sexta-feira, 31 de outubro de 2025

CNH: governo prevê fim da exigência de autoescolas ainda em 2025


        Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Foto: Reprodução

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), anunciou que a proposta do governo para acabar com a obrigatoriedade das autoescolas na emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pode ser implementada ainda este ano, por meio de uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), sem necessidade de aprovação no Congresso. A medida visa reduzir custos e simplificar o processo de habilitação.

O governo estuda oferecer aulas teóricas gratuitas on-line em escolas públicas e permitir que candidatos escolham entre Centros de Formação de Condutores (CFCs) ou instrutores autônomos, que poderão usar o carro do aluno, desde que identificado.

Profissionais terão que ser certificados pelo Ministério dos Transportes ou pelos Detrans. A mudança pode reduzir em até 80% o custo total da habilitação, atualmente elevado a cerca de R$ 5 mil e com até nove meses de duração.

Renan apontou que o alto custo é um obstáculo para muitos brasileiros, levando muitos a dirigir sem a CNH. Ele também sugeriu que a preparação para a CNH seja incluída no currículo das escolas públicas.

Dirigir carro. Imagem: reproduçãocng
Embora as autoescolas continuem no mercado, perderão a exclusividade na formação de condutores. A proposta está em consulta pública até domingo (2) e, após o prazo, o Contran deverá divulgar a resolução. O ministro rebateu críticas do setor, alegando que a resistência vem de quem busca manter uma reserva de mercado, até porque, a ideia é de que a medida também abra oportunidades de trabalho para cerca de 200 mil instrutores independentes.

Fonte: DCM

Partidos da base de Lula acionam Moraes e chamam operação no Rio de “massacre”


Corpos enfileirados em rua do Rio de Janeiro após operação policial mais letal da história da cidade. Foto: Divulgação

O PT, o PSOL e o PCdoB protocolaram nesta sexta-feira (31) um pedido conjunto no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o acesso imediato das famílias aos corpos das vítimas da operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.

As siglas classificam a ação como um “massacre” e uma das maiores tragédias da segurança pública do estado. O pedido foi apresentado dentro da “ADPF das Favelas”, ação movida pelo PSB em 2019 para monitorar abusos policiais em comunidades cariocas.

Na petição encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, os partidos pedem que as famílias possam reconhecer os corpos acompanhadas por advogados, defensores públicos ou representantes de direitos humanos.

As legendas também solicitam que o governo de Cláudio Castro apresente, em até 48 horas, a lista nominal das vítimas e o destino dos corpos, sob pena de responsabilidade. “A polícia do Rio matou mais do que prendeu. Para cada duas pessoas mortas ou presas, foi apreendida apenas uma arma”, diz o documento.

O texto ainda requer a presença de peritos independentes nas análises conduzidas pela Polícia Civil e uma inspeção urgente da Anvisa no Instituto Médico Legal (IML) da Avenida Francisco Bicalho, no Rio, devido a relatos de condições insalubres.

Corpos enfileirados em rua do Rio de Janeiro após operação policial mais letal da história da cidade. Foto: Divulgação
Para as siglas, há uma tentativa de “violência simbólica” contra as famílias das vítimas, com burocracias que dificultam o reconhecimento e a liberação dos corpos. A iniciativa ocorre em meio a uma crise interna entre o PSB e o grupo de advogados responsáveis pela ADPF das Favelas.

Após a operação que resultou em 121 mortes, o jurista Daniel Sarmento, representante da legenda no Supremo, protocolou uma petição pedindo investigação de eventuais abusos cometidos pelas forças policiais. A medida irritou a direção do PSB, que decidiu substituí-lo no caso.

Segundo integrantes do partido, o pedido de Sarmento não foi previamente autorizado pela cúpula nacional, presidida por João Campos (PSB-PE). O incômodo decorre do receio de desgaste político às vésperas das eleições municipais de 2026, já que parte da opinião pública apoia a atuação policial sob o governo de Cláudio Castro.

O governador fluminense, por sua vez, voltou a criticar duramente a ADPF. Durante entrevista, Castro chamou a decisão do STF de “maldita”, alegando que a medida “prejudicou o combate ao crime” e favoreceu traficantes. “Ainda são o que chamamos de filhotes dessa ADPF maldita”, disse. Segundo ele, a limitação imposta pelo Supremo às operações teria permitido que criminosos se refugiassem nas comunidades.

Moraes deve avaliar os novos pedidos nos próximos dias. Caso acolha as solicitações, a decisão poderá obrigar o governo do Rio a garantir transparência no processo de identificação dos corpos e permitir o acompanhamento independente das perícias.

Fonte: DCM

Em 15 dias carreta de especialidades médicas já atendeu 644 mulheres

Arapongas foi indicada para sediar o programa e de consultas e exames por 30 dias

Foto: Divulgação

A Carreta Agora Tem Especialistas, do Governo Federal, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 16ª Regional de Saúde e Prefeitura de Arapongas, atendeu 644 mulheres em duas semanas. O foco do programa é a avaliação diagnóstica inicial da saúde da mulher, na especialidade de ginecologia.

A Carreta Agora Tem Especialistas permanece em Arapongas por mais duas semanas. O município é o primeiro do Sul do Brasil a ser contemplado com a iniciativa, que visa reduzir as filas de espera na especialidade de ginecologia.

A carreta vai atender outras regiões do Paraná, onde a fila de espera por atendimento em ginecologia é maior. Em Arapongas, o programa atende as mulheres da cidade e dos outros 16 municípios ligados à 16ª Regional de Saúde de Apucarana.

A carreta está baseada na Estação Cultural Milene, na área central de Arapongas. Os atendimentos, que incluem consulta e exames, foram agendados previamente nas UBS´s dos municípios.

O diretor da 16ª Regional de Saúde, Paulo Vital, informa que são ofertadas consultas, exames e tratamentos que focam na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero, garantindo um atendimento completo e humanizado.

“O secretário Beto Preto se manifestou satisfeito com os resultados apresentados em Arapongas, com a carreta de especialidade ginecológica. Ele agradece o empenho do prefeito Rafael Cita e do secretário de saúde, Carlos Eduardo Arruda. A boa parceria da Sesa com o governo federal e com a Prefeitura de Arapongas vem funcionando muito bem no atendimento das mulheres”, avalia o diretor da Regional de Saúde, Paulo Vital.

PARANÁ ROSA – O secretário Beto Preto lembra que o Paraná também também criou o Programa Saúde da Mulher, com uma carreta itinerante, por sugestão da primeira-dama do estado, Luciana Massa, com o apoio do governador Ratinho Junior.

A Carreta “Saúde da Mulher”, está percorrendo o Paraná ofertando exames e consultas pelo Programa Paraná Rosa. “O programa acaba de chegar à metade do percurso com ótimos números. A cidade de Colorado é a 6ª entre as 13 localidades agendadas. Até agora foram realizados mais de 8.400 atendimentos”, informa o secretário Beto Preto.

Em seis cidades, o programa registrou 6.221 exames de mamografia, ultrassonografia vaginal, de mamas e tiroide, além de citopatologia (papanicolau). Em seis municípios foram realizadas 2.266 consultas médicas. As mulheres atendidas com ultrassom saem da carreta com os resultados em mãos.

Fonte: Assessoria

Trump nega planos de ataque contra a Venezuela após boatos na imprensa

Presidente dos EUA afirmou que não há ações ofensivas planejadas contra o país sul-americano, contrariando reportagens veiculadas pela mídia estadunidense

Nicolás Maduro, Donald Trump, navio anfíbio USS Iwo Jima navegando no mar do Caribe e o mapa da América do Sul ao fundo (Foto: Divulgação I Logan Goins/Marinha dos Estados Unidos)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desmentiu nesta sexta-feira (31) que Washington esteja planejando ataques militares contra a Venezuela. As declarações foram dadas a bordo do avião presidencial Air Force One, após veículos de comunicação estadunidenses divulgarem informações sobre supostos preparativos de ofensiva contra o país sul-americano.

De acordo com a emissora Telesur, Trump foi questionado por jornalistas sobre as reportagens que apontavam uma possível decisão da Casa Branca de bombardear instalações venezuelanas. O presidente respondeu de forma categórica: “não”. As declarações ocorrem em meio a um novo capítulo de tensão diplomática entre Caracas e Washington, marcado por acusações mútuas e movimentações militares no Caribe.

◆ 'Notícias falsas", diz Trump

O Miami Herald havia publicado que o governo estadunidense “tomou a decisão de atacar vários alvos militares na Venezuela a qualquer momento”, com base em fontes anônimas do Pentágono. Já o Wall Street Journal relatou planos de ofensiva preventiva que incluiriam bases e instalações estratégicas das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB). Trump classificou essas notícias como “falsas”, garantindo que seu governo “não tem ações ofensivas planejadas contra Caracas”. No entanto, o mandatário não negou o envio de navios e aviões militares para a região, o que mantém aberta a dúvida sobre o real propósito das operações.

De Caracas, o presidente Nicolás Maduro afirmou que a Venezuela é alvo de “uma guerra multifacetada orquestrada pelos Estados Unidos”, destinada a impor “uma mudança de regime e um governo fantoche”. Maduro acusou Washington de tentar criar uma “nova guerra eterna”, comparando a estratégia à dos conflitos no Oriente Médio, e destacou que “94% do povo venezuelano rejeita qualquer tipo de intervenção militar estrangeira”.

◆ Reação venezuelana

Nos últimos dias, as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, junto com a Milícia Nacional e forças policiais, realizaram exercícios nas áreas costeiras do país. Segundo o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, as manobras integram a doutrina da “guerra popular prolongada”, voltada a resistir a possíveis invasões.

Em outubro,Trump havia admitido a existência de operações secretas da CIA em território venezuelano, o que provocou forte indignação do governo de Caracas. As autoridades venezuelanas afirmam que tais ações fazem parte de um amplo plano de desestabilização política e econômica, que inclui sanções, bloqueio comercial, guerra midiática e campanhas psicológicas.

◆ Mobilização de tropas dos EUA no Caribe e Pacífico

Em agosto, Washington deslocou navios de guerra, um submarino nuclear, caças e forças especiais para as proximidades da costa venezuelana, sob o argumento de combater o narcotráfico. Diversos incidentes foram relatados no Caribe e no Pacífico, com ataques a embarcações supostamente ligadas ao tráfico, resultando em dezenas de mortes. Para Caracas, essas operações são “ações secretas de natureza política”, destinadas a criar pretextos para uma escalada militar na região.

Fonte: Brasil 247 com informações da Telesur

Milhares protestam no Complexo da Penha após chacina com 121 mortos no Rio

Após a mais letal ação policial do país, moradores e movimentos sociais exigem justiça e o fim das incursões em favelas

Pessoas em motocicletas protestam, um dia após uma operação policial fatal contra o tráfico de drogas na favela da Penha, no Rio de Janeiro, Brasil, 29 de outubro de 2025 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

RIO DE JANEIRO, 31 de outubro (Reuters) - As autoridades do Rio de Janeiro disseram na sexta-feira que identificaram a maioria dos mortos na operação policial mais letal da história do Brasil, enquanto protestos eram convocados para denunciar o elevado número de vítimas.

A operação contra a facção Comando Vermelho, que controla o tráfico de drogas em diversas favelas – bairros pobres e densamente povoados que se estendem pelo terreno acidentado da cidade – deixou 121 mortos na terça-feira, incluindo quatro policiais.

Felipe Curi, secretário da Polícia Civil do Rio, disse a repórteres que, até a manhã de sexta-feira, 99 corpos haviam sido identificados. Destes, 42 tinham mandados de prisão em aberto e 78 possuíam antecedentes criminais, afirmou.


Autoridades estaduais descreveram a operação como um sucesso, com o governador Claudio Castro afirmando que as "únicas vítimas reais" foram os policiais mortos, alegando que todos os outros mortos eram criminosos.

O elevado número de mortes gerou críticas de funcionários das Nações Unidas e especialistas em segurança. "Esses atos podem configurar homicídios ilegais e devem ser investigados de forma imediata, independente e completa", afirmaram especialistas da ONU na sexta-feira.

Alguns moradores locais disseram ter encontrado cadáveres com membros amarrados e sinais de tortura, o que provocou protestos e reações políticas negativas.

Movimentos sociais, incluindo os principais sindicatos, grupos de direitos humanos e partidos de esquerda, convocaram uma manifestação na tarde de sexta-feira perto do complexo de favelas da Penha, onde ocorreu a operação policial.

Os manifestantes exigem o fim das "incursões militares" nas favelas e a responsabilização das vítimas, segundo um comunicado conjunto. Eles também pedem a destituição do governador Castro.

Apesar das crescentes críticas, as autoridades de segurança locais continuaram a defender a operação. "Agimos da forma mais transparente possível. Foi uma ação legítima do Estado após um ano de investigações", disse Curi. "Não temos nada a esconder."

Reportagem de Rodrigo Viga Gaier e Fabio Teixeira no Rio de Janeiro; reportagem adicional de Emma Farge em Genebra; texto de Gabriel Araujo; edição de Lucinda Elliott e Richard Chang.

Fonte: Brasil 247

Rússia confirma apoio à Venezuela diante de ameaças externas

De acordo com o governo russo, é preciso 'defender a soberania nacional' do país sul-americano

        Presidentes Nicolás Maduro (Venezuela) e Vladimir Putin (Rússia) (Foto: Sergei Chirikov/Reuters)

O governo do presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta sexta-feira (31) que apoia a Venezuela contra os ataques das forças militares dos Estados Unidos a embarcações supostamente envolvidas no tráfico internacional de drogas.

“Apoiamos a liderança de #Venezuela na defesa de sua soberania nacional, levando em consideração a dinâmica da situação internacional e regional”, publicou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

“Estamos prontos para responder adequadamente às solicitações de nossos parceiros em vista das ameaças emergentes”.

Mais de 60 pessoas morreram desde que o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, determinou, há pouco mais de um mês, o deslocamento de militares para as regiões do Caribe e do Oceano Pacífico, em áreas perto da América do Sul.

O presidente Donald Trump negou que o seu governo esteja preparando ataques militares contra a Venezuela, presidida por Nicolás Maduro. A informação sobre o suposto plano foi divulgada no Wall Street Journal (WSJ).

Ofensiva

A ação militar conduzida pelos Estados Unidos faz parte da estratégia adotada pelo governo do presidente Donald Trump, que determinou o deslocamento de tropas para regiões próximas à América do Sul. De acordo com informações de Washington, o objetivo da iniciativa é reforçar o combate ao chamado narcoterrorismo.

O governo norte-americano também anunciou uma recompensa de até US$ 50 milhões — cerca de R$ 270 milhões — para quem fornecesse informações que possibilitassem a captura do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O presidente Donald Trump instruiu a CIA e o Pentágono a intensificarem as ações voltadas contra o governo venezuelano.

A política de Trump em relação à Venezuela está igualmente ligada à questão do petróleo. Dados divulgados pelo site World Atlas indicam que, em 2024, a Venezuela ocupava a primeira posição entre os países com as maiores reservas de petróleo do planeta, totalizando 300,9 bilhões de barris. Em segundo lugar estava a Arábia Saudita, com 266,5 bilhões de barris, seguida pelo Canadá, com 169,7 bilhões.

A lista prossegue com o Irã (157,8 bilhões), Iraque (150 bilhões), Rússia (103,2 bilhões), Kuwait (101,5 bilhões), Emirados Árabes Unidos (97,8 bilhões), Estados Unidos (48,5 bilhões) e Líbia (48,4 bilhões). O Brasil aparece na 15ª colocação, com 16,2 bilhões de barris, representando aproximadamente 1% das reservas mundiais.

Fonte: Brasil 247

Massacre no Rio: Castro se nega a receber Moraes no Palácio Guanabara


governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Foto: Reprodução

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que não pretende receber o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Palácio Guanabara. A visita do magistrado ao estado será para tratar de segurança pública após a Operação Contenção, que causou massacre nos complexos do Alemão e da Penha.

Segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, o encontro ocorrerá no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), sede das forças de segurança do estado. Castro argumentou que a reunião terá caráter técnico, não político.

O espaço escolhido abriga uma mesa central e dezenas de monitores que exibem imagens em tempo real da cidade. O ministro Alexandre de Moraes é o relator da ADPF das Favelas, ação do STF que busca reduzir a letalidade policial nas comunidades do Rio.

De acordo com o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Castro justificou a escolha do local afirmando que “a visita de Alexandre não é política, é técnica”. O governador pretende mostrar ao ministro vídeos da Operação Contenção, captados por drones, com cenas dos confrontos entre policiais e suspeitos armados no Complexo da Penha.

O deputado federal bolsonarista Paulo Bilynskyj (PL-SP). Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara
Segundo o bolsonarista, as imagens mostram criminosos atirando contra os agentes e ferindo dois deles. “É uma filmagem muito forte, em que cinco ou seis policiais entram em fila na mata e se envolvem em tiroteio. Os dois primeiros são atingidos de cima para baixo e caem”, relatou o deputado. Não há registros, nas imagens exibidas, de suspeitos sendo atingidos pela polícia.

Durante a reunião com parlamentares, Castro e as autoridades fluminenses demonstraram “zero preocupação” com a visita de Moraes. “Eles estão seguros de que todas as regras da ADPF foram cumpridas”, afirmou Bilynskyj. O governo sustenta que a operação foi autorizada judicialmente e baseada em uma investigação de um ano.

O governador alegou que os 121 mortos na operação reagiram à presença policial. “Os que morreram não se entregaram, decidiram atacar os policiais”, disse Bilynskyj ao reproduzir a fala de Castro. A megaoperação, segundo o governo, cumpria 70 mandados de prisão e 180 de busca e apreensão contra o Comando Vermelho.

Durante a coletiva, o governo estadual informou ainda que cerca de 500 criminosos atuam armados no Complexo do Alemão e outros 900 na Penha. A operação resultou na apreensão de 91 fuzis, 26 pistolas e 14 artefatos explosivos, números apresentados por Castro como prova da “magnitude da ameaça enfrentada pelas forças de segurança”.

Fonte: DCM

Paranoico, Bolsonaro evita falar por telefone em prisão domiciliar; entenda


Com a decretação da prisão domiciliar, Bolsonaro adota cautela ao se comunicar com familiares e amigos. Foto: Divulgação

O ex-presidente Jair Bolsonaro tem evitado qualquer tipo de contato telefônico durante o período em que cumpre prisão domiciliar em Brasília. Segundo aliados, ele adota uma postura de cautela extrema e se recusa a usar os celulares da esposa, Michelle, ou dos filhos, por receio de que uma eventual ligação possa agravar sua situação jurídica.

A restrição foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu ele de utilizar telefone ou internet. Um governador aliado relatou que, recentemente, telefonou ao senador Flávio Bolsonaro enquanto o parlamentar visitava o pai.

Durante a conversa, ele disse ter ouvido a voz de Bolsonaro ao fundo, dialogando com outras pessoas da casa, mas confirmou que o ex-presidente em nenhum momento pegou o aparelho. O cuidado, segundo pessoas próximas, seria uma tentativa de evitar novas suspeitas ou possíveis violações da decisão judicial.

A ordem de Moraes determina que Bolsonaro só pode se comunicar pessoalmente com familiares e visitantes previamente autorizados. Qualquer outro tipo de contato, inclusive por telefone, é vetado. O descumprimento da medida poderia resultar na revogação da prisão domiciliar e no retorno ao regime fechado.

Fonte: DCM

Caixão fechado ou R$ 4 mil: o drama das famílias dos mortos em massacre

 

Atendimento aos familiares durante o reconhecimento dos corpos dos mortos na Operação Contenção no IML. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
As famílias das vítimas da Operação Contenção, no Rio de Janeiro, enfrentam um dilema doloroso após a chacina que deixou 121 mortos: pagar ao menos R$ 4 mil por um sepultamento particular ou aceitar o enterro gratuito oferecido pela prefeitura, sem velório e com o caixão fechado. A Defensoria Pública do Estado montou um posto de atendimento no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto para orientar parentes e agilizar o acesso ao serviço.

Segundo o defensor público André Castro, a prefeitura disponibiliza o enterro gratuito apenas para quem comprovar vulnerabilidade social. Famílias que não se enquadram nos critérios podem solicitar uma tarifa social, intermediada diretamente pelas funerárias.

“Não precisa de ação judicial, nem nada do tipo. A gente faz a orientação e o contato é direto com as empresas”, explicou. Castro, no entanto, criticou as condições do serviço oferecido pelo município. “Não são condições que consideramos dignas para a despedida dos entes queridos. Mas muitas famílias realmente não têm condições de pagar. Esse tem sido o principal pedido na nossa atuação”, disse.

Em nota, a prefeitura alegou que o serviço gratuito garante um sepultamento “digno” às famílias vulneráveis e que nenhum corpo deixará de ser enterrado por falta de recursos. O município justificou que os caixões precisam ser fechados porque o serviço não inclui o preparo dos corpos.

“Por se tratar de um serviço gratuito, não estão incluídos procedimentos laboratoriais de preparação, o que faz com que os caixões sejam fechados. Também não estão contempladas despesas com velórios”, afirmou a prefeitura.

Corpos de mortos em massacre no Rio de Janeiro, na última terça (28). Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress
Enquanto isso, familiares continuam lotando o IML à espera da liberação dos corpos. Muitos aguardam há dois dias por informações. “Eles mandaram colocar o nome na lista e disseram que ligariam quando identificassem. Voltamos hoje e seguimos sem resposta”, contou uma mulher que buscava o sobrinho desaparecido desde segunda-feira.

Outra parente, que procurava o irmão, relatou falta de estrutura no local. “Não tem bombeiro, nem máquina para medir pressão. Ontem muita gente passou mal e não havia quem ajudasse”, afirmou. Do lado de fora, familiares aguardam em pé ou sentados nas muretas, sob o sol.

Até agora, mais da metade dos 117 corpos considerados suspeitos pela polícia foi identificada. As necropsias estão sendo realizadas no IML Afrânio Peixoto, que foi fechado exclusivamente para os mortos da operação. Parte dos corpos será levada para outras cidades — ao menos 17 já seguiram para Manaus e Belém — enquanto outros serão velados em bairros da zona norte, como Irajá e Inhaúma.

Fonte: DCM

VÍDEO – Bolsonarista Felipe Melo defende chacina no Rio: “Mostrou quem comanda”

                    O bolsonarista Felipe Melo em vídeo publicado nas redes. Foto: Reprodução


O bolsonarista Felipe Melo, ex-jogador e comentarista esportivo da Globo, publicou um vídeo nas redes sociais defendendo a operação policial no Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou em chacina. A ação, promovida pelo governo do estado, deixou 121 mortos.

“Quero começar esse vídeo parabenizando todos os policiais que subiram o morro. Esses sim, são verdadeiros heróis”, disse. Ele ainda afirmou que a ação foi “violenta, mas necessária” e que as forças de segurança enfrentam “um exército paralelo”.

“Não é mais tráfico de drogas, gente. São quadrilhas fortemente armadas com tecnologia militar. Sim, muita gente morreu. Mas o que você esperava? Que os criminosos entregassem os fuzis cantando o hino da paz?”, prosseguiu. Ele elogiou os quatro policiais mortos na operação, chamando-os de “heróis” e “protetores da sociedade”.

O bolsonarista concluiu o vídeo reafirmando solidariedade às famílias dos agentes mortos e criticando quem, segundo ele, “defende bandidos enquanto cidadãos de bem vivem aterrorizados”. “O Rio de Janeiro merece paz. E essa paz só virá quando o Estado mostrar quem comanda e quem comanda é a lei, não o crime”, afirmou.

Fonte: DCM

Cabeleireiro é condenado por dizer que não contrata “preto, gordo, petista e viado”


         Diego Beserra Ernesto, cabeleireiro condenado por injúria racial e discriminação. Foto: Reprodução

A Justiça de São Paulo condenou o cabeleireiro Diego Beserra Ernesto, de 38 anos, por injúria e discriminação após a divulgação de áudios em que ele afirmava não contratar “gordo, petista, preto e viado”. As gravações, feitas em janeiro de 2023, foram enviadas a Jeferson Dornelas, um homem negro que sublocava parte do salão de Diego, localizado na rua Cardoso de Almeida, em Perdizes, zona oeste da capital.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o caso veio à tona após Jeferson registrar um boletim de ocorrência. Ele havia enviado uma mensagem ao proprietário informando que uma assistente desistira de trabalhar no local um dia após aceitar a vaga.

A resposta de Diego, em áudio, foi considerada abertamente discriminatória. “Eu coloquei uma regra para mim… não contrato gordo, não contrato petista e não contrato preto”, afirmou o cabeleireiro. Em outra mensagem, completou: “Esqueci de falar, não contrato mais veado, velho. Principalmente veado, nem fodendo.”

A profissional mencionada, Ana Carolina de Sousa, contou à polícia que chegou a participar de uma entrevista no salão, mas desistiu do emprego após notar olhares de desprezo do proprietário. Segundo o Ministério Público, as investigações mostraram que todos os funcionários do salão eram “brancos, magros e heterossexuais”, o que reforçou o caráter discriminatório da conduta.

A promotora Mariana Camila de Melo classificou o comportamento como “criminoso e de graves efeitos sociais”. Na defesa, Diego alegou que os áudios foram retirados de contexto e que o conteúdo refletia “um momento político do país, com a esquerda dominando o cenário”.

Ele disse manter boa convivência com pessoas negras, homossexuais e gordas, e que jamais teria agido com preconceito em seu salão. Seu advogado, José Miguel da Silva Júnior, afirmou que o caso foi distorcido e que as testemunhas confirmaram que o réu atende todos os públicos.

A juíza Manoela Assef da Silva rejeitou os argumentos da defesa. Em sua sentença, destacou que “não há contexto possível que justifique a postura discriminatória” do cabeleireiro. Segundo ela, a tentativa de relacionar o discurso a um “contexto social” apenas reforça uma visão equivocada e preconceituosa sobre a diversidade.

Diego Beserra Ernesto foi condenado a dois anos, quatro meses e 24 dias de reclusão, pena substituída por serviços comunitários e pagamento de um salário-mínimo a uma instituição social. Também deverá indenizar a vítima em R$ 15.180 e pagar o mesmo valor a um fundo público por danos morais coletivos.

Fonte: DCM

EUA preparam ataque à Venezuela para as próximas horas, dizem fontes da Casa Branca


      O USS Gravely, um destróier equipado com mísseis guiados

O governo dos Estados Unidos está pronto para lançar ataques contra instalações militares dentro da Venezuela, segundo fontes com acesso direto às decisões da Casa Branca ouvidas pelo Miami Herald e pelo Wall Street Journal.

A ofensiva marcaria o início de uma nova fase da campanha norte-americana contra o Cartel de los Soles, organização que Washington afirma ser chefiada pelo presidente Nicolás Maduro e operada por altos oficiais do regime.

As fontes afirmaram que os ataques aéreos podem ocorrer a qualquer momento e têm como objetivo destruir centros de comando, pistas clandestinas e depósitos de armas usados pelo cartel, além de “decapitar sua estrutura hierárquica”.

Segundo estimativas do Pentágono, o grupo exporta cerca de 500 toneladas de cocaína por ano, divididas entre os mercados europeu e norte-americano. Questionados sobre se Maduro seria um alvo direto, integrantes do governo responderam de forma ambígua. “O tempo dele está acabando”, disse uma das fontes.

A escalada militar ocorre após meses de movimentação no Caribe. Desde agosto, os EUA reforçaram sua presença naval na região, criando uma força-tarefa conjunta com três destróieres equipados com mísseis guiados, aviões P-8 de reconhecimento e drones MQ-9 Reaper baseados em Porto Rico.

Em outubro, o porta-aviões USS Gerald R. Ford, acompanhado pelos destróieres USS Carney, USS Roosevelt, USS Ramage e USS Thomas Hudner, foi deslocado para o sul do Caribe.

O grupo de ataque, com mais de 4 mil militares e 90 aeronaves de combate, é descrito por oficiais venezuelanos exilados como o núcleo da “fase final” da operação, voltada a neutralizar líderes do Cartel de los Soles e do grupo criminoso Tren de Aragua.

O Gerald R. Ford, maior porta-aviões do mundo. Imagem: reprodução
A Casa Branca tenta minimizar a possibilidade de uma ação imediata. Donald Trump, ao ser questionado a bordo do Air Force One, negou ter tomado uma decisão definitiva, embora tenha endurecido o tom contra Maduro e seus aliados.

Em agosto, o governo norte-americano dobrou a recompensa pela captura de Nicolás Maduro para US$ 50 milhões, a maior já oferecida, e mantém prêmios de US$ 25 milhões para seus principais assessores, entre eles Diosdado Cabello (ministro do Interior) e Vladimir Padrino López (ministro da Defesa), ambos acusados de envolvimento no tráfico internacional de drogas.

A procuradora-geral Pam Bondi afirmou, à época, que Maduro é “um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos”.

A ofensiva militar foi moldada após Trump reclassificar os principais cartéis latino-americanos como organizações terroristas e criminosas transnacionais, entre eles o Tren de Aragua e o Cartel de los Soles.

O presidente também intensificou as operações marítimas no Caribe, com ataques a embarcações suspeitas de transportar cocaína — 61 supostos traficantes morreram em ações recentes.

Analistas ouvidos pelo Miami Herald avaliam que a amplitude do destacamento indica um plano de pressão direta sobre Caracas, mas não necessariamente uma invasão. “Há poder de fogo suficiente para realizar ataques aéreos e missilísticos, mas não para ocupar o país”, explicou o coronel da reserva Mark Cancian, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

Ele compara o cenário a operações de ataques pontuais, como o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani, realizado por Washington em 2020.

Pedido de recompensa pela cabeça de Maduro e Diosdado Cabello

Outros observadores, no entanto, acreditam que a movimentação visa desestabilizar Maduro internamente, criando incentivos para deserções dentro das Forças Armadas venezuelanas. “Há mais de um general disposto a capturá-lo, ciente de que há uma diferença entre falar de morte e vê-la se aproximar”, disse uma das fontes ao jornal.

Apesar das negativas oficiais, a movimentação das forças norte-americanas — e a saída nesta semana do destróier USS Gravely, de Trinidad — sugere que a Venezuela está no centro de uma operação militar sem precedentes desde a invasão do Panamá, em 1989.

Fonte: DCM