segunda-feira, 29 de setembro de 2025

A conversa entre Tarcísio e Bolsonaro nesta segunda (29) e o sinal verde a Ratinho Jr.

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Reprodução

Tarcísio de Freitas (Republicanos) vai dizer a Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira (29), que buscará a reeleição ao governo de São Paulo. O recado, no encontro autorizado por Alexandre de Moraes (STF), recoloca Ratinho Jr (PSD), governador do Paraná, como a “bola da vez” para liderar a direita na disputa presidencial, conforme informações do UOL.

Segundo interlocutores, Tarcísio repetirá “olho no olho” o que tem dito em entrevistas: não trabalha com a hipótese de concorrer ao Planalto. Aliados afirmam que ele sempre sustentou a reeleição e tenta se afastar das discussões sobre sucessão presidencial.

Entre os motivos está a avaliação de que quatro anos são insuficientes para deixar legado, concluir obras e implementar políticas. Há também o risco político de “queimar etapas”, com João Doria citado como exemplo a não ser seguido.

◈ Discurso e prática

Embora fale em reeleição, Tarcísio manteve presença constante em Brasília, participou de eventos da direita e de jantares com presidentes de partidos potenciais aliados. Tornou-se o principal embaixador do perdão aos presos do 8 de Janeiro e se reuniu com Hugo Motta (Republicanos-PB), “presidente da Câmara e quem decide se coloca ou não a proposta em votação”.

No 7 de Setembro, o governador paulista também elevou o tom contra o Supremo Tribunal Federal (STF), pediu “fora, Moraes” e afirmou: “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”.

◈ Ratinho Jr avança como opção da direita

Com Tarcísio indicando que ficará em SP, Ratinho Jr acelera. Ele viaja pelo país, costura apoios e mantém encontros frequentes com o setor econômico em São Paulo.

Ratinho Jr. segue os passos de Bolsonaro e quer cortar 30% da educação do Paraná - Brasil de Fato
O governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Gilberto Kassab, presidente do PSD, organiza jantares e articula apoios partidários. Ratinho Jr também participa de eventos de aliados. Além disso, o projeto de anistia ganhou fôlego quando o PSD concordou em avalizar a proposta.

Aliados destacam a associação imediata de Ratinho Jr à direita conservadora, a promessa de superar a polarização Lula x Bolsonaro para focar “nos problemas do país” e a vantagem da juventude. O alinhamento com o agronegócio é lembrado, assim como a “boa vontade natural” entre evangélicos — atribuída à imagem do pai, o apresentador Ratinho, visto como “homem de família”.

Há resistências: Luiz Lima (Novo-RJ) pondera que a popularidade de Tarcísio e Romeu Zema tem mais peso por ocorrer em estados plurais, enquanto Ratinho Jr seria “menos testado” fora de um ambiente mais homogêneo e à direita.

◈ Palavra final de Bolsonaro

Parlamentares do PL afirmam que a decisão é de Bolsonaro. Acreditam que o escolhido herdará todo o campo bolsonarista e chegará ao segundo turno para tentar derrotar Lula.

O indulto ao ex-presidente é considerado certo: ninguém teria seu apoio sem se comprometer a anular as condenações do STF. Lembram que Bolsonaro chegou a citar Ratinho Jr antes de ser proibido de dar declarações — e “não há coincidências na política”.

Fonte: DCM com informações do UOL

Empresário condenado por fraudar aposentados ostenta Lamborghinis, jato e iate

      Luciano Fracaro posa entre duas Lamborghinis e ao lado de seu jato particular – Foto: Reprodução


Luciano Fracaro, empresário paranaense, chama atenção nas redes sociais pela ostentação de bens de luxo. Dono de duas Lamborghinis, um BMW, um jato particular, um iate de 22 metros e 17 imóveis avaliados em R$ 7,6 milhões, ele exibe um patrimônio milionário. Em entrevista, chegou a dizer: “Todo mundo gosta das Lamborghinis, eu tenho duas. A maior embarcação que navega, acho que do Sul do Brasil, é a minha”. Com informações do UOL.

Apesar da vida de luxo, Fracaro acumula condenações na Justiça. Em 2023, foi sentenciado a três anos de prisão por participar de uma organização criminosa que fazia descontos indevidos de aposentados no Distrito Federal. A pena foi convertida em medidas alternativas, mas o Ministério Público recorreu pedindo aumento da punição. No ano seguinte, empresas ligadas ao empresário foram condenadas a pagar R$ 1,5 milhão por danos morais coletivos em São Paulo.

A atuação das companhias de Fracaro gerou milhares de processos. Só nos últimos quatro anos, foram mais de 15 mil ações, segundo levantamento do site Escavador. Em alguns casos, aposentados relataram cobranças de seguros nunca contratados. O Ministério Público também move processos no Rio Grande do Sul pedindo indenizações, incluindo uma de R$ 500 mil pelo mesmo motivo.

Nos bastidores políticos, o empresário conta com aliados de peso. O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) fez lobby no Banco Central e em bancos comerciais para beneficiar a financeira Sudacred, ligada ao grupo de Fracaro.

Luciano Fracaro – Foto: Reprodução

Além do apoio político, Fracaro investiu em doações eleitorais.

Em 2022, doou R$ 300 mil para a campanha de Ratinho Júnior (PSD), atual governador do Paraná, valor que foi a maior doação de pessoa física sem cargo político. Barros, por sua vez, integrou o governo estadual como secretário de Indústria, Comércio e Serviços entre 2023 e 2024.

A defesa do empresário argumenta que “seu patrimônio é fruto de uma trajetória de trabalho, dedicação, investimentos e gestão bem-sucedida”. Já sobre os processos envolvendo as empresas, advogados do grupo Suda afirmam que as práticas são regulares e que as questões estão sendo esclarecidas na Justiça.

Fonte: DCM com informações do UOL

Câmara pode votar isenção do IR até R$ 5 mil na quarta-feira

Após desgaste com PEC da Blindagem, deputados aceleram negociações sobre o IR

     Hugo Motta (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados deve colocar em votação na quarta-feira (1) o projeto que altera regras do Imposto de Renda (IR), informa o UOL. O movimento ocorre em meio à tentativa da Casa de recuperar a imagem desgastada depois da rejeição à chamada PEC da Blindagem, que buscava proteger parlamentares de investigações.

A principal disputa continua sendo a forma de compensar as perdas com a mudança no IR. Uma das possibilidades discutidas é aumentar a tributação de bancos com lucros acima de R$ 1 bilhão.

No Planalto, a avaliação é de que a votação na quarta-feira será decisiva para manter o cronograma de aprovação do texto até outubro.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Elmano de Freitas mantém apoio da maioria e lidera corrida pelo governo do Ceará, aponta Real Time Big Data

Pesquisa mostra 56% de aprovação e aponta vantagem do atual governador sobre Roberto Cláudio e disputa acirrada com Ciro Gomes

     Elmano de Freitas (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), segue com maioria de aprovação popular, de acordo com levantamento do instituto Real Time Big Data divulgado nesta segunda-feira (29). Segundo a CNN Brasil, o estudo aponta que 56% dos cearenses afirmam aprovar a sua gestão, enquanto 39% manifestam desaprovação. Outros 5% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder.

Além da aprovação e desaprovação, o estudo também avaliou a gestão de Elmano de Freitas em categorias de desempenho. Para 35% dos entrevistados, a administração do governador é considerada “boa”, enquanto 11% a classificam como “ótima”. Já 30% dos cearenses apontaram a gestão como “ruim” e 9% como “péssima”. Outros 15% avaliaram o governo como “regular” e 0% não souberam responder.

Os números mostram que, somados, 46% avaliam positivamente a administração do governador (ótimo + bom), enquanto 39% atribuem avaliação negativa (ruim + péssimo). O percentual de regularidade aparece como um ponto intermediário, com 15% dos entrevistados.

Eleições

Ainda conforme o levantamento, Elmano aparece na liderança em todos os cenários simulados para a eleição estadual de 2026. O levantamento testou quatro possibilidades de disputa e indicou que o petista mantém vantagem consistente sobre o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) e sobre o senador Eduardo Girão (Novo), além de um empate técnico em confronto direto com o ex-governador Ciro Gomes (PDT).

De acordo com os dados a reportagem, no primeiro cenário Elmano soma 41% das intenções de voto contra 27% de Roberto Cláudio e 16% de Eduardo Girão. Brancos, nulos e indecisos representam 16%. No segundo cenário, quando enfrenta Ciro Gomes, o governador registra 38%, enquanto o pedetista aparece com 37%. Girão surge com 14%, e 11% não souberam ou não responderam.

No terceiro cenário, Elmano amplia a margem: chega a 42%, contra 30% de Ciro Gomes e 15% de Girão. Neste quadro, 13% declararam voto branco, nulo ou não opinaram. Já no quarto cenário testado, o governador mantém 41%, Roberto Cláudio aparece com 28% e Girão com 16%. Outros 15% afirmaram não ter candidato definido ou optaram por anular.

A pesquisa foi realizada entre os dias 25 e 26 de setembro e entrevistou 1.200 pessoas em diferentes regiões do estado. O levantamento tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Bolsonaro critica relator e rejeita 'anistia light'

Bolsonaro vê risco de desmobilizar aliados e desagradar a militância se aceitar alternativa à 'anistia ampla, geral e irrestrita'

Paulinho da Força e Jair Bolsonaro (Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Em reunião com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não apoiará, em vez de uma anistia ampla, iniciativas em andamento no Congresso que buscam reduzir as penas dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. Ele argumentou que não pode se associar a uma proposta que, em sua visão, tem como relator um parlamentar “escolhido pelo STF” e alinhado à Corte, em referência ao deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).

As informações foram divulgadas por Malu Gaspar, do jornal O Globo, que detalhou bastidores do encontro entre Bolsonaro e Valdemar, realizado na última quinta-feira (25), no condomínio Solar de Brasília. O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

☉ Rejeição à estratégia no Congresso

Segundo relatos obtidos pelo jornal, Bolsonaro considera que, caso o PL se alinhe à proposta em discussão, o gesto seria interpretado como recuo político e provocaria descontentamento entre seus apoiadores mais fiéis, que defendem uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. Essa posição tem sido reforçada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que promete ampliar a pressão internacional contra autoridades brasileiras em caso de avanço de um projeto alternativo à anistia.

Além de Paulinho da Força, as negociações sobre o projeto envolvem o ex-presidente Michel Temer, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e ministros do STF, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. A versão em análise poderia reduzir em até 11 anos as penas de condenados do 8 de Janeiro.

☉ Críticas abertas e pressão interna

A rejeição de Bolsonaro ecoa também em aliados no Congresso. O senador Jorge Seif (PL-SC), um dos principais nomes da tropa de choque bolsonarista, criticou publicamente a proposta:

“Que tal ler a Constituição, Hugo Motta e Paulinho da Força? Dosimetria é uma ferramenta do Judiciário; anistia, do Legislativo; graça e indulto, da Presidência da República. Não inventem!”, escreveu nas redes sociais.

Nos bastidores, no entanto, dirigentes do PL admitem avaliar o projeto de forma mais pragmática, sobretudo diante da situação pessoal de Bolsonaro, que tem 70 anos e problemas de saúde.

☉ Possível impacto na pena de Bolsonaro

O projeto, apelidado de “PL da Dosimetria”, poderia reduzir a condenação de Bolsonaro de 27 para 16 anos de prisão. Um dirigente do PL chegou a resumir a expectativa:

“27 anos de pena é quase uma sentença de morte. Já com 16 anos, há esperança de progressão de regime em prazo bem menor. Isso dá uma expectativa de vida livre”.

Apesar dessa análise, Bolsonaro mantém a posição de não apoiar publicamente a proposta, avaliando que sua adesão traria desgaste político irreversível.

☉ O que está em jogo no Congresso

Entre as propostas em debate está a de unificar os crimes de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de direito, evitando dupla condenação pelo mesmo ato. A legislação atual — sancionada pelo próprio Bolsonaro em 2021 — prevê de quatro a 12 anos de prisão para golpe de Estado e de quatro a oito anos para abolição violenta do regime democrático.

Caso as mudanças avancem, as penas poderiam cair para dois a oito anos no crime de golpe e de dois a seis anos na abolição do Estado democrático de direito. O texto final, no entanto, ainda está em discussão e distante de consenso entre partidos e lideranças do Congresso.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula tem até esta segunda para sancionar ou vetar mudanças na Lei da Ficha Limpa

AGU e Ministério da Justiça recomendaram que o presidente vete as alterações

      Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Justiça emitiram pareceres técnicos recomendando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vete trechos do projeto aprovado pelo Congresso que altera a Lei da Ficha Limpa. Entre os principais pontos, os documentos destacam a redução do período de inelegibilidade e a aplicação retroativa da medida como aspectos que podem fragilizar a legislação.

Segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo, Lula tem até esta segunda-feira (29) para decidir se sanciona ou veta o projeto. O presidente discutiu o tema na sexta-feira passada em reunião com auxiliares, em meio a forte pressão política e mobilização da sociedade civil contra eventuais retrocessos na lei.

◈ O que muda na Ficha Limpa

O texto aprovado pelo Senado no início de setembro prevê mudanças no prazo de inelegibilidade de oito anos. Atualmente, esse período começa a contar após o fim do mandato ou cumprimento da pena. Pela nova redação, a contagem passaria a valer a partir da condenação, o que, na prática, encurtaria o tempo de afastamento de políticos condenados.

Outra alteração estabelece um limite máximo de 12 anos para a inelegibilidade e a necessidade de comprovar dolo em casos de improbidade administrativa. Contudo, para crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa e delitos hediondos, permanece a regra vigente: condenados ficam inelegíveis desde a sentença até oito anos após o cumprimento da pena.

◈ Pressão política e mobilização popular

Apesar do risco de desgaste na relação com o Congresso, a tendência é que Lula siga os pareceres da AGU e do Ministério da Justiça, sob o argumento de que não há ambiente político para retrocessos na Ficha Limpa. Esse cenário foi reforçado após a ampla reação popular contrária à chamada PEC da Blindagem, rejeitada anteriormente.

◈ Quem poderia ser beneficiado

Caso fosse sancionada integralmente, a proposta poderia favorecer figuras conhecidas da política nacional, como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, pai da deputada Dani Cunha (União-RJ), autora do projeto. Também seriam beneficiados os ex-governadores Anthony Garotinho (RJ) e José Roberto Arruda (DF).

Fonte: Brasil 247 com informações do jronal O Globo

Mercado corta previsão para inflação e câmbio em 2025, diz Boletim Focus

A estimativa para o IPCA caiu de 4,83% para 4,81%, enquanto a previsão para o dólar passou de R$ 5,50 para R$ 5,48

Sede do Banco Central, em Brasília 22/02/2022 REUTERS/Adriano Machado (Foto: ADRIANO MACHADO)


Por Felipe Moreira, do Infomoney - As projeções de mercado para a inflação e câmbio neste ano foram revisadas para baixo nesta segunda-feira (29), segundo o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central. A estimativa para o IPCA caiu de 4,83% para 4,81%, enquanto a previsão para o dólar passou de R$ 5,50 para R$ 5,48.

Enquanto isso, a previsão para taxa básica de juros neste ano ficou em 15% pela décima quarta semana seguida.

☆ Inflação

A projeção para 2026 caiu de 4,29% para 4,28%, enquanto para 2027, a estimativa ficou em 3,90%. Já a estimativa para 2028 permaneceu em 3,70%.

Para o IGP-M, as projeções para 2025 caíram de 1,09% para 1,02%, enquanto a estimativa para 2026 subiu de 4,18% para 4,20%. Para 2027, a projeção de inflação ficou em 4%, enquanto para 2028 avançou de 3,96% para 4%.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2025 subiu de 4,75% para 4,77%. As projeções para 2026 ficaram em 3,97%. Para 2027, a estimativa ficou em 4,00%, enquanto para 2028, a estimativa subiu de R$ 3,65 para R$ 3,69.

☆ Câmbio

Para 2026, a estimativa passou de R$ 5,60 para R$ 5,58, enquanto a projeção para 2027 caiu de R$ 5,60 para R$ 5,65. Para 2028, a estimativa subiu de R$ 5,54 para R$ 5,56.

☆ PIB

Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2026 ficou em 1,80%. A projeção permaneceu em 1,90% em 2027. Para 2028, a projeção continuou em 2%, há 81 semanas.

☆ Selic

A projeção para 2026 ficou em 12,25%. A estimativa para 2027 permaneceu em 10,50%. Para 2028, a estimativa permaneceu em 10% por 40 semanas.

Fonte: Brasil 247

"Amante de Bolsonaro": Michelle vai à Justiça contra Joice Hasselmann

Ex-primeira-dama pede indenização de R$ 20 mil

      Michelle Bolsonaro (Foto: Reuters/Amanda Perobelli)

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro entrou com uma ação judicial contra a ex-deputada federal Joice Hasselmann após declarações feitas em um podcast que segue disponível no YouTube. O processo pede indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil e a exclusão do conteúdo da plataforma.

Segundo Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o episódio que motivou a ação foi gravado em 27 de agosto, quando Joice fez críticas contundentes à ex-primeira-dama. Durante a entrevista, a ex-parlamentar a chamou de “uma grande farsa”, “um horror” e “de baixíssimo nível”. Ela também acusou Michelle de ter sido “amante de Bolsonaro, enquanto ele era casado com outra” e de se envolver com “outro homem comprometido, de quem engravidou da primeira filha”.

Pedido de censura e indenização

Na petição, os advogados de Michelle Bolsonaro afirmam que as falas configuram difamação e solicitam a retirada imediata do vídeo. Eles sustentam que a gravação extrapola os limites da crítica política e afeta diretamente a honra da ex-primeira-dama. Apesar do pedido, a Justiça do Distrito Federal negou a liminar para remoção imediata do material, mantendo a gravação disponível no YouTube até nova decisão.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula e Trump iniciam movimento para retomar diálogo após meses de tensão

Encontro entre os presidentes pode ocorrer ainda esta semana

        Lula e Donald Trump - 23 de setembro de 2025 (Foto: Reuters)

A semana começa com atenções voltadas para a preparação da aguardada conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. O gesto marca um passo importante para reaproximação diplomática após meses de atrito entre os dois países.

Segundo o jornal O Globo, o aval para o primeiro contato foi dado pelos dois mandatários na semana passada, à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. A iniciativa ocorre após meses de sanções impostas por Washington a produtos e cidadãos brasileiros.

◈ Possíveis cenários para o encontro

A expectativa inicial do Palácio do Planalto é que a primeira conversa ocorra por telefone ou videoconferência ainda nesta semana, conforme anunciado por Trump durante seu discurso na ONU. No entanto, não está descartada a realização de uma reunião presencial em território neutro. Entre as opções em estudo, estão a participação na conferência da FAO, em Roma, em 13 de outubro, e a cúpula da Asean, na Malásia, no dia 25 do mesmo mês.

Interlocutores de Lula avaliam que a reaproximação representa também uma derrota para o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que desde março faz lobby em Washington por sanções contra autoridades brasileiras, em especial o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes foi o responsável pela condenação de Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

◈ Pressões internas nos EUA

A decisão de Trump também contraria parte do Departamento de Estado. O secretário Marco Rubio e membros de sua equipe vinham adotando postura mais dura, incluindo o cancelamento de vistos e ataques a autoridades brasileiras nas redes sociais. Na semana anterior ao breve encontro entre Lula e Trump na ONU, a esposa de Moraes, Viviane, chegou a ser alvo das sanções da chamada Lei Magnitsky, que prevê punições a estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos.

◈ Interesses em jogo

Para Lula, a retomada do diálogo é uma oportunidade de reforçar que não adota posições antiamericanas e que o Judiciário brasileiro atuou de forma independente no processo contra Jair Bolsonaro. Já a Casa Branca tem demandas específicas: ampliar o acesso a minerais estratégicos no Brasil, discutir a regulação de plataformas digitais que afetam big techs norte-americanas e tratar de preocupações relacionadas ao PIX, que, segundo autoridades, estaria impactando empresas de cartões de crédito dos EUA.

Apesar da abertura para negociações, integrantes do governo brasileiro frisam que a soberania nacional não será colocada em questão e que não há espaço para tratar da situação judicial de Bolsonaro.

◈ Riscos de novas sanções

O Brasil já foi alvo de sobretaxa de 50% em seus produtos antes da condenação de Bolsonaro e, posteriormente, de uma série de sanções individuais. Além disso, Washington abriu investigação com base na Seção 301 da Lei de Comércio, abrangendo temas como desmatamento, práticas comerciais, regulação do PIX e até comércio informal em São Paulo. A decisão sobre novas medidas pode ser anunciada em cerca de um ano.

◈ Contraponto brasileiro

Em resposta, o Congresso brasileiro aprovou a chamada Lei da Reciprocidade, que permite retaliações a países que impuserem sanções ao Brasil. Embora o aumento de tarifas a produtos americanos seja considerado inviável por seus impactos econômicos, outras opções permanecem sobre a mesa, como a cassação de patentes de medicamentos e a taxação de produções cinematográficas de Hollywood.

O avanço das tratativas entre Lula e Trump deve definir os rumos da relação bilateral nos próximos meses e indicar se a crise será superada ou se novas tensões surgirão.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lavareda aponta recuperação consistente de Lula e a retomada de seu favoritismo

Cientista político destaca mudança na comunicação, impacto econômico e fatores externos na recuperação de Lula

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia, em Brasília-DF - 25/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Em entrevista ao jornalista Luis Nassif, publicada no GGN, o cientista político Antônio Lavareda analisou a recuperação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, a virada é consistente e reflete um conjunto de fatores políticos, econômicos e de conjuntura internacional.

“Eu acho que é consistente sim”, afirmou Lavareda logo no início da conversa. O cientista político lembrou que, há apenas 90 dias, o governo estava “literalmente nas cordas”, com avaliações negativas e baixo potencial eleitoral. Hoje, segundo pesquisas do IPESP, a aprovação de Lula já chega a 50%, contra 43% em julho, um salto de sete pontos em dois meses.

☆ Comunicação e justiça tributária

Um dos principais pontos destacados por Lavareda foi a mudança na comunicação do governo, que passou a explicar de forma mais clara pautas como a justiça tributária. Essa estratégia foi fundamental para reverter a defensiva política após votações no Congresso. “A comunicação do governo deu uma contribuição especial para tirar o governo Lula das cordas”, avaliou.

☆ Economia e inflação de alimentos

Outro elemento decisivo foi a queda da inflação de alimentos, que reduziu o descontentamento popular com os gastos domésticos. “O mau humor da população por conta das contas de supermercado diminuiu substancialmente”, observou Lavareda.

☆ O “fator Trump” e o julgamento de Bolsonaro

Lavareda também destacou a influência da conjuntura internacional. Ele classificou como determinante o chamado “fator Trump”, referindo-se ao atual presidente dos Estados Unidos, cuja vitória eleitoral recente teria repercutido positivamente no Brasil. Além disso, o julgamento e as condenações impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro reforçaram uma percepção mais favorável ao governo Lula.

☆ Mobilização popular e PEC da blindagem

No cenário interno, a reação popular à chamada PEC da blindagem, aprovada na Câmara, mobilizou manifestações de rua e fortaleceu o ambiente político em favor do presidente.

☆ Reconquista do eleitorado e cenário futuro

Para o cientista político, Lula conseguiu recuperar sua base histórica e atrair parte dos que não votaram em 2022. “Hoje, quando ele tem 50%, provavelmente já conta com o grosso, senão a totalidade, dos 39% que votaram nele, além de 11 pontos adicionais”, explicou.

Lavareda lembrou que, historicamente, presidentes em exercício têm vantagem nas disputas pela reeleição. “Quem está sentado na cadeira é o franco favorito”, afirmou, citando que 19 dos 20 governadores que tentaram se reeleger em 2022 foram vitoriosos. Na sua avaliação, Lula, que parecia “praticamente inelegível” há três meses, hoje já é visto como um candidato competitivo e até favorito para 2026.

☆ Um quadro ainda em evolução

O cientista político alertou, contudo, para a volatilidade da opinião pública. Ele recordou que operações judiciais midiáticas, como a Lava Jato e o mensalão, tiveram impacto devastador na imagem do presidente e do PT. Ainda assim, reconheceu que o momento atual mostra uma retomada sólida, apoiada em fatores de comunicação, economia e mobilização popular.

Fonte: Brasil 247

Barroso afirma que 'bagrinhos' condenados pelo 8 de Janeiro deveriam ter pena reduzida

Ministro do STF defende interpretação jurídica que pode diminuir penas de réus de menor participação nos atos golpistas de 2023

     Ministro do STF Luís Roberto Barroso (Foto: Gustavo Moreno/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou neste domingo (28) que considera justa a redução de penas para os réus de menor envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. As declarações foram dadas em entrevista à GloboNews e repercutidas pela Sputnik Brasil.

Segundo Barroso, crimes como golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de direito deveriam ser considerados como um só delito. Essa interpretação, conhecida como “consunção”, teria impacto direto nas sentenças dos condenados, principalmente daqueles que não financiaram nem planejaram os ataques.

Eu disse a eles [Davi Alcolumbre e Hugo Motta] que concordava que aquela me parecia a melhor solução: dar uma redução de pena. Os ‘bagrinhos’ cumpririam 2 anos ou 2 anos e meio e sairiam da prisão, o que eu achava de bom tamanho para os que não eram financiadores nem planejadores”, declarou o ministro.

☆ Penas previstas e possibilidade de revisão

Atualmente, a condenação por golpe de Estado varia de 4 a 12 anos, enquanto a tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito prevê pena entre 4 e 8 anos. Somadas a outros crimes, como dano ao patrimônio público, muitas condenações ultrapassam 14 anos de prisão.

Apesar de defender a interpretação que poderia reduzir o tempo de cumprimento de pena, Barroso descartou mudanças na legislação. Para ele, a lei é recente, foi aprovada durante o governo anterior e prevê punições razoáveis.

“Acho que mexer no tamanho das penas não, acho que é uma legislação recente, curiosamente aprovada no governo passado, de defesa do Estado democrático de direito. As penas são razoáveis. Mexer na pena acho que é um casuísmo. Fazer prevalecer uma interpretação alternativa razoável, como essa da consunção, acho que é palatável”, afirmou.

☆ Anistia a Bolsonaro considerada “impraticável”

Durante a entrevista, Barroso também foi questionado sobre a possibilidade de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro classificou a ideia como inviável no momento, ressaltando que é necessário aguardar a conclusão dos julgamentos.

“Anistia é uma competência do Congresso, é uma questão política. Mas essa anistia prontamente é inaceitável porque é uma violação à separação dos poderes. Anistia no futuro depende do que vai sair, porque qualquer ato do Congresso é passível de revisão pelo Supremo à luz da Constituição. Portanto, tem que esperar”, concluiu.

☆ Repercussões políticas

As falas de Barroso foram compartilhadas com os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP). A sinalização de abertura para revisão das penas dos chamados “bagrinhos” pode gerar novos debates no Congresso, onde parlamentares discutem propostas de anistia ampla ou medidas de revisão judicial relacionadas ao 8 de Janeiro.

Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews e Sputnik Brasil

CPMI ouve nesta segunda presidente da Conafer e empresário ligado a Nelson Wilians

Além de tomar o depoimento do 'Careca do INSS', a comissão votou requerimentos na reunião desta quinta Edilson Rodrigues/Agência Senado
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai ouvir novas testemunhas nesta segunda-feira (29), às 16 horas. A reunião será no Anexo II do Senado, Ala Senador Nilo Coelho, plenário 2.

Foram convocados Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) e Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, empresário.

Segundo a Polícia Federal, a Conafer está entre as entidades que mais realizaram descontos de mensalidades em aposentadorias. O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), justificou a convocação de Carlos Roberto.

“O crescimento vertiginoso da arrecadação da Conafer, que saltou de R$ 6,6 milhões para mais de R$ 40 milhões, coincide com o período em que se intensificaram os descontos indevidos diretamente nos benefícios previdenciários de milhões de segurados.”

Já Fernando Cavalcanti é apontado como ex-sócio do advogado Nelson Wilians Rodrigues, cuja prisão preventiva foi aprovada nesta quinta-feira pela CPMI. Ele também teria ligação com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.

No requerimento aprovado, Alfredo Gaspar afirmou:

“Sua participação em estruturas societárias relacionadas a Nelson Wilians e sua proximidade com o ambiente empresarial de Antônio Carlos Camilo Antunes justificam sua convocação como testemunha, diante das investigações sobre as fraudes no INSS.”

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Barroso avalia aposentadoria e Lula considera opções para a vaga

Presidente aguarda de Barroso sobre aposentadoria antecipada, mas já avalia nomes de confiança para a Suprema Corte

        Luís Roberto Barroso e Lula no STF - 03/02/2025 (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanha com atenção os movimentos do ministro Luís Roberto Barroso, que deixou nesta segunda-feira (29) a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). A eventual saída antecipada de Barroso da Corte pode abrir espaço para uma nova indicação ainda neste mandato, cenário que já é avaliado pelo Palácio do Planalto.

Em entrevista à CNN Brasil, Barroso revelou que fará em outubro um retiro espiritual para decidir se pedirá aposentadoria antes do prazo legal. Segundo auxiliares presidenciais, Lula foi informado previamente sobre essa possibilidade e, para não ser surpreendido, iniciou uma análise de alternativas para a escolha de um sucessor caso a aposentadoria seja confirmada.

◈ Respeito ao ministro e cautela política

Interlocutores de Lula afirmam que o presidente tem deixado claro que não pretende se antecipar, tanto por respeito a Barroso quanto para evitar especulações prematuras. A decisão sobre um eventual substituto só será tomada caso o ministro oficialize sua saída do STF ainda neste ano.

Enquanto aguarda, no entanto, o governo já mapeia nomes considerados favoritos para assumir uma vaga na Suprema Corte. Entre eles, estariam o advogado-geral da União, Jorge Messias, e a ministra do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha.

◈ Jorge Messias: jovem, evangélico e de confiança de Lula

Com 45 anos, Jorge Messias seria a opção mais duradoura, já que poderia permanecer por três décadas no STF. Além de ser um nome de confiança do presidente, tem boa articulação no Senado e, por ser evangélico, é visto como capaz de atrair apoios até mesmo em setores da oposição.

Messias chegou a ser cogitado para a vaga aberta pela aposentadoria da ministra Rosa Weber, mas Lula optou, à época, por indicar Flávio Dino.

◈ Maria Elizabeth Rocha: apoio da primeira-dama e atuação no STM

A ministra Maria Elizabeth Rocha, de 65 anos, ganhou espaço nas discussões pela postura firme no STM. Ela chegou a apontar crimes militares cometidos por Jair Bolsonaro (PL) e abriu debate sobre a possibilidade de perda de patente do ex-chefe do Executivo.

Sua indicação também teria o respaldo da primeira-dama, Rosângela Silva, que defende maior representatividade feminina na Suprema Corte. A idade, no entanto, limita sua permanência a apenas dez anos no cargo.

◈ Rodrigo Pacheco e futuros cenários

Outro nome que circula nos bastidores é o do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lula, porém, prefere que ele concorra ao governo de Minas Gerais em 2026, deixando uma eventual indicação ao STF para oportunidades futuras.

Enquanto a decisão de Barroso não se confirma, o ministro Edson Fachin assume nesta segunda-feira (29) a presidência do STF. De perfil mais discreto e moderado, Fachin poderá imprimir um estilo diferente de condução em comparação ao de Barroso, que sempre teve atuação mais pública e declaratória.

Fonte: Brasil 247 coim informações da CNN Brasil

Morre o jornalista Paulo Soares, o “Amigão”, aos 63 anos


       Paulo Soares, o Amigão. Foto: Reprodução

O jornalista Paulo Soares, conhecido como “Amigão”, morreu nesta segunda-feira (29) aos 63 anos. A notícia foi confirmada por amigos nas redes sociais.

Amigão era considerado um dos maiores ícones da comunicação esportiva no Brasil e uma figura histórica da ESPN Brasil. Ele era companheiro de bancada de Antero Greco, que faleceu em maio do ano passado após um tumor cerebal.

O velório de Paulo Soares, segundo publicação nas redes sociais, acontecerá a partir das 13h às 17h, nesta segunda, no Funeral Home, situado na cidade de São Paulo, na Rua São Carlos do Pinhal, 376.

Esta matéria está em atualização.

Fonte: DCM