quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Lula recupera apoio entre mulheres, nordestinos e católicos, aponta Quaest

A pesquisa foi realizada com 2.004 entrevistas presenciais em todo o país, abrangendo cidadãos com 16 anos ou mais

Brasília (DF), 17/09/2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da sanção do Projeto de que dispõe sobre a proteção de crianças e de adolescentes em ambientes digitais (Estatuto da Criança e do Adolescente Digital – ECA Digital) (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), indica uma recuperação significativa da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segmentos estratégicos de seu eleitorado, como mulheres, nordestinos, católicos e beneficiários de programas sociais. O levantamento também revelou avanço no Sudeste, região que reúne os três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A pesquisa aponta que Lula reduziu a diferença entre aprovação e desaprovação no Sudeste. Em maio, 64% dos eleitores da região reprovavam o governo, enquanto apenas 32% aprovavam. Agora, os índices mostram 52% de desaprovação e 44% de aprovação, encurtando a distância para oito pontos percentuais — bem menos que os 32 pontos registrados anteriormente.

◈ Nordeste

O Nordeste, que concentra 28% do eleitorado nacional, manteve Lula em alta. A aprovação do presidente oscilou de 60% em setembro para 62% em outubro, enquanto a desaprovação ficou praticamente estável, passando de 35% para 36%.

Entre os beneficiários do Bolsa Família, o crescimento foi ainda mais expressivo. Dos 19,6 milhões de famílias atendidas, cerca de 9 milhões vivem no Nordeste. Nesse grupo, a aprovação subiu de 64% para 67% desde setembro, enquanto a rejeição caiu de 32% para 31%. Considerando um intervalo maior, desde maio, a aprovação saltou de 51% para os atuais 67%, enquanto a desaprovação recuou de 44% para 31%.

◈ Apoio feminino em ascensão

As mulheres, maioria no eleitorado brasileiro, também registraram melhora na avaliação do governo. Pela primeira vez em cinco meses, a aprovação (52%) superou a desaprovação (45%). No mês anterior, os números estavam empatados em 48%.

◈ Religião

O recorte religioso mostra que os católicos voltaram a ampliar o apoio ao presidente, passando de 51% para 54% de aprovação, com queda na desaprovação de 46% para 44%. Entre os evangélicos, no entanto, o cenário permanece adverso: 64% reprovam o governo, contra 34% que o aprovam. Em setembro, os percentuais eram de 61% e 35%, respectivamente.

Durante a campanha de 2022, Lula chegou a publicar uma carta voltada à população evangélica, na tentativa de afastar boatos sobre fechamento de igrejas ou mudanças na legislação sobre aborto, mas o setor continua sendo um dos principais focos de resistência ao seu governo.

Para o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, os números refletem um cenário que remete à divisão observada nas eleições de 2022. “O retrato que temos neste momento lembra muito a divisão social da eleição de 2022. É como se tivéssemos voltado para o lugar onde tudo começou”, afirmou.

A pesquisa foi realizada com 2.004 entrevistas presenciais em todo o país, abrangendo cidadãos com 16 anos ou mais.

Fonte: Brasil 247

Governo acumula vitórias e impulsiona aprovação de Lula, avalia diretor da Quaest

Felipe Nunes aponta que recuperação da popularidade está ligada a vitórias políticas recentes e expectativas positivas da população

       Felipe Nunes e Lula (Foto: Daniela Toviansky/Divulgação | Ricardo Stuckert/PR)

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) mostra que a aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 48%, o maior patamar desde janeiro deste ano, contra 49% de desaprovação. O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 5 de outubro e traz um retrato de empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, o cenário de estabilidade com sinais de recuperação se explica por uma série de vitórias políticas acumuladas nos últimos meses. “O acúmulo de vitórias políticas, transformadas em mais notícias positivas, é um bom sinalizador do que está acontecendo”, afirmou.

◈ Recuperação em segmentos-chave

Nunes destacou a melhora da aprovação em dois públicos considerados decisivos para a vitória de Lula em 2022: o eleitorado feminino e o Nordeste. Entre as mulheres, a aprovação subiu e já supera a desaprovação (52% a 45%), enquanto no Nordeste passou de 53% em julho para 62% em outubro. Também houve reação no Sul, de 35% para 41%, e oscilação positiva no Sudeste, que alcançou 44%.

◈ Vitórias políticas e efeito simbólico

De acordo com o diretor, episódios recentes ajudaram a impulsionar a percepção positiva do governo. Entre eles, o encontro do presidente Lula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia da ONU. O episódio foi conhecido por 57% dos entrevistados, e quase metade (49%) avaliou que Lula saiu fortalecido politicamente.

Outro momento ressaltado por Nunes foi o discurso de Lula na ONU, considerado bom por 52% dos que tomaram conhecimento.

◈ Popularidade e economia

Felipe Nunes também citou a aprovação quase unânime da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. “Quase 80% são favoráveis à medida. A expectativa sobre a reforma é tão alta que chega a ser exagerada”, observou. Segundo ele, o dado mais surpreendente foi o crescimento da expectativa positiva mesmo entre eleitores de direita e bolsonaristas, fora da base tradicional de apoio ao presidente.

◈ Narrativa política em disputa

Na avaliação do diretor, o governo também obteve vitórias narrativas relevantes. Ele lembrou o aumento da rejeição à ideia de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, que passou de 41% para 47% em um mês, e a ampliação da oposição à chamada PEC da Blindagem, que saltou de 53% para 63%. Além disso, as manifestações de rua contrárias a essas pautas foram vistas por 39% da população como demonstração de força do governo.

◈ Desafios persistentes

Apesar das vitórias políticas, Nunes ressaltou que há pontos de desgaste. “O país se divide quando o assunto é a boa intenção do presidente, a maioria continua avaliando que Lula não tem conseguido cumprir suas promessas, e não conseguimos ainda reverter a percepção de que o país está indo na direção errada”, afirmou.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas em todas as regiões do país. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro, de dois pontos percentuais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Brasil 247

Quaest: 79% dos brasileiros são a favor da isenção de IR até R$ 5 mil

Medida defendida por Lula foi aprovada na Câmara e aguarda votação no Senado

        São Paulo (SP) 29.06.2024 - Lula, Alckmin e Haddad (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), revela que 79% dos brasileiros apoiam a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Apenas 17% se dizem contrários, enquanto 4% não souberam ou preferiram não responder.

☉ Apoio à isenção cresce

O apoio à ampliação da faixa de isenção subiu de 75% em julho para 79% em outubro, um aumento de quatro pontos percentuais. Já o percentual de quem se opõe à proposta caiu de 21% para 17% no mesmo período, indicando maior adesão popular à medida.

A ampliação da isenção é uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vem sendo defendida pelo governo como uma forma de corrigir distorções no sistema tributário e aliviar a carga fiscal sobre a classe média e os trabalhadores de baixa renda.

☉ Câmara aprova por unanimidade; Senado analisa

O projeto que amplia a isenção foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados, com 493 votos favoráveis. Agora, o texto segue para análise no Senado Federal.

A proposta prevê isenção total para quem recebe até R$ 5 mil mensais e isenção parcial para rendas de até R$ 7.350. Para compensar a perda de arrecadação, o governo determinou que contribuintes com rendimentos superiores a R$ 600 mil por ano pagarão mais imposto.

☉ Lula confia em aprovação no Senado

Na segunda-feira (6), o presidente Lula demonstrou otimismo quanto ao andamento do projeto. “A gente acredita que o Senado vai entender a importância dessa medida para o trabalhador brasileiro”, afirmou. Mesmo com o avanço no Congresso, os efeitos práticos da mudança devem começar a valer apenas em 2026, conforme estimativas do governo federal.

☉ Metodologia

A pesquisa da Genial/Quaest entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em formato presencial, entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247

Conselho de Ética abre processos contra deputados bolsonaristas que fizeram motim na Câmara

Câmara avalia suspensão e censura de Marcos Pollon, Marcel Van Hattem e Zé Trovão após ocupação da Mesa em protesto contra a prisão de Bolsonaro

      Deputados bolsonaristas em motim na Câmara (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou hoje (7) a instauração de processo disciplinar contra os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC), em razão da participação do motim realizado no plenário da Casa, no início de agosto. Os processos foram apresentados pela Mesa Diretora da Câmara e receberam parecer favorável do corregedor da casa, deputado Diego Coronel (PSD-BA).

O corregedor sugeriu ao Conselho de Ética da Câmara a suspensão do deputado Pollon por 90 dias e de Marcel Van Hattem e Zé Trovão por 30 dias. Todos são acusados de obstrução da cadeira da Presidência durante a ocupação.

☉ Representações apensadas

O presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União-SC), informou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), apensou as três representações e que, em razão disso, será escolhido um único relator para analisar os pedidos.

Foram sorteados para relatar o procedimento os deputados Castro Neto (PSD-PI), Albuquerque (Republicanos-RR) e Zé Haroldo Catedral (PSD-RR). O presidente do colegiado disse que escolherá o relator posteriormente.

Van Hattem questionou o apensamento das representações, com o argumento de que elas são diferentes, apesar de remeterem a um fato acontecido no mesmo dia.
“Não há um liame subjetivo específico entre os três casos. Apensá-las todas cria um expediente ruim para esse conselho”, disse.

O presidente do Conselho destacou que a questão de apensar é "prerrogativa única e exclusivamente do presidente da Câmara”.

☉ Outras representações

Além da obstrução o deputado Pollon ainda responderá a outra representação, pois a falta foi considerada mais grave em razão de ter feito declarações ofensivas ao presidente da Câmara. O presidente do Conselho irá escolher o relator a partir de uma lista tríplice formada por Castro Neto (PSD-PI), Moses Rodrigues (União-CE) e Ricardo Maia (MDB-BA), selecionados por sorteio.

O corregedor também concordou com a aplicação de censura escrita para 14 parlamentares da oposição que participaram do motim.

Caberá à Mesa Diretora a aplicação da penalidade aos deputados Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marco Feliciano (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Zucco (PL-RS), além de Pollon, Van Hattem e Zé Trovão.

Segundo Diego Coronel, as solicitações de punição ocorreram a partir da análise das imagens internas da Câmara e com base nas argumentações das defesas dos parlamentares.

☉ Relembre o caso

Na madrugada do dia 6 de agosto, deputados e senadores de oposição pernoitaram nos plenários da Câmara e do Senado para manter a ocupação das mesas diretoras das Casas, inviabilizando a retomada dos trabalhos legislativos. Os parlamentares, em sua maioria do Partido Liberal (PL), protestam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada dois dias antes. Para partidos da base governista, a ação é ilegal e representaria novo ataque às instituições da República.

Eles também exigiam que fosse pautado o projeto de anistia geral e irrestrita aos condenados por tentativa de golpe de Estado no julgamento da trama golpista, e que também seja pautado o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Lula endurece relação com o Centrão e mira em divisões no PP e União Brasil

 

O presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

O presidente Lula (PT) decidiu endurecer o tom com o Centrão e deixou claro que não pretende “implorar” por apoio político. Com a popularidade em alta e vitórias recentes no Congresso, o petista aposta em divisões internas do PP e do União Brasil para fortalecer alianças regionais com vistas a 2026, mesmo sem o apoio das cúpulas partidárias, conforme informações do Globo.

“Eu não vou implorar para nenhum partido estar comigo. Vai estar comigo quem quiser estar comigo. Não sou daqueles que ficam tentando comprar deputado. Vai ficar comigo quem quiser, quem quiser ir para o outro lado que vá, e que tenha sorte, porque nós temos certeza de uma coisa: a extrema direita não voltará a governar esse país”, afirmou Lula à TV Mirante, do Maranhão.

Mesmo com o ultimato de PP e União Brasil, que pedem a saída dos ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte), Lula não dá sinais de que fará mudanças no primeiro escalão. No Planalto, a avaliação é que o presidente sai fortalecido por conquistas recentes — como a aprovação da nova faixa de isenção do Imposto de Renda e o diálogo direto com Donald Trump, visto como fator de pressão sobre o bolsonarismo.

Sabino e Fufuca, por sua vez, reafirmam o apoio a Lula e tentam se manter no governo de olho em projetos eleitorais locais. Assessores do Planalto dizem que o presidente enxerga vantagem em mantê-los, pois isso acentua o racha dentro das legendas.

“Se as coisas estão dando certo, por que mexer? Por que essa pequenez de atrapalhar um bom ministro que está fazendo um bom trabalho? Foi raiva? Foi inveja?”, questionou Lula.



☉ Palanques regionais e disputa por 2026

Nos bastidores, o governo vê alas simpáticas ao PT dentro do PP e do União em estados como Maranhão, Ceará, Paraíba, Bahia, Pará e Amapá. O Republicanos também mantém relações próximas em Pernambuco e Piauí. Essa estratégia mira palanques estaduais, especialmente diante de uma possível candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) apoiada por Jair Bolsonaro.

Apesar do momento favorável, Lula reconhece a necessidade de manter o ritmo: “Se a gente brincar em serviço, acaba dando ao adversário a chance de ganhar que ele não tem hoje. É muito difícil alguém ganhar as eleições de nós em 2026. O governo vai terminar muito bem, o Brasil está vivendo um momento excepcional.”

☉ Crise nos partidos e resistência a expulsões

O União Brasil tenta punir Sabino, mas descarta expulsá-lo de imediato. O deputado Fábio Schiochet (União-SC), relator do caso, afirmou: “Sou contra cautelar para expulsão. Acho muito frágil, acaba cerceando o direito de defesa do ministro. Em uns 40 dias deve haver uma conclusão.”

Já no PP, o presidente Ciro Nogueira (PI) havia dado prazo para Fufuca deixar o governo, o que não ocorreu. O ministro, no entanto, reafirmou lealdade ao presidente: “Eu estou com o Lula do Bolsa Família, do Mais Médicos, do Fies, do Prouni. O Lula que tirou o filho do pobre da rua e colocou para fazer medicina. É esse o Lula que estou ao lado.”

Sem consenso interno, o PP avalia retirar de Fufuca o comando do diretório estadual do Maranhão e apoiar outro nome para o Senado em 2026. Assim como no União Brasil, o partido evita romper completamente com o governo — mantendo aberta a disputa interna que Lula pretende explorar politicamente até a eleição.

Ministros do Turismo, Celso Sabino, e do Esporte, André Fufuca. Foto: Ronaldo Caldas

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Quaest: Aprovação ao governo Lula cresce e atinge melhor resultado do ano

      O presidente Lula – Foto: Reprodução


A aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a empatar com a desaprovação pela primeira vez desde janeiro, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8). O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, mostra que 49% dos brasileiros desaprovam a gestão petista, enquanto 48% aprovam. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.


Aprovação do governo Lula – Foto: Quaest



No início do ano, a diferença era pequena — 49% desaprovavam e 47% aprovavam o governo. A última vez em que Lula havia registrado vantagem foi em dezembro de 2024, com 52% de aprovação contra 47% de desaprovação. Desde então, o índice negativo manteve-se à frente, chegando ao pico em maio, quando a desaprovação alcançou 57% e a aprovação caiu a 40%.

Entre os segmentos analisados, as mulheres voltaram a demonstrar maior apoio ao presidente: 52% aprovam a gestão e 45% desaprovam. Entre os homens, o cenário permanece de maior desaprovação. Já entre os católicos, Lula recuperou vantagem, com 54% de aprovação e 44% de rejeição.

Aprovação do governo Lula por gênero – Foto: Quaest

A pesquisa indica ainda que a faixa etária de 35 a 59 anos passou a aprovar mais o governo — 51% de aprovação e 46% de desaprovação — invertendo os percentuais de setembro. Entre os idosos, de 60 anos ou mais, os índices estão empatados em 50% e 46%, respectivamente.

Entre os mais ricos, com renda familiar acima de cinco salários mínimos, o empate também se repete: 52% desaprovam e 45% aprovam. O cenário difere do registrado em setembro, quando a desaprovação era de 60%. Já entre os beneficiários do Bolsa Família, a aprovação chega a 67%, com 31% de rejeição.

O levantamento também questionou os entrevistados sobre temas econômicos e diplomáticos. Para 49%, Lula saiu fortalecido do encontro com Donald Trump na ONU, enquanto 27% acham que o presidente brasileiro saiu mais fraco. Além disso, 79% apoiam a proposta de isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

49% dos entrevistados avaliaram que Lula saiu “mais forte” politicamente após o encontro com Trump – Foto: Quaest
79% dos brasileiros são a favor de isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês – Foto: Quaest

Na avaliação geral do governo, 33% classificam a gestão como positiva, 37% como negativa e 27% como regular. Esses números representam uma leve melhora em relação a setembro, quando 31% consideravam a administração positiva e 38% negativa.

37% dos brasileiros avaliam o governo Lula de forma negativa, 33% de forma positiva e 27% consideram regular – Foto: Quaest
A pesquisa Quaest entrevistou 2.004 pessoas entre os dias 2 e 5 de outubro em todo o país. O nível de confiança é de 95%, e a margem de erro é de dois pontos percentuais.

Fonte: DCM

Quaest: 52% dos brasileiros são contra reduzir penas de golpistas

Levantamento indica ainda que 47% são contra anistia a Bolsonaro

      Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, em Brasília - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) revelou que a maioria da população brasileira é contrária à redução das penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

De acordo com o levantamento, publicado pelo g1, 52% dos entrevistados afirmaram que as condenações foram proporcionais e não devem ser alteradas. Por outro lado, 37% disseram acreditar que as punições foram severas demais e deveriam ser diminuídas, enquanto 11% não souberam ou preferiram não responder.

◈ Posição sobre anistia e impacto político

Além do tema da dosimetria das penas, a pesquisa também investigou a opinião pública sobre a possibilidade de anistia a Jair Bolsonaro (PL) e a outros condenados. O resultado mostra que 47% dos brasileiros seguem contrários a essa medida, reforçando a resistência da maioria em flexibilizar as punições impostas.

Outro ponto de destaque é o reflexo direto na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após nove meses de vantagem da aprovação sobre a desaprovação, o cenário voltou a um empate técnico, indicando maior polarização na percepção popular sobre a gestão federal.

◈ Detalhamento da pergunta aplicada

A questão apresentada pela Quaest buscava medir a reação ao projeto alternativo à anistia, que propõe apenas a redução das penas dos condenados:

Contra, porque as penas foram justas: 52%
A favor, porque as penas foram muito duras: 37%
Não souberam ou não responderam: 11%

◈ Contexto nacional

O debate sobre punições aos envolvidos nos atos antidemocráticos segue no centro das discussões políticas em Brasília. A pesquisa reforça que, embora exista uma parcela expressiva da população favorável a uma flexibilização, a maioria ainda entende que as penas aplicadas pela Justiça foram adequadas diante da gravidade dos crimes cometidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1