domingo, 15 de junho de 2025

Líderes do G7 se reúnem no Canadá tentando evitar confrontos com Trump

Reunião do G7 se estende até terça-feira. Presidente Lula participará do encontro como convidado

       Placa da cúpula do G7 no Canadá (Foto: Reuters/Amber Bracken)

Reuters - Líderes do Grupo dos Sete se reúnem a partir deste domingo nas Montanhas Rochosas canadenses em meio a crescentes divergências com os Estados Unidos sobre política externa e comércio, enquanto o anfitrião, o Canadá, tenta evitar confrontos com o presidente Donald Trump.

Embora o primeiro-ministro Mark Carney afirme que suas prioridades são o fortalecimento da paz e da segurança, a construção de cadeias de suprimento de minerais críticos e a criação de empregos, questões como tarifas norte-americanas e os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia devem dominar os debates.

Aliado dos EUA, Israel lançou uma série de ataques contra o Irã na quinta-feira, o que representou um revés para os esforços diplomáticos de Trump para evitar esse tipo de ação.

A cúpula será realizada no resort montanhoso de Kananaskis, a cerca de 90 km a oeste de Calgary. Na última vez em que o Canadá sediou o encontro, em 2018, Trump deixou o evento antes do encerramento e, posteriormente, chamou o então primeiro-ministro canadense Justin Trudeau de “muito desonesto e fraco”, ordenando que a delegação dos EUA retirasse o apoio ao comunicado final.

“Esta será uma reunião bem-sucedida se Donald Trump não tiver uma explosão que desestabilize todo o encontro. Qualquer coisa além disso é lucro”, avaliou Roland Paris, professor de relações internacionais da Universidade de Ottawa e ex-assessor de política externa de Trudeau.

Trump já chegou a sugerir a anexação do Canadá e desembarca no país em meio a ameaças de Carney de retaliações caso Washington não suspenda as tarifas sobre o aço e o alumínio.

“O melhor cenário... é que não haja grandes explosões ao final do encontro”, comentou Josh Lipsky, presidente de economia internacional do think tank Atlantic Council e ex-funcionário da Casa Branca e do Departamento de Estado.

O gabinete de Carney não quis comentar sobre o impacto dos ataques israelenses sobre a cúpula.

Sem comunicado conjunto - Diplomatas revelaram que o Canadá abandonou a ideia de um comunicado conjunto tradicional e optará por resumos do presidente, numa tentativa de evitar desastres e manter o diálogo com os EUA.

Um alto funcionário canadense informou que Ottawa deseja focar em ações que os sete membros — Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos — possam executar em conjunto.

O senador canadense Peter Boehm, experiente diplomata e representante pessoal de Trudeau na cúpula de 2018, afirmou que foi informado de que a reunião deste ano durará mais que o habitual, permitindo tempo para encontros bilaterais com o presidente dos EUA.

Líderes da Ucrânia, México, Índia, Austrália, África do Sul, Coreia do Sul e Brasil são esperados para partes do evento, que vai de domingo a terça-feira — todos com motivos para conversar com Trump.

“Muitos desejarão conversar com o presidente Trump sobre seus próprios interesses e preocupações”, declarou Boehm por telefone.

Um alto funcionário norte-americano disse na sexta-feira que as discussões de trabalho abordarão comércio e economia global, minerais críticos, tráfico de migrantes e drogas, incêndios florestais, segurança internacional, inteligência artificial e segurança energética.

“O presidente está ansioso para buscar seus objetivos em todas essas áreas, incluindo tornar as relações comerciais dos EUA mais justas e recíprocas”, disse o funcionário.

A visita do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky à Casa Branca em fevereiro terminou em desentendimentos e serviu de alerta para outros líderes sobre os desafios de negociar com Trump.

Mas, segundo diplomatas, a frustração com o governo Trump também levou alguns a quererem afirmar-se com mais veemência.

O Canadá é há muito um dos principais defensores da Ucrânia. Trump assumiu o cargo prometendo acabar com a guerra contra a Rússia em 24 horas, mas os esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito estagnaram.

Um funcionário ucraniano envolvido na preparação da cúpula disse que as esperanças por uma declaração forte em apoio a Kiev diminuíram. O sucesso seria, no máximo, um encontro cordial entre Trump e Zelensky.

Um representante europeu afirmou que a cúpula do G7 e a da Otan, que ocorrerá em Haia ainda neste mês, são oportunidades para pressionar Trump a apoiar um pacote de sanções elaborado por senadores norte-americanos junto a medidas europeias que buscam forçar um cessar-fogo e abrir espaço para negociações mais amplas com a Rússia.

Teste inicial - Segundo Max Bergmann, diretor do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, esta primeira cúpula internacional será um indicativo inicial sobre o grau de disposição de Trump em cooperar com aliados na resolução de problemas comuns.

“A grande questão é se os Estados Unidos ainda estão comprometidos com formatos como o G7. Esse será o grande teste”, afirmou Bergmann.

O presidente francês Emmanuel Macron declarou ter uma boa, porém franca, relação com Trump, apesar de divergências sobre temas como Ucrânia e mudanças climáticas.

Macron afirmou na sexta-feira que uma conferência das Nações Unidas, coorganizada por França e Arábia Saudita e prevista para ocorrer após o G7 com o objetivo de avançar em uma solução de dois Estados para Israel e Palestina, foi adiada.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Zambelli aciona advogado de comediante de extrema-direita para não ser extraditada

       A deputada federal Carla Zambelli – Foto: Reprodução


Carla Zambelli contratou o advogado italiano Pieremilio Sammarco na tentativa de impedir sua extradição ao Brasil.

Professor de Direito Comparado na Universidade de Bérgamo, Sammarco ficou conhecido por defender o comediante e político de extrema-direita Beppe Grillo. Zambelli, condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), está na lista de procurados da Interpol e foi localizada na região de Verona, no norte da Itália.

Beppe Grillo – Foto: Reprodução

O processo de extradição será analisado pela Procuradoria-Geral da Corte de Apelação de Roma. A parlamentar bolsonarista é acusada de invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça. Sua ida para a Itália foi interpretada como tentativa de escapar do cumprimento da pena em regime fechado, conforme já determinado pela Justiça brasileira.

A estratégia de defesa lembra o caso de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, que também tentou evitar a extradição da Itália após ser condenado no escândalo do mensalão.

Na ocasião, Pizzolato utilizou sua cidadania italiana para permanecer no país europeu e acionou o TAR, tribunal administrativo que pode contestar decisões ministeriais. O recurso, no entanto, foi rejeitado após um ano, e a extradição foi realizada.

A deputada teve sua prisão decretada pelo STF. Segundo o jornal italiano Il Manifesto, as autoridades estariam próximas de efetuar sua prisão.

O Ministério da Justiça já encaminhou ao Itamaraty o pedido de extradição, conforme as exigências do tratado firmado entre Brasil e Itália. A documentação foi validada pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).

Fonte: DCM

Empresa de formatura é acusada de dar golpe em 22 turmas universitárias


Banner da turma de Medicina da Faminas-BH, uma das afetadas pelo suposto golpe da empresa Book Convites – Foto: Reprodução

A Book Convites, especializada em produtos para formaturas e com sede em Belo Horizonte, Minas Gerais, é alvo de denúncias por causar prejuízos financeiros a 22 turmas de diferentes cursos e instituições de ensino. Estudantes afirmam que a companhia não entregou os convites encomendados, mesmo após pagamentos adiantados, que em alguns casos chegaram a R$ 80 mil. A Faculdade de Minas (Faminas) foi uma das afetadas.

Após repetidos atrasos e promessas não cumpridas, os alunos buscaram justificativas da empresa, que alegou estar finalizando a confecção dos materiais. Sem retorno efetivo, comissões de formatura registraram boletins de ocorrência e começaram a relatar os casos nas redes. Outras universidades, como a PUC-MG, UFMG, UFVJM e Unipam, relataram situações semelhantes, com entregas em má qualidade ou inexistentes.

Em resposta, a Book Convites enviou uma nota comunicando o encerramento das atividades e orientando os clientes com pedidos pendentes a procurarem o setor jurídico da empresa. Segundo levantamento dos alunos, os valores pagos variam entre R$ 6 mil e R$ 80 mil por turma.

Fonte: DCM

Boca-livre e bunker: saiba o que políticos sionistas brasileiros foram fazer em Israel

                  Políticos brasileiros em bunker de Israel em meio à guerra com Irã

As delegações de autoridades municipais e estaduais brasileiras que estão retidas em Israel por causa da guerra com o Irã participariam de um evento promovido pelo governo do país, com foco em representantes de nações de língua portuguesa.

O encontro, chamado Muni Israel, teve início no dia 9 e estava previsto para encerrar em 20 de junho. A atividade é organizada pela Mashav, a agência israelense de cooperação internacional vinculada ao Ministério das Relações Exteriores de Israel, em parceria com o Consórcio Brasil Central.

Todos foram de jabá — ou seja, com tudo pago –, como parte da propaganda sionista. É turnê para limpar a imagem do país enquanto ocorre a carnificina em Gaza. O Mashav foi fundado em 1958 pela então ministra das Relações Exteriores Golda Meir, depois primeira-ministra.

O convite às autoridades brasileiras vendia o peixe de que o objetivo do evento era reunir chefes de governos locais e gestores municipais para “compartilhar experiências sobre temas como segurança cidadã, governança em situações de emergência e parcerias entre municípios, universidades e empresas”.

As agendas incluíam debates, passeios a kibutzim e visitas técnicas e reuniões com autoridades locais. Também estava prevista participação na Expo Muni Israel 2025 e jantares em Jerusalém e Galileia. A Expo Muni é uma picaretagem que “visa conectar cidades globais e autoridades locais de todo o mundo com aquelas em Israel, com foco em vida urbana, inovação e sustentabilidade”.

Entre os tópicos discutidos nas conferências estavam “ecossistemas para o desenvolvimento municipal”, tanto em áreas urbanas quanto rurais, e “liderança municipal diante da complexidade da situação regional”.

O material enviado aos patriotas detalhava ainda sugestões de como contratar seguro de saúde, informações sobre o clima e recomendações de vestimenta — especialmente para a Expo, que contaria com a presença do presidente israelense, Yitzhak Herzog.

O grupo de brasileiros está, agora, abrigado em um bunker dentro de um hotel. Ao todo, 41 autoridades participam da viagem, incluindo o governador de Rondônia, Marcos Rocha, os prefeitos de João Pessoa, Belo Horizonte, Uberlândia, Nova Friburgo, Santarém, a vice-prefeita de Goiânia, além de secretários do governo de Goiás e representantes do Distrito Federal.

Sem querer perder a boquinha, a primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Rocha, deu um jeito de entrar no rolê e quase morreu com a interceptação de um míssil. Com instinto de sobrevivência apurado e sabe Deus que contatos, ela abandonou acompanhantes e secretários e deu um jeito de voltar ao Brasil correndo.

Não há previsão de retorno para eles. O Ministério das Relações Exteriores informou que mantém contato com o governo israelense e também com autoridades da Jordânia, buscando alternativas para uma possível evacuação terrestre caso o deslocamento aéreo siga inviável.
“Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, informou o Itamaraty.

Entre as atividades que estavam programadas para os próximos dias, estava uma visita à área periférica da Faixa de Gaza, com encontros voltados ao tema “trauma, resiliência e reabilitação”. O grupo ouviria relatos de moradores do lado israelense, claro.

Os patriotas seguem acompanhadas pela Embaixada do Brasil em Israel, que aguarda liberação do espaço aéreo para organizar o retorno.
Fonte: DCM

Sob pressão, Lula avalia sancionar data oficial do “Dia da Amizade entre Brasil e Israel”


O Presidente Lula(PT) em visita o Museu do Holocausto no ano de 2010, em Jerusalém. Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve decidir até quarta-feira (18) se sanciona ou veta um projeto que institui o dia 12 de abril como “Celebração da Amizade Brasil-Israel”. A decisão ocorre em meio a uma relação tensa entre Lula e o governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Desde que começou seu terceiro mandato em janeiro de 2023, Lula tem criticado duramente as operações militares de Israel na Faixa de Gaza.

Afirma que o conflito não é uma guerra convencional, mas sim “um exército matando mulheres e crianças”. Além disso, Lula acusa Israel de se vitimizar diante das críticas internacionais, e considera as ações desproporcionais e já classificou as ofensivas como “genocídio”.

O Palácio do Planalto informou que a decisão final de Lula sobre o projeto só será divulgada após o prazo legal, em 18 de junho. Já o Ministério das Relações Exteriores não se manifestou publicamente sobre a recomendação que dará ao presidente.

Lula posou ao lado de uma integrante do Comitê pela Palestina de Santa Catarina, em 2024 . Foto: Reprodução

O projeto de lei sob análise foi enviado ao Congresso há 12 anos, durante o governo Dilma Rousseff. Em 2013, Dilma vetou uma proposta semelhante que fixava o dia 29 de novembro como “Dia da Amizade Brasil-Israel”, por coincidir com o “Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina”, data reconhecida pela ONU.

Na mesma ocasião, Dilma sugeriu que a celebração ocorresse em 12 de abril, data da criação da representação brasileira em Israel, em 1951. Esse novo projeto só foi aprovado em maio de 2025, demonstrando a complexidade das relações bilaterais. O presidente Lula, antes mesmo antes de assumir seu primeiro mandato, já se encontrava com líderes da resistência palestina como Yasser Arafat – presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), morto em 2014.

As críticas de Lula à política militar israelense têm provocado forte reação diplomática, mas seu histórico tem base em princípios humanitários. O governo de Israel considera suas declarações ofensivas e antissemitas, chegando a declarar o presidente brasileiro “persona non grata” em fevereiro de 2024, após o presidente brasileiro comparar ações em Gaza ao Holocausto.

Fonte: DCM

Com problemas financeiros, Dedé Santana lamenta: “Errei ao confiar nas pessoas erradas”

O humorista bolsonarista Dedé Santana – Foto: Reprodução
Em entrevista ao Estadão, o bolsonarista Dedé Santana, 89, ex-membro dos Trapalhões, revelou ter enfrentado momentos difíceis após o fim do grupo, marcados por problemas de saúde e dificuldades financeiras.

“Nunca parei, mas tive muitos altos e baixos porque eu não soube administrar a minha vida. O Renato tinha o irmão dele, que foi o grande cabeça em administrar a situação financeira dele. Eu, como não tinha ninguém, metia os pés pelas mãos, fazia muita bobagem, dava dinheiro para muita gente”.

“Eu não gosto de falar isso, mas ajudei muita gente, e aí eu perdia o controle do dinheiro. Tivemos um roubo muito grande na DeMuZa também, aí tivemos que começar tudo de novo”, continuou. “Meu maior erro foi confiar em pessoas erradas”.

Atualmente, Dedé voltou às raízes e segue ativo no circo, onde começou a carreira ainda bebê. Ele participa do espetáculo “Abracadabra” e lidera o próprio circo itinerante, o Illusion. “Quando eu entro no picadeiro, vejo pessoas chorando. Isso me dá forças”, declarou.

Fonte: DCM

Minha Casa, Minha Vida Rural investe mais de R$ 13 milhões em moradias no Pará

Ministro das Cidades, Jader Filho, assinou a contratação de 182 moradias rurais em Abaetetuba e Barcarena

Assinatura de 182 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida no Pará (Foto: Yago Lima/Ministério das Cidades)

O Ministério das Cidades contratou, neste sábado (14), novas 182 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida em dois municípios paraenses: Abaetetuba e Barcarena. As assinaturas dos contratos foram realizadas pelo ministro Jader Filho, junto aos moradores e comunidades que receberão os imóveis, além das lideranças políticas do município.

Com investimentos totais de R$ 13,6 milhões em recursos do Ministério, as moradias contratadas atenderão a seis comunidades rurais nos dois municípios. Em Abaetetuba, 47 casas serão construídas na Colônia Nova, enquanto em Barcarena 135 imóveis estarão localizados nas comunidades Nova Vida, Araticu, São Sebastião, CDI e Cantina.

Orlanina do Socorro, presidente da Associação Boa Vista, uma das entidades organizadoras dos projetos em Barcarena, relatou o sentimento generalizado de "gratidão" dos beneficiários pela conquista da casa própria.

O ministro Jader Filho ressaltou a importância de visitar as comunidades rurais beneficiadas com as novas moradias. “Estamos indo ao interior dos municípios, porque é fundamental entender que a moradia de qualidade tem que chegar em qualquer lugar, seja na área urbana ou nas zonas rurais”, declarou.

[Com informações da Agência Gov, via MCid]

Conflito entre Israel e Irã se intensifica com novas ofensivas e mortes de civis neste domingo

O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, acusou hoje Israel de sabotar as negociações nucleares que estavam previstas para ocorrer em Omã

        Míssil do Irã (Foto: Reuters)

O conflito entre Israel e Irã atingiu novos patamares de violência neste domingo (15), com ataques aéreos de ambos os lados resultando em dezenas de mortes, incluindo mulheres e crianças, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertia o Irã a não atacar interesses norte-americanos e ao mesmo tempo afirmava que o confronto “poderia ser resolvido facilmente”. As informações são da agência Reuters.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) intensificaram os bombardeios contra alvos militares e estratégicos em território iraniano, enquanto Teerã respondeu com uma série de mísseis contra cidades israelenses. Segundo autoridades israelenses, ao menos 10 pessoas morreram durante a madrugada, entre elas três crianças, e outras 140 ficaram feridas. Os alvos foram principalmente residências em áreas do norte e centro do país, como a cidade de Bat Yam e a cidade árabe de Tamra.

No Irã, o número de mortos desde o início da ofensiva israelense, na sexta-feira (14), já passa de 138, segundo o governo iraniano. Pelo menos 60 mortes ocorreram no sábado, metade delas de crianças, após um míssil israelense derrubar um prédio de 14 andares em Teerã. Ainda no sábado, Israel atacou instalações de uso duplo — civil e militar — como depósitos de combustível e refinarias. A refinaria de Shahran e o campo de gás de South Pars, um dos maiores do mundo, foram parcialmente atingidos, levando à suspensão parcial da produção.

O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, acusou neste domingo Israel de sabotar as negociações nucleares que estavam previstas para ocorrer em Omã. Segundo ele, o objetivo da ofensiva israelense seria inviabilizar um eventual acordo, com apoio direto dos Estados Unidos. “Temos provas verificadas da assistência de bases e forças armadas norte-americanas nos ataques de Israel”, afirmou Araghchi. “O Irã age em legítima defesa.”

Do lado israelense, um porta-voz militar declarou que o país ainda possui “uma longa lista de alvos” no Irã e que a operação deve continuar por tempo indeterminado. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alertou civis iranianos que vivem próximos a instalações militares a evacuarem imediatamente, sugerindo uma escalada ainda maior nos próximos dias.

Enquanto isso, Trump afirmou que os EUA não participaram dos ataques, apesar das acusações do Irã, mas advertiu Teerã: “Se formos atacados de qualquer forma, a força total das Forças Armadas dos EUA cairá sobre vocês como nunca antes visto”. Em tom mais conciliador, porém, Trump disse que um acordo entre Israel e Irã “poderia ser facilmente alcançado”, embora não tenha apresentado detalhes de uma eventual proposta.

As negociações nucleares, interrompidas pela guerra, visavam restringir o programa nuclear iraniano, que Teerã insiste ter caráter exclusivamente civil.

A guerra tem potencial para se alastrar. Neste domingo, os Houthis do Iêmen, aliados do Irã, lançaram mísseis balísticos contra Jaffa, próximo a Tel Aviv — marcando a primeira participação conhecida de um grupo aliado do Irã neste confronto. Israel respondeu com um ataque contra o chefe do Estado-Maior dos Houthis, conforme relatado por fontes militares.

Com Netanyahu incitando a população iraniana a se rebelar contra o regime dos aiatolás e Teerã prometendo “respostas proporcionais”, crescem os temores de uma guerra regional aberta com envolvimento direto de potências estrangeiras — e sem horizonte próximo de cessar-fogo.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Ataque israelense mata 45 pessoas em Gaza, muitas em local de ajuda humanitária

Pelo menos 15 morreram enquanto tentavam alcançar o local de distribuição da Fundação Humanitária de Gaza

Palestinos coletam restos de suprimentos de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza, apoiada pelos EUA (Foto: Stringer / Reuters)


CAIRO (Reuters) - Ataques aéreos e disparos israelenses mataram pelo menos 45 palestinos na Faixa de Gaza neste sábado, a maioria perto de um ponto de distribuição de ajuda operado pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), apoiada pelos Estados Unidos, informaram autoridades locais de saúde.

Os médicos dos hospitais Al-Awda e Al-Aqsa, nas áreas centrais de Gaza, para onde a maioria dos feridos foi levada, disseram que pelo menos 15 pessoas morreram enquanto tentavam alcançar o local de distribuição de ajuda da GHF, perto do corredor de Netzarim.

O Exército israelense disse em comunicado que uma aeronave abriu fogo contra uma pessoa "para neutralizar a ameaça" após ela avançar em direção às tropas e ignorar tiros de advertência disparados perto de um grupo.

Na semana passada, o Exército alertou os palestinos a não se aproximarem de rotas que levam aos locais da GHF entre 18h e 6h, horário local, descrevendo essas estradas como zonas militares fechadas. A GHF disse que nenhum de seus centros de distribuição estava aberto neste sábado.

A GHF começou a distribuir pacotes de alimentos em Gaza no final de maio, após Israel suspender parcialmente um bloqueio de quase três meses. Vários palestinos morreram por disparos massivos quase diários ao tentarem alcançar os alimentos.

As Nações Unidas rejeitam o novo sistema de distribuição apoiado por Israel por considerá-lo inadequado, perigoso e uma violação dos princípios de imparcialidade humanitária.

"Nenhum dos nossos locais de distribuição esteve aberto hoje, e não houve incidentes em nossos locais porque estavam fechados", disse a GHF em uma resposta por escrito à Reuters sobre o incidente deste sábado.

O Ministério da Saúde de Gaza disse em um comunicado neste sábado que, até o momento, pelo menos 274 pessoas foram mortas e mais de 2.000 ficaram feridas perto de pontos de distribuição de ajuda desde que a GHF começou a operar em Gaza.

O Hamas, que nega acusações israelenses de roubar assistência, acusou Israel de "usar a fome como arma de guerra e transformar os locais de ajuda em armadilhas de morte em massa de civis inocentes".

Autoridades de saúde do Hospital Shifa, em Gaza, disseram que o fogo israelense matou pelo menos 12 palestinos que aguardavam a chegada de caminhões de ajuda ao longo da estrada costeira, no norte da Faixa de Gaza.

Militares israelenses ordenaram que os moradores de Khan Younis e das cidades vizinhas de Abassan e Bani Suhaila, no sul da Faixa de Gaza, deixassem suas casas e seguissem para o oeste, para a chamada zona humanitária, afirmando que trabalhariam com força contra "organizações terroristas" na área.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Governo já arrecadou R$ 2,2 bilhões com outorgas de bets

Com 74 autorizações concedidas, empresas de apostas online viram alvo do Ministério da Fazenda no esforço por ajuste fiscal e déficit zero

       Divulgação

O governo federal arrecadou R$ 2,22 bilhões com as outorgas de funcionamento concedidas às empresas de apostas esportivas de quota fixa — conhecidas como bets —, conforme dados da Secretaria de Prêmios e Apostas, vinculada ao Ministério da Fazenda, informa o Metrópoles.

As 74 autorizações emitidas até o momento permitem a operação legal dessas plataformas no Brasil. Cada licença custou R$ 30 milhões, montante que se tornou peça estratégica no esforço do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para equilibrar as contas públicas após o recuo do governo na decisão de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

✱ Arrecadação com fiscalização cresce em 2025 - Além das outorgas, o governo arrecadou R$ 30,5 milhões em taxas de fiscalização pagas pelas bets nos primeiros quatro meses de 2025, segundo o Metrópoles. A cobrança mensal, regulamentada por regras atualizadas em fevereiro, incide conforme a estrutura de custos das operadoras. Os valores são repassados diretamente ao Tesouro Nacional.

Os dados da Secretaria de Prêmios e Apostas indicam crescimento constante da arrecadação ao longo dos meses: 

    ▸ Janeiro: R$ 6,8 milhões
    ▸ Fevereiro: R$ 7,1 milhões
    ▸ Março: R$ 7,3 milhões
    ▸ Abril: R$ 9,3 milhões

O salto de 36% entre janeiro e abril revela o impacto da regularização do setor e das novas exigências do governo.

✱ Apostas e ajuste fiscal - Durante pronunciamento realizado em 8 de junho, Haddad detalhou um pacote de medidas fiscais que têm como objetivo garantir a meta de déficit zero. Entre os instrumentos anunciados, está o aumento da alíquota aplicada sobre o Gross Gaming Revenue (GGR) das empresas de apostas, que subirá de 12% para 18%. O GGR corresponde à receita bruta das bets, descontados os prêmios pagos e o Imposto de Renda sobre esses valores.

Além dessa elevação, o governo propôs taxar em 5% os rendimentos de títulos que até então eram isentos de IR, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA). Também está na mira do Congresso a revisão das isenções fiscais — atualmente estimadas em R$ 800 bilhões — e o corte de 10% nos chamados gastos tributários.

Outra medida relevante é a exclusão da alíquota mínima de 9% da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das empresas. A partir da mudança, os percentuais passarão a variar entre 15% e 20%, eliminando a faixa mais baixa de contribuição.

O pacote ainda inclui discussões sobre cortes em despesas primárias. Esse ponto específico, no entanto, será tratado pelos líderes partidários junto às bancadas parlamentares, com vistas a construir um consenso sobre quais áreas podem sofrer reduções.

✱ Setor em expansão e foco da arrecadação - Com a legalização progressiva do mercado de apostas online, o governo passou a tratar o setor como importante fonte de receita. Em meio ao desafio de ajustar as contas públicas e diante da resistência do Congresso a cortes de benefícios, as bets se tornaram um dos caminhos mais viáveis para elevar a arrecadação sem ampliar impostos sobre a população em geral.

A tendência é que o setor continue sob forte escrutínio, tanto pelo seu potencial de crescimento quanto pela necessidade do governo federal de explorar novas formas de compensar renúncias fiscais e alcançar a sustentabilidade das contas públicas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Movimento do clã Bolsonaro pelo Senado faz Júlia Zanatta cogitar deixar o PL

Carlos Bolsonaro o pai Jair Bolsonaro durante o debate da Band, em São Paulo. Foto: André Ribeiro/FUTURA PRESS
No início de junho o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou à deputada Julia Zanatta (PL‑SC) que pretende lançar seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL‑RJ), como candidato ao Senado nas eleições de 2026. O aviso foi feito por telefone e é parte de uma reestruturação política liderada pelo ex-presidente para ampliar a influência da família no Congresso.

A movimentação causou tensão interna no Partido Liberal, já que a mudança interfere diretamente nos planos de Julia Zanatta, que desejava disputar o Senado por Santa Catarina. Com o novo arranjo, ela foi orientada por Bolsonaro a tentar a reeleição como deputada federal. A parlamentar iniciou conversas com outros partidos, como PP e União Brasil, e avalia uma possível mudança de legenda.

Vale destacar o gesto de Carlos Bolsonaro que desafia o próprio clã e cogita uma candidatura ao Senado por São Paulo, o que escancara as rachaduras na estratégia política da família. A eventual disputa por outro estado também confronta a lógica partidária, já que ele é vereador no Rio e tem sua base eleitoral consolidada na capital fluminense.

   A Deputada Federal Julia Zanatta (PL -SC). Foto: Reprodução/ Câmara dos Deputados
A nova composição desenhada pelo ex-presidente inclui Carlos Bolsonaro na disputa ao Senado catarinense e Caroline de Toni (PL-SC) como vice ou em outra posição estratégica. A manobra, no entanto, provocou desconforto entre aliados e abriu uma disputa velada por espaços nas chapas majoritárias.

No Rio de Janeiro, Carlos não terá espaço, pois Flávio Bolsonaro tentará a reeleição ao Senado. Já em São Paulo, a previsão é que Eduardo Bolsonaro ocupe a vaga da família, salvo uma mudança de rumo em que seja escolhido para concorrer à Presidência da República.

Em meio à tensão, lideranças do PL se preocupam com a sobreposição de candidaturas da família Bolsonaro. Apesar dos esforços para manter a coesão familiar no jogo político, interesses pessoais e ambições individuais têm dificultado o consenso. A disputa por protagonismo entre os filhos de Jair Bolsonaro tende a influenciar diretamente as composições eleitorais nos próximos meses.

Fonte: DCM

VÍDEO: Primeira-dama bolsonarista do DF é quase atingida por míssil em Israel e larga secretários


         A primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, em visita a vacas de Israel: modelito Jeová me chama

A primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, relatou nas redes sociais o momento de tensão que viveu em Israel após presenciar a interceptação de um míssil do Irã.

Ela estava em visita de jabá ao país quando ouviu uma sirene. “Vi que um míssil se chocou com o outro, ao ser interceptado por Israel. Na hora, eu só pensei em correr e me escondi em um bunker”, relatou.

Evangélica e bolsonarista, Mayara visitava um kibutz e cumpria “compromissos na região” quando foi surpreendida pela sirene de alerta. A comitiva incluía os secretários Marco Antônio Costa (Ciência, Tecnologia e Inovação), Rafael Bueno (Agricultura) e Ana Paula Soares Marra (Desenvolvimento Social).

“Que isso, gente. Eu quero ir embora. Não quero ficar, não”, ela diz. Seu modelito, de chapéu e macaquinho amarelo, chamou a atenção dos israelenses.

Eles ainda decidiram ir até áreas próximas à Faixa de Gaza. “Já que eu estava ali, quis ver com meus olhos aquele cenário e não apenas me deixar levar pelo noticiário. Não vou dizer se foi certo ou errado, mas acho que eu precisava ter vivido aqueles momentos para o meu lado espiritual. Foi uma sensação horrorosa estar lá, extremamente pesado e triste”, afirma.
Durante a madrugada, Mayara mexeu os pauzinhos para fugir de Israel. “Quando cheguei, vi uma explosão de notícias e mensagens em grupos (sobre o ataque)”, afirmou. A primeira-dama já está em solo brasileiro.

Mayara relatou que tem mantido contato constante com os secretários e acompanhantes que deixou para trás. “Converso o tempo todo com eles. Todos estão tranquilos, a preocupação maior é com os familiares daqui”, diz.

Enquanto isso, os secretários de Estado do DF que ficaram ainda não têm previsão de retorno. Refugiam-se num bunker. Autoridades israelenses se comprometeram a garantir o retorno do grupo “assim que possível”. Ou seja, só Jeová sabe.

Fonte: DCM

“Posto Ipiranga 2”: Michelle pode concorrer à Presidência com Campos Neto na Fazenda


        Michelle Bolsonaro em ato pró-anistia na Avenida Paulista em 2024. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Lideranças ligadas à direita discutem a possibilidade de Michelle Bolsonaro disputar a Presidência da República nas eleições de 2026. A ex-primeira-dama seria apresentada com um nome de peso para comandar a economia, em uma estratégia antecipada que busca atrair o apoio do mercado financeiro. Com informações de Letícia Casado, do Uol.

Essas articulações ganham força especialmente se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidir buscar a reeleição e não entrar na disputa presidencial. Nesse caso, Michelle assumiria protagonismo como possível cabeça de chapa com apoio declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre os aliados mais próximos da família, a ideia é repetir o modelo adotado em 2018, quando Bolsonaro apresentou Paulo Guedes como responsável pela política econômica. Agora, a aposta seria em Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central e atualmente na iniciativa privada, visto como o nome ideal para garantir respaldo técnico e aceno ao mercado.

Campos Neto já teria indicado a Tarcísio no ano passado, que aceitaria assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo. Com a indefinição sobre o futuro político do governador, o economista volta a ser cotado como peça-chave no plano da direita para 2026.

Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central. Foto: Fábio Rodrigues/Agência brasil
O prazo legal para que políticos deixem cargos públicos e possam se candidatar termina em abril de 2026. Até lá, aliados esperam que a decisão sobre quem representará o grupo bolsonarista esteja fechada. A expectativa é que isso aconteça até março.

Em outra frente, interlocutores também discutem uma possível composição entre Tarcísio e Michelle. Nessa hipótese, ela seria candidata a vice formando uma chapa considerada “dos sonhos” por nomes do núcleo duro conservador. Caso Michelle encabece a candidatura, os articuladores defendem que o vice seja um homem do Nordeste, a região onde a direita ainda enfrenta resistência.

A escolha teria como objetivo equilibrar forças regionais e ampliar a competitividade da chapa. Entre os nomes avaliados, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) é apontado como favorito para ocupar essa vaga. Além da origem nordestina, ele traria peso político e reforçaria a aliança com o Progressistas, partido estratégico para a consolidação do projeto eleitoral.

Fonte: DCM com informações do UOL

Congresso exige corte de gastos, mas engaveta propostas contra supersalários e privilégios militares

Enquanto critica alta de impostos sobre os mais ricos, Legislativo ignora projetos que reduzem despesas sem afetar contribuintes

                            Fernando Haddad e Hugo Motta (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em meio ao debate acalorado sobre responsabilidade fiscal, o Congresso Nacional intensifica a pressão para que o governo reduza gastos públicos sem recorrer ao aumento de impostos. A cobrança ganhou fôlego após o desgaste causado pela elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No entanto, propostas que atendem justamente à exigência dos parlamentares — ou seja, medidas de ajuste fiscal sem impacto tributário direto — estão paralisadas dentro da própria Casa, destaca o Metrópoles.

Dois exemplos evidentes dessa contradição são o projeto que põe fim aos chamados “supersalários” no funcionalismo público e a proposta do governo Lula que altera as regras da previdência dos militares. Nenhum dos textos implica aumento de tributos, mas ambos enfrentam forte resistência e seguem sem avanço legislativo.

◉ Supersalários ignorados - O projeto que limita os pagamentos que ultrapassam o teto constitucional dos servidores públicos tramita no Congresso desde 2016. Aprovado pela Câmara dos Deputados em 2021, o texto aguarda desde então a apreciação do Senado Federal.

A proposta busca estabelecer critérios claros para o pagamento de benefícios adicionais — os chamados “penduricalhos” — que elevam a remuneração de servidores além do limite permitido pela Constituição. A regra se aplicaria a todos os Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. A resistência, no entanto, é generalizada e reflete o peso de corporações e grupos de interesse que atuam contra a aprovação do projeto.

◉ Previdência dos militares sem parâmetro - Outro ponto sensível, mas igualmente ignorado pelos parlamentares, é a previdência dos militares. Diferente dos demais servidores, os integrantes das Forças Armadas não têm idade mínima estabelecida para a aposentadoria. Basta cumprir 35 anos de serviço para passar à reserva.

Buscando corrigir essa distorção, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Congresso, em dezembro de 2024, uma proposta que institui a idade mínima de 55 anos para a aposentadoria de militares. O projeto foi encaminhado junto a outras iniciativas do pacote de ajuste fiscal, mas segue engavetado na Câmara dos Deputados há mais de seis meses, sem qualquer despacho.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Joice Hasselmann diz ter sido alertada por Mourão sobre minuta de golpe: “Só falta assinar”

A jornalista Mara Luquet com a ex-deputada Joyce Hasselman durante a entrevista. Foto: Reprodução/My News

A ex-deputada Joice Hasselmann revelou, em entrevista à jornalista Mara Luquet, no canal MyNews, que foi informada pelo então vice-presidente Hamilton Mourão sobre a existência de uma minuta golpista que estaria pronta para ser assinada por Jair Bolsonaro. Segundo ela, o episódio ocorreu enquanto exercia a função de líder do governo e foi determinante para sua decisão de deixar o cargo.

Joice relatou que, ao saber do documento, procurou o ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal de Justiça (STF) e entregou a informação, mesmo sem provas materiais. “Falei: ‘Toffoli, eu preciso falar com você’. Fui até a casa dele num sábado. Ele colocou música alta, parecia cena de filme”, disse, insinuando receio do ministro de estar sendo gravado.

Segundo a ex-parlamentar, Mourão foi direto ao afirmar: “Só falta ser assinada”. A gravidade da situação a fez tomar providências imediatas. “Eu não consegui não fazer nada, ainda que fosse do governo”, afirmou Joice, ressaltando que se tratava de uma ameaça direta à democracia e à Constituição.

A relação de Hasselmann com o governo já estava desgastada, especialmente com os filhos do presidente. “O Eduardo sempre me odiou e eu retribuo com gentileza. Não tenho ódio, tenho desprezo”, disparou. Ela condicionou sua saída à aprovação da reforma da Previdência e afirmou que o ambiente no Planalto era hostil.

Ao relatar o encontro com Toffoli, Joice disse que o clima era de tensão, que teria contado tudo e avisado: ‘Vocês se preparem, porque não é brincadeira o que está acontecendo. O Bolsonaro é louco e ele é capaz de fazer isso’”. O ministro teria se espantado com a informação. Ainda detalhou que havia um rascunho de um novo Ato Institucional nos moldes da ditadura militar. “Existe já um rascunho para o golpe, um rascunho chamando o novo Ato Institucional”.

Apesar da relação difícil com Toffoli, Joice afirmou que ele ouviu o relato e prometeu compartilhar a informação com outros ministros do Supremo. “Pedi que ele dividisse a preocupação. Eu não podia correr o risco disso acontecer. Eu alertei o Supremo”, declarou. A ex-aliada posiciona-se agora como uma das vozes que alertaram as instituições sobre riscos à democracia.

Veja o vídeo da entrevista:

Fonte: DCM