Partido tenta reforçar nomes regionais e aposta em familiares de Bolsonaro para manter força eleitoral
A direção nacional do Partido Liberal (PL) está em alerta com a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro não participar ativamente da campanha eleitoral de 2026. A preocupação central é que a ausência do principal líder da sigla enfraqueça o desempenho do partido nas disputas para o Legislativo, especialmente nas eleições proporcionais.
De acordo com a CNN Brasil, dirigentes do PL avaliam que, nas disputas majoritárias — como para governador ou senador —, a transferência de votos tende a ocorrer de forma mais direta, já que as eleições são marcadas por forte polarização entre direita e esquerda. No entanto, o mesmo não ocorre em pleitos proporcionais, onde a pulverização de candidaturas dificulta a associação dos eleitores a um padrinho político.
A maior apreensão do partido está voltada às eleições para deputados federais e estaduais, justamente os cargos que garantem estrutura política e recursos de fundo partidário. O temor cresce diante da possibilidade de Bolsonaro enfrentar prisão ainda neste ano, o que inviabilizaria sua participação na campanha.
Na eleição de 2022, o PL conquistou a maior bancada da Câmara dos Deputados, resultado atribuído em grande parte ao engajamento direto de Bolsonaro. Agora, sem a presença dele pedindo votos, o clima interno é de pessimismo. Dirigentes admitem que será difícil repetir o desempenho anterior sem uma figura de mobilização de massas.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, tem buscado alternativas para preencher esse vazio. Uma das estratégias é identificar novos “puxadores de voto” em colégios eleitorais importantes, como São Paulo e Rio de Janeiro, além de estimular lideranças regionais com potencial de projeção nacional.
Outra aposta do partido está em explorar o carisma e a popularidade dos familiares de Bolsonaro, como Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro. A ideia é destacar seus nomes em peças de propaganda e materiais de campanha para tentar preservar o elo simbólico com o eleitorado bolsonarista.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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