sexta-feira, 7 de novembro de 2025

O autógrafo que facilitou o período de Ronaldinho em prisão no Paraguai


Ronaldinho Gaúcho sendo conduzido ao presídio no Paraguai. Foto: reprodução

Mensagens apreendidas pela Polícia Federal na Operação Downfall sugerem que Ronaldinho Gaúcho recebeu apoio de um narcotraficante durante sua prisão no Paraguai em 2020. Segundo as conversas encontradas no celular de Marcos Silas Neves de Souza, conhecido como “GT”, o ex-jogador teria recebido churrasco e cerveja na prisão em troca de uma camiseta autografada da seleção brasileira.

Ronaldinho ficou 32 dias detido no Paraguai por usar documentos falsos ao entrar no país. As mensagens indicam que o traficante, então foragido, providenciou as benesses através de um contato dentro do estabelecimento penal. GT é apontado pela PF como um dos maiores traficantes da região Sul, com atuação internacional.

O advogado do ex-jogador, Sérgio Queiroz, negou qualquer relação com o criminoso. “Ronaldinho Gaúcho não conhece ninguém com o nome de Marcos Silas, com apelido de GT”, afirmou Queiroz. Sobre a possível dedicatória, declarou: “Em todos os lugares do mundo, o Ronaldo autografa camisetas. Impossível recordar se alguma dedicatória foi dedicada a alguém com o nome Marcos Silas GT”.

As mensagens foram descobertas após a prisão de GT em 2021, quando ele tentava fazer uma cirurgia plástica para fugir da polícia. A investigação revelou uma conversa onde o traficante mostrava uma camiseta da seleção autografada por Ronaldinho e discutia o suposto apoio oferecido ao jogador durante o período em que esteve preso.

Fonte: DCM

Juiz veta show e cita salários atrasados de servidores: “Passam necessidade”


       A dupla sertaneja Maiara e Maraisa. Foto: Divulgação

A Justiça suspendeu o show de Maiara e Maraisa em Governador Nunes Freire, no Maranhão, que custaria R$ 654 mil e ocorreria em 8 de novembro. Ao conceder a tutela de urgência, o juiz Bruno Chaves atendeu ao Ministério Público do Maranhão, que alegou atraso recorrente no pagamento de salários e benefícios a servidores.

Na decisão, o magistrado escreveu que “servidores públicos passam necessidades por não receberem seus proventos”. O MP listou inadimplências como férias de agentes de saúde de 2023 e 2024, 13º salário de 2024 e atrasos generalizados de remunerações. Para o juiz, “não é moral destinar mais de meio milhão de reais à festa enquanto servidores públicos passam necessidades”. Ele classificou a iniciativa como “contrassenso ético e jurídico”, diante da incapacidade declarada do município de honrar obrigações básicas.

A prefeitura foi proibida de efetuar qualquer pagamento vinculado ao show e de contratar outra atração de porte e valor similar para substituir o evento. O cancelamento deve ser comunicado no site e nas redes da administração. O juiz também afirmou que a despesa “se afigura irrazoável e desproporcional”, por violar o dever de eficiência na alocação de recursos.

Segundo a decisão, “não há benefício social que justifique a realização de um show de R$ 654 mil quando o mesmo valor poderia ser utilizado para regularizar parte das folhas de pagamento em atraso”. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 70 mil.

Fonte: DCM

Bolsonaro deve cumprir “escala” na Papuda antes de ir para prisão domiciliar

Avaliação de investigadores e ministros do STF indica que ex-presidente deve passar por cela antes da prisão domiciliar

       Jair Bolsonaro - 29/7/25 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e integrantes da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que ele deverá cumprir um período em prisão antes de ser autorizado a migrar para o regime domiciliar. A expectativa, segundo informações do blog da jornalista Andréia Sadi, do g1, é que a decisão siga o mesmo modelo adotado pelo ministro Alexandre de Moraes no caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

O entorno de Bolsonaro já trabalha com a hipótese de uma “escala na prisão” — um curto período em cela especial — antes da concessão da prisão domiciliar humanitária. Em maio, Moraes permitiu que Collor cumprisse em casa a pena de oito anos e dez meses por corrupção e outros crimes, após sete dias detido em Maceió (AL). Na ocasião, a defesa apresentou mais de 130 exames médicos comprovando doenças como Parkinson, apneia grave do sono e transtorno afetivo bipolar.

A equipe de defesa de Bolsonaro deve usar argumentos semelhantes, apontando sua idade — 70 anos — e eventuais condições de saúde para pedir a prisão domiciliar. No entanto, aliados e investigadores ouvidos pela colunista afirmam que a decisão dependerá exclusivamente de Moraes, e que o ministro tende a seguir o mesmo padrão do caso Collor.

O julgamento da tentativa de golpe de Estado entrou na fase final nesta sexta-feira (7), quando a 1ª Turma do STF começou a analisar os embargos apresentados pelas defesas. Mesmo entre os apoiadores mais próximos de Bolsonaro, há pessimismo quanto à aceitação dos recursos. A aposta do grupo é em uma futura revisão criminal, que poderia levar o caso à 2ª Turma — onde estão dois ministros indicados pelo ex-presidente — ou ao plenário do Supremo.

A estratégia busca ganhar tempo e tentar uma reavaliação do processo. A defesa ainda pretende destacar o precedente de Collor para argumentar que, assim como o ex-presidente alagoano, Bolsonaro também teria direito a cumprir pena em casa.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Moraes vota para tornar Eduardo Tagliaferro réu por vazar informações sigilosas

Ministro do STF apontou que ex-assessor do TSE teria colaborado com organização criminosa para atacar a Justiça Eleitoral

    Moraes vota para tornar Eduardo Tagliaferro réu por vazar informações sigilosas (Foto: Reprodução/Facebook)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (7) pela abertura de ação penal contra Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF e segue aberto para votação até o dia 14 de novembro.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) , Tagliaferro teria agido contra a legitimidade do processo eleitoral e tentado obstruir investigações sobre atos antidemocráticos.

De acordo com a denúncia, ele responde pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Atualmente, o ex-assessor está na Itália, país onde o governo brasileiro já iniciou um processo de extradição.

A PGR sustenta que Tagliaferro teria vazado à imprensa informações sigilosas obtidas durante sua atuação como chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. O material revelaria diálogos com servidores do STF e do TSE. Segundo o órgão, esses vazamentos foram feitos “para atender a interesses ilícitos de organização criminosa responsável por disseminar notícias fictícias contra a higidez do sistema eletrônico de votação e a atuação do STF e TSE”.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que as investigações da Polícia Federal indicam que o ex-assessor atuou para favorecer interesses próprios e de um grupo que se opõe à democracia. “Os elementos não deixam dúvida de que o denunciado, alinhado às condutas da organização criminosa responsável pela tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, revelou informações confidenciais que obteve em razão do cargo ocupado, com o fim de obstruir investigações e favorecer interesse próprio e alheio”, afirmou Gonet.

A Procuradoria também destacou que Tagliaferro deixou o Brasil em alinhamento com outros investigados, com o objetivo de “potencializar reações ofensivas contra o legítimo trabalho das autoridades brasileiras responsáveis pelas investigações e ações penais que seguem em curso regular”.

No entendimento do Ministério Público, o comportamento do ex-assessor demonstra adesão ao propósito de “incitar novos atos antidemocráticos e disseminar notícias falsas contra a Suprema Corte”. Em 30 de julho de 2025, ele teria anunciado publicamente, no exterior, a intenção de divulgar novas informações sigilosas e iniciado uma campanha de arrecadação de recursos para custear o que o MPF classificou como “intento criminoso”.

Fonte: Brasil 247

Moraes nega recurso e vota para manter condenação de Bolsonaro

Moraes também rejeitou recursos de Anderson Torres, Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Braga Netto, Almir Garnier Santos e Ramagem

Jair Bolsonaro é interrogado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes durante oitiva sobre trama golpista (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (7) pela rejeição do recurso apresentado por Jair Bolsonaro (PL) contra sua condenação por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. A decisão mantém a pena de 27 anos e três meses de prisão imposta ao ex-mandatário.

Segundo o jornal O Globo, Moraes reafirmou a responsabilidade de Bolsonaro como “líder de uma organização criminosa” que tentou subverter o resultado das eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF e deve se estender até o próximo dia 14. Ainda devem votar os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.

Segundo Moraes, o recurso da defesa repete argumentos já rejeitados no julgamento anterior. Para o ministro, ficou “amplamente demonstrado que o embargante desempenhou o papel de líder de uma organização criminosa, estruturada para consumar o objetivo de um golpe de Estado e ruptura constitucional, com a sua permanência no poder”.

O magistrado também afastou alegações de omissão no cálculo da pena, afirmando que o voto condenatório “detalha expressamente as circunstâncias judiciais amplamente desfavoráveis ao réu”. A defesa havia contestado a dosimetria da pena e usou trechos do voto do ministro Luiz Fux, o único a favor da absolvição de Bolsonaro, para reforçar a tese de inocência.

Os advogados do ex-presidente sustentam que os ataques aos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, foram cometidos por indivíduos que agiram com “dolo direto”, o que, segundo a defesa, invalidaria a ideia de comando ou articulação centralizada por Bolsonaro. Também pedem esclarecimentos sobre o motivo de os crimes de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito não terem sido considerados combinados, como solicitado por parte dos réus.

Além de Bolsonaro, foram condenados seus ex-ministros Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Moraes também votou pela rejeição dos recursos de todos eles.

Os advogados apresentaram embargos de declaração — um tipo de recurso destinado a esclarecer dúvidas, omissões ou contradições em uma decisão judicial —, questionando trechos da sentença e o cálculo das penas. Apenas o ex-ajudante de ordens Mauro Cid não recorreu. Após essa etapa, os réus ainda poderão apresentar um segundo embargo antes do trânsito em julgado da condenação.

Com o encerramento dessa fase, Bolsonaro ficará mais próximo de cumprir a pena. Atualmente, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar, mas em outro processo: a investigação sobre a tentativa de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de pressionar a Justiça brasileira com o apoio de sanções impostas pelo governo do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em relação à condenação no caso da trama golpista, caberá a Moraes decidir se Bolsonaro cumprirá a pena em casa, em uma unidade militar ou em dependências da Polícia Federal. A defesa pode pedir prisão domiciliar sob alegação de problemas de saúde.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula parabeniza Alckmin pelo aniversário: “orgulho tê-lo como parceiro”

Em publicação nas redes sociais, o presidente destacou o trabalho do vice na economia e na reindustrialização do país

        Presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou nesta sexta-feira (7) o aniversário de 73 anos do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Em mensagem publicada em sua conta oficial no X (antigo Twitter), Lula expressou reconhecimento e apreço pelo aliado.

O presidente ressaltou a importância de Alckmin no governo e o papel que ele tem desempenhado na reconstrução econômica do país.

“É um grande orgulho tê-lo como parceiro nesta caminhada por um Brasil mais justo e sustentável”, escreveu Lula. Em outra parte da publicação, o petista afirmou que Alckmin é “um companheiro que tem trabalhado com muita dedicação e competência para fortalecer nossa indústria, promover o desenvolvimento da nossa economia e melhorar a vida do povo brasileiro”.

O presidente encerrou a publicação dizendo: “Companheiro Geraldo, parabéns pelo seu dia. É um grande orgulho tê-lo como parceiro nesta caminhada por um Brasil mais justo e sustentável. Um forte abraço”.

 

Fonte: Brasil 247

PL teme queda nas eleições legislativas sem Bolsonaro

Partido tenta reforçar nomes regionais e aposta em familiares de Bolsonaro para manter força eleitoral

      Ex-presidente Jair Bolsonaro - 18/07/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

A direção nacional do Partido Liberal (PL) está em alerta com a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro não participar ativamente da campanha eleitoral de 2026. A preocupação central é que a ausência do principal líder da sigla enfraqueça o desempenho do partido nas disputas para o Legislativo, especialmente nas eleições proporcionais.

De acordo com a CNN Brasil, dirigentes do PL avaliam que, nas disputas majoritárias — como para governador ou senador —, a transferência de votos tende a ocorrer de forma mais direta, já que as eleições são marcadas por forte polarização entre direita e esquerda. No entanto, o mesmo não ocorre em pleitos proporcionais, onde a pulverização de candidaturas dificulta a associação dos eleitores a um padrinho político.

A maior apreensão do partido está voltada às eleições para deputados federais e estaduais, justamente os cargos que garantem estrutura política e recursos de fundo partidário. O temor cresce diante da possibilidade de Bolsonaro enfrentar prisão ainda neste ano, o que inviabilizaria sua participação na campanha.

Na eleição de 2022, o PL conquistou a maior bancada da Câmara dos Deputados, resultado atribuído em grande parte ao engajamento direto de Bolsonaro. Agora, sem a presença dele pedindo votos, o clima interno é de pessimismo. Dirigentes admitem que será difícil repetir o desempenho anterior sem uma figura de mobilização de massas.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, tem buscado alternativas para preencher esse vazio. Uma das estratégias é identificar novos “puxadores de voto” em colégios eleitorais importantes, como São Paulo e Rio de Janeiro, além de estimular lideranças regionais com potencial de projeção nacional.

Outra aposta do partido está em explorar o carisma e a popularidade dos familiares de Bolsonaro, como Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro. A ideia é destacar seus nomes em peças de propaganda e materiais de campanha para tentar preservar o elo simbólico com o eleitorado bolsonarista.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

IGP-DI registra deflação em outubro puxado por queda no agro e energia

Índice recuou 0,03% no mês

IGP-DI registra deflação em outubro puxado por queda no agro e energia (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou leve deflação de 0,03% em outubro, após alta de 0,36% em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (7) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado surpreendeu os analistas do mercado financeiro, que esperavam uma queda mais acentuada, de cerca de 0,22%.

De acordo com a Reuters, que publicou a pesquisa com as estimativas do mercado, o indicador acumula no ano uma deflação de 1,31%, enquanto em 12 meses registra avanço de 0,73%, conforme apontou o levantamento da FGV.

O economista do FGV Ibre, Matheus Dias, explicou que o movimento foi influenciado principalmente pela retração nos preços de produtos agropecuários e de energia. “No IPA, destacou-se a queda generalizada de produtos agropecuários com peso significativo na estrutura do índice, como café em grão, trigo em grão, soja em grão e leite in natura, que exerceram pressão deflacionária. Quanto aos preços ao consumidor, passagens aéreas e tarifas de energia elétrica foram os principais responsáveis pela desaceleração”, afirmou em comunicado da instituição.

Setores e produtos em destaque

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que representa 60% do IGP-DI, recuou 0,13% em outubro, revertendo a alta de 0,30% registrada no mês anterior. Entre os destaques, o trigo em grão caiu 9,71%, após queda de 3,08% em setembro. A soja em grão teve baixa de 0,36% (ante alta de 0,07%), e o café em grão recuou 1,30%, revertendo o forte avanço de 14,81% observado no mês anterior.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que corresponde a 30% da composição do indicador, desacelerou o ritmo de alta para 0,14%, ante 0,65% em setembro. As maiores reduções vieram das tarifas de eletricidade residencial, com queda de 2,83% (ante alta de 10,34%), e das passagens aéreas, que recuaram 5,44% (após elevação de 18,91% no mês anterior).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), que completa os 10% restantes da estrutura do IGP-DI, subiu 0,30% em outubro, acelerando em relação ao aumento de 0,17% registrado em setembro.

O IGP-DI é calculado pela FGV considerando as variações de preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil entre o primeiro e o último dia do mês de referência.

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

Para ministros do STM, Bolsonaro não pode cumprir pena na Papuda

Mesmo na reserva, Bolsonaro poderia obter direito a cumprir pena em unidade militar, dizem ministros do STM

      Jair Bolsonaro e presídio da Papuda (Foto: Reuters | Reprodução )

A possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) transferir Jair Bolsonaro (PL) para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, é vista com ressalvas por integrantes do Superior Tribunal Militar (STM). Segundo um dos ministros do STM ouvidos pela coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, “oficiais das FFAA [Forças Armadas] cumprem pena em carceragem militar”. Essa avaliação, de acordo com ele, é compartilhada por outros magistrados da Corte.

◎ Prerrogativa militar em debate

Alguns juízes do STM consideram que Bolsonaro — capitão do Exército na reserva — teria prerrogativa de cumprir pena em estabelecimento militar, não em prisão comum. A visão sustenta que oficiais das Forças Armadas devem permanecer em unidades específicas para fins disciplinares e hierárquicos. Contudo, é importante ressaltar que essa não é uma posição institucional do tribunal.

◎ Clima de divergência no tribunal

O STM é composto por 15 juízes — dez de origem militar e cinco civis — e vive atualmente um momento de tensão interna. Recentemente, magistrados trocaram farpas e debateram publicamente o papel das Forças Armadas no Brasil, evidenciando fissuras internas. A divergência sugere que o posicionamento favorável à prisão militar de Bolsonaro não representa consenso unânime.

◎ Caminho decisivo: Primeira Turma do STF

A decisão sobre o local de cumprimento da pena caberá à Primeira Turma do Supremo. O colegiado hoje reúne os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. A saída recente do ministro Luiz Fux alterou a dinâmica da turma.

◎ Sala especial na Papuda avaliada

Fontes ligadas ao STF revelam que integrantes da equipe de Alexandre de Moraes vistoriou uma cela especial no Complexo da Papuda, com paredes brancas, ar-condicionado e televisão, preparada para abrigar Bolsonaro em caso de transferência. A existência desse espaço reforça a urgência da decisão.

◎ Repercussões e implicações

Sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro aguarda julgamento de recursos na Corte. Atualmente, o ex-mandatário cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica após descumprir medidas cautelares.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PF investiga ameaça do Comando Vermelho na COP30

Facção teria exigido paralisação de obras em subestação considerada estratégica para a conferência climática

       Polícia Federal (Foto: Agência Brasil )

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar uma suposta ameaça do Comando Vermelho contra a empresa Verene Energia S.A., responsável por obras na Subestação Marituba, em Belém. O local é considerado essencial para o fornecimento de energia durante a COP30, conferência climática que ocorrerá na capital paraense em 2025. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, confirmou que o inquérito foi instaurado na terça-feira (4/11). “Recebemos e instauramos inquérito para apurar”, afirmou o delegado, de acordo com a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles.

● Ameaça e exigências da facção

De acordo com relato da Verene Energia, o episódio ocorreu em 30 de outubro, quando um homem, que se identificou como membro do Comando Vermelho, abordou funcionários da subestação e impôs duas exigências: a suspensão imediata das obras de expansão e a interrupção das atividades diárias a partir das 15h.

A Subestação Marituba é classificada como infraestrutura crítica do Sistema Interligado Nacional (SIN). Qualquer falha em sua operação poderia afetar redes de abastecimento e comunicação em toda a região metropolitana de Belém, comprometendo a estabilidade do evento climático.

● Reforço de segurança e apuração conjunta

Após o alerta, de acordo com a reportagem, o Ministério de Minas e Energia foi acionado e solicitou apoio ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência para reforçar a proteção do local. A Secretaria de Segurança Pública do Pará confirmou que a informação chegou há uma semana e ressaltou que as obras seguem normalmente.

Segundo a pasta, a Polícia Militar intensificou as rondas e o policiamento nas imediações, enquanto a Polícia Civil também abriu uma investigação para apurar os fatos relatados. As ações se somam ao inquérito federal, em um esforço conjunto para garantir a integridade da infraestrutura energética da COP30.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Novo ataque dos EUA contra barco no mar do Caribe deixa três mortos

Pentágono afirma que ofensiva, que já soma 70 mortos desde setembro, faz parte do combate ao narcotráfico

        O navio de guerra USS Jason Dunham na costa Venezuela (Foto: Telesur)

Três homens morreram em um novo ataque dos Estados Unidos contra uma embarcação no Mar do Caribe, confirmou nesta sexta-feira (7) o secretário de Defesa, Pete Hegseth. Segundo o Pentágono, a operação mirou um barco suspeito de transportar drogas em águas internacionais da região. As informações são do Estadão Conteúdo .

Esta é a 17ª ofensiva desde o início da campanha militar lançada em setembro. Com o novo ataque, o número de mortos nas operações conduzidas tanto no Caribe quanto no Pacífico chegou a 70.

● Ofensiva naval em expansão

De acordo com o Departamento de Guerra dos EUA, nenhum militar americano ficou ferido durante a ação. O vídeo divulgado pelo próprio Pentágono mostra uma pequena embarcação em chamas logo após o bombardeio.

O governo estadunidense classifica a ofensiva como uma estratégia para interromper as rotas de tráfico marítimo que abastecem os Estados Unidos. As autoridades afirmam que o objetivo é enfraquecer o fornecimento de drogas ilícitas e desmantelar redes criminosas na região do Caribe e do Pacífico Oriental.

● Declarações de Pete Hegseth

Em tom de advertência, o secretário de Guerra reforçou a continuidade da campanha. “Os ataques continuarão até que o envenenamento do povo americano cesse”, afirmou Hegseth em declaração pública.

Em outra mensagem publicada na plataforma X (antigo Twitter), ele escreveu que “ todos os narcoterroristas que ameaçam nossa pátria: se quiserem continuar vivos, parem de traficar drogas. Se continuarem traficando drogas mortais, nós os mataremos”.

● Reações e impactos regionais

Especialistas em segurança internacional afirmam que a escalada de ações navais dos EUA reflete o aumento do uso de rotas caribenhas por traficantes e levanta debates sobre a legalidade das operações em águas internacionais. O Pentágono, por sua vez, mantém a posição de que todas as medidas adotadas são compatíveis com as normas internacionais e voltadas exclusivamente ao combate ao tráfico de drogas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão Conteúdo

Diplomata que aproximou Lula e Trump se reuniu com Eduardo Bolsonaro nos EUA

O deputado foragido Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o diplomata americano e o lobista Paulo Figueiredo, no “CPAC Circle Retreat Gala”. Foto: Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se reuniu nesta quarta-feira (5) com Richard Grenell, diplomata e consultor político ligado ao ex-presidente Donald Trump, durante evento do Partido Republicano realizado no resort Mar-a-Lago, na Flórida. Grenell foi o emissário responsável por iniciar os contatos que aproximaram o governo brasileiro de Lula e o presidente dos Estados Unidos. Com informações de Bela Megale, do Globo.

O encontro ocorreu no “CPAC Circle Retreat & Gala” e contou também com a presença do blogueiro Paulo Figueiredo. Segundo aliados do parlamentar, o tema central da conversa foi a possibilidade de prisão de Jair Bolsonaro, que enfrenta uma condenação de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado.

Grenell perguntou sobre a situação do ex-presidente e demonstrou preocupação ao ouvir de Eduardo que o pai pode ser preso mesmo apresentando problemas de saúde. O diplomata, segundo relatos, mostrou interesse em acompanhar os desdobramentos judiciais no Brasil.

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles
Durante o diálogo, Eduardo Bolsonaro também mencionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O parlamentar defendeu a aplicação de sanções a autoridades como forma de pressionar pela concessão de uma anistia ampla, que inclua seu pai e outros aliados.

Outro assunto abordado foi a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, anunciada recentemente. O deputado tratou ainda da relação com as plataformas digitais, citando a rede americana Rumble, bloqueada no Brasil desde fevereiro deste ano.

Grenell afirmou que as tratativas entre os dois países devem passar pelo chefe do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, com quem mantém contato direto.

A conversa, de acordo com Figueiredo, ocorreu “em clima cordial”. Segundo ele, Grenell “se mostrou bastante preocupado com o Brasil, especialmente com o presidente Bolsonaro, e se colocou à disposição para ajudar no que puder”. A reunião ocorreu em meio à expectativa pelo julgamento dos embargos de declaração apresentados pela defesa do ex-presidente no STF.

O evento republicano em Mar-a-Lago reuniu políticos conservadores de diversos países. Eduardo Bolsonaro foi um dos palestrantes e usou o encontro para reforçar laços com aliados internacionais de Donald Trump, de olho nas eleições brasileiras de 2026.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

“Todo mundo erra”: na CPMI, Pimenta usa pagode para ironizar gestão Bolsonaro


        O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) – Reprodução/Instagram

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) protagonizou um momento inusitado durante sessão da CPMI do INSS nesta quinta-feira (6). O parlamentar usou a música “Velocidade da Luz”, do grupo de samba Revelação, para ironizar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT) e criticar medidas adotadas durante o governo anterior que, segundo ele, facilitaram irregularidades em descontos associativos ilegais no sistema previdenciário.

Pimenta afirmou que as ações do governo Bolsonaro a partir de 2019 permitiram o avanço do esquema investigado. Ele lembrou que diversos atos administrativos flexibilizaram a atuação de entidades que realizavam descontos automáticos nos benefícios de aposentados e pensionistas, muitas vezes sem autorização dos beneficiários.

Durante a sessão, o ex-ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni prestou depoimento à comissão. Ele defendeu o governo Bolsonaro e também o filho, Pietro Lorenzoni, que atuou como advogado da União Brasileira de Aposentados da Previdência (UNIBAP), uma das entidades apontadas pela investigação como beneficiária das práticas irregulares.

“Então, eu cheguei à conclusão de que não adianta eu argumentar, não adianta eu mostrar a realidade, não adianta eu mostrar as provas, não adianta eu mostrar os documentos. O povo já entendeu porque esse esquema virou esse monstro que virou, porque foi permitido principalmente a partir de 2019, no governo Bolsonaro”, declarou o deputado.

Logo após sua fala, Pimenta pediu à mesa a execução da música “Velocidade da Luz”, cuja letra repete o verso “todo mundo erra”. O gesto provocou risos entre os presentes, inclusive de Onyx Lorenzoni, que acompanhava o depoimento. A canção foi interrompida a pedido do presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), para dar continuidade à audiência.

A CPMI do INSS foi instalada para investigar supostas fraudes em descontos de mensalidades associativas e sindicais diretamente em benefícios previdenciários. A comissão também apura a responsabilidade de servidores, dirigentes de entidades e ex-integrantes do governo federal na autorização dos sistemas que permitiram as irregularidades.

Fonte: DCM

VÍDEO: Malafaia detona tentativa de Carluxo de se candidatar por SC


          O pastor bolsonarista Silas Malafaia. Foto: reprodução

O pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), questionou a estratégia do clã que lidera a extrema-direita para aumentar a participação no Senado: colocar Carlos Bolsonaro no pleito pelo estado de Santa Catarina passando por cima da deputada federal Carol De Toni (PL-SC).

“Eu tenho dúvida nessa questão”, iniciou o líder Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC). “Não sei se estrategicamente e politicamente é uma boa levar o Carlos a ser senador por Santa Catarina. Eu ainda não mensurei isso e, para ser bem honesto, não conversei ninguém lá de Santa Catarina”, ponderou.

Ainda confessando que não analisou o cenário, Malafaia argumentou que “não vislumbra que seja uma opção muito boa”, amenizando a crítica com elogios a Carluxo.

Racha na extrema-direita catarinense

Nos últimos dias, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e líder do PL Mulher, se envolveu na confusão ao declarar apoio público à Carol de Toni. Em meio ao impasse sobre a formação da chapa para o Senado em 2026, Michelle se posicionou nas redes sociais, afirmando estar “fechada” com Carol “independentemente da sigla partidária”, já que ela cogita deixar o partido do ex-presidente após ser preterida para a candidatura de Carluxo.

A movimentação da ex-primeira-dama expõe o racha dentro do núcleo bolsonarista, abrindo um conflito interno entre a ala política da família e o grupo feminino ligado a Michelle.

O apoio aconteceu após declarações da deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC), que revelou em entrevista à Rádio São Bento que a chapa ao Senado seria composta inicialmente por Esperidião Amin (PP) e Carol de Toni.

Com a entrada de Carluxo, Carol perdeu espaço e passou a avaliar deixar o partido. Campagnolo afirmou que o governador Jorginho Mello (PL) pretende destinar a segunda vaga ao Progressistas, dentro de um acordo que fortalece sua aliança com Amin.

Carlos reagiu nas redes sociais e chamou Campagnolo de “mentirosa”, alegando que ele e Carol estão “unidos pelo mesmo propósito”. Apesar da tentativa de apaziguar, a tensão aumentou. Michelle rompeu o silêncio e declarou apoio a Carol, reforçando sua influência política própria dentro do bolsonarismo.

Fonte: DCM

VÍDEO – Anitta sai em defesa da taxação dos super-ricos: “Minha responsabilidade”

A cantora Anitta. Foto: Anderson Bordê/AgNews

Durante sua passagem pelo tapete verde do prêmio Earthshot Prize, realizado nesta quarta-feira (5) no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, Anitta se posicionou em defesa da taxação dos super-ricos. A cantora afirmou que o impacto ambiental é muito maior entre os mais ricos e que as responsabilidades diante da crise climática devem ser proporcionais à renda.

“Cada um fazendo sua parte diante da sua realidade, acho que faz uma diferença imensa, principalmente quem tem mais, porque normalmente quem polui mais é quem tem mais dinheiro. A porcentagem de responsabilidade da população pobre é muito pequena em comparação com as pessoas ricas, então, isso deveria vir primeiro das pessoas ricas”, declarou.

Anitta, que vem incorporando discursos sobre sustentabilidade e justiça social em suas aparições públicas, também disse não ver problema em pagar mais impostos. Para ela, a contribuição fiscal é uma forma de exercer cidadania, independentemente da gestão dos recursos pelo Estado.

“O que o governo faz com o dinheiro não é a minha responsabilidade. A minha responsabilidade como cidadã é pagar os impostos e eu sou super a favor. Eu não vejo problema nenhum se eu tiver que pagar mais imposto”, afirmou a artista, ao comentar sobre a necessidade de políticas públicas para equilibrar desigualdades e financiar ações ambientais.


Taxação e a suposta “fuga de milionários”

As declarações da cantora contrastaram com recentes manifestações contrárias à taxação dos mais ricos. O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da Havan, criticou a proposta em suas redes sociais, afirmando que “mais de 1.200 milionários devem deixar o Brasil em 2025”. Ele alegou que a medida poderia gerar “menos investimentos, menos geração de renda e mais desigualdade”.

No entanto, estudos internacionais desmentem essa narrativa. Um relatório do Institute for Policy Studies (IPS) e da State Revenue Alliance (SRA), nos Estados Unidos, aponta que o aumento de impostos sobre grandes fortunas não gerou fuga de milionários em estados como Massachusetts e Washington.

Pelo contrário: o número de pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão cresceu 38,6% em Massachusetts e 46,9% em Washington após a adoção das novas taxas.

Além disso, os dois estados arrecadaram bilhões com os tributos progressivos — US$ 2,2 bilhões em Massachusetts e US$ 1,2 bilhão em Washington —, destinando os recursos a programas de educação, alimentação escolar e transporte público.

A experiência estadunidense reforça o argumento de que políticas fiscais voltadas à equidade podem fortalecer economias locais, reduzir desigualdades e financiar ações sustentáveis. O contraste é nítido com o chamado “Grande Experimento de Corte de Impostos do Kansas”, implementado em 2012 e encerrado cinco anos depois devido a déficits e queda de investimentos.

Fonte: DCM