segunda-feira, 4 de março de 2024

Israel mata jovem palestino na maior operação em Ramallah dos últimos anos

 Forças israelenses atiraram e mataram Mustafa Abu Shalbak, de 16 anos, durante a operação no campo de refugiados de Am'ari

Operação de Israel em Ramallah
 4/3/2024    REUTERS/Mohammed TorokmanOperação de Israel em Ramallah 4/3/2024 REUTERS/Mohammed Torokman (Foto: Mohamad Torokman)

Reuters - As forças israelenses invadiram a capital administrativa palestina de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, durante a noite, matando um jovem de 16 anos em um campo de refugiados durante a maior operação desse tipo na cidade em anos, disseram fontes palestinas na segunda-feira.

Os militares israelenses disseram que, durante a ação, houve um tumulto entre palestinos que atiraram pedras e bombas de gasolina e os soldados, que responderam com fogo real.

Testemunhas em Ramallah disseram que as forças israelenses conduziram dezenas de veículos militares para a cidade, sede da Autoridade Palestina (AP), liderada pelo presidente Mahmoud Abbas, que exerce autonomia limitada sobre partes da Cisjordânia.

O Ministério da Saúde palestino informou que as forças israelenses atiraram e mataram Mustafa Abu Shalbak, de 16 anos, durante a operação no campo de refugiados de Am'ari.

A agência de notícias palestina Wafa disse que houve confrontos quando as forças israelenses invadiram o campo e que "balas reais foram disparadas contra jovens palestinos", ferindo Abu Shalbak no pescoço e no peito.

As Forças Armadas israelenses disseram que as forças de segurança realizaram uma operação antiterrorismo de seis horas no campo, prendendo dois suspeitos procurados, interrogando outros e apreendendo "material de incitação espalhado pelo Hamas".

"Durante a operação, houve um tumulto violento, no qual os suspeitos atiraram pedras e coquetéis molotov contra as forças de segurança israelenses, que responderam com fogo real. Foi identificado um atingido", afirmaram.

Um policial de fronteira israelense ficou levemente ferido durante os confrontos.

O Ministério das Relações Exteriores da Palestina disse que as autoridades de ocupação israelenses estavam tornando a vida dos palestinos na Cisjordânia "um inferno insuportável" com ações que incluem batidas, detenções e restrições de movimento, alertando sobre "sérios riscos" de mergulhar a Cisjordânia em "violência e anarquia".

A violência aumentou em toda a Cisjordânia paralelamente à guerra de Gaza, com pelo menos 400 palestinos mortos em confrontos com soldados e colonos israelenses, e Israel invadindo regularmente áreas palestinas em todo o território que ocupou em 1967.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Petrobrás pagará à ANP R$ 830 milhões em royalties e PE atrasados

 Acordo judicial foi homologado pela Justiça do Rio de Janeiro

Plataforma da PetrobrásPlataforma da Petrobrás (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

 A Justiça do Rio de Janeiro homologou o acordo entre a Petrobrás e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para encerrar um processo judicial que envolve o recálculo do valor a ser pago a título de participações governamentais - royalties e participação especial (PE) - pela produção de petróleo no Campo de Jubarte, na costa do Espírito Santo. A estatal terá que desembolsar R$ 830 milhões. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (4) pela Petrobrás.

De acordo com a ANP, as participações governamentais deixaram de ser recolhidas porque a Petrobrás não atualizou a curva de PEV de Jubarte, ou seja, um instrumento que analisa as condições físico-químicas do petróleo extraído, as quais, por sua vez, definem o preço de referência do petróleo.

Os períodos em discussão foram de agosto de 2009 a fevereiro de 2011 e dezembro de 2012 a fevereiro de 2015.

Com o acordo, a Petrobrás vai pagar cerca de R$ 830 milhões em valores atualizados até dezembro de 2023. Desse total, 35% serão pagos à vista; e o restante, parcelado em 48 vezes. Tanto a primeira parcela quanto as demais serão corrigidas pela taxa básica de juros (Selic).

O primeiro pagamento será feito em até 30 dias depois da homologação, feita pela 23ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro.

Segundo a Petrobrás, os valores estão provisionados (reservados) nas demonstrações financeiras da companhia.

Participações governamentais - Os royalties são um percentual da receita bruta com o petróleo extraído pela empresa que é pago à União, estados e municípios produtores, todos os meses, e funcionam como uma remuneração à sociedade pela exploração desses recursos não renováveis.

Já a participação especial é uma compensação financeira que as empresas devem pagar por explorar campos de grande volume de produção ou grande rentabilidade. A arrecadação e distribuição das participações governamentais cabem à ANP.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil 

Polícia do Rio faz operação para prender assassinos de advogado morto em frente à OAB-RJ

 Um dos alvos é policial já preso por homicídio e envolvido com milícia

(Foto: Reprodução)

 A Polícia Civil do Rio de Janeiro faz buscas na manhã desta segunda-feira (4) para prender dois suspeitos de envolvimento no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, morto por ao menos 10 tiros no último dia 26, a poucos metros da sede da Ordem dos Advogados do Brasil fluminense (OAB-RJ). Um dos alvos é policial militar (PM) envolvido com milícia.

A ação é conduzida por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A Justiça autorizou o cumprimento de dois mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão. Os procurados são o PM Leandro Machado da Silva, lotado no 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que fica em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio, e Eduardo Sobreira Moraes.

Segundo a investigação, Eduardo foi o responsável pela vigilância e monitoramento do advogado nos dias que antecederam o crime e no próprio dia da morte, na parte da manhã até o início da tarde. Ele usava um carro Gol branco, parecido ao dos executores, flagrado por câmeras de segurança.

O Gol usado por Eduardo foi entregue a ele pelo PM Leandro Machado. Os investigadores afirmam que o PM foi o responsável por coordenar toda a logística do crime. Ele já tinha, inclusive, sido investigado e preso pela prática de homicídio e por integrar uma milícia em Duque de Caxias.

A Polícia Civil segue na apuração para identificar demais envolvidos e a motivação do crime.

O crime - Rodrigo Marinho Crespo foi alvejado por tiros às 17h15 da última segunda-feira (26). Ele tinha acabado de sair do escritório de advocacia Marinho & Lima Advogados, do qual era um dos sócios. O prédio fica a poucos metros da sede da OAB fluminense. Na mesma rua ficam o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Defensoria Pública do Estado.

Rodrigo Marinho Crespo tinha ampla experiência em direito civil empresarial com ênfase em contratos e em direito processual civil.

“A possibilidade de existir relação com a atividade profissional causa grande preocupação à OAB. Queremos, em primeiro lugar, garantir a segurança dos advogados e advogadas que estão atuando em seus processos judiciais”, afirmou o presidente da OAB-RJ, Luciano Bandeira, no dia seguinte ao crime.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar (PM) informou que a Corregedoria Geral da Corporação apoia a operação da Polícia Civil e que o PM Leandro Machado já estava afastado do serviço nas ruas, pois responde a um outro inquérito por participação em organização criminosa, tendo sido preso preventivamente em abril de 2021.

A corporação acrescenta que a Corregedoria Geral já havia instaurado um procedimento administrativo disciplinar em relação ao policial, que pode terminar em expulsão.

“O comando da PM reitera seu impreterível compromisso com a transparência e condena qualquer cometimento de crime realizado por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Campos Neto diz que 'já há um movimento' para revisar para cima projeção do PIB de 2024

 Presidente do Banco Central admitiu que os especialistas têm errado a previsão do PIB brasileiro. PIB de 2023 foi três vezes maior que o previsto no início do ano pelos analistas

Roberto Campos NetoRoberto Campos Neto (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Durante palestra proferida nesta segunda-feira (4), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, revelou que os economistas estão revendo para cima as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, revisão que representa um movimento otimista em meio às incertezas econômicas globais.

Segundo o Metrópoles, Campos Neto destacou que, nos últimos anos, houve uma tendência de subestimar o desempenho da economia brasileira, com erros nas projeções para 2021, 2022 e 2023. No entanto, para o atual ano, já se observa um movimento de revisão para cima por parte dos especialistas.

Essas mudanças de perspectiva têm sido evidenciadas no Relatório Focus, que acompanha as previsões dos analistas de mercado. Há cinco semanas, a projeção para o crescimento do PIB em 2024 estava em 1,60%. No entanto, na última semana, esse número subiu para 1,75%. De acordo com Campos Neto, as expectativas já estão se aproximando de 1,8% a 1,9%. Enquanto isso, o governo federal mantém sua projeção mais otimista, estimando um crescimento de 2,2% para o ano.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gleisi condena contratação de Cuca pelo Athletico: "estarrecedor"

 Presidente do PT citou que o treinador "estuprou uma criança de 13 anos" e "nunca pagou por isso". No início do ano, a Justiça da Suíça anulou a condenação de Cuca por estupro

CucaCuca (Foto: Pedro Souza/Atlético-MG)

 Presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) condenou a intenção do Athletico de contratar o técnico Cuca para comandar o time. Segundo o ge, "as negociações já tinham avançado e nas últimas horas o martelo foi batido: Cuca é o novo técnico do Athletico".

"O treinador era o nome favorito do presidente Mario Celso Petraglia desde o ano passado para comandar o time no ano do centenário. O clube deve confirmar já nas próximas horas o contrato de um ano com Cuca", diz a reportagem.

Gleisi se mostrou indignada porque consta na trajetória de Cuca uma condenação, na Suíça, pelos crimes de coação e ato sexual com menor, ocorridos em 1987, durante uma excursão do Grêmio pela Europa. No entanto, no início do ano, a Justiça da Suíça anulou a sentença e indenizou o brasileiro em cerca de R$ 50 mil. Reportagem também do ge assinala que "a decisão do Tribunal – que não entrou no mérito da questão, portanto não inocentou Cuca – concordou com o argumento apresentado pela defesa do ex-jogador. Ela defendia a anulação alegando que o julgamento de 1989 se deu à revelia, sem que o réu estivesse presente e sem que seus advogados pudessem defendê-lo".

"É estarrecedor, na semana da mulher, saber que o Athletico Paranaense irá contratar Cuca, o homem que estuprou uma criança de 13 anos e que nunca pagou por isso. A condenação não difere em nada dos casos de Robinho e Daniel Alves, o crime é igualmente grave e chocante: a justiça da Suíça confirmou que havia sêmen do agressor no corpo da vítima! Uma pessoa como Cuca deve pagar por seu crime e jamais ocupar cargos de liderança, como o de treinador de futebol, que serve de inspiração e referência para tantas crianças. Teremos um longo caminho pela frente até que os homens também estejam comprometidos com o enfrentamento à violência contra a mulher. Vamos à luta! No dia 8 de março ocuparemos as ruas!", publicou Gleisi no X, antigo Twitter.

Fonte: Brasil 247 com ge

Alexandre Silveira critica tentativa de Zema de privatizar a Cemig e empresas públicas de Minas Gerais

 Para o ministro, governador mineiro quer entregar empresas públicas à iniciativa privada para "resolver o problema do governo dele"

Alexandre Silveira e CemigAlexandre Silveira e Cemig (Foto: ABR | Reprodução/ Câmara Municipal de Santa Luzia)

 O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por insistir na privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e outras empresas públicas do estado. Segundo Silveira, Zema tenta jogar a responsabilidade de uma solução para a renegociação da dívida para a União. O governador mineiro propôs que Minas Gerais fizesse a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), congelando salários dos servidores, limitando a realização de concursos públicos e concedendo empresas estratégicas do Estado à iniciativa privada.

"A dívida de Minas com a União aumentou R$ 55 bilhões nos últimos 5 anos, durante a gestão do governador Zema, o equivalente a 50% do montante", disse Silveira. “Acredito que está incomodando o governador o fato de que em um possível acordo da dívida de Minas com a União ele tenha que entregar a Codemig e a Cemig, pois já existia um processo de andamento de venda dessas empresas. Ou seja, ele queria entregar as empresas para resolver o problema do governo dele”, ressaltou o ministro.

O ministro ressaltou, ainda, que há uma grande diferença nessa situação na proposta apresentada por ele e pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (SD-MG), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “A diferença é que esse acordo seria um acordo estruturante, ou seja, o Estado teria que recomeçar a pagar a dívida com a União, mas resolveria ao longo de dez anos definitivamente essa conta, dando condições a Minas Gerais de fazer novos investimentos”, afirmou.

"Eu acredito que é necessário se fazer esse acordo, estamos trabalhando para isso, há muito boa vontade por parte do presidente Lula. Quando eu assisto esses ataques do governador, não entendo muito, porque não é muito próprio de nós, mineiros. Sabemos que a ação federativa é imprescindível para que a gente melhore a qualidade da saúde, da educação, das estradas. Eu fico um pouco sem entender, porque me parece uma mensagem muito mais de uma repetição da vontade política daquele que ele representa em Minas, que é o ex-presidente da República, do que propriamente dos interesses dos mineiros", criticou Silveira.

Fonte: Brasil 247

União Europeia multa Apple em mais de 1,8 bi de euros em caso aberto por Spotify

 "A Apple abusou de sua posição dominante no mercado de distribuição de aplicativos de streaming de música por meio da App Store", disse a chefe antitruste da UE, Margrethe Vestager

(Foto: REUTERS/Yves Herman)

Reuters - A União Europeia condenou a Apple nesta segunda-feira a pagar multa de mais de 1,8 bilhão de euros por impedir que o Spotify e outras empresas de streaming de música ofereçam aos usuários dos dispositivos da companhia norte-americana opções de pagamento fora da App Store.

A decisão da Comissão Europeia foi desencadeada por uma reclamação feita em 2019 pela Spotify sobre essa restrição e as taxas de 30% cobradas pela Apple na App Store.

O órgão de defesa da concorrência da União Europeia disse que as restrições da Apple constituem condições comerciais injustas, um argumento relativamente novo em um caso antitruste e também usado pela agência antitruste holandesa em uma decisão contra a Apple em 2021 em um caso apresentado por fornecedores de aplicativos de namoro.

O órgão de defesa da concorrência da UE disse que acrescentou uma quantia fixa adicional de 1,8 bilhão de euros ao valor inicial porque uma parte significativa do dano causado pela conduta da Apple foi não monetária. A UE não disse qual foi o valor inicial.

"Por uma década, a Apple abusou de sua posição dominante no mercado de distribuição de aplicativos de streaming de música por meio da App Store", disse a chefe antitruste da UE, Margrethe Vestager, em um comunicado. "Eles fizeram isso ao impedir que os desenvolvedores informassem os consumidores sobre serviços de música alternativos e mais baratos disponíveis fora do ecossistema da Apple. Isso é ilegal de acordo com as regras antitruste da UE", disse ela.

A Apple criticou a decisão da UE, dizendo que a contestará na Justiça

"A decisão foi tomada apesar do fracasso da Comissão em descobrir qualquer evidência confiável de danos ao consumidor e ignora a realidade de um mercado que é próspero, competitivo e está crescendo rapidamente", disse a Apple.

"O principal defensor dessa decisão -- e o maior beneficiário -- é o Spotify, uma empresa sediada em Estocolmo, na Suécia. O Spotify tem o maior aplicativo de streaming de música do mundo e se reuniu com a Comissão Europeia mais de 65 vezes durante essa investigação", disse a Apple.

A empresa sueca não paga nenhuma comissão à Apple, pois vende suas assinaturas em seu site e não na App Store.

A ordem de Vestager para que a Apple remova as restrições da App Store ecoa a mesma exigência das novas regras da UE, conhecidas como Digital Markets Act (DMA), que a Apple terá que cumprir a partir de 7 de março.

A multa da Apple, no entanto, é cerca de um quarto das multas de 8,25 bilhões de euros que o órgão regulador da UE aplicou ao Google, em três casos na década anterior.

Em contraste com o caso do streaming de música, a Apple está tentando resolver outra investigação antitruste da UE, oferecendo-se para abrir seus sistemas de pagamento móvel para rivais.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Governadora de Pernambuco pede que PSDB deixe de fazer oposição a Lula

 Pedido de Raquel Lyra foi feito ao presidente do PSDB, Marconi Perillo

O presidente Lula e a governadora de Pernambuco, Raquel LyraO presidente Lula e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (Foto: GOVPE)

 A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, pelo PSDB como uma das apostas para a renovação do partido, enfrenta dificuldades de apoio diante da oposição feita pela legenda ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula recebeu quase 67% dos votos dos pernambucanos na última eleição presidencial e, segundo a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, “Raquel enxerga na parceria com o Palácio do Planalto um caminho para fazer entregas e, com isso, deixar o posto de governadora com a pior avaliação no Brasil, segundo pesquisa AtlasIntel. Tanto que ela já pediu ao presidente do PSDB, Marconi Perillo, que o partido deixe a oposição e se torne independente”.

“Defendi uma postura de independência do PSDB, dada a necessidade de um esforço nacional para o País voltar a crescer de maneira sustentável”, disse a governadora. Segundo ela, a má avaliação de seu governo se deve ao PSB, que administrou o Estado por 16 anos. Paulo Câmara deixou a administração estadual em 2022 com uma aprovação de apenas 13% dos pernambucanos, segundo pesquisa Ipec.

Ela também destacou a importância de parcerias institucionais com o Planalto para garantir recursos e lamentou a perda de oportunidades nos anos anteriores. Agora, segundo ela, estão sendo construídas “parcerias sólidas” com o governo Lula, como a construção de unidades habitacionais.

A possível saída de Raquel Lyra do PSDB desperta o interesse de partidos de centro, como o PSD e MDB, que têm oferecido a ela maior representatividade em suas fileiras. No entanto, Raquel afirma que deverá permanecer no PSDB, partido que a possibilitou ser eleita prefeita de Caruaru, no Agreste pernambucano, e governadora.

Em relação à eleição municipal, Raquel Lyra enfrentará pela primeira vez o prefeito do Recife, João Campos, que possui a melhor avaliação entre os gestores de capitais no Brasil, segundo o ranking do AtlasIntel. Campos pretende disputar a reeleição e tem o nome cotado para se lançar ao governo estadual em 2026. “Apesar da rivalidade, Raquel descarta escalar a vice-governadora Priscila Krause (Cidadania) para a corrida à Prefeitura e aposta no diálogo com Campos para resolver problemas na região metropolitana da cidade”, destaca a reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações da Coluna do Estadão

Fernandinho Beira-Mar e outros 23 detentos são transferidos de presídio que registrou primeiras fugas do sistema federal

 Fernandinho Beira-Mar foi transferido do presídio federal no Rio Grande do Norte em uma operação sigilosa, no sábado

Fernandinho Beira-MarFernandinho Beira-Mar (Foto: Agência Brasil)

O governo federal transferiu o traficante Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A decisão ocorreu 20 dias depois do presídio registrar as duas primeiras fugas do sistema prisional federal. As fugas foram realizadas por membros do Comando Vermelho, mesma facção de Beira-Mar, que escaparam por um buraco na luminária de suas celas. Segundo o G1, ele foi transferido para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, em uma operação sigilosa no último sábado (2).

“Pelo menos outros dois detentos também foram transferidos de Mossoró para Catanduvas: Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida. Os dois são do Acre e chegaram à Penitenciária de Mossoró junto com Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, que fugiram no dia 14 de fevereiro”, destaca a reportagem.

Ao todo, 24 detentos foram transferidos no último sábado (2) para a Penitenciária de Catanduvas.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Montadoras já anunciaram em 2024 R$ 32 bilhões em investimentos no Brasil

 Nesta semana, além da Toyota, a Stellantis, dona da Fiat e Peugeot, também anunciará um novo ciclo de investimentos no país

Geraldo Alckmin e LulaGeraldo Alckmin e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), antecipou que a Toyota fará na terça-feira (5) o anúncio de investimento de R$ 11 bilhões no Brasil nos próximos anos. Com isso, chega a R$ 32 bilhões os investimentos no país anunciados por montadoras somente em 2024 - além de R$ 3 bilhões da chinesa BYD, anunciados em meados de 2023. Na próxima quarta-feira, a Stellantis, dona da Fiat e Peugeot, também anunciará seu novo ciclo de investimentos, segundo o jornal O Globo, o que deverá elevar ainda mais a cifra.

“A Toyota está no Brasil há 66 anos e vem contribuindo enormemente para o adensamento das nossas cadeias produtivas. Seu anúncio é uma demonstração clara da confiança dessa grande empresa japonesa em nossa economia”, escreveu Alckmin em publicação nas redes sociais.

Em fevereiro, o presidente Lula (PT) se reuniu com o presidente global do Grupo Hyundai Motor, Eui-Sun Chung, em encontro em que a empresa sul-coreana anunciou investimentos na ordem de US$ 1,1 bilhão (aproximadamente R$ 5 bilhões) em investimentos no Brasil até 2032 em tecnologia e em hidrogênio verde.

A General Motors, por sua vez, anunciou um investimento de R$ 7 bilhões no país entre 2024 e 2028, também após encontro com Lula, que estava acompanhado por Alckmin. Segundo o vice-presidente de Políticas Públicas, Comunicações e ESG da GM para América do Sul, Fabio Rua, o valor poderá aumentar, de acordo com as condições de mercado.

A alemã Volkswagen anunciou R$ 9 bilhões em investimentos no Brasil até 2028, com previsão de fabricação de quatro novos modelos no país.

  • Toyota: R$ 11 bilhões - anúncio em 05/03/2024
  • Grupo Hyundai Motor: US$ 1,1 bilhão (aprox. R$ 5 bilhões) - anúncio em 22/02/2024
  • General Motors: R$ 7 bilhões - anúncio em 24/01/2024
  • Volkswagen: R$ 9 bilhões - anúncio em 01/02/2024
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Com fluxo diário de 150 mil veículos, Ponte Rio-Niterói faz 50 anos

 Quatrocentas mil pessoas passam pela ponte diariamente

Ponte Rio-NiteróiPonte Rio-Niterói (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Quatrocentas mil pessoas em 150 mil veículos. Esse é o fluxo diário que atravessa os 13 quilômetros da Ponte-Rio Niterói, que completa 50 anos de inauguração nesta segunda-feira (4). Já considerada a maior ponte do Hemisfério Sul e da América Latina, ela é um trecho da BR-101 e uma ligação viária vital para o estado do Rio de Janeiro, encurtando o caminho que antes exigia contornar a Baía de Guanabara ou usar balsas.

O conceito de uma ponte suspensa entre os dois municípios data de 1875, mas somente em 1963 foi criado um grupo de trabalho para estudar um projeto para a sua construção. Em 23 de agosto de 1968, o general Arthur Costa e Silva, então presidente da ditadura militar, assinou decreto autorizando o projeto de sua construção. Apesar de sucessivas tentativas de mudança, até hoje é o ditador que dá o nome oficial da Ponte Rio-Niterói, a Ponte Presidente Costa e Silva. 

Marco da engenharia nacional, a ponte tem o maior vão em viga reta contínua do mundo, o Vão Central, com 300 metros de comprimento e 72 metros de altura. Outro número que impressiona é o total de 1.152 vigas ao longo de sua estrutura.

O presidente do Clube de Engenharia, Marcio Girão, lembra que, antes de sua construção, para fazer a travessia entre Rio de Janeiro e Niterói, levava-se mais de duas horas de espera, e o transporte de veículos era feito em balsas. Ele destaca que a maior parte da ponte foi desenvolvida com engenharia nacional.

“Na época, a Noronha Engenharia, sediada no Rio, é que preparou o projeto. Depois, várias empresas nacionais, em consórcio, construíram a ponte. Somente o vão central, que tinha a estrutura metálica, teve o projeto contratado a uma empresa norte-americana. A gente não tinha muita experiência nessa área. Mas todo o resto da ponte, em concreto armado, foi todo feito pela engenharia brasileira.”

A firma Howard, Needles, Tammen and Bergendorf, dos Estados Unidos, projetou o trecho dos vãos principais em estrutura de aço, incluindo as fundações e os pilares. Os engenheiros responsáveis pelo projeto da ponte de concreto foram Antônio Alves de Noronha Filho e Benjamin Ernani Diaz, enquanto o engenheiro responsável pela ponte de aço foi o americano James Graham.

Para Márcio Girão, a Ponte Rio-Niterói é uma realização importante da engenharia brasileira, que já foi uma das mais capazes do mundo. O presidente do Clube de Engenharia lamentou que a engenharia nacional tenha caído muito de 1980 para cá. “Houve uma destruição da engenharia nacional, principalmente a engenharia consultiva, ou de projetos, por falta de políticas públicas. A engenharia brasileira precisa ser realavancada. A engenharia precisa voltar”, defende.

Trabalhadores mortos - A grandiosidade celebrada pela engenharia também envolveu desfechos trágicos para muitos trabalhadores responsáveis por ela. O professor aposentado do Programa de Engenharia de Transportes do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Ronaldo Balassiano, tem memórias da fase final da construção.

Ainda jovem, Ronaldo Balassiano era calouro na universidade e tinha um professor que dava consultoria para a gigantesca obra.

“Ele contava para nós as coisas absurdas que aconteciam durante a construção. Era uma obra grande, pioneira para nós, aqui no Brasil, em que muita gente morreu. Alguns trabalhadores morreram, inclusive concretados dentro desses pilares. É um fato sabido. Este foi um ponto negativo da construção”, avalia Balassiano.

O presidente do Clube de Engenharia, Marcio Girão, também aponta o lado trágico da construção que teve oficialmente 33 mortes registradas. Mas as estimativas da época, não oficiais, alcançavam 400 óbitos, incluindo operários e engenheiros, conta ele. “A gente sabe que o registro oficial sempre está aquém do real.”

AI-5 - Para a professora do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF) Samantha Viz Quadrat, um ponto importante na construção da ponte é que ela começa com o Ato Institucional Número Cinco (AI-5) e termina com o início da transição no Brasil, em 1974. “Ela é construída ao longo do período com maior índice de violência da ditadura brasileira. A maior concentração de mortos e desaparecidos foi no decorrer de toda a construção da ponte”, aponta.

Nesse período de maior violência, a historiadora conta que uma das formas de a ditadura angariar aprovação popular foi por meio da construção de grandes obras, como a Ponte Rio-Niterói, a Usina Hidrelétrica de Itaipu e a Rodovia Transamazônica, que já eram uma pauta brasileira discutida desde o século 19.

“Elas são também obras de propaganda, dentro do contexto de um país que vai para a frente. O próprio Médici [ex-presidente da ditadura militar, de 1969 a 1974] fala que é a ponte do futuro, que o Brasil já está dando certo. A ponte entra dentro desse contexto.”

O AI-5 foi elaborado em 13 de dezembro de 1968, pelo então ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva, e entrou em vigor durante o governo do presidente Costa e Silva, em resposta a fatos anteriores, como uma passeata de mais de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro em protesto contra o assassinato do estudante Edson Luís de Lima Souto por um integrante da Polícia Militar. Esse foi o quinto de 17 grandes decretos emitidos pela ditadura militar nos anos que se seguiram ao golpe de Estado de 1964, e é considerado uma vitória dos militares mais radicais, que exigiam do governo poderes para eliminar opositores por meio de medidas como prisões, punição de dissidentes, suspensão de direitos políticos e cassação de mandatos.

Samantha lembra que esse foi um período de grande repressão, de censura prévia aos órgãos de comunicação e perseguição aos movimentos operários e de trabalhadores.

“A obra é construída dentro desse quadro de violência, em que não se tinha como fazer denúncias sobre questões trabalhistas. As populações diretamente atingidas pela ponte não têm a quem recorrer É uma obra que, de fato, vem de cima para baixo”, diz a professora.

Mudança de nome - Se a história vinculada ao período autoritário não pode ser mudada, o nome Presidente Costa e Silva foi alvo de diferentes iniciativas nos últimos anos. Em 2012, atendendo a pedido de movimentos de direitos humanos, o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) apresentou projeto propondo a mudança do nome da ponte para o do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho.

Em entrevista à Agência Brasil, Chico Alencar disse que a mudança do nome para o do sociólogo se justificava por “ser uma pessoa cuja vida foi dedicada a construir pontes entre os que têm fome e os saciados, entre os sensíveis e os insensíveis, entre os que têm consciência dos sentimentos do mundo e os que não têm, para dar uma dimensão nova à política, com esse respaldo social”.

Apesar disso, o parlamentar admite que há muitos obstáculos. O projeto já tem um parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ). “Mas eu sei que, para passar, se já era difícil na época, ainda é mais difícil agora, que a Câmara mudou, e o Congresso ficou mais conservador ainda.”

Outra tentativa de mudança foi por via judicial, mas, em janeiro de 2015, a Justiça Federal no Rio de Janeiro negou pedido formulado pelo Ministério Público Federal (MPF). Segundo a decisão, a medida deveria ser decidida pela sociedade, de forma coletiva, por meio de seus representantes no Legislativo.

Em maio de 2021, foi protocolado na Câmara Federal projeto de lei do deputado federal Chico D’Angelo (PDT-RJ), pedindo que a ponte passasse a se chamar Ponte Ator Paulo Gustavo, para homenagear o ator que nasceu em Niterói e morreu de covid-19 naquele mês, em um hospital do Rio.

A historiadora Samantha Viz Quadrat considera lamentável que ainda haja homenagens públicas, em espaços públicos, a ditadores. “A ditadura não merece homenagem de nenhum tipo em local público, seja universidade, escola, rua, ainda mais uma construção como a da Ponte Rio-Niterói, que é uma obra representativa do que a ditadura foi em termos de violência, de repressão, de perseguição aos trabalhadores, de más condições de trabalho, de censura.”

Melhorias - Com o objetivo de proporcionar maior segurança ao usuário, muitas melhorias foram efetuadas ao longo destes 50 anos. No ano 2000, por exemplo, o asfalto no vão central foi substituído por um piso de concreto de elevada resistência, enquanto a superestrutura metálica foi reforçada internamente.

Em 2004, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) desenvolveu para a rodovia os atenuadores dinâmicos sincronizados (ADS). Esse é um conjunto de massa e mola de 32 peças e pesos de grandes proporções que funciona como um amortecedor para a estrutura do vão central. Em eventos com fortes ventos, a ponte teve uma redução de 90% de sua oscilação.

No ano de 2009, depois de efetuados estudos de segurança viária, a ponte ganhou um reordenamento de faixas, que aumentaram de três para quatro, o que contribuiu para ampliar sua capacidade operacional. Em 2016, já sob administração da Ecoponte, a praça de pedágio foi aumentada, a via ganhou iluminação de LED e lamelas antiofuscantes, sistema que utiliza defensas metálicas para eliminar o ofuscamento durante a noite causado pela iluminação dos faróis.

No dia 1º de junho de 1995, foi feita a primeira concorrência para concessão da administração da Ponte Rio-Niterói à iniciativa privada, vencida pelo consórcio Ponte S/A, empresa do Grupo CCR. Essa foi a primeira grande estrutura rodoviária concedida para o setor privado no país. Desde 2015, porém, a ponte está concedida à Ecoponte.

Movimento pendular - Além de fazer parte da história do Brasil e ser um marco de sua engenharia, a Ponte Rio-Niterói também é parte da rotina de milhares de moradores da região metropolitana do Rio de Janeiro. A fotógrafa Iane Filgueiras, de 34 anos, construiu sua carreira profissional indo e voltando na ponte diariamente, desde que era estagiária, em 2009. Moradora de São Gonçalo, cidade da região metropolitana, ela trabalha na zona norte do Rio.

“Minha relação com a ponte é de amor e ódio como todo mundo que atravessa a ponte diariamente. Acho uma construção incrível com uma extensão inacreditável sobre a baía. Vi muitas vezes o sol nascer e se pôr. Também já peguei muito temporal em que a ponte balança. Mas é uma dificuldade ter trânsito todo dia, com 40 minutos para atravessar a ponte”, conta Iane.

A circulação intensa é fiscalizada diariamente pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que usa sistemas de videomonitoramento, recursos tecnológicos como drones e câmeras de alta resolução para o acompanhamento de todo o trecho sob sua competência.

“Fisicamente há uma delegacia e uma unidade operacional ao longo de toda a ponte, são atendidos cidadãos durante todo o dia, veículos são fiscalizados, há o combate ao crime, com um trabalho incessante de inteligência é possível hoje ter diversas tentativas criminosas frustradas sem grande impacto na fluidez do trânsito e risco à sociedade que trafega pela via”, destaca nota da PRF.

As ocorrências que envolvem a ponte são as mais variadas que se pode imaginar. Uma das mais inusitadas ocorreu em 14 de novembro de 2022, quando o navio graneleiro São Luiz, ancorado desde 2016 na Baía de Guanabara, colidiu com a estrutura, levando ao fechamento da via nos dois sentidos até que sua integridade fosse avaliada. O congestionamento provocado pelo acidente superou 19 quilômetros na primeira hora do fechamento. A via sentido Niterói foi liberada três horas depois, mas a movimentação no sentido Rio de Janeiro ficou restrita a duas pistas até o dia seguinte, para reparos no guarda-corpo.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Relatório da ONU desmascara Israel e mostra como ajuda humanitária aos palestinos está sendo barrada em Gaza

 Assinado pelo chefe da UNRWA, o documento comprova uma tentativa deliberada de Israel de inviabilizar o socorro humanitário aos palestinos

Crianças palestinas deslocadas esperam para receber comida em um acampamento, em meio à escassez de alimentos na Faixa de GazaCrianças palestinas deslocadas esperam para receber comida em um acampamento, em meio à escassez de alimentos na Faixa de Gaza (Foto: Reuters/Ibraheem Abu Mustafa)

 A ONU acusa Israel de adotar várias medidas contra a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos, a UNRWA, para inviabilizar a ajuda humanitária aos palestinos em Gaza. Entre as ações do governo israelense estão limitações de vistos para funcionários internacionais, desalojamento de sedes históricas e bloqueio de contas e mercadorias pela alfândega. Um documento assinado por Philippe Lazzarini, chefe da agência, revela a crise entre Israel e a UNRWA, alertando sobre uma tentativa de inviabilizar o socorro humanitário aos palestinos em Gaza, destaca o jornalista Jamil Chade em sua coluna no Uol. 

Israel alega que após descobertas de supostos vínculos de funcionários da UNRWA com ataques do Hamas, doadores suspenderam suas contribuições, ampliando o desespero de 2,2 milhões de palestinos na Faixa de Gaza. Apesar das investigações e demissões de acusados, Israel ainda não apresentou todas as evidências. O documento da agência revela que as investidas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não se limitaram a forçar uma interrupção no financiamento. Outras medidas mais agressivas como desocupações de sedes, restrições de vistos e bloqueio de contas, têm sido adotadas, prejudicando as operações da UNRWA.

A UNRWA alerta sobre a possibilidade de um "desastre monumental" com graves implicações para a paz regional, a segurança e os direitos humanos. Enquanto Israel defende o fechamento da UNRWA e o estabelecimento de uma nova operação, equipes humanitárias destacam a importância da UNRWA para alcançar os palestinos necessitados na região. "Temo que estejamos à beira de um desastre monumental com graves implicações para a paz regional, a segurança e os direitos humanos", destaca o chefe da agência. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Jamil Chade, do UOL

Embraer negocia com sauditas 1ª linha de produção do avião cargueiro militar KC-390 fora do Brasil

 A Arábia Saudita é um dos maiores mercados militares do mundo

Avião KC-390Avião KC-390 (Foto: Divulgacao Embraer )

Sputnik - A empresa brasileira do ramo de aviação negocia com a Arábia Saudita a criação da primeira linha de produção do avião de transporte multimissão KC-390, no Oriente Médio, um dos maiores mercados militares do mundo e que, nos próximos anos, promete investir bilhões de dólares.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o vice-presidente da Embraer Defesa para Oriente Médio e Ásia-Pacífico, Caetano Spuldaro Neto, afirmou que a proposta é "maximizar a presença da Embraer, com escritório de engenharia, linhas de produção" no Oriente Médio.

Graças ao projeto modernizador chamado Visão 2030, Riad pretende libertar o país da dependência do petróleo, hoje responsável por 40% de suas receitas, abrindo um espaço importante para investimentos e parcerias em diversas áreas. Felizmente, o país conta com seus petrodólares para mobilizar as mudanças no setor aeroespacial, um dos principais pilares do Visão 2030.

Por esta razão, o reino está interessado não só em comprar o avião KC-390, mas fabricá-lo, capacitando mão de obra local no processo. Segundo analistas de mercado ouvidos pela Folha, a Embraer conseguiria escalonar a produção dado o dinheiro disponível aos sauditas uma vez que o país teve o sexto maior orçamento de defesa do mundo em 2023, equivalente a R$ 340 bilhões.

O Oriente Médio é a região onde mais se gasta em defesa no mundo considerando a proporcionalidade defesa-PIB. A rivalidade entre sauditas e seus aliados com o Irã, a guerra entre Israel e o Hamas e outros conflitos influenciam tal realidade.

A demanda nominal dos sauditas no campo de transporte militar pela substituição paulatina de sua frota de 52 Hércules norte-americanos — que voam em diferentes versões desde 1950 — é a chave para uma parceria produtiva para ambas as partes.

O KC-390 tem mirado o mercado mundial de Hércules. Além dos 19 aviões vendidos para sua primeira cliente, a Força Aérea Brasileira (FAB), a Embraer engatou em negociações com cinco países europeus que encomendaram ou selecionaram 18 aviões e com a Coreia do Sul, que vai adquirir três.

Ainda de acordo com a apuração, Spuldaro afirmou que a ideia é transformar a Arábia Saudita em um centro de distribuição para todo o Oriente Médio.

A Embraer assinou três acordos de cooperação com o governo e empresas da Arábia Saudita no final de 2023 nas áreas de aviação civil, mobilidade aérea urbana e defesa e segurança durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à região.

De acordo com o UOL, nos últimos anos, o comércio entre os dois países variou entre US$ 5 bilhões (aproximadamente R$ 24,7 bilhões) e US$ 7 bilhões (cerca de R$ 34,6 bilhões). O setor de defesa é uma das principais apostas para aumentar a relação de comércio e investimentos.

A aeronave KC-390, no entanto, segue em outras campanhas paralelamente, como em Cingapura e na Suécia, onde está avançada a negociação para uma compra casada envolvendo a venda do cargueiro para Estocolmo e a ampliação da frota de caças suecos Gripen, fabricados em conjunto com a Embraer, de 36 para 50 unidades.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik


Militares e bolsonaristas chamam Freire Gomes de 'traidor' por contar à PF detalhes sobre plano golpista

 Militares suspeitos de envolvimento na intentona golpista e aliados de Jair Bolsonaro montaram uma estratégia para "queimar" o ex-comandante do Exército perante as investigações

general Marco Antonio Freire Gomesgeneral Marco Antonio Freire Gomes (Foto: Alan Santos/PR)

 Militares suspeitos de envolvimento na tentativa de golpe de Estado, juntamente com aliados políticos de Jair Bolsonaro (PL), montaram uma estratégia para lidar com o depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, à Polícia Federal, na última sexta-feira (1). 

Gomes prestou depoimento por cerca de 7 horas na condição de testemunha e confirmou ter participado de reuniões para discutir os termos da chamada “minuta do golpe”, que previa a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o impedimento da posse do presidente Lula (PT).

“A preocupação de golpistas é com o que pode ter de detalhamento de Freire Gomes a respeito de discussões sobre minuta do golpe, o papel do Ministério da Justiça e negativas de forma categórica de que houvesse qualquer indício de fraude nas urnas”, destaca a jornalista Andréia Sadi, do G1. 

Para alguns investigadores, Freire Gomes é alguém que poderia ter evitado o golpe, razão pela qual bolsonaristas e militares agora o rotulam como "traidor". Nesta linha, mensagens e vídeos foram trocados entre os envolvidos, delineando estratégias para "queimar" a reputação de Gomes.

Em um vídeo que circula entre militares bolsonaristas, aliados do ex-presidente afirmam que um "general que traiu Bolsonaro pode se complicar", acusando Gomes de ter "enrolado" e "enganado" Bolsonaro com discussões sobre artigos da Constituição. Alegam que ele não pretendia interferir, mas apenas "parecer" que o faria.

“Bolsonaristas irritados, agora, se esforçam para atribuir a Freire Gomes omissão por não ter esvaziado os acampamentos golpistas. Essa é a principal estratégia dos golpistas irritados com Gomes para 'fritá-lo'. Para a PF, o depoimento dele foi bastante esclarecedor, inclusive em relação a superiores dele, e ao papel do MJ [Ministério da Justiça] à época”, destaca a reportagem.

A PF agora espera consolidar as informações obtidas no depoimento de Freire Gomes e cruzá-las com as informações da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Cid será convocado novamente para depor e deverá esclarecer pontos referentes às reuniões em que foram discutidas a detalhes da chamada "minuta do golpe. Caso minta ou omita, ele pode perder os benefícios da delação premiada.

Fonte: Brasil 247 com informações do blog da Andréia Sadi, do G1