de produtos falsificados” na Rua 25 de Março. O governo dos EUA alega que a pirataria de produtos protegidos por direitos autorais é uma barreira significativa para a adoção de canais legítimos de distribuição de conteúdo.

Fonte: DCM

Abandonado por Bolsonaro, Tarcísio defende o ex-presidente: “Tempo trará justiça”

 

Tarcísio de Freitas, Governador do Estado de São Paulo. Foto: Divulgação
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou nesta sexta-feira (18) em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após a operação da Polícia Federal e as novas medidas cautelares impostas contra ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em publicação no X, Tarcísio adotou um “tom motivacional” e alinhado ao da família Bolsonaro, ao comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições contra o ex-presidente.

Tarcísio puxou o saco de Bolsonaro, destacando o “compromisso dele com o país”. “Coragem é um atributo que quem conhece Jair Bolsonaro sabe que nunca lhe faltou. Não faltou quando atentaram contra a sua vida. Não faltou para lidar com as crises sem precedentes que este país passou quando ele era presidente”, escreveu o governador paulista.

O texto de Tarcísio também menciona a suposta dor do ex-presidente por não poder falar com o filho Eduardo Bolsonaro, outro investigado no inquérito e atualmente nos Estados Unidos. “Não imagino a dor de não poder falar com um filho. Mas se as humilhações trazem tristeza, o tempo trará a justiça”, declarou.

Em sua postagem, o governador ainda critica o cenário político do país. “A sucessão de erros que estamos vendo acontecer afasta o Brasil do seu caminho”, afirmou, sem citar diretamente o STF ou Alexandre de Moraes.

O bolsonarista ainda delirou ao sugerir que o país caminha para uma instabilidade institucional caso não haja mudanças no processo político. “Não haverá pacificação enquanto não encontrarmos o caminho do equilíbrio. Não haverá paz social sem paz política, sem visão de longo prazo, sem eleições livres, justas e competitivas”, escreveu.

Tarcísio já havia sido alvo de críticas incisivas por parte de aliados, especialmente após declarações de Eduardo Bolsonaro. A tensão se intensificou quando o deputado licenciado acusou de demonstrar “subserviência servil às elites” e de não defender os interesses do Brasil ao buscar uma solução diplomática com a Embaixada dos Estados Unidos para o tarifaço imposto pelo governo Trump.

Fonte: DCM

VÍDEO – Bolsonaro inventa história sobre pen drive no banheiro: “Vou perguntar pra Michelle”

 

Bolsonaro em entrevista coletiva após ação da PF
Após ser alvo de nova operação da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não sabia da existência do pen drive encontrado por agentes no banheiro de sua residência. Segundo o líder de extrema-direita, o dispositivo não lhe pertence, e ele pretende perguntar à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro sobre o material apreendido.

Bolsonaro ainda inventou uma história para explicar por que o objeto foi encontrado no local. “Uma pessoa pediu para ir no banheiro e voltou com um pendrive na mão”, alegou, em entrevista coletiva. “Eu nunca abri um pendrive na minha vida, eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pendrive”.


O dispositivo de armazenamento foi recolhido durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão e será submetido à perícia. As declarações de Bolsonaro foram feitas na garagem da sede do PL, em Brasília, horas depois de ele ter colocado uma tornozeleira eletrônica por ordem do Supremo Tribunal Federal.

Visivelmente incomodado com a situação, o ex-presidente se recusou a mostrar a tornozeleira e classificou a medida como “suprema humilhação”. A expressão foi repetida por ele após a saída da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, onde o equipamento foi instalado.

Bolsonaro também falou sobre os US$ 14 mil (R$ 77,7 mil) encontrados em sua casa. Ele declarou que manter dólares em espécie não é crime e que o valor seria resultado de economias pessoais. Ainda assim, o dinheiro será analisado no inquérito que apura possíveis irregularidades envolvendo o ex-mandatário.

Ao ser questionado sobre a carta recebida de Donald Trump e o tarifaço imposto a produtos brasileiros, evitou se aprofundar. Disse apenas que a sobretaxa vale para outros países e que, caso estivesse na presidência, a situação seria “semelhante à da Argentina”.

Ele afirmou ainda que Eduardo Bolsonaro continuará atuando nos Estados Unidos, questionando a decisão do STF que o proíbe de ter contato com o filho e ironizou: “Qual crime ele está cometendo nos Estados Unidos? Atentado à democracia brasileira no Parlamento americano? Só se ele estivesse no Parlamento do Irã.”

O conteúdo do pen drive e dos dispositivos eletrônicos apreendidos poderá impactar diretamente os rumos do inquérito.

Fonte: DCM

Eduardo Bolsonaro chama Moraes de “gângster”, “ditador” e diz viver “em exílio”

 

Eduardo Bolsonaro e seu arqui-inimigo, Alexandre de Moraes
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foragido desde março nos EUA, divulgou nesta sexta-feira (18) uma nota oficial em que chama o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de “ditador” e “gângster de toga”. A declaração foi feita após a operação da Polícia Federal que atingiu o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu pai, e impôs medidas como o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar aos fins de semana.

Na mensagem, Eduardo afirma ter recebido a notícia “com tristeza, mas sem surpresa” e acusa Moraes de transformar o STF em uma “arma pessoal para perseguições políticas”. Ele também se autodenomina “deputado federal em exílio”, já que está nos Estados Unidos e proibido de manter contato com o pai por decisão judicial.

Segundo Eduardo, Jair Bolsonaro “nunca se furtou a cumprir decisões judiciais”, embora o próprio ex-presidente tenha declarado, em 2021, que não obedeceria mais às ordens de Moraes. Na época, Bolsonaro recuou no dia seguinte após um acordo costurado com o ex-presidente Michel Temer. “Ele, para nós, não existe mais”, disse o líder de extrema-direita durante um ato na Avenida Paulista.

Bolsonaro no discurso em que atacou Moraes, em 7 de setembro de 2021

Ainda na nota, Eduardo menciona as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e afirma que a operação da PF tenta criminalizar até ações do governo americano. “A decisão desta vez se apoia num delírio ainda mais grave: acusações construídas com base em ações legítimas dos EUA”, declarou. Para ele, o objetivo seria tornar seu pai um “refém”, colocando em risco as relações diplomáticas entre os dois países.

O deputado também rebateu a justificativa de que sua atuação em gabinetes norte-americanos seria uma ameaça à democracia brasileira. “Qual crime ele tá cometendo nos Estados Unidos? Atentado à democracia brasileira no Parlamento americano? Só se ele estivesse no Parlamento do Irã”, ironizou.

Na conclusão, Eduardo disse que as ações do ministro não têm mais efeito intimidador. “Silenciar meu pai não vai calar o Brasil. Eu e milhões de brasileiros seguiremos falando por ele – cada vez mais firmes, mais conscientes e mais determinados”, afirmou.

Leia o comunicado na íntegra:

NOTA À IMPRENSA

Recebi com tristeza, mas sem surpresa, a notícia da invasão da Polícia Federal à casa do meu pai nesta manhã. Há tempos denunciamos as ações do ditador Alexandre de Moraes — hoje, escancaradamente convertido em um gangster de toga, que usa o Supremo como arma pessoal para perseguições políticas. Mais uma vez, ele confirma tudo o que vínhamos alertando.

Não bastasse ordenar censura e medidas de coerção contra o maior líder político do Brasil — alguém que nunca se furtou a cumprir decisões judiciais e sempre participou do processo legal —, a decisão desta vez se apoia num delírio ainda mais grave: acusações construídas com base em ações legítimas do governo dos Estados Unidos, iniciadas logo após o anúncio das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil.

Na prática, Alexandre de Moraes está tentando criminalizar Trump e o próprio governo americano. Como é impotente diante deles, decidiu fazer do meu pai um refém. Com isso, além de atacar a democracia brasileira, ele ainda deteriora irresponsavelmente as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos — um ato de sabotagem institucional de consequências imprevisíveis.

Alexandre precisa entender que suas ações intimidatórias não têm mais efeito. Não vamos parar. Silenciar meu pai não vai calar o Brasil. Eu e milhões de brasileiros seguiremos falando por ele — cada vez mais firmes, mais conscientes e mais determinados — até que a nossa voz seja ensurdecedora.

Eduardo Bolsonaro,
Deputado Federal em Exílio
Filho do Presidente Jair Bolsonaro

Fonte: DCM

VÍDEO – Trompetista toca marcha fúnebre durante coletiva de Bolsonaro sobre ação da PF


Bolsonaro concede entrevista após começar a usar tornozeleira eletrônica. Foto: Divulgação

Durante a entrevista concedida por Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (18), após o cumprimento de ordem judicial para uso de tornozeleira eletrônica, o ‘trompetista do PT’ roubou a cena ao surgir tocando a “Marcha Fúnebre”, de Chopin. O episódio ocorreu na saída do ex-presidente, enquanto agentes da Polícia Federal realizavam buscas autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O músico foi identificado como Fabiano Duarte e é mais conhecido nas redes sociais como o trompetista do PT. Ele já havia aparecido em outras ocasiões, inclusive durante uma entrevista anterior do ex-presidente no Senado. Além da marcha, também costuma tocar “Tá na hora do Jair já ir embora”, que virou bordão entre críticos de Bolsonaro.

A operação da PF teve como alvos a casa de Jair Bolsonaro e a sede nacional do PL, partido ao qual ele é filiado, em Brasília. Entre as medidas autorizadas por Moraes estão o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de acesso a redes sociais e o veto a qualquer contato com diplomatas, embaixadores e outros investigados no processo. A Procuradoria-Geral da República deu parecer favorável às ações.

Confira o vídeo:

Fonte: DCM