Avaliação de investigadores e ministros do STF indica que ex-presidente deve passar por cela antes da prisão domiciliar
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e integrantes da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que ele deverá cumprir um período em prisão antes de ser autorizado a migrar para o regime domiciliar. A expectativa, segundo informações do blog da jornalista Andréia Sadi, do g1, é que a decisão siga o mesmo modelo adotado pelo ministro Alexandre de Moraes no caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
O entorno de Bolsonaro já trabalha com a hipótese de uma “escala na prisão” — um curto período em cela especial — antes da concessão da prisão domiciliar humanitária. Em maio, Moraes permitiu que Collor cumprisse em casa a pena de oito anos e dez meses por corrupção e outros crimes, após sete dias detido em Maceió (AL). Na ocasião, a defesa apresentou mais de 130 exames médicos comprovando doenças como Parkinson, apneia grave do sono e transtorno afetivo bipolar.
A equipe de defesa de Bolsonaro deve usar argumentos semelhantes, apontando sua idade — 70 anos — e eventuais condições de saúde para pedir a prisão domiciliar. No entanto, aliados e investigadores ouvidos pela colunista afirmam que a decisão dependerá exclusivamente de Moraes, e que o ministro tende a seguir o mesmo padrão do caso Collor.
O julgamento da tentativa de golpe de Estado entrou na fase final nesta sexta-feira (7), quando a 1ª Turma do STF começou a analisar os embargos apresentados pelas defesas. Mesmo entre os apoiadores mais próximos de Bolsonaro, há pessimismo quanto à aceitação dos recursos. A aposta do grupo é em uma futura revisão criminal, que poderia levar o caso à 2ª Turma — onde estão dois ministros indicados pelo ex-presidente — ou ao plenário do Supremo.
A estratégia busca ganhar tempo e tentar uma reavaliação do processo. A defesa ainda pretende destacar o precedente de Collor para argumentar que, assim como o ex-presidente alagoano, Bolsonaro também teria direito a cumprir pena em casa.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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