sexta-feira, 7 de novembro de 2025

“Todo mundo erra”: na CPMI, Pimenta usa pagode para ironizar gestão Bolsonaro


        O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) – Reprodução/Instagram

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) protagonizou um momento inusitado durante sessão da CPMI do INSS nesta quinta-feira (6). O parlamentar usou a música “Velocidade da Luz”, do grupo de samba Revelação, para ironizar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT) e criticar medidas adotadas durante o governo anterior que, segundo ele, facilitaram irregularidades em descontos associativos ilegais no sistema previdenciário.

Pimenta afirmou que as ações do governo Bolsonaro a partir de 2019 permitiram o avanço do esquema investigado. Ele lembrou que diversos atos administrativos flexibilizaram a atuação de entidades que realizavam descontos automáticos nos benefícios de aposentados e pensionistas, muitas vezes sem autorização dos beneficiários.

Durante a sessão, o ex-ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni prestou depoimento à comissão. Ele defendeu o governo Bolsonaro e também o filho, Pietro Lorenzoni, que atuou como advogado da União Brasileira de Aposentados da Previdência (UNIBAP), uma das entidades apontadas pela investigação como beneficiária das práticas irregulares.

“Então, eu cheguei à conclusão de que não adianta eu argumentar, não adianta eu mostrar a realidade, não adianta eu mostrar as provas, não adianta eu mostrar os documentos. O povo já entendeu porque esse esquema virou esse monstro que virou, porque foi permitido principalmente a partir de 2019, no governo Bolsonaro”, declarou o deputado.

Logo após sua fala, Pimenta pediu à mesa a execução da música “Velocidade da Luz”, cuja letra repete o verso “todo mundo erra”. O gesto provocou risos entre os presentes, inclusive de Onyx Lorenzoni, que acompanhava o depoimento. A canção foi interrompida a pedido do presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), para dar continuidade à audiência.

A CPMI do INSS foi instalada para investigar supostas fraudes em descontos de mensalidades associativas e sindicais diretamente em benefícios previdenciários. A comissão também apura a responsabilidade de servidores, dirigentes de entidades e ex-integrantes do governo federal na autorização dos sistemas que permitiram as irregularidades.

Fonte: DCM

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