terça-feira, 30 de setembro de 2025

“Qualquer candidato da extrema-direita será derrotado pelo Lula", diz Alberto Cantalice

Dirigente nacional do PT analisa manifestações, PEC da Blindagem, anistia do 8 de Janeiro e reforça o favoritismo de Lula para 2026

“Qualquer candidato da extrema-direita será derrotado pelo Lula", diz Alberto Cantalice (Foto: Reprodução)

Em entrevista ao programa Brasil Agora, Alberto Cantalice, dirigente nacional do PT e advogado, analisou o cenário político atual, as manifestações populares e as perspectivas eleitorais para 2026.

Cantalice destacou a força do presidente Lula diante de adversários da extrema-direita e da centro-direita. “Qualquer candidato da extrema-direita será derrotado pelo Lula. Ele tem identificação com o povo, experiência de gestão e é um negociador por excelência”, afirmou, ressaltando a vantagem política do presidente frente aos oponentes.

O dirigente também comentou as recentes manifestações que ocorreram em protesto contra a PEC da Blindagem. Segundo ele, a mobilização popular foi decisiva: “Foi efetivamente um ato de massa. Quando mexe com o povo, dá nisso. A sociedade reagiu e fez o Congresso ouvir”.

Cantalice criticou ainda a tentativa de aprovar uma anistia para envolvidos nos ataques do 8 de Janeiro, classificando como inviável qualquer anistia ampla e irrestrita. “Essa anistia já foi para as calendas. O fundamental é punir os que atentaram contra o Estado Democrático de Direito e mostrar que golpes não ficam impunes”, declarou.

Sobre o desempenho do governo, o dirigente apontou avanços na comunicação com a população e na capacidade de enfrentar pressões externas e internas. “O governo conseguiu desarmar a extrema-direita. As medidas econômicas, a defesa da soberania e a clareza na comunicação criaram conexão com o povo. Isso fortalece Lula e mostra que ele está preparado para conduzir o país”, explicou.

Eleições

Cantalice também analisou o cenário eleitoral e o posicionamento da centro-direita. Ele avaliou que adversários regionais, como Tarcísio em São Paulo, não possuem a mesma identificação com a população e tendem a manter candidaturas locais ao invés de disputar eleições presidenciais. “O certo para eles é não arriscar. Contra Lula, não têm a menor chance”, disse.

Por fim, o dirigente reforçou a importância da mobilização da sociedade para o funcionamento da democracia e para garantir que as pautas de interesse popular avancem. “O parlamento é importante, mas a sociedade precisa estar de olho. É a pressão social e a conscientização que fazem o país avançar”, concluiu.
Fonte: Brasil 247

Anvisa decide nesta terça sobre cultivo de maconha para fins medicinais

Prazo dado pelo o STJ vence hoje e pode definir um mercado que deve movimentar cerca de R$ 1 bilhão em 2025 e até R$ 6 bilhões em 2030

     Cannabis medicinal (Foto: Reuters)

O prazo estabelecido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a União regulamentem ou vetem de forma definitiva o cultivo de cânhamo (cannabis sativa) para uso medicinal no Brasil expira nesta terça-feira (30). Segundo o UOL, um estudo do Instituto Escolhas, divulgado em junho,aponta que o mercado nacional de medicamentos à base da planta deve movimentar R$ 1 bilhão já em 2025 e pode multiplicar esse valor por seis até 2030.

☆ Cânhamo x maconha: a diferença está no THC

O cânhamo e a maconha são a mesma espécie vegetal, mas se distinguem pela concentração de tetraidrocanabinol (THC), o composto psicoativo da cannabis. A planta é considerada cânhamo quando apresenta até 0,5% de THC. Acima de 3%, é classificada como droga psicoativa. Há variedades que chegam a mais de 20%.

☆ Potencial medicinal e industrial

Os usos do cânhamo vão muito além da medicina. Estudos clínicos já comprovam eficácia no tratamento de depressão, insônia, ansiedade, epilepsia, endometriose, dores crônicas, Alzheimer, Parkinson e até em terapias para crianças autistas.

No setor produtivo, a planta pode ser aplicada na indústria têxtil, substituindo o algodão; na construção civil, com a fabricação de tijolos; na produção de cosméticos e alimentos; e até em rações e medicamentos veterinários.

Segundo o Instituto Escolhas, o Brasil precisaria cultivar 64 mil hectares de cânhamo até 2030 para atender à demanda. O investimento estimado é de R$ 1,23 bilhão, com retorno de R$ 5,76 bilhões em receitas líquidas e geração de 14,5 mil empregos diretos.

☆ Avanço global e atraso brasileiro

Enquanto países como Estados Unidos, Canadá, França, Inglaterra e China já colhem resultados econômicos da planta, o Brasil ainda patina em regulamentação. Estimativas da consultoria Business Research Insights indicam que o mercado global deve atingir US$ 48 bilhões em 2025 e poderá superar US$ 700 bilhões até 2033, sendo US$ 120 bilhões apenas em medicamentos.

Na América do Sul, Paraguai, Uruguai e Colômbia já adotam políticas mais tolerantes. Para acompanhar os mercados desenvolvidos, o Brasil teria de investir algo em torno de R$ 150 milhões em pesquisas.

☆ O que dizem os especialistas

Daniela Bittencourt, secretária-executiva do comitê da Embrapa sobre cannabis, aponta o atraso do país. “O Brasil tem décadas de atraso em relação ao resto do mundo. Os países desenvolvidos investem pesado em estudos e produção de cânhamo, pois há mais de 2 mil aplicações da planta”, disse Bittencourt, de acordo com a reportagem. Ela destaca ainda o potencial competitivo do Brasil no mercado internacional. “Temos know-how agrícola, terra, instituições como a Embrapa, solo e clima propícios. Só falta a autorização”, completa.

Rafael Giovanelli, coordenador do estudo do Instituto Escolhas, compara o cultivo do cânhamo ao plantio de algodão. “O algodão ocupa 3,5% das áreas agrícolas brasileiras, mas consome 10% de todo o agrotóxico utilizado na agricultura. O cânhamo não precisa de agrotóxicos, usa pouca água, retira gás carbônico do ar e gera roupas mais duráveis. A regulamentação representa uma oportunidade de desenvolvimento sustentável para o Brasil”, destaca”.

☆ Pesquisa acadêmica e obstáculos

A professora Vanessa Stein, da Universidade Federal de Lavras (MG), foi a primeira a obter autorização extraordinária da Anvisa, em 2015, para cultivar cânhamo em laboratório. Ela aplica biotecnologia no melhoramento genético da planta para produzir canabinóides in vitro.

“Tive de vencer várias barreiras de preconceito para conseguir financiamento. Desde 2017, enviei mais de 15 projetos e, por muito tempo, não liberavam recursos. Mas sou persistente”, relata. Neste ano, ela conquistou R$ 1,2 milhão da Fapemg para pesquisas nos próximos três anos. A cientista defende que a regulamentação trará benefícios diretos à população:

“Se a autorização da Anvisa ocorrer, o país terá maior controle de qualidade nos medicamentos e preços mais acessíveis. Hoje, remédios à base de cannabis chegam a custar R$ 600 nas farmácias”, afirma a pesquisadora.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Itaipu destaca soluções integradas de energia, água e alimentação na ONU

Participação na 80ª AGNU e eventos internacionais destaca papel da empresa em água, energia, igualdade de gênero e combate à fome

O encontro contou com a presença da primeira-dama Janja Lula da Silva e da subsecretária de desenvolvimento econômico do Ministério da Fazenda, Cristina Reis (Foto: Claudio Kbene)

A Itaipu Binacional marcou presença na Semana do Clima e na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), em Nova Iorque, reforçando seu papel como referência nacional e internacional em soluções que conectam água, energia e desenvolvimento sustentável. A informação foi divulgada pela própria empresa.

Entre os destaques da agenda, a Binacional, em parceria com a NOW Partners, promoveu o evento “Caminhos do Brasil para a COP30: gênero, clima e combate à fome”, no NPR Studio, um dos espaços de debate mais renomados dos Estados Unidos. O encontro contou com a presença da primeira-dama Janja Lula da Silva e da subsecretária de desenvolvimento econômico do Ministério da Fazenda, Cristina Reis, que ressaltaram a Itaipu como empresa pública estratégica, responsável pela implementação de políticas públicas e entrega de resultados à sociedade.

O evento consolidou a atuação da Itaipu como apoiadora institucional da COP30 e como agente ativo na agenda climática internacional, evidenciada pelos investimentos socioambientais que legitimam sua participação nos principais fóruns globais.

“Nossa participação na Semana do Clima de Nova Iorque foi estratégica para alinhar ações com ministérios e parceiros internacionais, em discussões que vão influenciar diretamente a COP30. Reafirmamos que a Itaipu vai além de gerar energia 100% limpa: somos uma empresa pública binacional que entrega soluções integradas de água, energia e alimentos para a sociedade. Assim damos concretude aos nossos investimentos socioambientais e fortalecemos a liderança do Brasil na agenda climática global", destacou Ligia Leite Soares, chefe do escritório em Brasília e coordenadora da COP pela Itaipu.

Além do evento no NPR Studio, a Itaipu participou da segunda edição do Women in Finance, iniciativa do Ministério da Fazenda com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), voltada a lideranças femininas do setor financeiro. A reunião teve como objetivo fortalecer a plataforma global criada pelo Brasil em 2024 para promover igualdade de gênero e sustentabilidade nas decisões financeiras públicas e privadas, com meta de mobilização de US$ 8,5 milhões até 2030. Entre os participantes estava Tarsiana Medeiros, do Banco do Brasil, além de outras lideranças do setor.

A Binacional também esteve em encontros estratégicos com o CEO do Intrinsic Exchange Group (IEG), para analisar a criação de empresas de ativos naturais (Natural Asset Companies – NACs) e créditos vinculados a serviços ecossistêmicos, e participou de reunião promovida pelo Pacto Global da ONU sobre o papel de empresas públicas e binacionais na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Durante toda a Semana do Clima, a Itaipu acompanhou diversos eventos como ouvinte, com apoio da Secretaria de Comunicação (Secop), ampliando sua articulação institucional e seu engajamento com a agenda climática global.

Fonte: Brasil 247

Efeito Lula: desemprego no Brasil cai para 5,6% e repete recorde histórico

Brasil tem menor taxa de desocupação desde o início da série em 2012

Lula e ministro do Trabalho, Luiz Marinho. (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em agosto de 2025, mantendo-se no menor nível da série histórica iniciada em 2012. O índice representa queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1 ponto percentual frente ao mesmo período de 2024. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população desocupada somou 6,08 milhões de pessoas, a menor já registrada.

☆ Ocupação em alta e renda estável

A população ocupada alcançou 102,4 milhões de trabalhadores, com aumento de 555 mil pessoas no trimestre e 1,9 milhão em relação a 2024. O nível de ocupação permaneceu no recorde de 58,8%.

O rendimento médio real foi de R$ 3.488, estável em relação ao trimestre anterior, mas 3,3% maior que no ano passado. A massa de rendimento habitual chegou a R$ 352,6 bilhões, crescendo 5,4% em um ano.

☆ Subutilização e desalento em queda

A taxa de subutilização caiu para 14,1%, também o menor patamar da série, enquanto o número de desalentados recuou para 2,7 milhões — o menor desde janeiro de 2016.

☆ Emprego formal bate recorde

O setor privado registrou 52,6 milhões de empregados, novo recorde histórico. Entre eles, 39,1 milhões possuíam carteira assinada, crescimento de 3,3% em um ano. Em contrapartida, os trabalhadores sem carteira caíram para 13,5 milhões.

O setor público manteve 12,9 milhões de empregados, enquanto os trabalhadores por conta própria chegaram a 25,9 milhões.

☆ Setores em destaque

A agricultura, pecuária e pesca cresceram 4,4% no trimestre, enquanto a administração pública, saúde e educação avançaram 1,7%. Já os serviços domésticos tiveram queda de 3%.

No rendimento médio, agricultura, construção, administração pública e serviços domésticos apresentaram ganhos significativos na comparação anual.

Fonte: Brasil 247

O incômodo do misógino Bolsonaro com a possível candidatura de Michelle

 

Jair e Michelle Bolsonaro. Foto: Reprodução
A entrevista de Michelle Bolsonaro ao jornal inglês The Telegraph, na qual afirmou que poderia se candidatar à Presidência em 2026, não foi bem recebida por Jair Bolsonaro (PL), conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo. O ex-presidente, mesmo impedido de disputar eleições, não gosta de ver a sucessão presidencial debatida sem ele no centro.

Após a repercussão, Bolsonaro não mencionou diretamente a fala da esposa, mas reforçou a aliados que Michelle será candidata em 2026 — ao Senado, e não ao Planalto. Interlocutores interpretaram a resposta como um sinal claro de incômodo.

Desde antes da prisão, Bolsonaro já defendia que a ex-primeira-dama deveria concorrer ao Senado pelo Distrito Federal, apesar da boa posição dela em pesquisas de intenção de voto.

✲ A fala de Michelle ao Telegraph

Na entrevista ao jornal britânico, Michelle afirmou que poderia “se levantar como uma leoa para defender nossos valores conservadores”. O diário destacou que ela se colocou “como potencial sucessora de seu marido” e deu a entender que estaria aberta a disputar a eleição presidencial.

Três dias depois, em Ji-Paraná (RO), Michelle recuou da interpretação de que disputaria o Planalto. “Nós somos mulheres que acolhem, que alimentam, que ajudam, que cuidam e defendem os seus como leoa. Nós vamos defender a nossa família. O meu marido está dentro de casa, mas, se ele quiser, eu serei a voz dele nos quatro cantos dessa nação”, declarou. Ela acrescentou que não deseja ser presidente, mas sim primeira-dama.

✲ Reação de Flávio Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) minimizou as declarações da madrasta, interpretando-as como reação emocional. “Que mulher não ficaria revoltada com o marido colocado em cativeiro, como meu pai?”, questionou.

Para o filho “01” do ex-presidente, “não é hora” de discutir substitutos para Jair Bolsonaro na disputa presidencial: “Nossa prioridade é restabelecer tudo o que Alexandre de Moraes tirou do Bolsonaro”.

        Flávio e Michelle Bolsonaro. Foto: Reprodução

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Ex-marqueteiro de Bolsonaro detona Eduardo nos EUA: “Direita errou demais e está perdida”


      Duda Lima durante a campanha de Ricardo Nunes. Foto: reprodução

O estrategista da campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, Duda Lima, avaliou que a direita brasileira está cometendo um erro estratégico ao focar excessivamente em temas como a anistia em detrimento da crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista ao e-book “Quem será o próximo presidente?”, lançado na última semana, o marqueteiro argumenta que a oposição deveria concentrar seus esforços em apontar as falhas da atual gestão federal.

Lima também sustenta que Bolsonaro só teria perdido a eleição para Lula devido a eventos circunstanciais, como o episódio envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson atacando policiais federais com granadas uma semana antes do segundo turno.

Segundo Duda Lima, as sanções anunciadas pelo presidente estadunidense Donald Trump e a atuação de Eduardo Bolsonaro no exterior representam um novo tiro no pé da oposição a um ano da corrida presidencial.

“A direita errou demais. ‘Ah, se não tiver mais anistia, vai ter tarifaço’. Eu não concordo com isso. Por acaso o povo vai pagar essa conta? Tem gente na direita achando que é isso mesmo, o que confunde as pessoas. Elas se perguntam: ‘Então eu defendo o Donald Trump ou ataco?’. Fica uma confusão generalizada. A direita acabou se perdendo em um momento em que o governo é que estava perdido”, afirmou o marqueteiro.

Donald Trump e Eduardo Bolsonaro em encontro nos Estados Unidos, em 2019. Foto: Foto: Joyce N. Boghosian/Casa Branca

O estrategista, que conseguiu fazer o Partido Liberal entender a importância de atacar a ineficiência do governo no combate à inflação no primeiro semestre, havia planejado os últimos seis meses do ano com a direita focando em outro tema específico: os desvios no INSS e o prejuízo causado a milhões de aposentados pelas fraudes. No entanto, ele observa que a oposição parou de apontar os erros do governo.

“Não se fala mais dos problemas do governo. Quanto mais temas como o julgamento do Bolsonaro ou anistia se estenderem, pior para a oposição. Quem queria que o ex-presidente fosse condenado, já sabe em quem vai votar. Quem não queria, também. Há uma coluna do meio que deveria estar sendo impactada com os erros e acertos do governo. Se continuarmos nesses temas apenas, lá na frente não estaremos mais debatendo se o terceiro mandato do Lula foi bom ou ruim”, avaliou Duda.

O e-book “Quem será o próximo presidente?” apresenta doze entrevistas com os maiores estrategistas políticos e donos de institutos de pesquisa do Brasil.

Entre os entrevistados estão os protagonistas das últimas eleições presidenciais: os dois marqueteiros do PT nas últimas cinco disputas — João Santana (2006, 2010 e 2014) e Sidônio Palmeira (2018 e 2022); e os estrategistas que estiveram ao lado de Bolsonaro nas vezes em que concorreu — Marcos Carvalho (2018) e Duda Lima (2022). A publicação oferece um panorama abrangente das estratégias que moldaram as campanhas presidenciais recentes no país.

Fonte: DCM

“Santa do pau oco”: A reação de Joice Hasselmann ao processo movido por Michelle Bolsonaro


      Michelle Bolsonaro e Joice Hasselmann. Foto: reprodução

A Joice Hasselmann, ex-deputada federal, reagiu publicamente nesta terça-feira (30) ao processo movido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que solicita a exclusão de um vídeo do YouTube e o pagamento de R$ 20 mil por danos morais. Em sua conta no X, Hasselmann não apenas reafirmou as declarações que originaram a ação judicial, como também ampliou suas críticas à ex-primeira-dama, classificando-a como “santa do pau oco” e “caloteira”.

“Aqui da França fiquei sabendo que a Micheque Bolsonaro está me processando pq falei algumas – apenas algumas – verdades sobre ela, uma mulher que é uma farsa, um horror”, iniciou Hasselmann em sua publicação.

“Vai ser ótimo ela me chamar para briga pq assim fico mais disposta a abrir minha caixa de ferramentas sobre a santa do pau oco. Tem muita verdade a ser dita. Quando eu digo que a família Bolsonaro é uma quadrilha eu me refiro tbm a essa caloteira. Pode vir quente que estou fervendo”.

As declarações que motivaram o processo foram feitas por Hasselmann durante participação no Content Podcast, no final de agosto. Na entrevista, ela afirmou que Michelle teria sido “amante de Jair Bolsonaro” enquanto “ele ainda era casado”, além de envolver-se com “outro homem comprometido”, com quem teria tido sua primeira filha. A ex-parlamentar também se referiu à ex-primeira-dama como “uma grande farsa”, “um horror” e “de baixíssimo nível”.

“Ela teve um caso com Bolsonaro enquanto era casado com outra. Então ela era amante do Bolsonaro. A ‘crentinha’ era amante, depois ela pegou o Bolsonaro da ex-mulher. Ele não estava livre, leve e solto”, disse Hasselmann no podcast. “Em Brasília, todo mundo sabe”, acrescentou, reforçando a veracidade de suas alegações.

Michelle ingressou com ação por difamação contra Joice Hasselmann no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Na petição inicial, a ex-primeira-dama busca a remoção imediata do conteúdo das plataformas digitais e indenização por danos morais. O Tribunal de Justiça já intimou Joice no dia 19 de setembro para prestar esclarecimentos sobre as declarações.

A magistrada responsável pelo caso negou o pedido liminar de retirada dos conteúdos, que permanecem disponíveis no YouTube. Em sua decisão, a juíza estabeleceu que “eventual excesso no exercício do direito à liberdade de expressão deve ser analisado após o adequado contraditório e instrução processual”. Isso significa que a exclusão do vídeo só poderá ser avaliada após o andamento do processo e a análise do mérito da ação.

Fonte: DCM


VÍDEO: Mulher é atacada com socos e chutes por empresário em MT

 

Câmera de segurança registra momento em que empresário agride mulher com socos e chutes em via pública, em Lucas do Rio Verde (MT). Foto: Reprodução

Um empresário foi flagrado em vídeo agredindo uma mulher em Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, no último domingo (28). As imagens, captadas por câmeras de segurança, mostram o momento em que ele desce de uma caminhonete e ataca a vítima, que estava em uma moto estacionada.

Segundo o registro, a mulher tenta se defender e fugir, mas acaba derrubada no chão, onde é atingida por socos e chutes. A sequência de agressões só termina quando um carro para nas proximidades e uma pessoa intervém, obrigando o homem a encerrar o ataque. Em seguida, ele retorna para a caminhonete e deixa o local.

A Polícia Civil informou que instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da violência e identificar responsabilidades. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e levantou pedidos de punição ao agressor.

Fonte: DCM

Presidente da Conafer, preso pela CPMI do INSS, é solto após pagar fiança


       Carlos Lopes na delegacia após CPMI do INSS. Foto: Carlos Moura/Agência Senado

Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), foi solto na madrugada desta terça-feira (30) após prestar depoimento e pagar fiança. A prisão em flagrante foi decretada pela Polícia Legislativa do Senado por crime de falso testemunho durante a CPMI dos Fundos de Previdência.

O presidente da comissão parlamentar, senador Carlos Viana (Podemos-MG), justificou a detenção durante o momento da prisão. “Afirmo diante do Brasil, o senhor está preso em nome dos aposentados, das viúvas e dos órfãos do nosso Brasil. Quem rouba aposentado rouba do nosso país, dos brasileiros. E aqui quem mente paga o preço”, declarou o parlamentar.

Esta foi a segunda detenção solicitada por Carlos Viana dentro da mesma CPMI. Na semana anterior, o ex-diretor financeiro de empresas do chamado “Careca do INSS”, Rubens Oliveira, também havia sido encarcerado. Ferreira Lopes foi preso após cinco pedidos de parlamentares da comissão.

O dirigente da Conafer prestou depoimento como testemunha por nove horas antes da prisão e não havia solicitado habeas corpus preventivo. Agora, ele responderá judicialmente por falso testemunho perante a Justiça Federal. O valor exato da fiança paga para sua liberdade não foi divulgado pelas autoridades.

Fonte: DCM

Contas públicas registram déficit de R$ 17,3 bilhões em agosto e dívida permanece em 77,5% do PIB

Resultado fiscal mostra melhora em relação a 2024

     Sede do Banco Central, em Brasília - 17/12/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

As contas do setor público consolidado fecharam agosto com déficit primário de R$ 17,3 bilhões, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Banco Central. O resultado inclui União, estados, municípios e empresas estatais, e não leva em conta os juros da dívida pública.

O saldo negativo representa melhora frente a agosto de 2024, quando o rombo havia sido de R$ 21,4 bilhões. Apesar do déficit, o desempenho foi o melhor para o mês desde 2022, ano em que o país registrou superávit de R$ 10,7 bilhões.

✲ Detalhamento do resultado de agosto

O desempenho fiscal de agosto foi puxado por déficits em todos os níveis de governo:

  • Governo federal: déficit de R$ 15,9 bilhões
  • Estados e municípios: déficit de R$ 1,3 bilhão
  • Empresas estatais: déficit de R$ 6 milhões

Embora os números indiquem deterioração em relação a julho, a comparação anual mostra uma trajetória de redução do rombo.

✲ Acumulado de 2025 ainda aponta saldo negativo

Entre janeiro e agosto, o setor público consolidado acumulou déficit primário de R$ 61,8 bilhões, o equivalente a 0,74% do PIB. No mesmo período de 2024, o resultado havia sido pior: um rombo de R$ 86,2 bilhões, correspondente a 1,12% do PIB.

Somente o governo federal responde pela maior parte do saldo negativo neste ano, com R$ 84,6 bilhões de déficit acumulado. No mesmo período de 2024, o valor havia sido de R$ 101,6 bilhões.

✲ Meta fiscal e arcabouço

A meta estabelecida pelo governo federal para 2025 é zerar o déficit primário. Entretanto, as regras do novo arcabouço fiscal permitem uma margem de tolerância de até 0,25% do PIB, o que equivale a aproximadamente R$ 31 bilhões de déficit, sem que a meta seja formalmente descumprida.Além disso, para efeito de cálculo da meta, o governo desconsidera R$ 44,1 bilhões em precatórios, que são dívidas reconhecidas pela Justiça.

Fonte: Brasil 247

Internautas ironizam foto de Bolsonaro após visita de Tarcísio: 'saudável para a Papuda'

Após fotos de Bolsonaro viralizarem, médico foi chamado para atendimento de emergência. Internautas apontam encenação

     Jair Bolsonaro e presídio da Papuda (Foto: Reuters | Reprodução)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), esteve na segunda-feira (29) em Brasília para visitar Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O encontro, segundo ele, teve caráter de “solidariedade” e não estaria vinculado a interesses políticos.

Uma fotografia de Bolsonaro e Tarcísio logo após o encontro viralizou. Internautas apontam o aparente bem-estar de Bolsonaro e dizem que ele, ao contrário do que alegam seus advogados, tem plenas condições de cumprir pena em regime fechado. Usuários das redes sociais afirmaram que o ex-mandatário parecia “saudável para a Papuda”, referência ao presídio em Brasília.


✲ Visita e declarações de Tarcísio

Após três horas de conversa, Tarcísio relatou à imprensa que encontrou o aliado debilitado e emocionado. “É muito triste ver o presidente na situação que ele está. Assim, a gente conversando, e ele soluçando o tempo todo. Isso ainda é a consequência das várias cirurgias que ele fez, consequência do atentado covarde que ele sofreu, que quase ceifou a vida dele”, declarou.

✲ Crise de soluços e atendimento médico

Poucas horas depois do encontro, o médico pessoal de Bolsonaro, Cláudio Birolini, foi acionado para atendê-lo em Brasília. Segundo o UOL, Birolini afirmou que o ex-presidente “teve uma crise mais intensa de soluços”, mas que não foi necessária internação hospitalar. As medidas adotadas teriam sido apenas as habituais para esse tipo de quadro.

O filho do ex-presidente complementou a versão, alegando que, além dos soluços, Bolsonaro teria apresentado episódios de vômito.

Sobre o atendimento médico, internautas apontaram que tudo não teria passado de uma encenação após ficar evidente o bom estado de saúde de Bolsonaro pelas imagens do encontro com Tarcísio.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Atas revelam inação do INSS diante de denúncias de descontos indevidos desde 2020

Documentos enviados pelo MPF à CPMI mostram que instituto adiou medidas contra fraudes em aposentadorias por mais de cinco anos

      INSS (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Atas de reuniões do Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) de Previdência e Assistência Social revelam que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) demorou a agir diante de reiteradas cobranças sobre descontos não autorizados em aposentadorias. Os registros foram enviados pelo Ministério Público Federal (MPF) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS e mostram anos de protelação do instituto mesmo sob pressão de órgãos de controle.

De acordo com o Metrópoles, os documentos apontam que, desde o governo de Jair Bolsonaro (PL) o INSS se limitou a respostas parciais sobre as irregularidades em Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com associações, que permitiram descontos indevidos em benefícios.

✲ Reuniões sem avanço efetivo

Criado em 2018 por portaria da 1ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, o GTI reunia representantes do próprio MPF, do INSS, do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria-Geral da União (CGU), da Defensoria Pública da União (DPU), da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Previdência. O objetivo era discutir falhas estruturais na Previdência e propor medidas conjuntas para corrigi-las.

O assunto dos descontos associativos foi incluído em 2020. Já naquela época, o então diretor de Benefícios do INSS, Alessandro Roosevelt, admitiu que, desde 2018, havia inúmeras denúncias de aposentados sobre cobranças não autorizadas. Mesmo assim, a resposta do instituto se resumiu a promessas de ajustes e justificativas técnicas.

✲ Pressões e cobranças de órgãos de controle

Em diversas reuniões entre 2020 e 2022, o MPF e a DPU cobraram insistentemente a publicação de uma instrução normativa que regulamentasse os descontos. A defensoria relatou ter recebido “muitas reclamações de aposentados que não teriam conhecimento dos benefícios a que tinham direito como associados, bem como relatos de dificuldades para se desvincular das associações”. Apesar disso, a minuta da norma foi adiada sucessivamente.

Em 2021 e 2022, o INSS alegou que o texto ainda passava por revisões jurídicas e que enfrentava resistência das entidades conveniadas. O MPF, no entanto, alertava para a urgência da medida, chegando a sugerir um cronograma para a regulamentação.

✲ Escândalo ganha força e PF entra em cena

A partir de 2023, as reuniões passaram a registrar maior preocupação do MPF e da DPU, que apontaram a gravidade das queixas de segurados. Já em 2024, quando a imprensa começou a publicar reportagens sobre o caso, o INSS informou ter intensificado diligências externas para verificar associações, exigindo documentos como laudos de bombeiros, plantas arquitetônicas e fotografias.

Ainda em 2024, a Dataprev anunciou bloqueio geral de benefícios concedidos antes de setembro de 2021, como medida de prevenção. Em maio daquele ano, o então diretor de Benefícios, André Fidelis — posteriormente demitido — admitiu que o aumento nos descontos coincidiu com um “crescimento do mercado”.

✲ Avanços tardios e falhas persistentes

Somente em setembro de 2024 foi publicada a Portaria nº 51, que tratava do acompanhamento dos ACTs. Porém, a CGU destacou, durante auditoria, que 97% dos entrevistados afirmaram não ter autorizado os descontos. O órgão também apontou falta de envio de documentos por parte de ao menos oito associações e do próprio INSS.

Em dezembro de 2024, a DPU e a CGU voltaram a cobrar a revalidação de todos os descontos feitos antes da nova normativa. O INSS respondeu que o tema aguardava decisão do TCU e prometeu aperfeiçoar o sistema de biometria da Dataprev, com previsão de implantação ainda no fim daquele ano.

✲ Operação Sem Desconto e novos rumos

Em 2025, as discussões do GTI passaram a tratar de forma permanente os descontos associativos, coincidindo com a deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, em abril. O INSS anunciou então a adoção definitiva da biometria como condição para novos descontos, medida que passou a valer a partir de março.

Apesar das medidas, o MPF reforçou em junho que o tema também seria acompanhado pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, que atua em casos de improbidade administrativa e crimes contra a administração pública.

As atas deixam evidente que a inação do INSS permitiu que o problema se arrastasse por anos, mesmo sob pressão contínua de órgãos de fiscalização.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles