sábado, 15 de novembro de 2025

Gleisi celebra queda das tarifas de Trump: "vitória do Brasil"

Ministra destaca liderança do presidente Lula após Donald Trump reduzir tarifas que atingiam café, carne, banana e açaí brasileiros

     Gleisi Hoffmann (Foto: Brito Júnior/SRI-PR)

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), celebrou nesta sexta-feira (14/11) a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir tarifas impostas a produtos agrícolas brasileiros.

A medida afeta diretamente setores como café, carne bovina, banana e açaí — todos relevantes para a pauta exportadora brasileira. Em publicação nas redes sociais, Gleisi destacou o impacto positivo do anúncio e o papel do governo brasileiro nas tratativas. “Vitória do Brasil! Donald Trump suspende as tarifas sobre café, carne, banana e açaí do Brasil. Lula sabe o que faz, e quem ganha é o Brasil!”, escreveu.

● Encontro diplomático abriu caminho para o anúncio

O recuo tarifário ocorreu um dia após a reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. O encontro, realizado em Washington, tratou diretamente das tarifas de 50% impostas pelo governo Trump sobre produtos agrícolas brasileiros.

Ao deixar a reunião, Vieira afirmou que o Brasil havia apresentado uma “proposta geral” para enfrentar o tarifaço, indicando avanços no diálogo bilateral.

● Decisão tem efeito retroativo e baseia-se em recomendações técnicas

Segundo o governo norte-americano, a ordem executiva assinada por Donald Trump entrou em vigor às 00h01 de quinta-feira (13/11), com efeito retroativo. Ao justificar a decisão, o presidente afirmou ter recebido “informações e recomendações adicionais de diversas autoridades”.

No texto, Trump explica que considerou fatores como negociações com parceiros comerciais, demanda interna e capacidade produtiva dos EUA antes de determinar que seria “necessário e apropriado” modificar o escopo dos produtos afetados pelo Decreto Executivo 14257.

● Governo brasileiro analisa impacto e alcance da redução

Os ministérios da Fazenda, da Agricultura e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços estão avaliando a ordem executiva para determinar o percentual exato de redução das tarifas, já que o documento não esclarece esse ponto.

A expectativa é que a decisão reduza custos para exportadores brasileiros e fortaleça as relações comerciais entre Brasília e Washington.

Fonte: Brasil 247

EUA retiram tarifa de 10% sobre produtos brasileiros e governo comemora avanço

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, avaliou que o recuo de Trump é uma "vitória para o Brasil"

Kuala Lampur, Malásia - 26/10/2025 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático-ASEAN (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás e decidiu, nesta sexta-feira (14), reduzir as tarifas-base unilaterais de 10% inicialmente aplicadas contra o Brasil, informou a Globo News, citando fontes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com isso, devem permanecer em vigor as tarifas adicionais aplicadas contra o Brasil, estipuladas em 40%.

Mais cedo, Trump anunciou que as novas isenções entram em vigor retroativamente à meia-noite de quinta-feira (13). A medida beneficia dezenas de produtos alimentícios, incluindo alimentos básicos como carne bovina, café e frutas.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nas redes sociais que a reversão é uma "vitória para o Brasil", resultado das intensas negociações diplomáticas entre os países nas últimas semanas.

-- Vitória para o Brasil! Os Estados Unidos anunciaram a retirada de taxas sobre diversos produtos brasileiros — uma decisão que reforça a força do nosso país no cenário internacional. Essa conquista é resultado da atuação firme e estratégica do governo do presidente @LulaOficial, que segue defendendo a soberania e os interesses do Brasil em todas as mesas de negociação. O Brasil mostra, mais uma vez, que cresce, avança e se impõe quando age com seriedade, diálogo e compromisso com o desenvolvimento do nosso povo.
Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews



sexta-feira, 14 de novembro de 2025

APUCARANA: Prefeitura autoriza licitação para reforma e ampliação de duas Unidades Básicas de Saúde

UBS Pedro Barreto, na Vila Reis, e UBS Walter Lazarini, no Pirapó, receberão melhorias estruturais que somam R$ 884,6 mil


A Prefeitura de Apucarana autorizou, na manhã desta sexta-feira (14/11), a abertura de processo licitatório para a reforma e ampliação de duas importantes Unidades Básicas de Saúde: a UBS Pedro Barreto, na Vila Reis, e a UBS Walter Lazarini, no Pirapó. As obras representam um investimento total de R$ 884.690,45 e têm como objetivo ampliar a capacidade de atendimento, oferecer mais conforto à população e garantir melhores condições de trabalho às equipes de saúde.

O prefeito Rodolfo Mota destacou que parte dos recursos destinados às melhorias foi viabilizada pela deputada federal Luísa Canziani, com intermediação dos vereadores Moisés Tavares e Luciano Fachiano. Ele explicou que Vila Reis e Pirapó foram escolhidos para receber as primeiras ampliações devido ao grande contingente populacional dos dois distritos.

“Estamos muito felizes. No distrito da Vila Reis, vamos praticamente dobrar o tamanho da UBS, que chegará a cerca de 300 metros quadrados. No Pirapó, a unidade também será ampliada e contará com uma farmácia que vai descentralizar a entrega de medicamentos, facilitando muito a vida dos moradores. Esses dois distritos têm população equivalente à de algumas cidades do Vale do Ivaí, por isso faz todo sentido iniciarmos as obras por essas localidades”, afirmou o prefeito.


A UBS Pedro Barreto, na Vila Reis, receberá investimento de R$ 621.830,48. A unidade, que atualmente possui 138,21 m², será ampliada em 163,63 m² para abrigar quatro novos consultórios, sala de triagem, copa, sala de agentes, depósito de material de limpeza, banheiro para funcionários, além de nova fossa séptica e sumidouro. A obra inclui ainda pintura, adequação de esquadrias, reforma de ambientes com demolição e construção de paredes, instalação de bancadas e cubas e substituição de revestimentos.

O vice-prefeito Marcos da Vila Reis destacou a relevância da obra para a comunidade. “É uma manhã muito feliz para o nosso distrito. A UBS Pedro Barreto foi inaugurada em 2003 e, na época, o prédio atendia plenamente às necessidades locais. Mas a população cresceu muito nos últimos anos, e a estrutura atual já não comporta todos os serviços que os nossos moradores merecem”, declarou.

A enfermeira-chefe da UBS Pedro Barreto, Thamyres Rocha, falou sobre os benefícios diretos: “Atendemos cerca de 200 pessoas por dia. Hoje enfrentamos limitações de espaço. Com a ampliação, poderemos acolher melhor nossos pacientes e trabalhar de forma mais organizada.”

No distrito de Pirapó, a UBS Walter Lazarini receberá investimento de R$ 262.859,97. A área atual de 216,30 m² será ampliada em 57,22 m², com a construção de um consultório, uma sala administrativa e, pela primeira vez, uma farmácia. A reforma também prevê pintura, adequações de bancadas conforme padrão da Vigilância Sanitária, infraestrutura elétrica para climatização e implantação de cobertura metálica em área externa.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Dr. Guilherme de Paula, a instalação da farmácia representa um avanço significativo. “Hoje, os moradores de Pirapó e Caixa de São Pedro precisam se deslocar até o centro da cidade para retirar seus medicamentos. Com a farmácia na UBS Walter Lazarini, esse serviço ficará muito mais acessível e a rotina das famílias será facilitada”, declarou.

O enfermeiro-chefe da unidade, Elton Ibanez Dicati, reforçou: “A farmácia vai permitir que o paciente receba o remédio no mesmo dia da consulta, o que faz diferença principalmente em tratamentos que precisam começar imediatamente.”

O ato de autorização contou com a presença dos vereadores Moisés Tavares, Odarlone Orente, Pablo da Segurança, além de secretários municipais e moradores dos distritos de Vila Reis e Pirapó. A expectativa, segundo o prefeito, é de que as obras comecem entre janeiro e fevereiro, garantindo mais qualidade e agilidade no atendimento à população.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Lagoão inicia 2026 com obras de modernização e mais avanços na educação de Apucarana

Reforma do ginásio, ampliação do uniforme escolar e climatização de 21 escolas e CMEIs marcam novo ciclo de investimentos


A Prefeitura de Apucarana anunciou que o ginásio do Complexo Esportivo José Antônio Basso (Lagoão) será fechado após as formaturas de fim de ano para o início das obras de modernização já licitadas pela administração municipal. O comunicado foi feito pelo prefeito Rodolfo Mota ao final da abertura dos Jogos das Crianças de Apucarana (JOCAS), realizada nesta sexta-feira.

Segundo o prefeito, a intervenção será uma das maiores já realizadas no Lagoão desde sua inauguração. O projeto contempla a adequação da drenagem pluvial — solucionando problemas históricos de alagamento —, a ampliação da quadra para o tamanho oficial e a instalação de 2.500 assentos fixos. “O ginásio do Lagoão vai se tornar uma grande arena, confortável para sediar formaturas, campeonatos e todos os eventos que fazem parte da vida da cidade. É um investimento superior a R$ 1 milhão na casa de Apucarana, um local onde todos nós temos boas lembranças”, destacou.

Rodolfo Mota informou ainda que, no início do próximo ano letivo, 21 escolas e CMEIs começarão a receber aparelhos de ar-condicionado em todas as salas de aula. A climatização das unidades integra o plano de melhorias contínuas implementado pela gestão municipal, garantindo mais conforto e qualidade no processo de aprendizagem das crianças.

Outra novidade anunciada pelo prefeito diz respeito ao kit de uniforme escolar de 2026. Atendendo a pedidos das próprias estudantes, o conjunto passará a incluir o short-saia, que se soma às peças já utilizadas neste ano, como a camiseta regata e o moletom. A medida reforça o compromisso da administração com o bem-estar e a autonomia dos alunos.

O prefeito acrescentou que outras escolas e CMEIs que necessitam de intervenções urgentes já estão incluídas no cronograma de obras da administração. “Tem muita coisa boa acontecendo na educação e no esporte de Apucarana. Nosso compromisso é seguir cuidando das nossas crianças e garantindo estrutura de qualidade para o futuro delas”, afirmou.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Camilo Santana exalta o legado de Cancellier e Lula entrega honraria póstuma ao ex-reitor, vítima da Lava Jato

De acordo com o ministro, a trajetória do reitor reforça importância da autonomia universitária e da Justiça

      Luiz Carlos Cancellier de Olivo (Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC)

O jurista e ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier, recebeu, postumamente, nesta sexta-feira (14), a Ordem Nacional do Mérito Educativo no grau Grã-Cruz. A honraria foi recebida por Mikhail Cancellier, filho de Luiz Carlos Cancellier, das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia em Brasília-DF.

A cerimônia ocorre por ocasião da outorga da Ordem Nacional do Mérito Educativo e do aniversário de 95 anos do Ministério da Educação. No evento, o ministro da Educação, Camilo Santana, destacou o legado do ex-reitor em prol da autonomia acadêmica e judiciária no país.

"A trajetória reforça importância da autonomia universitária e da justiça", disse Santana em seu discurso. "O professor tem que ser a profissão mais forte desse país, porque todo mundo passa pelo professor", destacou.

Cancellier cometeu suicídio em 2017 após ser alvo na Operação Ouvidos Moucos, desdobramento da finada Lava Jato e deflagrada pela Polícia Federal (PF) para investigar um suposto desvio de recursos públicos em cursos de educação a distância. Em 2018, a PF encerrou o inquérito por falta de provas.

Além de ser preso e afastado do cargo, após ser solto, Cancellier foi proibido até mesmo de entrar na instituição.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Governador bolsonarista de Santa Catarina ameaça usar violência contra o MST

Mello aparece em vídeo com bastão de beisebol

      Jorginho Mello (Foto: @jorginhomello/X)

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), postou um vídeo em suas redes sociais em que ataca o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), que luta pela reforma agrária no país, como meros "invasores de terra".

"Está bom então, fiquem tranquilos, invasores de terra terão escolta da nossa poiícia, pode deixar", diz Mello no vídeo, segurando um bastão de beisebol em que lê-se: "bambu".

Mello integra o grupo de governadores de extrema direita que pretende ampliar o escopo da legislação antiterrorista no país, o que pode recair sobre o MST, criminalizando o movimento, segundo alertam especialistas.

Fonte: Brasil 247

STF forma maioria para tornar Eduardo Bolsonaro réu por coação


     O deputado Eduardo Bolsonaro. Foto: Divulgação

O ministro Cristiano Zanin votou e consolidou a maioria para que a denúncia contra o deputado Eduardo Bolsonaro avance por coação. A Primeira Turma do STF abriu o julgamento em plenário virtual, com Alexandre de Moraes votando primeiro e aceitando a acusação apresentada pela PGR.

Flávio Dino acompanhou o relator, e a manifestação de Zanin garantiu os votos necessários para o recebimento da denúncia. O julgamento segue aberto até 25 de novembro, quando os demais ministros devem finalizar seus posicionamentos.

No voto inicial, Moraes afirmou que “há prova da materialidade e indícios razoáveis e suficientes de autoria nas condutas de Eduardo Nantes Bolsonaro”.

O ministro destacou que as ações atribuídas ao deputado envolveram pressões articuladas nos Estados Unidos, com potencial para gerar “grave ameaça”, como tarifas de exportação ao Brasil, restrições de vistos a autoridades e a aplicação da Lei Magnitsky.

A denúncia enquadra o caso no artigo 344 do Código Penal, que trata de coação no curso do processo. A pena prevista varia de 1 a 4 anos de reclusão, além de multa, podendo ser ampliada por se tratar de conduta reiterada.

Esse inquérito também é o mesmo em que Jair Bolsonaro teve a prisão decretada por descumprir medidas cautelares, permanecendo em regime domiciliar enquanto aguarda o início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses.

O ministro Cristiano Zanin. Foto: Divulgação
A decisão de Zanin reforçou a linha adotada pelo relator ao considerar que a denúncia apresenta elementos suficientes para abertura de ação penal. Com isso, o julgamento ganha caráter decisivo para o futuro jurídico do parlamentar.

A defesa de Eduardo é feita pela Defensoria Pública da União, após determinação de Moraes, já que o deputado não apresentou advogado constituído. A DPU pediu a rejeição da denúncia, alegando falha na intimação e sustentando que as ações atribuídas ao parlamentar representam “exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar”.

Segundo a DPU, manifestações públicas e articulações políticas nos Estados Unidos não configuram poder real para impor ou retirar sanções econômicas. A defesa reforça que o deputado não tem capacidade de “concretizar as consequências” mencionadas pela acusação, que envolveriam atos soberanos do governo norte-americano.

A acusação da PGR, apresentada por Paulo Gonet, sustenta que o “denunciado empenhou-se, de forma reiterada, em submeter os interesses da República e de toda a coletividade aos seus próprios desígnios pessoais e familiares”. Ele teria atuado para pressionar o Supremo durante o julgamento da Ação Penal nº 2.668, que condenou o ex-presidente e outros aliados.

Fonte: DCM

Marçal é condenado a indenizar Tabata Amaral por difamação

Justiça eleitoral determina pagamento após acusações falsas feitas em entrevista

     Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YT)

A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o ex-candidato à prefeitura da capital Pablo Marçal ao pagamento de R$ 303 mil à deputada federal Tabata Amaral (PSB), por danos decorrentes de declarações consideradas difamatórias durante a disputa municipal de 2024.

De acordo com informações divulgadas originalmente pelo O Globo, a decisão foi tomada após o juiz eleitoral concluir que Marçal disseminou desinformação sobre a vida pessoal da então pré-candidata, com intenção de influenciar o eleitorado.

Na sentença, o magistrado destacou que “embora ainda fosse considerado como período de pré-candidatura, restou evidente que o réu quis influenciar a escolha do eleitor ao trazer uma desinformação relacionada à intimidade da então pré-candidata Tabata”. A defesa de Marçal alegou que não houve imputação ofensiva e afirmou que o ex-coach chegou a pedir desculpas. Ainda assim, a Justiça determinou a indenização equivalente a 200 salários mínimos.

A declaração que levou à condenação foi feita em 4 de julho, em entrevista ao podcast da revista IstoÉ, quando Marçal afirmou: — Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou ele e ele deixou o alcoolismo. O pai dela, ela foi para Harvard e o pai dela acabou morrendo. Igual imagino o que ela pode fazer com o povo de São Paulo.

Durante o processo, Tabata repudiou a acusação e relatou como as falas de Marçal distorceram um episódio doloroso de sua vida. Segundo consta na sentença, ela afirmou: "Pablo se valeu desse momento sofrido na minha vida e na vida da minha família para inverter a ordem das coisas, dizendo, com a maior calma do mundo, como se isso não fosse nada, que eu tinha ido para os Estados Unidos e abandonado meu pai, e que ele teria se matado por minha culpa, devido a esse abandono mentiroso".

À época em que as ofensas vieram a público, a deputada respondeu nas redes sociais e esclareceu que permanecia no Brasil quando o pai faleceu. “No fim, ele estava sofrendo demais. Na mesma semana em que fui aceita em Harvard, ele cometeu suicídio. Foi o momento mais difícil da minha vida. Mas eu estava aqui quando ele morreu, não estava fora. Então, essa baixaria do Pablo Marçal sequer faz sentido”, rebateu.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Rodrigo Manga, o prefeito tiktoker, tentou lucrar nas redes com operação da PF

Relatório afirma que prefeito afastado de Sorocaba e a esposa produziram vídeos apelativos para engajar público e monetizar tese de “perseguição política”

     Rodrigo Manga (Foto: Reprodução )

O prefeito afastado de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), é acusado pela Polícia Federal de explorar financeiramente a própria investigação que o colocou no centro da Operação Copia e Cola. De acordo com reportagem do g1, um relatório da PF detalha que ele e a esposa, Sirlange Rodrigues Frate Maganhato, teriam criado uma estratégia para transformar o “escândalo” em engajamento e remuneração nas plataformas digitais.

Manga está afastado do cargo desde 6 de novembro por determinação da Justiça Federal. Ele é investigado por suspeita de liderar uma organização criminosa envolvida em contratos públicos e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, logo após a operação deflagrada em abril, o prefeito e sua equipe passaram a intensificar a produção de vídeos, adotando conteúdos provocativos e repetindo a narrativa de que seria vítima de “perseguição política” para atrair visualizações.

PF vê “espetáculo” e aponta deboche em vídeos publicados após operação

O relatório da Polícia Federal afirma que o prefeito afastado não apenas reagiu com ironias à ação policial, mas também passou a explorar o episódio como fonte de renda. A PF classifica o comportamento de Manga como um “espetáculo de deboche e desdém”, iniciado poucas horas depois de a corporação ter deixado sua casa, em 10 de abril.Nesse mesmo dia, o prefeito publicou um vídeo no Instagram afirmando que a PF, motivada pela “denúncia da denúncia”, teria encontrado em sua residência apenas “bolo de cenoura, Nutella e o Pokemón que o filho tanto ama”.

Para os investigadores, esse tipo de conteúdo fazia parte de uma estratégia previamente discutida dentro da própria família. A análise de conversas de WhatsApp dos meses de janeiro e fevereiro de 2025 mostra que a monetização dos vídeos era tratada como um objetivo claro.Segundo o relatório, “quanto mais apelativos os vídeos publicados, mais visualizações são geradas, mais engajamento” — e, consequentemente, maior retorno financeiro. Essa dinâmica estaria por trás das publicações e das entrevistas nas quais o prefeito repetiu diversas vezes a tese de ser alvo de perseguição política. Atuação da esposa e técnicas para monetizar

A participação de Sirlange na estratégia é detalhada pela PF. Em mensagens enviadas ao marido, ela explicava como adaptar os vídeos para aumentar os ganhos nas plataformas. Em um dos diálogos, ela orientou:“O vídeo do TikTok, ele tem que ser maior do que um minuto... Ele tem que bater um pouco mais de um minuto... Então eu preciso que arrume no TikTok... Para haver a monetização”. Segundo o documento, os dois também trataram de outras publicações destinadas a gerar tráfego, incluindo um vídeo gravado por Manga em maio de 2025 sobre um suposto sequestro de uma pessoa. A PF concluiu que a estratégia era nítida: “Em resumo, a propagação da fantasiosa tese de que está sendo vítima de perseguição política [...] está gerando dinheiro para Rodrigo Maganhato.” Para a corporação, a conduta do investigado representa “escárnio para com os órgãos públicos do Sistema de Justiça Criminal”.

O que dizem as defesas

Em nota, a defesa de Rodrigo Manga, representada pelo escritório Bialski Advogados Associados, afirma que todo o inquérito tem origem ilegal e estaria sendo conduzido por autoridade incompetente. Para os advogados, a investigação seria “fruto de perseguição política”. A nota sustenta ainda que não há elementos concretos que relacionem o prefeito às supostas irregularidades. Segundo a defesa, os fatos investigados remontam a 2021, o que afastaria qualquer risco ao exercício do mandato:

“Mandato este, inclusive, conquistado nas urnas, de forma legítima e maciça.”
Os advogados dizem confiar no “pleno restabelecimento da verdade” e afirmam que todas as medidas jurídicas cabíveis estão sendo tomadas. A defesa de Sirlange, também representada pelo mesmo escritório, afirma que todas as operações financeiras mencionadas na investigação são lícitas, documentadas e declaradas ao Imposto de Renda. Os advogados dizem que os serviços prestados foram reais e os valores faturados correspondem às atividades executadas, com todos os tributos recolhidos. A nota conclui rejeitando as acusações e defendendo o arquivamento do caso.

Operação Copia e Cola
A Operação Copia e Cola investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e fraudes envolvendo contratos públicos em Sorocaba. Segundo a PF, o grupo investigado movimentou mais de R$ 11 milhões em depósitos e transações consideradas suspeitas. Além de Manga e Sirlange, outros integrantes do núcleo político e empresarial da cidade também são alvos.O prefeito afastado está proibido de ter contato com diversos investigados, e o caso continua em análise pela Justiça Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Efeito Lula: desemprego chega a 5,6%, menor patamar da história

Número é o menor da série histórica, iniciada em 2012

Governo Lula colhe mais uma vitória em benefício de milhões de trabalhadores 
(Foto: Ricardo Stuckert)

A taxa de desocupação no Brasil registrou 5,6% no terceiro trimestre de 2025, o menor índice desde o início da série histórica em 2012. O levantamento revela um quadro de estabilidade no mercado de trabalho, com pequenas variações entre os estados e redução no número de pessoas em busca de emprego.

De acordo com dados divulgados pelo IBGE, a desocupação caiu em apenas duas das 27 unidades da federação na comparação com o trimestre anterior, permanecendo estável nas demais. Pernambuco (10,0%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%) lideraram as maiores taxas de desemprego, enquanto Santa Catarina e Mato Grosso registraram as menores, ambas com 2,3%.

Os resultados incorporam a reponderação da série histórica da PNAD Contínua, ajustada com base nas Projeções de População divulgadas em 2024, que já incluem os dados do Censo Demográfico de 2022.

◉ Redução da desocupação em todas as faixas

Os dados mostram que os quatro grupos de tempo de procura por trabalho tiveram retração no número de desocupados em relação ao terceiro trimestre de 2024. Duas faixas atingiram níveis mínimos da série histórica: pessoas que buscam emprego entre um mês e menos de um ano (3,1 milhões) e aquelas com procura entre um e dois anos (666 mil). Entre os que procuram há menos de um mês (1,1 milhão) e há dois anos ou mais (1,2 milhão), os níveis são os menores desde 2015. No grupo de busca prolongada, o recuo chegou a 17,8%.

Segundo o analista da pesquisa, William Kratochwill, o comportamento do trimestre está alinhado às movimentações típicas do mercado. “A taxa de desocupação diminuiu devido a um aumento marginal, não significativo, da ocupação e esse aumento promoveu a diminuição do tempo de procura”, explicou.

◉ Desemprego entre mulheres continua superior ao dos homens

O levantamento aponta que a taxa de desocupação entre as mulheres permanece acima da média nacional, alcançando 6,9%, enquanto entre os homens ficou em 4,5%. O recorte por cor ou raça mostra que brancos estão abaixo da média (4,4%), enquanto pretos (6,9%) e pardos (6,3%) apresentam índices mais altos.

A escolaridade também influencia os resultados: pessoas com ensino médio incompleto registraram a taxa mais elevada (9,8%). Entre aqueles com nível superior incompleto, a taxa chegou a 5,8%, quase o dobro da observada para quem concluiu o ensino superior (3,0%).

◉ Informalidade permanece estável e registra extremos entre os estados

A informalidade atingiu 37,8% dos trabalhadores do país no período. Maranhão (57,0%), Pará (56,5%) e Piauí (52,7%) exibiram os índices mais altos, enquanto Santa Catarina (24,9%) e o Distrito Federal (26,9%) mantiveram os menores patamares.

Kratochwill destaca que o indicador manteve estabilidade em relação ao trimestre anterior. Ele observa que houve queda de 130 mil trabalhadores sem carteira nos serviços domésticos, compensada pelo aumento de 111 mil trabalhadores informais no setor público. “Outro ponto importante é a relação da informalidade com a baixa escolaridade e baixo rendimento médio da região, o que é marcante nesses estados de maior informalidade”, afirmou.

Entre os empregados do setor privado, 74,4% tinham carteira assinada. Santa Catarina liderou com 88%, seguida por São Paulo (82,8%). No Maranhão, apenas 51,9% dos trabalhadores tinham registro formal.

A proporção de trabalhadores por conta própria foi de 25,3%, com destaques para Maranhão (33,1%) e Pará (29,9%).

◉ Rendimento cresce no Sul e Centro-Oeste

O rendimento médio real habitual chegou a R$ 3.507, estável em relação ao trimestre anterior e superior aos R$ 3.373 registrados no mesmo período de 2024. Sul e Centro-Oeste foram as únicas regiões com aumento significativo, ultrapassando R$ 4 mil de média.

A massa de rendimento real habitual somou R$ 354,6 bilhões, com maior peso no Sudeste (R$ 176 bilhões), maior valor da série.

◉ Metodologia

A PNAD Contínua é a principal ferramenta de monitoramento da força de trabalho no Brasil. A pesquisa mobiliza cerca de dois mil entrevistadores, alcançando 211 mil domicílios por trimestre. Após a adoção temporária de entrevistas por telefone durante a pandemia, o levantamento voltou à coleta presencial em julho de 2021.

Fonte: Brasil 247

Mauro Vieira diz que EUA querem “resolver rapidamente” o tarifaço contra o Brasil


        Mauro Vieira durante coletiva de imprensa. Foto: Reprodução

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quinta-feira (13) que os Estados Unidos devem responder “muito proximamente” à proposta apresentada pelo governo brasileiro para solucionar o tarifaço de 50% aplicado pelo governo Donald Trump sobre produtos do Brasil. A declaração foi feita após reunião com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington.

Segundo Vieira, Rubio informou que os Estados Unidos estão analisando o documento brasileiro e que há intenção de apresentar uma resposta rápida. O chanceler relatou que o secretário mencionou a possibilidade de retorno “amanhã ou na próxima semana”, conforme o andamento das consultas internas no governo americano.

O encontro entre Vieira e Rubio durou 50 minutos no Departamento de Estado. O ministro afirmou que o secretário disse ter conversado com o presidente Donald Trump antes da reunião. De acordo com o chanceler, Trump manifestou vontade de acelerar uma solução e manter a relação bilateral em ritmo estável.

Vieira destacou que Brasil e Estados Unidos trabalham com a perspectiva de firmar um acordo provisório até o fim de novembro ou início de dezembro. A ideia é estabelecer um documento inicial que funcione como roteiro para negociações mais amplas envolvendo pendências comerciais entre os dois países.

Segundo o ministro, esse primeiro acerto teria a função de organizar etapas e prazos das tratativas. Ele afirmou que questões específicas, como tarifas sobre café e outros produtos, continuam sendo tratadas em canais técnicos, de forma paralela às conversas políticas conduzidas pelos dois governos.

Pelas redes sociais, Rubio registrou que conversou com Vieira sobre temas de interesse comum e sobre um quadro de reciprocidade nas relações comerciais. O Itamaraty informou que a agenda dá continuidade ao encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump realizado na Malásia, quando foi criado um canal político para acompanhar o tema.

Fonte: DCM

Lewandowski deve anunciar pacote milionário de combate a facções

Ministro articula remanejamento de verbas, tecnologia e operações integradas da PF e polícias civis para conter avanço de milícias e do narcotráfico

        Ricardo Lewandowski (Foto: Isaac Amorim/MJSP)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, trabalha nos bastidores para lançar um novo pacote de investimentos voltado ao combate a facções criminosas em todo o país. A iniciativa inclui reforço de operações integradas e uso ampliado de inteligência para enfrentar a expansão territorial de milicianos e narcotraficantes em grandes centros urbanos e regiões estratégicas.

De acordo com informações publicadas pela coluna de Paulo Cappelli, no Metrópoles, o plano está sendo construído a partir do remanejamento de verbas internas do próprio ministério, movimento que já começou a ocorrer. Fontes ligadas à pasta estimam que o volume inicial dos recursos será da ordem de centenas de milhões de reais, a serem direcionados para ações de enfrentamento direto às organizações criminosas.

O desenho do pacote prevê a articulação entre a Polícia Federal e as polícias civis dos estados em operações conjuntas, com foco em conter o avanço de milícias e grupos ligados ao tráfico de drogas. A ideia é ampliar a coordenação interestadual e atacar não apenas a presença armada desses grupos, mas também suas redes de apoio e mecanismos de financiamento.

Entre os eixos centrais do plano está o uso intensivo de tecnologia de rastreamento e o compartilhamento sistemático de dados de inteligência entre diferentes estados e órgãos de segurança. A integração de investigações financeiras é apontada como uma das ferramentas para atingir a base econômica das facções, mirando desde movimentações suspeitas em contas bancárias até estruturas empresariais usadas para lavar dinheiro.

Outra frente prevista é o reforço da presença federal em regiões de fronteira e em corredores estratégicos do narcotráfico, por onde circulam armas, drogas e munições que abastecem facções em grandes centros urbanos. A avaliação é de que o controle dessas rotas é crucial para reduzir o poder de fogo das organizações criminosas e limitar sua capacidade de expansão territorial.

A movimentação ocorre em um contexto de forte pressão sobre a política de segurança pública, após episódios recentes de violência associados à atuação de facções e milícias. Imagens de barricadas erguidas por criminosos, de ações policiais de grande porte e da morte de quatro agentes em operações no Rio de Janeiro reforçaram a percepção de urgência por respostas coordenadas do Estado.

Dentro do governo, o pacote é visto também como uma tentativa de Ricardo Lewandowski de consolidar uma marca própria à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ao assumir protagonismo em uma agenda de combate a facções, o ministro busca projetar uma política de segurança mais robusta e disputar com setores da direita a narrativa de quem lidera o enfrentamento ao crime organizado no país.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

STF pode tornar Eduardo Bolsonaro réu por coação, em julgamento à revelia

Ministros da Primeira Turma julgam denúncia da PGR nesta sexta-feira

       Eduardo Bolsonaro - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Jessica Koscielniak)

O julgamento que pode transformar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em réu por coação no Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta sexta-feira (14), mesmo sem qualquer manifestação do parlamentar no processo. A análise ocorre em meio à ausência contínua do deputado, que permanece nos Estados Unidos e tem sinalizado a aliados que não pretende participar de nenhuma etapa da ação.

Segundo a Folha de S.Paulo, o processo — aberto após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) — segue tramitando apesar de Eduardo não ter constituído advogado e não ter feito contato com o defensor público designado para representá-lo.

A Defensoria Pública da União afirma que cumprirá sua função constitucional e atuará no caso, ainda que o acusado permaneça ausente. Ministros do Supremo avaliam que, caso a denúncia seja aceita, a instrução processual deve ocorrer no primeiro semestre de 2026, com expectativa de conclusão antes das eleições. Esse calendário, no entanto, depende da Câmara dos Deputados, que tem o poder de suspender a ação penal. Internamente, há uma leitura de que o parlamentar pode ser cassado por faltas, o que reduziria o impacto de eventual resistência da Casa.

A sessão iniciada nesta sexta-feira se limita a verificar se a denúncia da PGR apresenta elementos suficientes de autoria e materialidade para abertura do processo. O ministro Alexandre de Moraes, relator, é o primeiro a votar. Os demais integrantes da Primeira Turma têm até 25 de novembro para registrar seus votos no plenário virtual.

A denúncia atinge também o jornalista Paulo Figueiredo. Segundo a PGR, ambos teriam articulado ações junto ao governo dos Estados Unidos para interferir nos processos que envolvem Jair Bolsonaro (PL) no Brasil. O procurador-geral Paulo Gonet os acusa de coação, caracterizada por “usar de violência ou grave ameaça” com o objetivo de favorecer interesses próprios ou alheios.

O processo foi desmembrado: Moraes determinou que Eduardo fosse intimado por edital, sob o argumento de que ele dificultava o andamento da ação; Figueiredo, que vive nos EUA há mais de uma década, será notificado por cooperação jurídica internacional.

A PGR afirma que, desde que Jair Bolsonaro passou a ser investigado no Supremo, Eduardo e Figueiredo teriam coordenado iniciativas reiteradas para influenciar o desfecho dos processos. “O propósito foi o de livrar Jair Bolsonaro, e também o próprio Paulo Figueiredo, da condenação penal pelos crimes que ensejaram a abertura de procedimentos criminais”, escreveu Gonet na denúncia. “As ameaças foram reiteradas várias vezes, em diferentes ocasiões”, acrescentou.

O procurador sustenta ainda que a dupla tentou explorar sua proximidade com interlocutores do governo norte-americano, incluindo assessores e conselheiros do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. A intenção, segundo a acusação, era pressionar o STF a encerrar os processos sem condenações, além de influenciar o Congresso Nacional a aprovar um projeto de anistia que beneficiaria Jair Bolsonaro. A denúncia aponta que a estratégia incluía a promessa de obter sanções dos EUA contra autoridades brasileiras para constranger o andamento das investigações.

Um dos resultados dessas articulações, conforme reconhecido publicamente, foi a imposição de sanções financeiras pelo governo americano contra o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa.

Após a formalização da denúncia, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo divulgaram nota conjunta na qual classificaram a acusação como parte de uma “perseguição política em curso”, chamaram o processo de “fajuto” e se referiram à equipe de Paulo Gonet como “lacaios de Moraes”.

O defensor público Antonio Ezequiel Inácio Barbosa, responsável por apresentar a defesa técnica do parlamentar, argumenta ao Supremo que a denúncia não deveria avançar porque o crime de coação exige violência ou grave ameaça real. Segundo ele, “declarações sobre fatos políticos, ainda que críticas, ácidas ou contundentes, não constituem violência nem grave ameaça. Especificamente, esta última pressupõe promessa de mal futuro que dependa da vontade e do poder de quem ameaça. Se o agente não tem poder de concretizar o mal anunciado, não há grave ameaça, mas mera opinião ou prognóstico sobre eventos futuros”.

O STF segue agora para a fase de votos no plenário virtual, etapa que definirá se Eduardo Bolsonaro, mesmo ausente, se tornará réu na ação de coação.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Justiça da Itália agenda julgamento da extradição de Zambelli; veja a data

       Carla Zambelli presa na Itália. Foto: reprodução

A extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) terá seu primeiro julgamento decisivo na Itália no dia 27 de novembro. A audiência acontecerá às 13h, no horário local, na Corte de Apelação de Roma, tribunal responsável pelo caso desde a prisão da parlamentar no fim de julho.

Será a primeira manifestação formal da Justiça italiana sobre o pedido do governo brasileiro, que solicita o retorno da congressista para cumprir pena no país. O Ministério Público italiano já se declarou favorável à extradição, indicando que, para o órgão, estão preenchidos todos os requisitos legais previstos no tratado bilateral.

Durante a sessão, o representante do Ministério Público será o primeiro a falar, seguido pelo representante do Estado brasileiro e, por último, pela defesa de Zambelli.

A deputada poderá se manifestar, caso deseje. Depois das sustentações orais, os juízes da Corte devem deliberar e comunicar a decisão nos dias seguintes. Em documento enviado ainda em outubro, o Ministério Público argumentou que não há impedimentos jurídicos para a extradição e que os crimes pelos quais Zambelli foi condenada no Brasil também têm correspondência penal na Itália, atendendo às exigências do tratado que rege o tema.

O tratado entre os dois países determina que só pode ser extraditada uma pessoa que tenha tido garantidos os direitos mínimos de defesa, condição que, segundo as autoridades italianas, foi observada no processo brasileiro.

Ainda assim, a defesa da deputada, conduzida pelo advogado Pieremilio Sammarco, pretende insistir na tese de que Zambelli é alvo de perseguição política no Brasil e que, portanto, sua extradição seria incompatível com a proteção de direitos fundamentais prevista pela legislação italiana.

Jair Bolsonaro, preso em casa, e Zambelli, presa na Itália. Foto: reprodução

O tribunal, no entanto, já rejeitou recursos anteriores apresentados pela defesa, inclusive um pedido para que a deputada aguardasse o julgamento em prisão domiciliar.

A palavra final sobre o caso caberá ao Ministério da Justiça da Itália, mesmo depois da decisão da Corte de Apelação. Tanto o governo brasileiro quanto a defesa poderão recorrer da decisão inicial, caso considerem necessário.

Desde sua prisão, Zambelli acumula derrotas judiciais. Em setembro, a Corte de Apelação rejeitou o pedido para que aguardasse o processo em liberdade, alegando risco de fuga. Em outubro, a Corte de Cassação, última instância do sistema judiciário italiano, manteve a parlamentar presa no complexo penitenciário de Rebibbia, em Roma.

Carla Zambelli deixou o Brasil em junho deste ano, após ser condenada a dez anos de prisão pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça e pela emissão de um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Já na Itália, foi condenada novamente, desta vez a cinco anos por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, penas incorporadas ao mesmo processo de extradição.

Antes de embarcar, a deputada afirmou que sua dupla cidadania a tornaria “intocável” e impediria sua extradição, previsão que não se confirmou após sucessivas decisões da Justiça italiana.

Fonte: DCM