quinta-feira, 10 de julho de 2025

“Candidato a vassalo”, diz Haddad sobre Tarcísio após tarifaço de Trump

Ministro da Fazenda reagiu à fala do governador de SP e disse que postura diante dos EUA revela submissão a Bolsonaro
Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias / Ministério da Fazenda)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reagiu nesta quinta-feira (10) às declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que culpou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, relata o g1.

Durante entrevista, Haddad ironizou o comportamento do ex-ministro de Bolsonaro e afirmou: “O governador errou muito. Porque ou bem uma pessoa é candidata à presidente, ou é candidata a vassalo. E não há espaço no Brasil para vassalagem, desde 1822 isso acabou. O que está se pretendendo aqui? Ajoelhar diante de uma agressão unilateral sem nenhum fundamento econômico”.

A crítica se deu após Tarcísio usar uma rede social para responsabilizar o atual governo brasileiro pela medida adotada por Trump. “A responsabilidade é de quem governa. Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado”, escreveu o governador, alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontado como possível candidato à presidência em 2026.

☆ Haddad minimiza impacto e vê postura servil - Questionado por jornalistas, Haddad avaliou que a decisão tarifária anunciada por Trump carece de “realidade econômica” e sugeriu que a motivação seria política. “Ajoelhar diante de uma agressão unilateral” seria, segundo ele, uma atitude incompatível com a soberania nacional. O ministro também classificou a manifestação de Tarcísio como sinal de “servidão”.

O termo “vassalo”, usado por Haddad, tem origem no sistema feudal e designava quem era subordinado a um senhor, prestando-lhe serviços e fidelidade. No uso contemporâneo, carrega conotação de submissão política ou moral.

☆ Tarcísio aponta alinhamento ideológico - Para o governador paulista, a culpa pela nova tarifa recai sobre o governo federal. Ele afirma que o Brasil, sob Lula, se aproximou de países autoritários e defendeu a censura, o que teria desagradado a administração de Trump. Tarcísio também descartou qualquer responsabilidade do governo anterior e pediu que o atual “não jogue a culpa no seu antecessor”.

☆ Especialistas veem motivação política - O anúncio de Trump gerou reações imediatas de economistas e especialistas internacionais. O ex-presidente do Banco Central, Alexandre Schwartsman, afirmou à GloboNews que “ele [Trump] mencionou a iminente condenação do Bolsonaro”, sugerindo uma conexão política com o cenário interno brasileiro.

O prêmio Nobel de Economia Paul Krugman também se manifestou. “Não seria a primeira vez que os Estados Unidos usam a política tarifária para fins políticos”, escreveu ele, destacando que a decisão pode não ter fundamentos técnicos sólidos.

☆ Indústria e agropecuária preocupadas - Entidades representativas da indústria e do agronegócio no Brasil demonstraram preocupação com os efeitos das novas tarifas. As organizações alertaram para os riscos à competitividade das exportações brasileiras e ao impacto direto sobre empregos no setor produtivo nacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula articula reação em três frentes ao tarifaço de Trump contra produtos brasileiros

Presidente mobiliza ministros, setores econômicos e discurso político para enfrentar sobretaxa de 50% imposta pelos EUA às exportações do Brasil

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fórum em Mônaco - 08/06/2025
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fórum em Mônaco - 08/06/2025 (Foto: REUTERS/Manon Cruz)

Em resposta à tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros exportados ao país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu, na quarta-feira (9), uma estratégia de reação em três frentes.

Segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, a primeira medida será o diálogo com os setores econômicos brasileiros mais atingidos pelo tarifaço. Segundo fontes do governo, a proposta é articular uma espécie de “linha de proteção” que ajude a mitigar os impactos nas empresas e no emprego. A iniciativa também é vista como uma oportunidade de Lula se reaproximar de segmentos tradicionalmente críticos à sua gestão, como o agronegócio.

A segunda frente envolve o engajamento direto de membros do governo em negociações diplomáticas com a administração Trump. Lula incumbiu os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores), além do vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa a pasta da Indústria e Comércio Exterior, de buscar canais de diálogo com os Estados Unidos.

Internamente, alguns integrantes do governo já defendem recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). O argumento é de que a medida anunciada por Trump carece de fundamentação técnica e infringe princípios de concorrência justa no comércio internacional.

A terceira vertente da reação de Lula se dá no campo político. O Palácio do Planalto pretende explorar o episódio para atribuir responsabilidades ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, alegando que a postura subserviente do ex-mandatário teria fragilizado a posição do Brasil frente aos Estados Unidos.

Na própria noite do anúncio da tarifa, nomes do núcleo duro de Lula, como a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o secretário de Comunicação, Sidônio Palmeira, já estavam nas redes sociais com mensagens como: “Lula quer taxar os super ricos, Bolsonaro quer taxar o Brasil”.

Em contrapartida, aliados de Bolsonaro também se mobilizaram para tentar se desvincular do episódio, atribuindo a responsabilidade pelo impasse ao próprio Lula e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

As três frentes de reação foram definidas em uma reunião no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, com a presença de ministros e assessores do núcleo internacional. Participaram do encontro, além de Haddad, Alckmin, Gleisi Hoffmann e Sidônio Palmeira, os ministros Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Rui Costa (Casa Civil) e outros membros do governo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Prefeitura de Apucarana reforça alerta contra golpe do falso processo judicial



A Prefeitura de Apucarana emitiu nesta quinta-feira (10/07) um novo e urgente alerta à população sobre a crescente incidência de um golpe virtual sofisticado, que utiliza e-mails falsos para simular intimações judiciais.

Criminosos virtuais, se fazendo passar pelo Município de Apucarana – Setor de Intimações”, estão enviando mensagens fraudulentas a pessoas físicas e jurídicas da cidade, informando sobre a suposta existência de processos judiciais registrados em seus nomes ou CNPJs junto ao Fórum de Apucarana. O comunicado fraudulento, elaborado com o intuito de induzir a vítima ao erro, chega a especificar datas e horários para comparecimento ao fórum, apontando que haverá sanções em caso de descumprimento. No final da mensagem, os golpistas inserem um link com a chamada “Acessar documento”, por meio do qual as vítimas são incentivadas a clicar para obter supostos esclarecimentos sobre o teor do processo judicial.

A Procuradoria Geral do Município é enfática ao alertar que, em hipótese alguma, o cidadão deve clicar no link disponibilizado nesses e-mails. A ação de clicar pode resultar na instalação de softwares maliciosos (vírus) em computadores e celulares, além de abrir uma porta para que os golpistas acessem dados sensíveis do usuário, especialmente informações bancárias.

A prefeitura não envia comunicado de intimação A prefeitura esclarece que não envia comunicado de intimação. O cidadão deve estar muito atento ao domínio do remetente da mensagem. Toda comunicação da prefeitura, via e-mail, acontece somente pelo domínio (endereço eletrônico) apucarana.pr.gov.br. Ao constatar que não se trata de um e-mail enviado pela Prefeitura de Apucarana, o contribuinte deve descartar o comunicado.

Para o cidadão que abriu algum protocolo junto à administração, a maneira segura e confiável de checar como está o andamento, é acessar a aba serviços no site da prefeitura, clicar no ícone Protocolos, digitar o número do processo e o código verificador que consta no protocolo.

Histórico e novas táticas dos golpistas Este tipo de golpe não é inédito na cidade. A prefeitura já registrou ocorrências anteriores, com empresários entrando em contato para verificar a veracidade de supostos processos judiciais relacionados aos seus CNPJs.

Recentemente, os golpistas têm diversificado suas táticas, enviando e-mails com títulos variados, como “Intimação-Eleição 2016”, buscando novas formas de enganar a população.

Ação preventiva e canal de comunicação oficial A administração municipal disponibiliza canal oficial para atendimento e esclarecimento de dúvidas. É importante o compartilhamento dessas informações com familiares e conhecidos, a fim de evitar que tenham seus dispositivos comprometidos e sofram prejuízos financeiros. Para tirar dúvidas, verificar a autenticidade de comunicados ou obter outras informações, o contribuinte pode entrar em contato diretamente com a Prefeitura de Apucarana através do WhatsApp oficial: (43) 99626-7658.

Mantenha-se informado e proteja-se contra golpes.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Trump limita comentários em conta no Instagram após enxurrada de críticas por tarifa de 50% imposta ao Brasil

Poucas horas após o anúncio das tarifas, já não era mais possível comentar nas postagens do presidente dos EUA

Presidente dos Estados Unidos Donald Trump
18/04/2025
Presidente dos Estados Unidos Donald Trump 18/04/2025 (Foto: REUTERS/Nathan Howard)

Após anunciar que irá aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1° de agosto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, restringiu os comentários em seu perfil oficial no Instagram. Segundo o jornal O Globo, poucas horas após o anúncio, na quarta-feira (9) já não era mais possível comentar nas postagens do presidente estadunidense.

As publicações passaram a exibir a mensagem padrão de restrição: “os comentários nesta publicação foram limitados”. Já nesta quinta-feira, apesar de a função parecer ativa, qualquer tentativa de comentar é respondida com o aviso de que“não é possível realizar seu comentário”.

Ainda conforme a reportagem, a reação dos brasileiros nas redes sociais tem se concentrado em mensagens que reforçam a independência política e econômica do país. Muitas dessas manifestações fazem eco às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou que "o Brasil é um país soberano" ao comentar a elevação tarifária imposta por Washington. Uma das críticas publicadas dizia: “O Brasil é soberano, Trump, deixa-nos em paz”, enquanto outra usuária escreveu: “Jamais aceitaremos interferência”.

Em carta divulgada por meio de suas redes sociais, Trump tentou justificar a nova política tarifária. Ele afirmou que a decisão se deu “em parte pelos ataques insidiosos do Brasil contra as eleições livres e os direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos”. O documento também menciona Jair Bolsonaro (PL), atualmente réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Trump voltou a pedir que as autoridades brasileiras retirem as acusações contra o ex-mandatário.

Ainda na carta, Trump anunciou que determinou a abertura de uma investigação baseada na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA. Segundo ele, o inquérito irá apurar supostas restrições impostas pelo Brasil a empresas de tecnologia americanas, além de “práticas comerciais desleais”.

Pouco depois da publicação da carta de Trump, o governo brasileiro informou, por meio de nota oficial, que pretende adotar medidas de retaliação, com base na nova legislação de reciprocidade econômica aprovada recentemente pelo Congresso Nacional. O comunicado destaca que, ao longo dos últimos 15 anos, os Estados Unidos acumularam um superávit comercial com o Brasil estimado em US$ 410 bilhões.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Traidor da pátria, Eduardo Bolsonaro é o Joaquim Silvério dos Reis do nosso tempo

 

Eduardo Bolsonaro
Na história do Brasil, poucos nomes carregam o peso da traição nacional como Joaquim Silvério dos Reis, o delator da Inconfidência Mineira que entregou Tiradentes em troca de benefícios pessoais do Império.

Mais de dois séculos depois, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se move no cenário político brasileiro com uma semelhança perturbadora. Diante de um ataque econômico explícito contra o Brasil — a imposição de uma tarifa de 50% por parte dos Estados Unidos como forma de pressionar o STF a livrar Jair Bolsonaro do julgamento — Eduardo se encontra nos bastidores dessa articulação, não ao lado da pátria, mas ao lado do agressor.

Assim como Silvério dos Reis usou sua proximidade com os conspiradores para vendê-los à Coroa portuguesa, Eduardo Bolsonaro atua como elo entre a extrema-direita brasileira e o trumpismo internacional.

Sua presença nos Estados Unidos, coincidente com a escalada de ataques de Donald Trump ao Brasil, não é acidental. Com trânsito livre entre os aliados de Trump e pau mandado do pai, Eduardo se comporta como agente político de interesses estrangeiros contrários à soberania nacional.

Ambos os personagens justificam suas ações em nome de “valores maiores”: Silvério, em nome da lealdade ao Império; Eduardo, sob o discurso da liberdade de expressão e da guerra contra a “perseguição” a seu pai. Mas, no fundo, o que os move é a defesa de privilégios próprios e a tentativa de proteger uma elite política acusada de atentar contra a democracia brasileira.

Joaquim Silvério dos Reis

Enquanto Joaquim Silvério dos Reis entrou para a história como sinônimo de traição, Eduardo Bolsonaro constrói um legado semelhante, mas em escala global e na velocidade das redes sociais. Usa o mandato popular para sabotar o próprio país em articulações internacionais, trabalha para deslegitimar instituições nacionais como o STF e atua politicamente em benefício de um golpista.

A história, que é rigorosa com traidores, vai julgá-lo da mesma forma: não como um patriota, mas como alguém que vendeu o Brasil por conveniência e lealdade a um projeto autoritário.

Fonte: DCM

Bolsonaristas fracassam ao defender tarifaço de Trump nas redes, diz especialista

 

Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução

O analista de dados Pedro Barciela analisou os impactos do anúncio feito por Donald Trump ao impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo ele, apesar da tentativa bolsonarista de controlar a narrativa nas redes, a estratégia teve pouca adesão e acabou sendo superada por manifestações de repúdio à medida. A maioria das interações defendeu a soberania nacional e criticou o alinhamento da direita brasileira com Trump.

Após o anúncio da carta enviada por Donald Trump para o governo brasileiro, a mobilização bolsonarista buscou cooptar as conversações sobre o tema. Sem muita eficácia, essa manobra se manteve entre 12% e 28% (a depender da plataforma e abordagem).

Assim, é possível afirmar que a perspectiva bolsonarista do episódio, que envolve a defesa de “punição coletiva” como resposta a impunidade de um indivíduo (Jair Bolsonaro) não gerou a catarse esperada nas redes, muito pelo contrário.

O buzz das últimas horas está centrado nas críticas às taxas, no comportamento da extrema direita e no viralatismo dos bolsonaristas: entre 62% e 78% das ocorrências exigem reciprocidade, criticam o crime de lesa-pátria e evocam o nacionalismo como elemento em disputa contra o governo Donald Trump e seus apoiadores no Brasil.

Fonte: DCM

Moraes manda bloquear OnlyFans de bolsonarista Allan dos Santos; entenda


O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. Foto: Reprodução
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio do perfil de Allan dos Santos na plataforma OnlyFans, além de contas em outras redes, como Telegram, YouTube, Instagram e TikTok. A ordem faz parte de uma série de bloqueios iniciados em 13 de janeiro de 2022 e atualizados por Moraes em decisão publicada nesta quarta-feira (9).

Segundo o ministro, os perfis são usados pelo blogueiro bolsonarista para “propagação de ataques ao Estado Democrático de Direito, ao Supremo Tribunal Federal, ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Senado Federal, além de autoridades vinculadas a esses órgãos”.

Foragido desde outubro de 2021 e vivendo nos Estados Unidos, Allan dos Santos teve a extradição negada pelas autoridades americanas. Ele foi alvo de um mandado de prisão no inquérito das milícias digitais.

Além do bloqueio das redes, Moraes determinou que Allan pague uma multa de R$ 7.317.894,25. A intimação deverá ser feita por meio dos advogados do blogueiro, conforme solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Fonte: DCM

ÁUDIO – mãe de Marília Mendonça reclama de presentes de fãs: “Não quero”

Ruth Moreira, mãe de Marília Mendonça – Foto: Reprodução

Ruth Moreira, mãe da cantora Marília Mendonça, se envolveu em nova polêmica após o vazamento de áudios divulgados pelo programa TV Leo Dias. Nas gravações, a empresária reclama de presentes enviados por fãs da artista: “Eu não quero que esse povo fique mandando presente para eu ficar postando e marcando 800 pessoas. Eles me atrapalham”.

Outro trecho mostra Ruth criticando o envio de cestas: “Fala pra eles não mandarem cesta, que eu não vou filmar trem que eu não como”.

A situação repercutiu nas redes, e ainda foi revelada uma suposta troca de mensagens entre Ruth e uma fã que criou uma doceria chamada Doce Marília. Segundo a reportagem, ela teria se incomodado com o uso do nome da filha e cogitado tomar medidas legais.

Fonte: DCM

VÍDEO – Tarifaço de Trump é rejeitado até na Jovem Pan: “Questão política e mal feita”

 

Luiz Filipe d’Ávila em participação na Jovem Pan. Reprodução

A decisão de Donald Trump de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros gerou reações até em setores da imprensa conservadora.

Na Jovem Pan, o ex-presidenciável Luiz Felipe d’Avila, candidato em 2022 pelo Novo, classificou a medida como “uma questão absolutamente política e mal feita”. Ele alertou para o risco de colapso na indústria americana do suco de laranja, que depende diretamente da produção brasileira.

Segundo d’Avila, a Flórida já não possui capacidade de produção suficiente e as indústrias locais seriam obrigadas a fechar. “Sem a laranja brasileira não tem como manter a indústria”, afirmou. Ele ainda previu o fechamento de fábricas e demissão de mais de 60 mil pessoas. “Além de tudo, quebra a indústria local. Isso tem um impacto tremendo”, completou.

As críticas também destacaram a generalização da tarifa. “Essa coisa populista de acordar, mandar carta e falar que vai dar 50% de tarifa para todos os setores… isso é um absurdo que prejudica demais o próprio Estados Unidos”, disse o comentarista.

O alerta foi reforçado com o exemplo da cadeia produtiva do agronegócio, afetada diretamente por esse tipo de medida.

D’Avila citou ainda o economista americano Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA, que calculou que as tarifas de Trump devem gerar um prejuízo de US$ 300 mil por família de quatro pessoas. “Tarifa, gente, é imposto. É o maior aumento de carga tributária desde os anos 30 nos Estados Unidos”, afirmou.


No texto, o chefe de Estado americano citou diretamente Jair Bolsonaro (PL), dizendo que o Brasil não pode ser tratado como parceiro por perseguir adversários políticos.

A referência explícita ao STF e ao processo contra o ex-presidente foi interpretada como uma interferência nas instituições brasileiras.

A medida causou reações em setores industriais, no agronegócio e também no campo político. Para o governo Lula, a tarifa representa um ato hostil e será respondida à luz da Lei de Reciprocidade Econômica.

Fonte: DCM

VÍDEO – Jornal Nacional detona Trump e alerta: tarifaço ameaça empregos no Brasil

 

William Bonner e Renata Vasconcellos na bancada do Jornal Nacional. Foto: Reprodução

O Jornal Nacional, da TV Globo, detonou na última quarta-feira (9) a taxação de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros e afirmou que o republicano “provoca espanto ao colocar em risco milhões de empregos no Brasil pra defender aliados ideológicos”.

A reportagem destacou que a medida representa uma ameaça direta à economia brasileira e pode afetar milhões de trabalhadores. O telejornal classificou a decisão como arriscada e politicamente motivada, com foco em beneficiar aliados como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.

O principal informativo da TV Globo também enfatizou a reação do presidente Lula (PT), que acionou a Lei da Reciprocidade Econômica. O mecanismo permite ao Brasil adotar contramedidas comerciais em resposta a ações unilaterais de outros países.

Segundo o JN, especialistas e autoridades veem com preocupação a tentativa de interferência externa em questões internas brasileiras.

A cobertura ainda desmentiu os argumentos de Trump sobre prejuízo comercial: dados oficiais mostram que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos acumularam superávit superior a US$ 400 bilhões nas relações com o Brasil.


Carta endereçada ao presidente Lula


No texto, o republicano afirma que a medida se justifica por uma relação que considera “desbalanceada” com o Brasil, mas também faz referência explícita à situação de Bolsonaro.

“Não podemos continuar tratando como parceiro um país que persegue adversários políticos”, escreveu Trump, em alusão direta ao Judiciário brasileiro e ao que classifica como uma “injustiça” contra o ex-capitão.


A carta, segundo o Itamaraty, contém “várias afirmações inverídicas sobre o Brasil” e “erros factuais sobre a relação comercial bilateral”, entre elas a alegação de que os EUA enfrentam um “insustentável déficit” comercial com o Brasil — o que contradiz dados do próprio governo americano, que indicam um superávit de US$ 410 bilhões nos últimos 15 anos.

Outro ponto refutado foi a acusação de censura e perseguição por parte do STF contra plataformas americanas e Bolsonaro.

Fonte: DCM

Exportação de carne brasileira aos EUA pode ser inviabilizada após tarifa de Trump

 

Carne bovina pendurada em câmara fria; setor alerta que tarifa de Trump pode inviabilizar exportações para os Estados Unidos – Foto: Divulgação/Abiec
Representantes do setor de carne bovina brasileiro classificaram como “caótica” a situação após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. Os EUA são o segundo principal destino da carne bovina brasileira, atrás apenas da China, respondendo por cerca de 14% da receita total do setor. Somente no primeiro semestre de 2025, as exportações para os EUA somaram US$ 1,04 bilhão, um aumento de 102% em relação ao ano anterior.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o custo médio por tonelada exportada é de US$ 5.732. Com a nova tarifa, esse valor pode ultrapassar US$ 8.600, o que tornaria as exportações praticamente inviáveis diante da concorrência global. A entidade afirmou que “qualquer aumento de tarifa representa um entrave ao comércio internacional e impacta negativamente o setor produtivo da carne bovina”.

A Abiec alertou para os riscos de barreiras comerciais motivadas por disputas geopolíticas e reforçou a importância da cooperação entre os países para manter o abastecimento global e a segurança alimentar. A associação disse ainda que está à disposição para contribuir com o diálogo diplomático e evitar prejuízos tanto para os produtores brasileiros quanto para os consumidores americanos.

Em resposta à medida, o presidente Lula (PT) convocou uma reunião com os ministros Fernando Haddad, Mauro Vieira, Gleisi Hoffmann e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Caso o cenário não seja revertido, parte das exportações pode ser redirecionada para outros mercados, como China, Hong Kong, Egito e Emirados Árabes.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também demonstrou preocupação, destacando os impactos no câmbio e na competitividade das exportações.

Vale ressaltar que, internamente, o excesso de carne pode gerar queda nos preços ao consumidor brasileiro, segundo fontes do setor.

Fonte: DCM

Lula convoca ministros ao Alvorada para discutir reação a tarifaço de Trump

Segundo a Casa Civil, o governo do Brasil também decidiu criar um grupo de estudos para definir qual será a reação a ser adotada

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou para a manhã desta quinta-feira uma reunião no Palácio da Alvorada para discutir a reação ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar as importações brasileiras em 50%, alegando medidas judiciais que ele considera injustas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e big techs, disse a Casa Civil.

O governo do Brasil também decidiu criar, segundo a pasta, um grupo de estudos para definir qual será a reação a ser adotada ante a imposição das tarifas, que devem entrar em vigor a partir de 1º de agosto.

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

'Burrice econômica e 100% política', diz Mendonça de Barros sobre tarifa de Trump contra o Brasil

Economista vê impacto limitado no agro, mas alerta para efeito nos EUA

Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington - 28/04/2025
Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington - 28/04/2025 (Foto: REUTERS/Leah Millis)

O economista José Roberto Mendonça de Barros criticou duramente a medida do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas a produtos brasileiros. De acordo com a coluna da jornalista Míriam Leitão, de O Globo, Mendonça de Barros avalia que a decisão é burra do ponto de vista econômico e 100% política’.

Segundo Mendonça de Barros, o agronegócio brasileiro tende a não ser fortemente afetado por essa decisão, especialmente no que diz respeito a itens como café e suco de laranja, que são exportados aos EUA em larga escala. Ele pondera que os norte-americanos não têm como substituir, no curto prazo, esses dois produtos vindos do Brasil. No entanto, avalia que deve haver uma redução no fluxo de vendas do café à espera dos próximos movimentos do governo dos EUA.

O economista também destacou que a exportação de carnes brasileiras vinha crescendo em razão de uma limitação na produção doméstica dos EUA. Com a adoção da tarifa, o reflexo deve ser direto no bolso dos consumidores norte-americanos uma vez que a taxação dos produtos brasileiros, se confirmada, vai aparecer nos supermercados americanos.

Mendonça de Barros sublinhou ainda que os maiores volumes da pauta exportadora agrícola do Brasil, como a soja, têm como principal destino a China. Para ele, isso ocorre porque os próprios Estados Unidos já são grandes produtores desse tipo de commodity, o que reduz a relevância desse mercado específico para o Brasil nesse setor.

Em relação à indústria, o economista explicou que as exportações brasileiras de produtos não agrícolas aos EUA funcionam de maneira complementar à produção americana. Ele citou, por exemplo, as placas de aço utilizadas pela indústria automobilística e os aviões da Embraer, que são importantes para as companhias aéreas dos Estados Unidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Taxação imposta pelos EUA ao Brasil é a mais alta entre todos os países

As novas taxas se somam às tarifas setoriais já em vigor sobre aço, alumínio e, mais recentemente, cobre
Presidente dos EUA, Donald Trump, no Capitólio, em Washington - 20/05/2025
Presidente dos EUA, Donald Trump, no Capitólio, em Washington - 20/05/2025 (Foto: REUTERS/Ken Cedeno)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) uma nova rodada de tarifas sobre produtos importados de 22 países, colocando o Brasil no topo da lista com a maior alíquota: 50%. A medida, que passa a valer a partir de 1º de agosto, eleva significativamente as barreiras comerciais entre os dois países e representa o maior encargo tarifário já imposto pelos EUA ao Brasil. As informações são do Metrópoles.

Além disso, as novas taxas se somam às tarifas setoriais já em vigor sobre aço, alumínio e, mais recentemente, cobre — que também passam a ser taxados em 50%.

Desde o início de seu mandato, Trump tem adotado uma postura protecionista, mirando especialmente países do grupo Brics, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em sua comunicação mais recente, o presidente norte-americano afirmou que o Brasil "não está sendo bom para os EUA", justificando o aumento das tarifas como uma resposta à "injustiça comercial".

A decisão gerou forte reação no meio diplomático e empresarial. Com as novas alíquotas, o Brasil lidera a lista de nações penalizadas:

  • Brasil: 50%

  • Laos e Myanmar: 40%

  • Camboja e Tailândia: 36%

  • Bangladesh e Sérvia: 35%

  • Indonésia: 32%

  • África do Sul, Argélia, Bósnia, Iraque, Líbia e Sri Lanka: 30%

  • Brunei, Cazaquistão, Coreia do Sul, Japão, Malásia, Moldávia e Tunísia: 25%

  • Filipinas: 20%


O anúncio surge dias após Trump sair publicamente em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), gesto que foi interpretado como um recado político ao atual governo brasileiro. O republicano também ameaçou impor tarifas de até 100% a países do Brics que não se alinharem aos "interesses comerciais dos EUA".

Essa não é a primeira vez que Trump atinge diretamente as exportações brasileiras. Em abril deste ano, o Brasil já havia sido alvo de uma tarifa de 10% sobre determinados produtos, agora amplamente superada pelo novo pacote de medidas protecionistas.

Com a entrada em vigor das novas tarifas, o impacto sobre setores estratégicos da economia brasileira, como o siderúrgico e o metalúrgico, deve ser significativo. Empresários e representantes do comércio exterior têm demonstrado preocupação com o possível efeito cascata sobre empregos e investimentos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gleisi enquadra Tarcísio: 'é nessa hora que distinguimos os patriotas dos traidores'

Ministra critica postura do governador e outros bolsonaristas diante das tarifas de Trump, "o maior ataque já feito ao Brasil em tempos de paz”

Gleisi Hoffmann e Tarcísio de Freitas
Gleisi Hoffmann e Tarcísio de Freitas (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Reprodução)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), reagiu com indignação à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Em postagem nas redes sociais, nesta quinta-feira (10), Gleisi classificou a medida como “o maior ataque já feito ao Brasil em tempos de paz” e denunciou o alinhamento de figuras da extrema direita brasileira, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Jair Bolsonaro (PL), ao que chamou de “chantagem do presidente dos EUA”.

A medida anunciada por Trump entra em vigor no dia 1º de agosto e representa uma escalada nas tensões comerciais entre Washington e Brasília. Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chefe da Casa Branca não apenas formalizou o tarifaço como também saiu em defesa de Bolsonaro, que responde a um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado em 2023.

Em tom de pressão econômica, o republicano ainda sugeriu que o Brasil abra seus mercados e elimine tarifas e barreiras comerciais, insinuando que só assim a Casa Branca poderia “considerar um ajuste” na nova tarifa.

A resposta de Gleisi veio de forma contundente. “Quem está colocando ideologia acima dos interesses do país é o governador Tarcísio e todos os cúmplices de Bolsonaro que aplaudem o tarifaço de Trump contra o Brasil”, afirmou. Em sua avaliação, trata-se de um ataque direto à economia, à soberania e à democracia brasileira, como parte de um projeto autoritário em curso. “É a continuação do golpe pelo qual Bolsonaro responde no STF, agora usando tarifas de um país estrangeiro para impor seu projeto ditatorial”, escreveu.

A ministra destacou ainda o papel histórico que cabe aos brasileiros neste momento. “É nessa hora que uma nação distingue os patriotas dos traidores”, disse Gleisi, citando editorial do jornal O Estado de S. Paulo que criticou duramente a postura de Tarcísio. “É absolutamente deplorável que ainda haja no Brasil quem defenda Trump, como recentemente fez o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (...) Eis aí o mal que faz ao Brasil um irresponsável como Bolsonaro, com a ajuda de todos os que lhe dão sustentação política com vista a herdar seu patrimônio eleitoral”, destacou o jornal.

Fonte: Brasil 247